Serra do Alvao: Aldeias do Arnal a Lamas de Olo pelas barragens
near Arnal, Vila Real (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Publicamos um percurso em pleno Parque Natural da Serra da Alvão que tem como principal objetivo a visita de duas aldeias serranas e as soberbas paisagens da serra
NOTA IMPORTANTE:
Durante 1,5 km o percurso é de difícil orientação, dos quais 1 Km progredimos por TROÇOS FORA DE TRILHO, a maioria, no meio do mato, normalmente com vegetação de baixa altitude mas que por vezes atinge o nível da coxa.
É IMPORTANTE REFERIR QUE ESTE TRILHO FOI FEITO NO INVERNO E QUE NO VERÃO A VEGETAÇÃO PODERÁ ESTAR MAIS ALTA.
NÃO ACONSELHAMOS QUE ESTE TROÇO SEJA FEITO AO FIM DO DIA, pois sendo fora de trilho é importante evitar o anoitecer pela óbvia dificuldade acrescida na orientação.
Tirando estas precauções, estamos perante um trilho de grande interesse paisagístico cultural e etnográfico. Para além das duas aldeias, visitamos uma interessantíssima ponte em Lamas de Olo, visitamos as barragens Cimeira e Fundeira, atravessamos um belo e extenso bosque de pinheiros e cedros e atravessamos um planalto em altitude que nos brinda com soberbas paisagens.
O trilho tem início e final na pequena aldeia do Arnal, perdida no maciço granítico da Serra do Alvão, mas rodeada por belos campos agrícolas em socalcos que dão um toque humanizado à magnífico paisagem de montanha.
O percurso utiliza caminhos florestais, caminhos rurais, agrícolas, trilhos de pé posto e durante um quilómetro ou quilómetro e meio é feito fora do trilho, em corta-mato.
Com 16 quilômetros de extensão e 500 m de desnível o percurso não é exigente do ponto de vista físico mas devido à existência de um troço em corta-mato e à descida para aldeia do Arnal, entendemos que deverá ser classificado entre moderado a difícil.
Cruzamo-nos algumas vezes com o PR9 e fora destes troços o trilho não se encontra marcado pelo que é obrigatório o uso de GPS.
Cerca de 25 a 30% do percurso encontramos bastante sombra; todo o restante, apresenta uma enorme exposição solar. Na povoação de Lamas de Olo encontramos várias fontes onde podemos abastecer de água.
Descrição do percurso:
Deixamos a viatura estacionada no início da aldeia passamos pelo centro atravessamos a ribeira do Arnal, viramos à direita e entramos por um caminho empedrado, onde ainda são visíveis as marcas de rodados de veículos de tração animal.
Logo ao km 0.54 vemos um painel informativo de uma formação geológica local denominado cabeços graníticos do Arnal informando que passamos junto a uma área de proteção total. Olhando para o mapa e interpretando a zona de proteção vemos que o nosso caminho se situa sempre a uma cota abaixo da referida área de proteção total a qual está vedada a visitação não autorizada; Incluida nesta área, situa-se o Alto dos Cabeços com 1129 mts altitude.
Por volta do km 0,8 m o caminho empedrado da lugar a trilho de pé posto continuamos a passar por pequenos pequenas linhas de água, que no verão estarão provavelmente secas.
Por volta do km 1,5 o caminho perde definição. À nossa direita vemos uma ribeira que passa a uma cota bastante inferior e do outro lado do vale descortinamos um caminho que se dirige para sudeste, em direção contrária aquela que nós pretendemos, que é para norte, para atingir a barragem Cimeira. Mantivemos o nosso rumo para norte e nordeste sabendo que iríamos ter dificuldade até chegar à barragem que estaria a pouco mais de um quilómetro de distância. Vamos encontrando mariolas e pequenos troços em que o caminho se mantém marcado e ao Km 1,9, depois de passar uma ribeira, o caminho perde-se na vegetação e teremos que enfrentar alguns troços de corta-mato encontrando uma mariola de longe longe. Este é o segmento mais difícil do trilho. Felizmente a vegetação não coloca entraves à progressão e pouco frequentemente é mais densa, e chega ao nível da coxa.
