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GoLX - Mobilidade Misericórdia: Arte Sacra

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Trail stats

Distance
1.99 mi
Elevation gain
387 ft
Technical difficulty
Easy
Elevation loss
207 ft
Max elevation
279 ft
TrailRank 
46 5
Min elevation
50 ft
Trail type
One Way
Coordinates
47
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December 10, 2020
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near Bairro Alto, Lisboa (Portugal)

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Itinerary description

Caminhado pelas ruas da nossa freguesia somos convidados a contemplar a riqueza arquitetónica e artística existente. Um contributo deixado ao longo dos seculos é o património de cariz religioso. Materiais como a pedra, madeira ou metal ganham vida em figuras humanas, animais ou vegetação. A talha dourada, a riqueza escultórica, azulejos e pintura com influência das melhores escolas italianas podem ser visitadas e apreciadas neste percurso.

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Walking through the streets of our borough, we are invited to contemplate the existing architectural and artistic wealth. A contribution left over the centuries is the religious heritage. Materials such as stone, wood or metal come to life in human figures, animals or vegetation. The gilt carving, sculptural richness, tiles and painting influenced by the best Italian schools can be visited and enjoyed on this route.

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Waypoints

PictographWaypoint Altitude 49 ft
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Igreja de São Paulo

A Igreja de São Paulo foi construída no século XV, em Lisboa. No dia 1 de novembro de 1755, o grande terramoto e o subsequente incêndio que vitimou a cidade de Lisboa, destruíram boa parte do edificado. O atual edificado foi reconstruído em 1768, conforme o projeto do arquiteto Francisco Remígio de Abreu. __________________________ The Church of São Paulo was built in the 15th century, in Lisbon. On November 1, 1755, the great earthquake and the subsequent fire that victimized the city of Lisbon, destroyed much of the building. The current building was rebuilt in 1768, according to the design of the architect Francisco Remígio de Abreu.

PictographWaypoint Altitude 69 ft
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Igreja do Corpo Santo

