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Visita ao Aqueduto: “Lisboa: Os crimes no Aqueduto”.

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Trail stats

Distance
0.93 mi
Elevation gain
7 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
7 ft
Max elevation
333 ft
TrailRank 
22
Min elevation
319 ft
Trail type
Loop
Moving time
21 minutes
Time
26 minutes
Coordinates
267
Uploaded
March 12, 2024
Recorded
March 2024
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near Campolide, Lisboa (Portugal)

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Itinerary description

Visita ao Aqueduto das Águas Livres com a integração de jogos PeddyPaper e Palavras Cruzadas.

Waypoints

Photo ofPonto de Interesse N°1

Ponto de Interesse N°1

Entrada do Aqueduto das Águas Livres. A visita irá dar início aqui.

Photo ofPonto de Interesse N°2 Photo ofPonto de Interesse N°2

Ponto de Interesse N°2

O Aqueduto das Águas Livres é uma impressionante estrutura arquitetónica localizada em Lisboa, Campolide. Foi construído no século XVIII com o objetivo de fornecer água potável à cidade. O sistema de captação e transporte de água deste aqueduto atravessa cinco concelhos: Sintra, Odivelas, Amadora, Oeiras e Lisboa, e está enquadrado em meio rural e meio urbano. O percurso do aqueduto inicia-se na nascente da Mãe d’Água Velha, no concelho de Sintra, onde coabita com campos de cultivo e pinhal. Ao longo do trajeto, atravessa zonas urbanas, estando envolvido por prédios e vias públicas, numa determinada área está alinhado com a linha ferroviária e termina em Lisboa, no Reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras. O Aqueduto das Águas Livres era alimentado por 58 nascentes de água, situadas nos vários concelhos atravessados pela infraestrutura hidráulica. No decorrer do seu trajeto, a água era transportada à superfície ou de forma subterrânea, tanto por ação da gravidade, como através do princípio dos vasos comunicantes.

Photo ofPonto de Interesse N°3

Ponto de Interesse N°3

O aqueduto foi projetado pelo arquiteto português Custódio Vieira e a construção da estrutura deu-se entre 1731 e 1799. Com cerca de 58 quilómetros de comprimento, este aqueduto é composto por 35 arcos de alvenaria. O maior arco tem uma altura aproximada de 65 metros, tornando-o um dos maiores arcos de alvenaria do mundo.

Photo ofPonto de Interesse N°4

Ponto de Interesse N°4

Durante a época medieval as principais fontes de abastecimento de água a Lisboa encontravam-se no bairro de Alfama. A população recorria à utilização de chafarizes alimentados por nascentes próprias, nomeadamente o chafariz D’El Rei, referenciado desde 1220 e edificado entre os séculos XII e XIII, e o chafariz de Dentro, localizado no interior da antiga cerca mandada erguer pelo Rei D. Fernando, em 1373, que, além de servir as pessoas, também abastecia os animais. Apenas em 1719, D. João V, num reinado próspero e visionário, encomendou uma peritagem às fontes dos arredores de Lisboa dando assim início ao projeto do Aqueduto das Águas Livres e consequente construção.

Photo ofPonto de Interesse N°5

Ponto de Interesse N°5

O projeto foi idealizado para fornecer água potável à cidade de Lisboa, resolvendo assim os problemas de abastecimento de água que a cidade enfrentava de forma periódica. A água era transportada a partir de nascentes localizadas na região de Belas, concelho de Sintra, até à capital, percorrendo uma série de arcos e canais ao longo do trajeto. A construção do Aqueduto das Águas Livres começou em 1731, sob a supervisão do engenheiro-mor Manuel da Maia. Posteriormente, o arquiteto Custódio Vieira assumiu a liderança do projeto, A obra foi concluída em 1738, embora tenham ocorrido algumas expansões e melhorias ao longo dos anos. O aqueduto desempenhou um papel vital no abastecimento de água à cidade de Lisboa por muitos anos e continua a ser um marco histórico e cultural importante em Portugal.

Photo ofPonto de Interesse N°6

Ponto de Interesse N°6

Alvará Régio de D. João V, Rei de Portugal (1707-1750), que ordenou o início da obra do Aqueduto das Águas Livres, nomeando como primeiro diretor da obra, o arquiteto italiano António Canevari, especialista em engenharia hidráulica. Direção da obra das Águas Livres atribuída a Manuel da Maia, de 1732 a 1736. Foi um engenheiro militar, destacando-se como o principal responsável do traçado geral, desde as nascentes, em Sintra, até ao atual Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa.

