PR4 EPS Trilho das Azenhas de Antas
near Antas, Braga (Portugal)
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Itinerary description
OBRIGADO .
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Este percurso tem início junto ao parque de merendas de Azevedo, na Freguesia de Antas, no Concelho de Esposende. É um itinerário cheio de património, seja ele, arquitectónico, religioso, arqueológico, cultural, etnográfico e natural.
O nome surge pelos diversos engenhos que se vão encontrando ao longo do Rio Neiva.
Ficha Técnica:
Nome do Percurso: Trilho Azenhas de Antas
Entidade Promotora: Junta de Freguesia de Antas em parceria com a Rio Neiva - Associação para a Defesa do Ambiente.
Localização do Percurso: freguesias Antas e Belinho (Esposende)
Tipo de Percurso: Pequena Rota
Âmbito do Percurso: Paisagísticocultural
Ponto de Partida/Chegada: Parque de Merendas de Azevedo
Grau de Dificuldade: Fácil
Cota Máxima Atingida: 80 metros (Alfândega)
Waypoints
Início/Fim do Percurso
Este percurso tem inicio junto ao parque de merendas de Azevedo, na Freguesia de Antas, no Concelho de Esposende. É um itinerário cheio de património, seja ele, arquitectónico, religioso, arqueológico, cultural, etnográfico e natural. O nome surge pelos diversos engenhos que se vão encontrando ao longo do Rio Neiva.
Parque de Estacionamento
Parque de Estacionamento
parque de merendas
parque de merendas
Capela de S. Cristovão
A Capela de S. Cristóvão é um templo quinhentista (séc. XVI), de construção bastante singela e planta quadrangular, voltada a oeste. O único elemento decorativo da fachada é o portal chanfrado, com arco de volta perfeita, cujas aduelas e umbrais têm a pedra à vista. A luz penetra no interior pelos postigos e por uma pequena fresta voltada a sul.
O interior é extremamente modesto, apresenta as paredes lisas, rebocadas e a parede do altar - mor com alvenaria irregular, à vista. Ao centro insere-se um nicho com arco de querena, que abriga a imagem de S. Cristóvão. No chão um túmulo da família dos seus fundadores.
Capela de Santa Tecla
Documentalmente a capela de S.ta Tecla é das mais antigas do concelho. Referida nas Inquirições de 1220 como “heremita de Santa Tecla” e em 1258 como “ecclesia de Sancta Tegra”, foi várias vezes reformada, com destaque para a corrida em 1800 e na segunda metade do século XX.
Segundo a lenda, a Virgem S.ta Tecla teria aparecido num penedo junto ao rio. Levada por diversas vezes para a igreja paroquial, a imagem acabava por reaparecer sempre junto do local onde havia sido encontrada. Os agricultores da região deram então descanso à Santa, erguendo-lhe aí uma ermida.
Construção de planta rectangular voltada a Oeste, está situada bem junto à margem do rio Neiva, tem a capela-mor destacada e uma sacristia adossada ao alçado norte.
Extremamente simples, com elementos de construção que a filiam num tempo oitocentista, nomeadamente a nível da cornija está actualmente muito descaracterizada por um alpendre, avançado à fachada principal oferecido pelo benfeitor Albino Alves de Azevedo e inaugurado, ao que reza uma placa, em 2-IX-1956. Sobre o telhado do alpendre abre-se uma janela rectangular, gradeada, culminando a frontaria com uma sineira de confecção tosca e que remata em cruz.
Cronologia: Séc. XIX (1800) – Séc. XX (1950).