EDIFÍCIO A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, ou do Corpo Santo, e o antigo convento e seminário dos padres dominicanos irlandeses compõem, no seu conjunto, a totalidade de um quarteirão do largo lisboeta do mesmo nome. O templo tem fachada principal constituída por três panos, sendo o central ligeiramente mais recuado, e os laterais quase inteiramente ocupados por pilastras geminadas em cantaria, rematadas, tal como os cunhais do edifício, por falsos capitéis com cartelas e florões. No pano central, três degraus dão aceso ao portal, com moldura rematada em arco redondo, inscrita em alfiz e delimitada por pilastras encimadas por frontão triangular. Sobre este abre-se um janelão, igualmente em arco redondo e delimitado por pilastras. O entablamento é encimado pelo frontão triangular, com fogaréus laterais e cruz sobre acrotério. O tímpano exibe brasão coroado da Ordem de São Domingos sobre cartela emoldurada por enrolamentos de acanto, num conjunto rematado pela legenda VERITAS. A fachada posterior confina com os anexos, que constituem hoje um edifício autónomo, embora revestido com os mesmos azulejos de padrão azuis e brancos do templo. A fachada lateral esquerda confina com o edifício do antigo convento, e a direita deita para a Rua do Corpo Santo. No interior, composto pelo coro-alto, pela nave octogonal sob cúpula com lanternim, e pela capela-mor, merece destaque a originalidade da planta de tendência centralizante, não acusada na volumetria exterior. Sob o coro-alto existem duas capelas, e na nave seis altares em cantaria, albergando alternadamente retábulos de talha dourada com imaginária e pintura sobre tela. Os altares flanqueando o coro-alto são simples nichos com elementos de talha dourada, mas os altares afrontados no eixo transversal da nave configuram imponentes peças arquitetónicas, com arcos redondos assentes em pilastras e encimados por frontão curvo sobre entablamento clássico. Os altares colaterais são novamente nichos semiesféricos, um deles forrado a talha dourada e o outro enobrecido por uma composição arquitetónica classicizante. Um arco triunfal de volta redonda dá acesso à capela-mor, coberta por abóbada de berço de penetrações com quatro janelas e pintura central a óleo sobre estuque de finais do século XVIII, representando um Cordeiro Místico. O retábulo-mor neoclássico, em cantaria, respeita o sóbrio esquema das igrejas pombalinas, com duas colunas lisas e marmoreadas encimadas por frontão interrompido assente em capitéis coríntios, enquadrando uma tela representando a Transfiguração de Cristo. Na sacristia e anexos existe uma pintura mural com o brasão dos dominicanos e um bebedouro monumental em pedra trabalhada. Parte das imagens conservadas foram adquiridas em finais do século XVIII, a par de uma grande campanha de renovação do templo, embora uma Virgem e um São Patrício possam corresponder às esculturas barrocas de madeira policromada supostamente resgatadas de Galway antes da sua conquista por Cromwell, em 1653. HISTÓRIA Entre a primeira metade do século XVI e meados do século XVIII, abrangendo o Protetorado de Oliver Cromwell, a Igreja Católica sofreu uma dura perseguição na Irlanda, que obrigou as Ordens a enviar padres e seminaristas para países católicos da Europa, incluindo Portugal. Os primeiros dominicanos a chegar instalaram-se em diversos locais de Lisboa, mas a chegada do P.e Daniel Dominic O'Daly, O.P., o "Frei Domingos do Rosário" dos cronistas nacionais, conhecido pela habilidade diplomática e pela grande influência na corte de D. João IV, conduziu em 1659 à construção de um colégio patrocinado por D. Luísa de Gusmão. Destruídos pelo Terramoto de 1755, o colégio e o templo anexo foram reconstruídos ao longo da segunda metade do século XVIII. As dependências do seminário e do convento foram vendidas pelos frades a partir de 1856, e hoje em dia apenas a igreja se conserva como testemunho deste passado. _________________________________ BUILDING The Church of Nossa Senhora do Rosário, or Corpo Santo, and the former convent and seminary of the Irish Dominican priests make up the whole of a block of the Lisbon square of the same name. The temple has a main façade made up of three panels, the central one being slightly further back, and the lateral ones almost entirely occupied by twin pilasters in stonework, finished off, like the cornerstones of the building, by false capitals with cards and flowers. In the central panel, three steps give access to the portal, with a frame finished in a round arch, inscribed in alfiz and bounded by pilasters topped by a triangular pediment. A large window opens on this, also in a round arch and delimited by pilasters. The entablature is surmounted by the triangular pediment, with side stoves and cross over acroterium. The tympanum has a coat of arms crowned by the Order of São Domingos on a chart framed by acanthus windings, in a set topped by the legend VERITAS. The rear façade adjoins the annexes, which today constitute an autonomous building, although covered with the same blue and white tiles of the temple. The left side facade adjoins the old convent building, and the right faces Rua do Corpo Santo. In the interior, composed of the high choir, the octagonal nave under a dome with lantern, and the chancel, the originality of the plan with a centralizing tendency, not mentioned in the exterior volume, deserves mention. Under the high choir there are two chapels, and in the nave six stonework altars, alternately housing gilded altarpieces with imagery and painting on canvas. The altars flanking the high choir are simple niches with gilded elements, but the altars facing the nave's transverse axis form imposing architectural pieces, with round arches resting on pilasters and surmounted by a curved pediment over a classic entablature. The side altars are again semi-spherical niches, one of them lined with gilded woodwork and the other ennobled by a classicizing architectural composition. A round triumphal arch gives access to the chancel, covered by a barrel vault with four windows and a central oil painting on stucco from the late 18th century, representing a Mystical Lamb. The neoclassical main altarpiece, in stonework, respects the sober scheme of the Pombaline churches, with two smooth and marbled columns topped by an interrupted pediment based on Corinthian capitals, framing a canvas representing the Transfiguration of Christ. In the sacristy and annexes there is a mural painting with the coat of arms of the Dominicans and a monumental water fountain in carved stone. Part of the preserved images were acquired in the late 18th century, along with a major campaign to renovate the temple, although a Virgin and Saint Patrick may correspond to the baroque polychrome wooden sculptures allegedly rescued from Galway before their conquest by Cromwell, in 1653. STORY Between the first half of the 16th century and the mid-18th century, encompassing the Protectorate of Oliver Cromwell, the Catholic Church suffered severe persecution in Ireland, which forced the Orders to send priests and seminarians to Catholic countries in Europe, including Portugal. The first Dominicans to arrive settled in several places in Lisbon, but the arrival of Fr Daniel Dominic O'Daly, OP, the "Frei Domingos do Rosário" of the national chroniclers, known for his diplomatic skill and great influence in the court of D João IV, led in 1659 to the construction of a school sponsored by D. Luísa de Gusmão. Destroyed by the 1755 Earthquake, the college and the attached temple were rebuilt throughout the second half of the 18th century. The seminary and convent facilities were sold by the friars from 1856, and today only the church is preserved as a testimony of this past.