Photo ofPonto de Interesse N°7

Ponto de Interesse N°7

A água era conduzida de forma gravítica até Lisboa a partir das nascentes do Aqueduto das Águas Livres, situadas no vale da ribeira de Carenque, entre os concelhos de Sintra e Amadora. A nascente mais alta situa-se na zona do Olival do Santíssimo, no concelho de Odivelas, a uma cota de 178 metros, e vence um desnível de cerca de 84 metros na chegada a Lisboa. A obra apresenta ainda um fator de originalidade que se traduz na permanência das pedras de sustentação dos andaimes e nos dois percursos pedonais – a denominada Ponte dos Arcos – que serviam como entrada e saída de pessoas e animais da cidade de Lisboa até 1852.

Photo ofPonto de Interesse N°8

Ponto de Interesse N°8

A construção natural de Lisboa originou um conjunto de vales, entre os quais o vale de Alcântara e a ribeira com a mesma designação. A localização privilegiada do vale de Alcântara, junto ao estuário do Tejo, favoreceu esta zona da cidade no que respeita ao desenvolvimento da indústria que, a partir das últimas décadas de 1800, ali se instalou: fábricas de curtumes, química, moagem, lanifícios, têxteis entre outras.

Photo ofPonto de Interesse N°9

Ponto de Interesse N°9

As investigações que referem as situações de destruição ou danos em estruturas arquitetónicas na cidade de Lisboa, após o terramoto de 1755, não identificam o Aqueduto das Águas Livres como um dos locais que tenha sofrido danos relevantes, apontando-o normalmente como uma exceção ao cataclismo demolidor que tanta destruição provocou na capital. De acordo com a “Memória sobre o Aqueduto Geral de Lisboa”, publicada pelo Ministério das Obras Públicas em 1857, apenas três, das dezasseis clarabóias, presentes na arcaria do vale de Alcântara nomeadamente no troço mais emblemático do Aqueduto das Águas Livres, a mesma é igualmente justificada através da técnica aplicada pelo então diretor da obra, engenheiro militar Custódio Vieira, que, por um lado, recorreu à construção dos arcos ogivais reforçados com ferro, e, por outro lado, optou por não projetar a arcaria em linha reta, mas assente em três pontos capazes de aumentar a base de sustentação.

Photo ofPonto de Interesse N°10

Ponto de Interesse N°10

As medições no aqueduto começaram por ser efetuadas através da contagem do número de pedras colocadas por cada pedreiro. A marca do pedreiro, também chamada marca do canteiro, traduzia-se num símbolo que o mesmo gravava na pedra. Funcionava como uma assinatura de um trabalho. Estas marcas serviam de comprovativo do trabalho executado e determinavam o valor do pagamento auferido pelos pedreiros.

Photo ofPonto de Interesse N°11

Ponto de Interesse N°11

Fim das informações sobre o Aqueduto e início da história de Diogo Alves. Diogo José Augusto Alves, primogénito de Anselmo José e de Rosa, nasceu em 1810, em Galiza, Espanha. Como tantos galegos neste período, veio para Portugal à procura de trabalho e de uma vida melhor, com apenas 13 anos e trabalhou honestamente como moço de recados e boleeiro na capital lisboeta. Diogo era um homem de estatura alta, robusto, de cabelo longo e desgrenhado, um olhar macio, de expressão vaga, que ainda transportava resquícios de uma inocência de origem galega.

Photo ofPonto de Interesse N°12

Ponto de Interesse N°12

Mais tarde, é a partir do seu relacionamento com a Parreirinha, Gertrudes Maria, e a frequência da taberna da mesma, que Diogo, conhecido como “O Pancada”, organiza a sua quadrilha e inicia a sua carreira como ladrão de casas abastadas. Acompanhavam o galego, António Palhares (O Soldado), Manuel Joaquim da Silva (O Beiço Inchado), João das Pedras (O Enterrador) e Claudino Coelho (O Pé de Dança). Este Assassino do Aqueduto das Águas Livres, abordava as suas vítimas na parte superior do famoso aqueduto lisboeta e, depois de as assaltar e lhes roubar as suas posses e os seus bens, atirava-as daí abaixo, causando-lhes a morte, enquanto também evitava possíveis testemunhos por parte de muitas das suas vítimas, o que era bastante conveniente.