Ao Km 2,9 visualizamos a albufeira da barragem Cimeira e vamos nos encostar ao muro de retenção da água na sua extremidade oeste. A nossa direção agora será para leste. De início o caminho não é completamente evidente, mas devemos manter-nos sempre encostados à barragem, até surgir um pequeno edifício que faz parte da paredão e que somos obrigados a afastar-nos um pouco, para logo voltar a encostar ao paredão, subir umas escadas e, a partir daqui o trilho torna-se mais evidente. Fizemos uma pequena paragem no Café-restaurante a Cabana, que passa mesmo ao lado da EN 312-1.
Voltamos para trás, sensivelmente pelo mesmo caminho até ao extremo oeste do paredão da barragem. Continuamos, agora rumo norte com a Albufeira do nosso lado direito, de início por trilhos de pé posto ate entroncarmos num caminho florestal largo. Viramos à direita e vamos prosseguir com o PR 9 MDB/VLR durante os próximos 3,3 Km.
Adiante entramos na EN 312-1 até Lamas de Olo.
Lamas de Olo, sede de freguesia, é uma povoação interessantíssima da Serra do Alvão que domina o alto vale do rio Olo. À sua volta, a característica paisagem agrícola de montanha, disposta em socalcos.
Passamos pela igreja, continuamos a descer até um largo onde encontramos painel informativo do PR9. O PR continua pela estrada asfaltada à esquerda, mas nós metemos por um caminho de terra batida antes da referida estrada. Aconselhamos vivamente ir pelo caminho pois podemos contemplar a bela ponte de pedra muito antiga que passamos e pouco depois viramos a direita para trás. Iremos então progredir agora por caminhos agrícolas de acesso às inúmeras propriedades da região. Durante um quilómetro andamos no meio de campos de cultivo, após os quais continuamos por uma região não cultivada. Adiante entramos em caminho florestal largo, vemos a nossa direita uma casa em ruínas continuamos a subir, passamos por alguns troços em que o caminho está degradado e pouco depois entramos num luxuriante bosque em que a árvore dominante é o pinheiro, misturados com cedros e bétulas.
Nesta zona vamos cruzar algumas vezes com o PR 9 e ao km 13,5 deixamos o caminho florestal largo e entramos num estreito trilho de pe posto que facilmente passa despercebido e que nos irá dar acesso à zona mais interessante deste nosso percurso. Subimos mais alguns 10 ou 20 m de altitude para chegar ao topo do Planalto que nos dá umas vistas deslumbrantes para toda a zona leste, podendo observar todo o Vale do Rio Corgo, a cidade de Vila Real, a Ponte da A4 e mais para a direita, para sudeste podemos ver o alto do Marão e continuando para a direita, mais perto de nós, o alto do vaqueiro e o alto do Vidoal.
Iniciamos a descida por um trilho com muita pedra solta onde corre pequenas linhas de água com zonas muito escorregadias. Adiante o caminho alarga, torna-se empedrado, onde podemos observar as marcas dos rodados de carros de tração animal. À nossa direita a Ribeira do Arnal apresenta algumas cascatas e forte declive. O trilho é sempre a descer até chegar o nosso ponto de partida, a aldeia do Arnal.
Waypoints
Cabeços graníticos do Arnal
"Cabeços Graníticos de Arnal" - Alto dos Cabeços 1129 mts altitude - AREA DE PROTEÇÃO TOTAL Constituídos por formação geológica singular de caos de blocos, compreendem zonas onde predominam sistemas de valores naturais e paisagísticos de reconhecido valor e interesse incluindo formações geológicas, paisagísticas e ecológicas, com elevado grau de naturalidade que assumem, no seu conjunto, um carácter excecional com elevada sensibilidade ecológica.