PictographWaypoint Altitude 177 ft
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Igreja de Nossa Senhora da Encarnação

A igreja, construída como paroquial da Encarnação no princípio do século XVIII, foi reconstruída depois da derrocada e do incêndio provocados pelo terramoto de 1755, em estilos barroco e rococó. Na fachada, destaque para duas esculturas seiscentistas que se encontravam na Porta de Santa Catarina, da muralha de D. Fernando. No interior, destaca-se a imponente imagem de Nossa Senhora da Encarnação, no retábulo-mor, esculpida por Machado de Castro; bem como as pinturas dos tectos, seja o da capela-mor, com uma representação do Mistério da Encarnação de notável dramaticidade, seja o da nave, que figura a Anunciação a Nossa Senhora. Junto à entrada, encontra-se uma capela de arte contemporânea dedicada a Santa Maria Goretti. ______________ The church, built as a parish of the Incarnation in the early 18th century, was rebuilt after the collapse and fire caused by the 1755 earthquake, in Baroque and Rococo styles. On the façade, we highlight two sculptures from the 17th century that were at the Porta de Santa Catarina, on the wall of D. Fernando. Inside, the imposing image of Nossa Senhora da Encarnação stands out, in the main altarpiece, sculpted by Machado de Castro; as well as the paintings on the ceilings, whether in the chancel, with a remarkable dramatic representation of the Mystery of the Incarnation, or in the nave, which features the Annunciation to Our Lady. Next to the entrance, there is a chapel of contemporary art dedicated to Santa Maria Goretti.

PictographWaypoint Altitude 183 ft
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Igreja de Nossa Senhora do Loreto dos Italianos

A Igreja do Loreto, está situada junto ao Largo do Chiado, fazendo esquina com a Rua da Misericórdia, em Lisboa. O autor do projeto de construção desta igreja foi José da Costa e Silva. Com o Terramoto de 1755 o templo sofreu grandes estragos, tendo sido reconstruído em 1785. A igreja, também chamada Igreja dos Italianos foi elevada por D. João V em 1518 para acolher os muitos italianos, principalmente venezianos e genoveses, comerciantes em Lisboa (territorialmente: Itália; mas destinada aos italianos em Portugal). Depende diretamente da Santa Sé, e é sufragânea da arquibasílica de São João de Latrão. Esta igreja é constituída por uma nave central com doze capelas laterais que apresentam os doze apóstolos. Essas capelas têm como revestimento mármore italiano. Na fachada principal, além da imagem de Nossa Senhora do Loreto, pode-se observar as armas pontifícias, de autoria de Borromini, ladeadas por dois anjos. Possui ainda um órgão de tubos datado do século XVIII, cuja autoria não se encontra bem definida. Aquando da edificação da Cerca de D. Fernando foi construída mesmo junto à igreja do Loreto a torre norte da Porta de Santa Catarina _____________________ The Loreto Church is located next to Largo do Chiado, on the corner of Rua da Misericórdia, in Lisbon. The author of the construction project for this church was José da Costa e Silva. With the 1755 Earthquake the temple suffered great damage, having been rebuilt in 1785. The church, also called Church of the Italians, was elevated by D. João V in 1518 to accommodate the many Italians, mainly Venetians and Genoese, merchants in Lisbon (territorially: Italy; but intended for Italians in Portugal). It depends directly on the Holy See, and is a suffragan of the Saint John Lateran archbasilica. This church consists of a central nave with twelve side chapels that feature the twelve apostles. These chapels are covered in Italian marble. On the main façade, in addition to the image of Nossa Senhora do Loreto, one can observe the pontifical weapons, designed by Borromini, flanked by two angels. It also has a pipe organ dating from the 18th century, whose authorship is not well defined. When the construction of Cerca de Fernando was built, right next to the Loreto church, the north tower of the Porta de Santa Catarina