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Ponto de Interesse N°13

“A Galeria” descreve o roubo e a tentativa de homicídio ocorrida numa residência na Calçada da Estrela em 1837, indicando que seria um antecedente dos crimes cometidas pela quadrilha. É nesse âmbito que acontece o assalto à casa do médico Pedro Andrade. Na noite de 26 de setembro de 1839, na Rua das Flores nº16, estava a família Mourão (uma mãe, duas filhos e um filho), sem ligação familiar ao médico que se encontrava ausente. Os quatro elementos da família foram assassinados pela quadrilha de Diogo Alves “por meio de pancadas na cabeça e forte pressão sobre o peito e estômago”. O crime é descoberto na madrugada seguinte pelo padeiro que ia fornecer pão à casa e encontrara as portas abertas. Após esses crimes, Diogo Alves, mais tarde, seria o responsável pelos horrendos crimes cometidos no Aqueduto das Águas Livres.

Photo ofPonto de Interesse N°14

Ponto de Interesse N°14

Uma das diversas vítimas de Diogo Alves eram as lavadeiras. Uma lavadeira era uma mulher que lavava a roupa, sua ou de outros, em tanques, poços, rios ou lavadouros. Era frequente, no século XIX, verem-se lavadeiras que vinham de Lisboa buscar e trazer roupa às clientes. Este tipo de serviço era maioritariamente solicitado por famílias nobres ou burguesas, que tinham as posses para contratar alguém para a lavagem da roupa. Entretanto, a tecnologia evoluiu e as máquinas de lavar a roupa tornaram-se um eletrodoméstico essencial nas nossas casas, pelo que a profissão de lavadeira foi gradualmente desaparecendo, estando hoje completamente extinta. O agricultor é o responsável pelo manuseamento dos mais diversos tipos de plantações, desde a sementeira até à colheita. Ele também cuida de animais, como vacas, ovelhas, cavalos, entre outros animais normalmente criados na região rural. É uma das profissões mais antigas do mundo, devido à necessidade humana de alimentação por meio de vegetais e proteína animal. Os agricultores seriam também uma das vítimas que Diogo atirava do aqueduto.

Photo ofPonto de Interesse N°15

Ponto de Interesse N°15

Diogo Alves foi efetivamente julgado pelos seus crimes e condenado à morte na forca, no Cais do Tojo, em Lisboa. A sua sentença foi aplicada a 19 de fevereiro de 1841, tendo intrigado os cientistas da então Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa. Estes, após o enforcamento do homicida, na tentativa de compreender a origem da sua perfídia, cortaram e guardaram a cabeça de Diogo Alves com o objetivo de a estudar, estudo esse que, no entanto, parece nunca ter acontecido, dado o estado da perfeita conservação que a mesma apresenta até ao presente. Esta encontra-se, ainda hoje, conservada num recipiente de vidro, onde uma solução de formol lhe tem eternizado a imagem de um homem com um ar tranquilo. A cabeça decapitada encontra-se atualmente no teatro anatómico da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, na sequência da formação de um gabinete de frenologia por José Gomes, que permitiu a conservação do crânio do assassino.

Photo ofPonto de Interesse N°16

Ponto de Interesse N°16

Vários anos depois de morto, Diogo Alves continua a ser lembrado pelos seus crimes e estilo de vida escolhido. De entre os diversos livros que lhe foram dedicados, destacam-se dois: “Os Crimes de Diogo Alves” e “O Assassino do Aqueduto”. O livro “Os Crimes de Diogo Alves” tem como autor Leite Bastos, tendo esta obra sido lançada dia 19 de abril de 2021. A obra contada por um dos pioneiros portugueses do romance policial e de aventuras, retrata a história do terrível facínora que na década de 1830 atormentou Lisboa com a sua arrepiante crueldade. Este texto de Leite Bastos é o mais completo, esclarecedor e credível dos testemunhos publicados sobre o bandido. É um registo documental de grande valor e a narrativa mais fiável, descontadas as passagens em que o autor deliberadamente ficciona para preencher lacunas, ou para conferir maior expressividade ao relato.

Photo ofPonto de Interesse N°17

Ponto de Interesse N°17

No meio de tantos relatos e artigos sobre a história e vida de Diogo Alves, obtém-se algumas curiosidades sobre este homem. Diogo nem sempre foi um criminoso, ele tinha uma vida relativamente boa, até que o seu caminho foi alterado pelo vício da bebida e pela influência de uma mulher chamada Gertrudes Maria, conhecida como “A Parreirinha”, dona de um bar e com quem até chegou a viver. Diogo disse que o único crime de que se teria arrependido seria quando ao jogar uma criança do Aqueduto, a mesma se riu enquanto caia, tendo afetado o assassino no momento. Ironicamente, os criminosos foram condenados porque a filha de Gertrudes testemunhou contra eles. Manuel Joaquim e Diogo foram condenados à morte, enquanto a mãe da delatora foi desterrada. Fim da visita guiada e do jogo peddypaper. Entrega do jogo palavras cruzadas e prémios.

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