PR 2 SVV Cabreia e Minas do Braçal - Sever do Vouga

PR 2 SVV Cabreia e Minas do Braçal - Sever do Vouga

Este trilho percorre florestas e algumas localidades da freguesia de Silva Escura no concelho de Sever do Vouga.

O município de Sever do Vouga possui 10 percursos de pequena rota e é atravessado ainda por três grandes rotas, GR 58 e 59, Grandes Rotas da Ria de Aveiro respetivamente Percurso Dourado e Percurso Verde e pela GR 60, Grande Rota das Montanhas Mágicas.
Este trilho é caracterizado por visitar a cascata da Cabreia e as antigas Minas do Braçal e da Malhada, atualmente em ruínas.
Usa, na sua maioria, caminhos florestais e atravessa extensas manchas florestais, em que a árvore dominante é o eucalipto, exceto nos bosques ribeirinhos. É, portanto, um trilho com bastante sombra e encontramos uma fonte de água no lugar do Fojo.

Ao Km 6,1 encontramos sinalética que desaconselha seguir o PR original, por motivos de segurança ao atravessar as ruínas das minas do Braçal, mas a nossa curiosidade em visitar as minas fez-nos seguir pelo trajeto desaconselhado. Não encontramos zonas de perigo iminente neste troço.

Efetuamos o percurso no sentido dos ponteiros do relógio. No início do percurso existe uma escada improvisada, que exige algum cuidado quando o piso está molhado. Com uma distância de 11 Km e um desnível de 316 metros podemos classificá-la entre fácil e moderado.

Tem como principais pontos de interesse:
Cascata de Cabreia
Parque de lazer da Cascata de Cabreia
Ruinas das Minas do Braçal
Ruinas das Minas da Malhada
Rio Mau e seus bosques ripícolas

Descrição do percurso:
Iniciamos o percurso no parque de estacionamento da Área de Lazer da Cabreia, onde existe um painel informativo do PR. Percorremos o parque situado num exuberante bosque de carvalhos, loureiros e azevinho por onde passa o rio Mau que se precipita de uma altura cerca de 25 metros na bela Cascata da Cabreia. Atravessamos o rio Mau e iniciamos uma subida por umas escadas improvisadas que, como já atras referido, exige algum cuidado nos dias chuvosos ou húmidos. Adiante podemos fazer um pequeno desvio para apreciar a o rio a montante da cascata e o início da mesma.
Logo, ao km 1,1 existe um cruzamento; se virarmos à direita seguimos com o PR 2.1 e encurtamos bastante o trilho. Mais adiante, após a lugar do Fojo, encontramos outro desvio à direita, que volta a encurtar o trilho pelo PR 2.2, seguindo para o lugar de Folharido e reencontrando o PR na zona das minas da Malhada. Seguimos em frente por caminhos florestais e posteriormente, em novo cruzamento, entroncamos e seguimos com a GR 58, 59 e 60 (versão trecking e versão BTT).

Ao Km 6,1, como já atrás referido, seguimos o trilho para uma visita mais completa às minas do Braçal e prosseguimos durante mais de 2 km perto das margens do rio Mau, conferindo belas paisagens, sempre envolto de frondosos bosques ripícolas. Durante este troço visitamos também as minas da Malhada, bastante mais pequena que as do Braçal. Continuamos por caminhos florestais e arruamentos das povoações locais até chegar ao ponto inicial.


Pequena nota sobre as Minas do Braçal e Malhada:
O complexo mineiro do Braçal inclui as minas do Braçal, da Malhada e do Coval da Mó e estende-se ao longo do rio Mau, na encosta este da serra do Braçal. A história mineira da região é antiga e as primeiras explorações verificaram-se com os romanos.
Na época moderna, foram objeto da mais antiga concessão mineira portuguesa, registada em 1836 com o nº 1, e permitiu a exploração de um dos maiores jazigos mineiros da região de Aveiro.
A história destas minas é longa, com várias concessões e até revoltas populares devido à poluição causada. Foi encerrada definitivamente em Dezembro de 1958. Foram explorados filões de chumbo e prata tendo sido o chumbo o principal produto extraído deste complexo mineiro. Atualmente é possível conhecer a antiga fundição do complexo de minas que aqui existiu e várias infraestruturas usadas na transformação do minério, atualmente em estado de ruínas. O rio Mau, que atravessa as Minas, é um afluente do Vouga e tem uma flora luxuriante, onde na floresta abundam os fetos e musgos, que pintam as margens do rio de tons de verde. Na zona das minas do Braçal, uma parte deste rio encontra-se canalizado em túneis artificiais de pedra e cimento.