PictographWaypoint Altitude 227 ft
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Igreja de São Roque

A primitiva ermida de São Roque foi erguida, em 1506, pelos habitantes da cidade para albergar uma relíquia do santo, que o Rei D. Manuel solicitara a Veneza a fim de proteger a população de Lisboa da peste. Em 1553, foi doada à Companhia de Jesus, que aqui construiu, doze anos mais tarde, a Casa Professa e a Igreja de São Roque, sede da Ordem em Portugal. O riquíssimo interior maneirista e barroco, de estilo “jesuítico”, combina mármores, talha dourada, pintura, escultura e azulejo. Destaca-se a capela de São João Baptista, de pedras nobres, metais e mosaicos, encomendada em Roma por D. João V.Encontra-se na parede do cruzeiro o túmulo do Padre Simão Rodrigues, um dos fundadores da Companhia de Jesus e o primeiro provincial de Portugal. A igreja pertence actualmente à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, juntamente com o museu contíguo. ________________________________ The primitive chapel of São Roque was built, in 1506, by the inhabitants of the city to house a relic of the saint, which King D. Manuel had requested from Venice in order to protect the population of Lisbon from the plague. In 1553, it was donated to the Companhia de Jesus, which built the Casa Professa and the Igreja de São Roque, headquarters of the Order in Portugal, twelve years later. The rich Mannerist and Baroque interior, in a “Jesuit” style, combines marbles, gilt wood, painting, sculpture and tiles. Noteworthy is the chapel of São João Baptista, made of noble stones, metals and mosaics, commissioned in Rome by D. João V. On the wall of the cruise, the tomb of Father Simão Rodrigues, one of the founders of the Society of Jesus and first provincial of Portugal. The church currently belongs to the Santa Casa da Misericórdia of Lisbon, together with the adjoining museum.

PictographWaypoint Altitude 255 ft
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Convento de São Pedro de Alcântara