Alto dos cabeços
Em primeiro plano alto dos cabeços atrás e a direita Alto do vaqueiro ao fundo e a esquerda Serra do Marão
Lago - barragem Cimeira
Barragens Cimeira e Fundeira As barragens Cimeira (também conhecida por barragem do Alvão) e Fundeira estão situadas em pleno Parque Natural do Alvão. Os seus espelhos de água e a paisagem em que se inserem, nomeadamente, os campos de cultivo, lameiros, urzais, carquejais, os pequenos bosquetes de bétulas e matas de pinheirg-silvestre ou de casquinha, fazem deste local um ponto de atração para a realização de piqueniques e atividades associadas à água.
Barragem Fundeira
Barragens Cimeira e Fundeira As barragens Cimeira (também conhecida por barragem do Alvão) e Fundeira estão situadas em pleno Parque Natural do Alvão. Os seus espelhos de água e a paisagem em que se inserem, nomeadamente, os campos de cultivo, lameiros, urzais, carquejais, os pequenos bosquetes de bétulas e matas de pinheirg-silvestre ou de casquinha, fazem deste local um ponto de atração para a realização de piqueniques e atividades associadas à água.
Esquerda por trilho pé posto
Alto dos vidoais à direita e do Vaqueiro ao fundo esquerda
Pico
ALVÃO O parque natural tem por assento uma zona montanhosa, de que faz parte a serra do Marão; inúmeros afloramentos rochosos em que o granito assume as mais diversas formas; manchas de xisto; linhas de água encaixadas com o rio Olo originando a queda de água das Fisgas do Ermelo; fronteira orográfica e climática a separar norte atlântico da continentalidade interior; coberto vegetal variado incluindo carvalhais, matos, plantações de resinosas e áreas agrícolas com lameiros e culturas em socalco; presença da fauna típica das serranias do norte interior nomeadamente águia-real e lobo-ibérico: tipo de povoamento e arquitetura típicos da região transmontana; solar das raças bovina maronesa e caprina bravia.
Comments (16)
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Preciosa circular por la Serra do Alvao. Muy bien descrita y acompañada de bellas imágenes. Gracias por compartirla, amigo. Un abrazo
Obrigado Palocorto1 pelo comentário e avaliação. Um abraço amigo
Fantástico recorrido circular por un entorno rural de gran belleza.
Felicitaciones compañero.
Que belo dia tiveste para caminhar pelo Alvão!
Imagens, descrições e informações excelentes, como habitual!
Obrigado pela partilha,
Um abraço
Circular cargada de puntos de interés, muy buenas fotos 👌, saludos cordiales 👋.
Bonita ruta con muchas cosa que ver. Un abrazo
Preciosa circular por la Sierra. Fotos preciosas!!!
1Abrazo!!!
Obrigado californiagymsama pelo comentário e avaliação. A Serra do Alvao tem belos recantos. Um abraço
Obrigado Miguel pelo comentário e avaliação. A Serra do Alvao tem belas paisagens naturais e humanizadas . Um abraço
Obrigado Pájaro Kuy Kuy pelo comentário e avaliação. Um abraço
Obrigado Emílio pelo comentário e avaliação. Um abraço
Obrigado Tolly Mune pelo comentário e avaliação. A Serra do Alvao tem belos recantos. Um abraço
¡Vaya aventura en la Serra do Alvão! ¡Amigo, qué pasada de ruta nos has compartido! Desde Aldeias do Arnal hasta Lamas de Olo, pasando por las barragens, cada paso fue una experiencia única. Las vistas panorámicas y la conexión con la naturaleza son inigualables. ¡Gracias por mostrarnos este paraíso! Definitivamente, ¡hay que repetirlo pronto! 🌿🌄
Obrigado Jorditoms pelo comentário e avaliação e pelas tuas simpáticas palavras. Nos encontramos na montanha meu amigo. Um abraço
Muito bom percurso pelo Parque Natural do Alvão. Muito boas fotos e explicações. Um abraço forte.
Obrigado Tetititu pelo comentário e avaliação. Um forte abraço