Engenho de Santa Tecla
O açude que podemos observar, que atravessa o rio Neiva, serviria para represar as águas, que por sua vez, seriam a força motriz que accionaria as duas azenhas que existiam nas margens. O engenho de Santa Tecla, na margem esquerda, era de uma só roda e movia duas serras. O edifício em granito que hoje se observa encontra-se adaptado a habitação.
http://portugalpedestre.blogspot.com/2011/09/parque-natural-do-litoral-norte.html
Azenha do Sebastião (ou da Guilheta)
No lugar da Guilheta, a Nascente do engenho de Santa Tecla, havia uma azenha de propulsão inferior ou média, denominada azenha do Sebastião, que foi totalmente descaracterizada, porque dela fizeram uma casa de habitação. É um edifício com rés-do-chão e primeiro andar totalmente rebocado e caiado à excepção do cunhal que deixou as pedras de granito à mostra. O açude, lançado na diagonal, serve a azenha e uma pesqueira, esta situada na margem oposta. Está actualmente um tanto desgastado e assoreado a montante pela acumulação de areias e detritos vários.
O canal adutor ou gola pode ser descrito como sendo uma fiada de blocos graníticos, mal aparelhados, dispostos grosseiramente. Na sua fase intermédia tem uma cobertura que não é mais do que o arranque a ponte que serve ambas as margens. O sistema de calhas, onde funcionava a entosta, encontra-se em muito bom estado de conservação. São visíveis os dois blocos granitos, bem aparelhados, dispostos de maneira que entre eles deslizasse uma tampa de madeira. A que actualmente aí está, é recente e está longe de ser igual à original.
No cunhal da casa, sobre a entosta, existe uma abertura rectangular saliente através da qual seria possível regular, internamente, a passagem das águas (Oliveira et alii, 1983, fig.166). Existe um outro sistema com a mesma função, embora exterior, sendo constituída por duas pedras paralelas perfuradas para a colocação do eixo da alavanca para a elevação da entosta Esta azenha funcionava com uma única roda, da qual não temos notícias, mantendo-se perfeitamente distinto, o postigo por onde o eixo entrava no seu interior.
Azenha da Carvalha
No lugar da Guilheta existe uma azenha, denominada azenha da Carvalha, remodelada para fins habitacionais. O edifício seria térreo, na fase em que trabalhou como azenha de propulsão inferior. No entanto as obras que posteriormente foram efectuadas, acrescentaram-lhe um andar. Pelo aspecto que apresenta demonstra que seria uma construção robusta, construída em granito, de forma a suportar um sistema de moagem permanente.
Servida por um açude, razoavelmente bem conservado, com um perfil côncavo, a azenha alimentava a sua roda através de uma gola, sendo a sua entrada formada por dois blocos graníticos ranhurados onde outrora se apoiava a entosta. Pode-se ainda perceber um ligeiro canal de escoamento da água, mesmo ao lado destas duas pedras.
Apesar da sua alteração o edifício deixa perceber que funcionou com uma única roda. Mais não podemos adiantar já que o terreno envolvente está vedado e os seus donos só o frequentam em época de férias. Assim não nos é possível dizer se o sistema de moagem ainda existe, bem como não podemos dizer se a gola foi ou não destruída.
Alminha de N. Srª da Boa Viagem
As Alminhas de N.ª Sr.ª da Boa Viagem estão incrustadas na parede da Quinta de Ribas (hoje Quinta da Malafaia) e voltadas à estrada nacional nº 13, no entroncamento para o lugar de Pereira.
São de construção recente e o material usado foi a pedra e o cimento que reveste o interior do nicho, de formato rectangular, resguardado com um pequeno telhado. O retábulo é em azulejo policromo e representa N. Sª do Carmo com os anjos que a ladeiam a retirarem almas do Purgatório. É obra da Fábrica Aleluia – Aveiro.
Azenha e levada do minante
De um conjunto que englobava uma azenha, um engenho de serrar madeira e um outro do linho, resta, somente a azenha, ainda em laboração. A azenha, servida por uma levada, ainda bem conservada, chegou a ter 4 mós, duas para trigo e duas para milho que eram movidas por duas rodas a funcionar em golas de pedra. Na porta, voltada a sul. Há alguns símbolos apotropaicos e, na berma de um caminho, uma pequena cruz.