É pela Rua de São Pedro de Alcântara, em Lisboa, que milhares de pessoas circulam diariamente entre o Príncipe Real e o Bairro Alto. Turistas e lisboetas não deixam de tirar uma foto no Miradouro, nem de visitar o Museu de São Roque. No caminho, todas passavam ao lado de um tesouro chamado Convento de São Pedro de Alcântara, que apenas se abria esporadicamente a alguns grupos. Mas isso mudou esta semana. A Santa Casa da Misericórdia decidiu abrir, pela primeira vez, a construção do século XVII ao público em geral. Na igreja, construída em 1681, sobressaem os altares em talha dourada com iconografia franciscana e pinturas da época joanina vindas do Convento de Mafra no período do pós-terramoto de 1755, nomeadamente “A Coroação da Virgem”, do pintor francês Pierre Antoine Quillard e “A Pregação de S. João Baptista”, de Pedro Alexandrino de Carvalho, provavelmente encomendados pelo rei D. João V. A igreja não tem órgão. Foi levado para a igreja de São Roque em 1843. Em 1870 foram feitas obras de restauro. É daí que resulta o teto, pintado em trompe l’oeil pelo pintor francês Pierre Bordes em 1878, e um desafio para os olhos. No altar-mor, de influência rococó em talha dourada, sobressai a pintura “O Extâse”, de São Pedro de Alcântara, do séc. XVII, atribuída ao pintor Bento Coelho da Silveira. Nas paredes da igreja encontram-se painéis de azulejos do século XVIII, em moldura de efeito barroco, que representam cenas da vida de São Pedro de Alcântara. Para além de estarem em excelente estado de conservação, trata-se do conjunto mais completo em Portugal sobre a vida do santo. Longe da vista fica a roda dos expostos, onde no passado as pessoas deixavam as crianças anonimamente a cargo das misericórdias, e o Parlatório, construído já no século XIX, ou as esculturas que relatam a morte de São Francisco de Assis. As camaratas do piso de cima também estão encerradas às visitas livres. É por isso que as visitas guiadas aos fins de semana são aconselháveis. Durante cerca de uma hora, é possível ver e saber mais sobre a história e o património do Convento, a troco de 2,50 euros. Um Convento em honra da independência de Portugal face a Espanha A construção do templo, dedicado ao santo castelhano São Pedro de Alcântara, remonta ao século XVII, anterior ao terramoto de 1755. Quase 100 anos antes, em 1665, o primeiro marquês de Marialva e conde de Cantanhede fez um voto de fundar um Convento dedicado a São Pedro de Alcântara, caso os portugueses vencessem os espanhóis na Batalha de Montes Claros, pela independência de Portugal. Ainda hoje, sob a capela, estão as ossadas dos vários Marqueses de Marialva que ali foram sendo sepultados ao longo da história. O terramoto abalou o Convento, o que levou a obras de restauro. Foi-lhe acrescentado mais um piso, paredes mais altas e uma sala superior, projetada por Manuel da Maia, que passou a permitir a entrada de luz natural. Mas a “joia da coroa” do Convento é a Capela dos Lencastres, construída em 1690 ao lado da igreja e que se mantém original, por não ter sido atingida pelo terramoto. Foi construída em memória de D. Veríssimo de Lencastre, Cardeal de Lisboa, e é lá que continua sepultado. As paredes estão decoradas com mármores embutidos de influência italiana, de várias cores. Apenas o teto está pintado com frescos da época áurea do brutesco nacional, de finais do século XVII. Foi Francisco Pais quem o pintou. No altar, originalmente dedicado aos mártires de Lisboa – Veríssimo, Máxima e Júlia – podem admirar-se colunas em mármore típicas do barroco italiano. No centro do altar, o brasão de armas de D. Veríssimo salta à vista. O Convento de São Pedro de Alcântara foi entregue à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, por decreto de D. Pedro, Duque de Bragança, ex-imperador do Brasil, a 31 de Dezembro de 1833, devido à Extinção das Ordens Religiosas decretada pelos Liberais. Nas últimas décadas foi ocupado pela Comunidade Religiosa Feminina da Congregação de Maria, que recolhia jovens carenciadas. Na visita que o Observador fez em abril, ainda não estava prevista a abertura ao público e o destino a dar a alguns espaços ainda estava a ser equacionado. O centro documental já abriu, mas a hipótese de abrir um restaurante, cafetarias, lojas e salas para conferências ainda está a ser estudada.

PictographWaypoint Altitude 254 ft
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Capela do Convento dos Inglesinhos

