Rota do Almonda (PR1 TNV) (Torres Novas)
Trail photos
Author
Trail stats
- Distance
- 17.84 mi
- Elevation gain
- 509 ft
- Technical difficulty
- Easy
- Elevation loss
- 673 ft
- Max elevation
- 344 ft
- TrailRank
-
89
5
- Min elevation
- 344 ft
- Trail type
- One Way
- Time
- 13 days 5 hours 12 minutes
- Coordinates
- 5094
- Uploaded
- December 3, 2023
- Recorded
- December 2023
near Casais Martanes, Santarém (Portugal)
Viewed 330 times, downloaded 13 times
Trail photos
Itinerary description
(percurso combinado, feito em 2 etapas)
A Rota do Almonda é uma pequena rota pedestre ao longo do rio que define o concelho de Torres Novas: o Almonda. Faz a ligação entre duas áreas naturais de grande beleza e biodiversidade: o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros e a Reserva Natural do Paul do Boquilobo. Entre as formas cársicas do Maciço Calcário Estremenho e as terras planas da Bacia do Tejo, a Rota do Almonda está dividida em três troços, que correspondem às etapas do curso do rio à superfície: as colinas, a cidade e a várzea.
Nesta etapa, percorremos o rio desde a sua nascente, até aos limites da cidade de Torres Vedras.
O percurso é maioritariamente plano ou com suaves declives, com marcações maioritariamente visíveis e em bom estado.
Aproveitámos a caminhada para fazer visita às Grutas de Lapas, e à Central do Caldeirão, ambas com acesso gratuito.
As Grutas de Lapas são uma rede de galerias artificiais que se encontram sob o casario mais antigo da aldeia com o mesmo nome.
O aglomerado está implantado numa elevação correspondente a um terraço fluvial do rio Almonda, de idade quaternária, composto por uma formação rochosa específica, o tufo calcário. Dada a facilidade com que era cortado, este material foi amplamente utilizado na construção civil, durante vários séculos, em toda a região.
A origem das grutas permanece envolta em mistério. Uma das explicações é que tenham sido uma pedreira subterrânea de tufo, mas não é certa a cronologia associada.
São várias as teorias formuladas, desde uma utilização primitiva como abrigo, associada a cavidades naturais preexistentes, ao refúgio de cristãos primitivos ou à exploração de blocos de tufo na época romana, havendo ainda várias referências aos mouros no imaginário local.
Ao certo, sabemos que a própria aldeia, com a designação de Lapas, já existia em 1212, data do compromisso da sua confraria; que, dos trabalhos arqueológicos efetuados, os vestígios mais antigos datam do século XV e que há fontes que referem as galerias já abandonadas em meados do século XVIII.
Este é um dos conjuntos patrimoniais mais singulares do país. Podemos percorrer o interior de um terraço fluvial, conhecer melhor os tufos calcários e perceber um pouco da interação das galerias com a aldeia medieval que foi construída por cima, entre outros aspetos ligados à história e especificidades locais.
A Central do Caldeirão foi responsável pelo processo de produção e distribuição da iluminação pública de Torres Novas.
Na sua fase inicial, 1923-1932, este processo foi protagonizado por José Manuel Ferreira [Júnior] [1874-1948], natural do concelho de Famalicão, que negociou e adquiriu as primeiras turbinas.
Numa segunda fase, 1933-1953, a empresa constituiu-se como sociedade por cotas e passou a designar-se Empresa Industrial de Electricidade do Almonda EIEA, ganhando aconcessão de fornecimento de energia elétrica no concelho de Torres Novas. Durante este período, foi inaugurado o novo edifício da central [1940], pelo arquiteto António Rodrigues da Silva Júnior, tendo a gestão ficado a cargo da família Tavares.
Finalmente, entre 1954-1984, foi renovada a concessão do fornecimento de energia elétrica por mais de três décadas e, durante esse período a empresa passou por vários reajustes e, após o 25 de abril de 1974, por um processo de nacionalização negociado com a EDP. A este processo não foi alheio o Município de Torres Novas que, impulsionado pelo papel ativo da Associação de Defesa do Património de Torres Novas, manteve o interesse de conservar e valorizar o património museológico industrial desta unidade de produção que marcou várias gerações de operários e que foi importantíssima para o desenvolvimento de torres Novas durante o século XX.