O trânsito, para o outro lado do rio, faz-se, somente para pessoas e animais, através de uma ponte com grandes lajes de pedra, de tipo passadiço, assente em pilares inteiriços, rectangulares, mas de cantos arredondados.
A azenha é um edifício de planta quadrangular, construído em granito rebocado e parcialmente caiado de branco. Possui três aberturas. Duas portas; uma voltada a Sul e a outra a Nascente, que se abrem para um pequeno alpendre e uma janela voltada ao leito do rio. Nos silhares da porta voltada a Sul podem ser observados, na ombreira direita, cinco cruzes e a data 1932, enquanto que na da esquerda se contabilizam nove. Na padieira foram gravadas outras cinco.
No interior ainda é vísivel tudo aquilo que faz uma azenha, desde as duas mós, passando pelas respectivas moegas e tremonhados, bem como as guardas farinhas. Um pormenor que nos parece importante referir é a existência de uma espécie de guindaste em madeira utilizado na remoção das mós moventes, quando se tornava necessária a sua picagem. Como as demais azenhas é servida por um açude.
O seu estado actual é bastante bom atendendo às recentes obras aí de recuperação. O seu perfil tem a forma de um V, pois que além de servir este conjunto, ainda abastece o enegenho-azenha situado na margem oposta. A azenha, ainda em funcionamento, recolhe a água deste açude, através de uma gola de dupla entrada. A primeira abastece todas as rodas, enquanto a segunda reforça o caudal que movimenta a última roda. Os cubos, paralelos, são capeados e guarnecidos permitindo o acesso ao local onde funcionam os aguilhões. No seu início foi construída uma virgem, estrutura em madeira de salgueiro, que não permite a passagem de detritos à caldeira. Igualmente no local e em perfeito estado de conservação, estão as duas entostas, mais o mecanismo interno e externo de levantamento das mesmas, bem como as ranhuras onde funcionam. Um barrote de madeira, fincado entre duas pedras salientes à parede trespassa e permitem a elevação de uma das entostas a partir do interior do edifício.
Será útil referir o facto de o canal de escoamento de águas ser o próprio açude, sendo encaminhadas para uma segunda gola que alimentava o engenho de serra madeira. Na caldeira funcionam duas rodas que nos seus tempos áureos movimentavam quadro mós, ou seja, cada roda fazia movimentar duas mós. Só que os tempos são outros e a falta de procura desactivou dois conjuntos trituradores, mantendo-se os outros dois. As rodas detêm todos os elementos característicos das mesmas. Apesar dos muitos anos de funcionamento ainda se encontram em bom estado de conservação. O canal de escoamento das águas acaba por desembocar no interior do engenho de serrar madeira - edifício geminado à azenha - acabando por ser desviado em direcção ao rio.
Menir de Antas
Situado numa pequena elevação a norte e a poucos metros da igreja paroquial. Trata-se de um monólito em granito da região, de configuração fálica. Tem de altura 1,65 m, de perímetro na base 1,50 m e na cabeça 0,95 m. Está enterrado cerca de 30 cm e inclinado para Sul. Monumento megalítico com cronologia que ronda o III/II milénio a. C.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público, pelo Decreto nº 26-A/92 de 1 de Junho.
Cronologia: III / II milénio a.C..
Cruzeiro Paroquial
Ao fundo do adro, voltado à fachada da igreja, está o cruzeiro paroquial, protegido por um gradeamento de ferro e assente numa base de três degraus de faces oitavadas.
No seu conjunto pode-se dizer que é uma bela peça decorativa e que reflecte, tal como a igreja o eclectismo decorativo da época.
O plinto, rectangular, apresenta as quatro faces molduradas e decoradas, em alto – relevo, os vários símbolos da Paixão (martelo, pregos, tenaz, esponja, chicote, cana, escada, lança, machado e túnica) e anjos transportando nas mãos um cálice e uma flor.
