Trilha Pedra Grande Cantareira

Uma trilha perfeita para quem é novato em trekking
Trilha Núcleo da Pedra Grande
Como minha primeira incursão no trekking, escolhi uma trilha praticamente fácil, algo mais controlado que não pudesse oferecer qualquer risco por menor que fosse, afim de não ter surpresas e principalmente não saber como lidar com elas.

A trilha da Pedra Grande fica no Núcleo Pedra Grande do Parque Estadual Cantareira, na serra do mesmo nome que contém várias trilhas como desafios principalmente para aqueles que querem estar perto da natureza, exercitar-se e experimentar uma aventura sem maiores surpresas.

O parque

Para chegar ao Parque da Cantareira optei por pegar o metrô sentido Tucuruvi e descer na estação Santana, lá no terminal de ônibus entrei no ônibus da linha 1018, com letreiro de Vila Rosa. A viagem até o parque é tranquila e rápida, principalmente num domingo de manh

Chegando no destino, rua do Horto, desci do ônibus e percebi que tem uma linha especial para o Horto que saí do metrô Parada Inglesa, uma boa opção para uma próxima trilha no parque.

Me perdi um pouco, como não levei as informações sobre a trilha impressas, entrei no parque errado. O parque do Horto Florestal, bem sinalizado e cheio de gente pois em dúvida se era mesmo esse o local, andei um pouco pelo parque para encontrar alguma coisa que se parecesse com uma trilha e quando estava saindo dele peguei informações com o guarda local, ele me explicou que a trilha que eu estava procurando ficava no Parque da Cantareira, no fim da rua do Horto.

Subi a rua e encontrei a entrada do parque, onde tinha uma bilheteria que cobrava R$ 9,00 o ingresso. Como sou estudante tive direito a pagar só metade da entrada. Aproveite e comprei um livreto com uma série de informações sobre trilhas no estado de São Paulo, com um campo especial para ser carimbado quando a trilha é concluída.

Dentro do parque abasteci minha garrafa de água, olhei as informações dos murais e comecei a trilha principal que leva à Pedra Grande. Essa trilha é asfaltada, muito bem sinalizada e tem basicamente 4,5 km, totalizando com a volta 9 km.

Como foi minha primeira incursão senti falta de itens importantíssimos, talvez a segurança de estar indo para um parque me fez menosprezar os cuidados que indicam antes de se aventurar numa trilha. Esqueci de levar boné, protetor solar, repelente e mais água, além de sentir falta também de um apoio para as subidas íngremes, um bastão.

O parque é bem cuidado, várias placas pelo caminho da trilha principal indicam outras pequenas trilhas que nos levam mais para dentro da floresta, dando mais oportunidade de observar as espécies que habitam o local.

Uma delas, o macaco da raça Bugio, não consegui encontrar, como não tenho um bom alcance visual não conseguia distinguir entre as árvores qualquer animal que fosse. Dessa forma a trilha para mim é uma caminhada sem paradas, não tenho o hábito de parar para admirar pantas ou árvores, gosto de curtir o momento na natureza mas não perder muito tempo tentando enxergar algo que para minha visão é muito confuso.

Muitas famílias com crianças desde as de colo até as maiores circulam pelo local, o que deixa a segurança e sensação que trata-se de uma jornada fácil. Mesmo com essas "aparições" humanas pelo caminho, o parque não estava cheio, o que proporcionava grandes momentos sozinho, onde eu podia filmar com tranquilidade o caminho e algumas informações para serem colocadas no vídeo que eu fazia.

Após cerca de uma hora e meia eu cheguei ao ponto final da trilha, desembocando na tão esperada Pedra Grande, de cima dela pode-se avistar grande parte de São Paulo e com o céu limpo, como era o caso, avistar no horizonte a serra do mar.

Aí sim uma recompensa pelo esforço, agradável, de subir os quatro quilômetros para chegar ao destino. Ao lado da Pedra há ainda um museu, que estava fechado e um mirante, onde pode-se avistar além da visão proporcionada na Pedra, o pico do Jaraguá, à direita.

Na volta resolvi ousar um pouco e procurar a trilha que chamam de Suçuarana, crente que ela me levaria a entrada do parque por dentro da floresta e mais rápido. Segui por ela e foi muito interessante o contato com a trilha de chão de terra batido fez com que eu me sentisse numa trilha no meio da floresta, sem pensar que eu estava em um parque totalmente em segurança.

Deu para brincar um pouco com a situação, levantar questões como as de segurança diante de animais selvagens (claro que só na imaginação mesmo) e dúvidas quanto ao correto caminho da trilha, com algumas bifurcações fiquei um pouco confuso mas sempre que passava alguém sentia que estava indo pelo caminho certo.

A trilha Suçuarana terminou no meio do parque e não na entrada como eu pensava, segui as instruções e continuei a caminhada na esperança de chegar logo no destino final, e quando o encontrei veio a decepção, estava na outra entrada do parque, justamente a entrada do Núcleo das Águas Claras (nossa próxima aventura). E a surpresa final, voltar toda a trilha novamente para assim retomar o caminho pelo asfatl que se estende da entrada do Núcleo Pedra Grande à própria pedra.

Como sempre a volta pareceu mais rápida que a ida e terminou com um saldo positivo: estava muito feliz por ter chegado até o final da minha primeira trilha, e animado para a próxima!