A Central do Caldeirão - Núcleo Museológico é fruto da recuperação da antiga Central Hidroelétrica, responsável pela produção e distribuição de energia elétrica, em Torres Novas, desde as primeiras décadas do século XX. Este núcleo é uma aposta do Município na valorização do património industrial local.
A coleção de arqueologia industrial original foi intervencionada e recuperada "in situ", e pretende-se que constitua um repositório de memórias da vila operária de Torres Novas.
Para este trabalho, contou-se com os testemunhos dos antigos funcionários da Central.
A Central do Caldeirão - Núcleo Museológico pode ser visitada em modalidade de visita livre ou guiada.
Ao entrar em campos agrícolas, encontrámos um terreno com muita água e lama barrenta, que tornou o trajecto um pouco mais complicado de percorrer.
Nesta altura do ano, e caso as condições climatéricas se mantenham com muita chuva, alguns dos troços podem ficar impraticáveis; nomeadamente à saída de Torres Novas e nos 2 quilómetros finais.
O acesso às Ruínas Romanas de Cardílio é gratuito, e recomendável, pois inclui um pequeno centro interpretativo, e diversos painéis que permitem perceber como seria aquele lugar por volta dos séculos I a IV da nossa era.
Destaca-se também o troço coincidente com a antiga Estrada Real, ladeada por monumentais Sobreiros, criando algumas zonas de túnel de belíssimo efeito.
O final da etapa coincide com o Centro de Interpretação do Paúl do Boquilobo, que neste dia se encontrava encerrado, mas que já tive oportunidade de visitar noutra ocasião, e também recomendo. Neste local, é possível fazer outro percurso circular, de aproximadamente 6 km "Reserva Natural do Paúl do Boquilobo (Golegã)"
Outros percursos que fiz na Região:
Vale do Almourao - VV Rodao 01-05-2013
Agroal (Ourém) (12-5-2013)
Trilho das Cascatas (PR1 - VLR) (30-12-2018)
Dornes - Vigia do Zêzere (13-Janeiro-2019)
Tomar - Agroal, pelo vale do Nabão (31-03-2019)
Canhão Fluviocársico da Ribeira da Beselga, aos Moinhos da Pena (01-Fev-2020)
Tomar Histórico e Cultural
Pedrógão Pequeno (PR2 Trilho do Zêzere + PR1 Trilho dos Bufos) (Sertã)
Aldeia de Xisto de Água Formosa e Rota das Conheiras (parcial) (Vila de Rei)
Penedo Furado (Vila de Rei)
PR2 - Dos Gigantes Verdes à Ribeira da Póvoa (PR2 TMR - Tomar)
Rota de Olaia e Paço (PR4 - TNV) (Torres Novas)
PR1 SRD ABT - Na Rota do Javali (Andreus, Sardoal)
Rota do Almonda (parte 1: Nascente - Torres Novas)
Trilho da Pombeira (PR3 FZZ) + Posto de Vigia (Ferreira do Zêzere)
Trilho do Lagar Velho (PR2 FZZ) (Ferreira do Zêzere)
Waypoints
Information point
409 ft
Painel informativo - início do percurso
Painel informativo - início do percurso
River
Ruins
Waypoint
Information point
225 ft
Painel informativo - vegetação ripícola
Painel informativo - vegetação ripícola
Tree
Panorama
Bridge
Cave
181 ft
Grutas de Lapas
As Grutas de Lapas são uma rede de galerias artificiais que se encontram sob o casario mais antigo da aldeia com o mesmo nome. O aglomerado está implantado numa elevação correspondente a um terraço fluvial do rio Almonda, de idade quaternária, composto por uma formação rochosa específica, o tufo calcário. Dada a facilidade com que era cortado, este material foi amplamente utilizado na construção civil, durante vários séculos, em toda a região. A origem das grutas permanece envolta em mistério. Uma das explicações é que tenham sido uma pedreira subterrânea de tufo, mas não é certa a cronologia associada. São várias as teorias formuladas, desde uma utilização primitiva como abrigo, associada a cavidades naturais preexistentes, ao refúgio de cristãos primitivos ou à exploração de blocos de tufo na época romana, havendo ainda várias referências aos mouros no imaginário local. Ao certo, sabemos que a própria aldeia, com a designação de Lapas, já existia em 1212, data do compromisso da sua confraria; que, dos trabalhos arqueológicos efetuados, os vestígios mais antigos datam do século XV e que há fontes que referem as galerias já abandonadas em meados do século XVIII. Este é um dos conjuntos patrimoniais mais singulares do país. Podemos percorrer o interior de um terraço fluvial, conhecer melhor os tufos calcários e perceber um pouco da interação das galerias com a aldeia medieval que foi construída por cima, entre outros aspetos ligados à história e especificidades locais.