DESCRIÇÃO Planta irregular composta pela articulação de vários retângulos, volumetria escalonada e cobertura efetuada por telhados diferenciados e articulados nos ângulos a 2, 3 e 4 águas, em terraço e em trapeira. O alçado principal da igreja, a N., apresenta 2 panos de muro em reboco pintado separados por pilastras de cantaria, dos quais se demarca o central. Servido por escadaria bifurcante disposta contiguamente à fachada, o corpo é vazado a eixo por portal de verga reta encimado por entablamento com inscrição, que articula com remate em frontão triangular armoreado. O portal é ladeado por 2 janelas de peito de verga reta destacada, com emolduramento simples de cantaria e malheiro de ferro, e sobrepujado por óculo circular localizado ao nível de um friso, que define o remate superior do corpo, em frontão triangular com pináculos e cruz nos acrotérios. No corpo a E., reconhece-se adossada ao alçado, torre de planta quadrada com ventana sineira e remate em terraço. O INTERIOR apresenta a nave e a capela-mor, articuladas por arco triunfal de volta perfeita em cantaria, com cobertura efetuada por 2 abóbadas de berço. Superfície murária animada por pintura decorativa, marmoreados. Nave única de panos laterais vazados por 4 altares em talha policroma, inscritos em arcos de volta perfeita. Capela-mor com abertura de tribunas nos muros laterais e presença de púlpito do lado da Epístola. Precede o altar-mor coro com cadeiral de madeira. No alçado de topo observa-se o altar-mor. A compartimentação interna dos restantes espaços que compõem o edifício, organiza-se segundo grandes eixos de circulação e distribuição (corredores) sendo a cobertura efetuada por abóbadas de aresta. Destacam-se do conjunto o refeitório, de planta retangular, que apresenta o muro de topo a N. vazado por 2 portas de verga reta e painel azulejar monocromo com a representação de São Pedro e São Paulo; nos muros laterais mesas e bancos com espaldar de madeira, dispostos no sentido longitudinal do espaço, encimados de um dos lados, por púlpito de madeira. Também o vestíbulo, que articula com o templo e um jardim no exterior, se demarca, caracterizando-se por espaço de planta retangular vazado por arcaria em asa de cesto, com os muros revestidos por silhar recortado azulejar monocromo, de temática alusiva à vida de São Pedro e São Paulo. Reconhece-se ainda a presença de azulejos ao nível da escadaria de acesso ao interior. CRONOLOGIA Séc. 17 - doação por D. Pedro Coutinho de umas suas casas para a fundação e edificação de um seminário de padres católicos ingleses, sob a inspeção do inquisidor-geral do reino, surgindo assim o oficialmente denominado Venerável Colégio Pontifício de São Pedro e São Paulo, vulgarmente designado dos Inglesinhos; em troca, o padroeiro reserva para si a sepultura da capela-mor; 1621 - carta régia autoriza a instituição do seminário; 1628 - vindos da Flandres chegam a Portugal os primeiros rapazes ingleses e dois professores; 1632 - início das obras, sob a coordenação do Padre Nicholas Ashton, capelão da colónia inglesa de Lisboa e amigo do fundador D. Pedro Coutinho; a administração da casa é feita pelos Inquisidores gerais, sendo o primeiro D. Francisco de Castro; 1644 - a igreja encontra-se concluída; séc. 18 - pintura do teto da igreja dos inglesinhos por Lourenço da Cunha, desaparecido com o terramoto de 1755; 1755, 1 novembro - o edifício sofre graves danos com o terramoto; 1758, 26 abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco das Mercês, Joaquim Ribeiro de Carvalho, é referido o Colégio; 1971 - encerramento da casa; 1982 - aquisição do imóvel pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; 2004 - projeto de adaptação deste imóvel a complexo habitacional de luxo.

PictographWaypoint Altitude 240 ft
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Capela dos Fieis de Deus

DESCRIÇÃO Estrutura arquitetónica simples (fachada simples com porta de verga reta e janela na parte superior com varanda em ferro; fachada lateral, voltada a N., e preenchida com três janelas com balaustrada) e de carácter pouco urbano, apresenta um interior pobre; orientada Este-Oeste, tem uma nave e altares laterais virados ao centro com imagens. ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO Séc. 16 ARQUITETO / AUTOR / CONSTRUTOR ENTALHADOR: Matias Rodrigues de Carvalho (1705). PINTOR: Bento Coelho da Silveira (atr., séc. 18). CRONOLOGIA 1551 - fundada por Afonso Brás, com evocação das Almas do Purgatório, para apoio e asilo de infância desvalida; 1705, 29 março - contrato com Matias Rodrigues de Carvalho (1640 - 1710), entalhador para a obra do retábulo da capela; 1755, 1 novembro - é destruída pelo Terramoto, sendo posteriormente restaurada; 1758, 26 abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco das Mercês, Joaquim Ribeiro de Carvalho, é referida a Ermida, como sendo dedicada a Nossa Senhora da Ajuda e Santos Fiéis de Deus, tendo um só altar, com tribuna em talha dourada, onde se venera a imagem da Virgem; tem irmandade e faz festa nod ia do Santíssimo Nome de Maria, a que assiste a Misericórdia de Lisboa; tem um capelão que oficia missa quotidiana.