O fuste, imitando as colunas torsas salomónicas, está decorado em alto-relevo com videiras, parras e cachos de uvas. A meio corpo, na face voltada à igreja, está uma imagem de Nossa Senhora a ser coroada por dois anjos. Por debaixo da Senhora, numa pequena cartela, a data da sua construção: 1898. A rematar o fuste, um capitel de tipo dórico encimado por uma base, profusamente decorada, onde assenta a cruz. Entre os motivos decorativos mais salientes convirá destacar as figurações de Cristo preso à coluna, Cristo transportando a cruz e Cristo em coração e instituindo a Eucaristia.
A cruz, também ela de faces oitavadas, apresenta os topos florenciados e na face voltada à igreja, uma imagem de Cristo Crucificado sobre o qual tatá a legenda J N R I.
Cronologia: Séc. XIX (1899).
Igreja Paroquial de Antas
A actual igreja paroquial de S. Paio de Antas é um templo amplo, fachada voltada a Poente, situado a uma escassa dezena de metros da colina onde se situa o menhir e o povoado de época romana. Pode-se mesmo dizer que o adro, o cemitério e especialmente o salão paroquial se situam em antigas áreas de ocupação romana ou da Alta Idade Média.
Construída entre 1879e 1895 a igreja tem, todavia, reminiscências ao século XII quando o abade Soares a Fundou em 1145, a fazer fé numa inscrição existente na parede exterior sul e que textualmente diz: IN ERA MCLXXXIII. X CALENDAS MAGII ABAS SAURIUS FUNDAVIT OPERA ISTA MER.
A fachada da actual igreja reflecte e bem o momento da sua construção – o neo-barroco do fim do século passado – presente na banda granítica, decorada com folhagens, panejamentos, argolas e anjos, que preenchem toda a parte central desde a porta principal até à base da torre que se situa na parte superior da fachada que remata em frontão interrompido. A porta, a concluir em arco abatido, foi enriquecida com pilastras laterais que ajudam a sustentar o frontão abatido que encima. A iluminação do interior é fornecida por duas janelas laterais e uma terceira que ocupa a parte central da fachada, mesmo por cima da porta. Sobre ela, um baldaquino com remate em concha alberga a imagem em pedra, de S. Paio. A decoração é complementada por duas cartelas com motivos decorativos, Situadas na parte alta da fachada e por crateras providas de florões colocadas sobre os cunhais e no cimo do frontão. Motivos análogos aparecem a revestir os lados e a cúpula da torre.
Cronologia: Séc. XIX (1879-1895).
ALMINHAS DO CEMITÉRIO
Estas alminhas estão situadas na berma estrada camarária S. Paio de Antas – Forjães, junto ao desvio para o adro e cemitério.
Foram feitas num bloco granítico rectangular. O arco tem remate contracurvado e no cimo, gravada, uma cruz ladeada por dois singelos pináculos. No nicho há um retábulo em azulejo policromo da Fábrica Aleluia - Aveiro que mostra Cristo Crucificado ao centro, ladeado por anjos que retiram as almas do Purgatório.
No painel há ainda as seguintes legendas: Ano Santo – 1975 e a seguinte quadra:
Nem só na igreja se reza
Também vós sois oratório
Ó alminhas do caminho
À beira do Purgatório
Cronologia: Século XIX
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Capela de S. João
É um pequeno templo, quase nicho, situado na berma da estrada que liga S. Paio de Antas a Forjães. Pintada de branco, não apresenta qualquer elemento decorativo, excepto o remate feito pela cruz no topo da frontaria.
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Trilha bonita, com partes que precisam de limpeza (até uma árvore de porte razoável está a barrar o caminho. As marcações não são muito visíveis e escassas.
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Trilho bem sinalizado com muita sombra.
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Trilha fantástica. Tudo muito bem sinalizado e paisagem excelente.
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Trilho muito bem marcado, parabéns!
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Trilho muito bem sinalizado, com muita sombra e com possibilidade de banho no rio Neiva