Castle
Monument
Park
Fauna
Museum
Archaeological site
Fountain
Photo
Risk
Lake
Picnic
53 ft
Centro de Interpretação do Paúl do Boquilobo
Centro de Interpretação do Paúl do Boquilobo
Comments (29)
You can add a comment or review this trail
Muy bonita ruta por la rivera del Río Almonda.
Excelentes fotografías.
Un abrazo compañero.
Preciosa la ruta completa do Almonda. Pasando por el Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. y la visita de las cuevas. Muy buenas explicaciones y fotografías. Un abrazo. Obrigado.
Obrigado pelos comentários californiagymsama e Maria Caballer.
Saludos
Qué bonitas rutas por las riberas del Almonda!! Nos encantan los paisajes, las cascadas de la presa, las aves, etc. Muy completa. Enhorabuena, amigo. Un abrazo.
Obrigado pela avaliação!
Um grande abraço amigo
Espectacular sendero que has realizado compañero, bien ejecutado, documentado y el regalo para la vista de unas postales de diez 🤩, un fuerte abrazo amigo.
Obrigado amigo Pájaro Kuy Kuy,
Um grande abraço
Una bella traversata di più giorni ripagata da arte, antichi oliveti ed incontri faunistici magari inaspettati: davvero complimenti 👏👏 Un abbraccio.
Obrigado pela avaliação Il Marchese18
Um abraço
Precios ruta por el rio Almonda.
Las fotos de los pájaros te han quedado genial!!!
1Abrazo!!!
Obrigado amigo Tolly Mune,
Saludos
Preciosa ruta y fotografías 🤩Muchas gracias por compartir tus experiencias Miguel!!!
Saludos cordiales
Nos vemos en la Montaña!
Obrigado pela avaliação e comentário Peplo007,
Saludos
Larga y bella ruta llena de encanto 👌.
Haces un gran trabajo con las explicaciones y los waypoints 👏👏.
Un abrazo!!
Obrigado pelas palavras e avalição Knes Montañeros.
É um percurso que acompanha praticamente todo o Rio Almonda, e percebe-se a sua importância, para esta região.
Um abraço!
Belo percurso fluvial, acompanhando o leito do rio Almonda, com muitos pontos de interesse. Muito boas fotos e explicações. Um abraço forte.
Obrigado Tetititu,
Um abraço
Ah, meu amigo Migueleloi, que jornada incrível pela Rota do Almonda em Torres Novas! Suas fotos capturam a beleza natural e a serenidade dessa trilha. A descrição detalhada revela seu olhar atento aos detalhes. Mal posso esperar para seguir seus passos e explorar essa maravilha pessoalmente. Obrigado por compartilhar sua aventura inspiradora! 👏🌿 #RotaDoAlmonda #ExploradorExperiente
Obrigado pelas palavras e avaliação amigo Jorditoms!
Um abraço Ibérico
Que belo percurso que publicaste com o rio Almonda e a cidade de Torres Novas como principais protagonistas. Fiquei a conhecer melhor Torres Novas com as tuas belas fotografias nomeadamente do castelo e da estátua de D. Afonso Henriques.
Fiquei impressionado com o caudal do rio Almonda, logo após a sua nascente (provavelmente com trajeto prévio subterrâneo, como são frequentes nestas zonas calcárias.
Gostei também do Painel de Azulejo da ribeira Branca, das Curiosas Grutas de Lapas, dos numerosos açudes e moinhos. Uma menção especial para as Ruínas Romanas de Cardílio e para as belas espécies de aves.
Obrigado pela partilha. Um abraço
Obrigado pela avaliação e palavras, amigo STrilhos.
Vale a pena conhecer o percurso, pela grande diversidade de paisagens e locais de interesse.
Um abraço
This path is very beautiful. The images are dreamy. Thanks for sharing.
Thank you Mohammad.kianii,
Best Regards
My dear friend, with your permission, I save some of your photos and watch them many times, I even use them for the background of my phone.
Hello Mehdi,
Of course you can do it!
Thanks for the evaluation
Best regards
Bonita ruta. Un abrazo
Obrigado pela avaliação Emilio.
Um abraço
muy sorprendentes tus rutas Migueloi,
Obrigado pela avaliação e comentário Olman,
Um abraço