PictographWaypoint Altitude 168 ft
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Igreja de Santa Catarina

A Igreja de Santa Catarina foi construída no século XVI, em Lisboa, por Catarina de Áustria. No dia 1 de novembro de 1755, o grande terramoto e o subsequente incêndio que vitimou a cidade de Lisboa, destruíram boa parte do edificado. O edificado foi reconstruído em 1757. O incêndio em 1835 destruiu boa parte da edificação. A Igreja do Convento dos Paulistas passa a ser paroquial, sob o orago de Santa Catarina, em 1835. O órgão inaugurado no início do século XVIII que resistiu ao grande terramoto de 1755 foi recuperado em 2018 por Dinarte Machado. _________________________________ The Church of Santa Catarina was built in the 16th century, in Lisbon, by Catarina de Austria. On November 1, 1755, the great earthquake and the subsequent fire that victimized the city of Lisbon, destroyed much of the building. The building was rebuilt in 1757. The fire in 1835 destroyed much of the building. The Church of the Convento dos Paulistas becomes a parish church, under the patron saint of Santa Catarina, in 1835. The organ inaugurated in the early 18th century that resisted the great earthquake of 1755 was recovered in 2018 by Dinarte Machado.

PictographWaypoint Altitude 160 ft
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Igreja de Nossa Senhora das Mercês

A Igreja de Nossa Senhora de Jesus, ou Igreja Paroquial de Nossa Senhora das Mercês, está situada no Largo de Jesus, em Lisboa. É enquadrada, no mesmo largo, pelo antigo edifício do Convento de Nossa Senhora de Jesus, onde desde 1838 está situada a Academia das Ciências, pelo Liceu de Passos Manuel, pelo Hospital de Jesus e pelo palácio Mendia, entre outros. A igreja actual foi construída no século XVIII, sobre as ruínas da igreja anterior, destruída pelo terramoto de 1755. Com o fim das ordens religiosas em Portugal, em 1834, a igreja do Convento de Nossa Senhora de Jesus é reconvertida em igreja paroquial da paróquia das Mercês, papel que desempenha até hoje. ___________________________________________ The Church of Nossa Senhora de Jesus, or Parish Church of Nossa Senhora das Mercês, is located in Largo de Jesus, in Lisbon. It is framed, in the same square, by the old building of the Convent of Nossa Senhora de Jesus, where the Academy of Sciences has been located since 1838, by the Liceu de Passos Manuel, by the Hospital de Jesus and by the Mendia palace, among others. The current church was built in the 18th century, on the ruins of the previous church, destroyed by the 1755 earthquake. With the end of religious orders in Portugal in 1834, the church of the Convent of Nossa Senhora de Jesus is converted into a parish church in the parish of Mercês, a role it still plays today.

PictographWaypoint Altitude 229 ft
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Igreja do Convento dos Cardaes

O CONVENTO O edifício do século XVII é uma jóia na cidade, uma peça única. Sobreviveu ao terramoto de 1755 e é por isso uma das poucas estruturas pré-pombalinas que hoje existem. Guarda em si um significativo acervo de artes sacra e decorativas, conservado ao longo dos séculos por irmãs dedicadas à devoção. Mas não há nada que dê mais alegria a este convento do que a obra iniciada no século XIX e que ainda hoje se mantém viva: o acolhimento de pessoas portadoras de multideficiência grave, incluindo cegueira, que aqui têm a sua casa, a sua família. O EDIFÍCIO O Convento dos Cardaes foi fundado por D. Luísa Távora em 1681 para as religiosas Carmelitas Descalças, ano em que a Fundadora passa a habitá-lo, ainda que as obras só se dessem por concluídas em 1703. Obedece à arquitetura do século XVII e é adaptada às estritas Regras das Carmelitas, que limitam o contacto com o mundo. O exterior é robusto e austero mas, no seu interior, encontram-se tesouros decorativos, como a Igreja com os altares em talha dourada, a nave envolta em painéis de azulejos de origem holandesa e, num plano superior, pintura atribuída a António Pereira Ravasco e André Gonçalves. O edifício ocupa uma área total de 5 mil metros quadrados, espaço que se divide ainda em Comungatório, Sacristia, Sala Mariana, Sala da Paixão, Claustros, Refeitório, Escada Claustral, Oratório, Capelinha de São José, Antecoro, Coro Alto e Sala do Capítulo. O MUSEU O Convento dos Cardaes resistiu ao terramoto de 1755 quase sem marcas de destruição. Por essa razão, constitui-se hoje como um conjunto arquitetónico único na cidade de Lisboa que vale a pena a visita. A não perder também o património de arte sacra, raro no seu conjunto e na especificidade de cada peça, como é o caso das imagens de Nossa Senhora do Loreto, do Menino Jesus Infante ou da Dormição, peças preservadas até hoje, porque o convento nunca encerrou a sua atividade religiosa. Uma outra razão para a visita, são os vários espaços musealizados, únicos no país, como o Refeitório com mesas de sucupira vermelha, painéis de azulejos decorativos e pinturas do século XVII e XVIII. A LOJA Fazemos compotas, marmeladas, chutneys, condimentos e molhos com os produtos da nossa horta e das doações de produtores biológicos. Fazemos biscoitos para o chá. Também temos azeite, bolos caseiros, doces e salgados. Deixámos as receitas muito complicadas de pastéis de ovos, aliás esse nunca foi o nosso forte, e dedicamo-nos à confeção de molhos mais práticos e utilitários, para que possa chegar a casa e preparar uma refeição deliciosa em 10 minutos. Na nossa loja encontra livros relacionados com vários aspetos da vida conventual. O destaque vai para a monografia sobre o próprio edifício do Convento dos Cardaes e para o livro que recolhe as receitas aqui feitas ao longo dos séculos. Temos também pequenos objectos para recordação, como postais, blocos de apontamentos, porta-chaves, puzzles, aventais... ________________________________ THE CONVENT The 17th century building is a jewel in the city, a unique piece. It survived the 1755 earthquake and is therefore one of the few pre-Pombaline structures that exist today. It holds a significant collection of sacred and decorative arts, preserved over the centuries by sisters dedicated to devotion. But there is nothing that gives more joy to this convent than the work that started in the 19th century and that still lives today: the reception of people with severe multi-disabilities, including blindness, who have their home, their family here. THE BUILDING The Convento dos Cardaes was founded by D. Luísa Távora in 1681 for the religious Carmelitas Descalças, the year in which the Founder started to inhabit it, even though the works were only concluded in 1703. It follows the 17th century architecture and is adapted to the strict Carmelite Rules, which limit contact with the world. The exterior is robust and austere, but inside, there are decorative treasures, such as the Church with gilded altars, the nave wrapped in tiles panels of Dutch origin and, on a higher plane, painting attributed to António Pereira Ravasco and André Gonçalves. The building occupies a total area of ​​5,000 square meters, a space that is further divided into Communion, Sacristy, Mariana Room, Passion Room, Cloisters, Refectory, Claustral Stairway, Oratory, São José Chapel, Antecoro, Alto Choir and Sala do Chapter. THE MUSEUM The Convento dos Cardaes resisted the 1755 earthquake with almost no marks of destruction. For this reason, it is today a unique architectural complex in the city of Lisbon that is worth the visit. Also not to be missed is the heritage of sacred art, rare as a whole and in the specificity of each piece, as is the case with the images of Nossa Senhora do Loreto, the Infant Jesus Infante or Dormição, pieces preserved until today, because the convent never ended his religious activity. Another reason for the visit are the various museum spaces, unique in the country, such as the Refectory with red sucupira tables, decorative tile panels and 17th and 18th century paintings. THE STORE We make jams, marmalades, chutneys, condiments and sauces with the products from our garden and donations from organic producers. We make cookies for tea. We also have olive oil, homemade cakes, sweet and savory. We left the very complicated recipes for egg tarts, in fact that was never our forte, and we dedicated ourselves to making more practical and utilitarian sauces, so you can get home and prepare a delicious meal in 10 minutes. In our store you will find books related to various aspects of conventual life. The highlight is the monograph on the building of the Convento dos Cardaes and the book that collects the recipes made here over the centuries. We also have small objects for souvenirs, such as postcards, notebooks, key rings, puzzles, aprons ...

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