ELVAS (cidade-quartel)
near Elvas, Portalegre (Portugal)
Viewed 1553 times, downloaded 31 times
Trail photos
Itinerary description
Já não vínhamos a esta bonita cidade fronteiriça há bastantes anos e foi com agradável surpresa que verificamos que muito se fez nestes últimos tempos pela requalificação paisagística das muralhas, do Castelo e demais fortificações abaluartadas. Elvas (cidade-quartel) está mais bonita agora e é sempre agradável percorrer as suas ruas estreitas, destacando-se, como a mais pitoresca, entre outras, a Rua das Beatas que já faz parte dos roteiros turísticos.
Recomendações:
- Ao atravessar as fortificações pelas portas dos pequenos túneis, deve-se ter algum cuidado porque, em geral, a largueza das ruas é escassa e partilhamos a passagem com as viaturas. A maioria destas passagens não tem semáforos, pelo que os avisos de entrada e saída das viaturas fazem-se com as respectivas buzinas. Apesar de divertido, o barulho dos apitos torna-se por vezes ensurdecedor nestes espaços estreitos.
- Para aceder ao interior dos vários monumentos, deve-se gerir o tempo do percurso de forma a conciliar as horas de abertura e fecho dos monumentos e dos períodos de encerramento para almoço.
- Na ida ao Forte de Santa Luzia (custo de 2€/pessoa), opte pela visita guiada pelo Sr, José Manuel Martins ( o estusiamo como explica os factos históricos, tornam a visita mais interessante a este majestoso monumento militar ).
( Algumas legendas dos lugares e monumentos descritos têm por fontes:
- Elvas-Guia de destinos "Foge Comigo"
- http://www.cm-elvas.pt/descobrir/
- http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/ )
Waypoints
Inicio (Hotel Santa Luzia)
Igreja de NªSra da Nazaré
Construída em 1592 e demolida no início do séc. XIX no âmbito das invasões francesas para que o inimigo não se albergasse nela. Em 1817 foi reconstruída seguindo o modelo original.
Aqueduto da Amoreira
As obras do aqueduto iniciaram-se no ano de 1537 e em 1620 correram pelo aqueduto as primeiras águas dentro dos muros da cidade. Com uma extensão de cerca de oito quilómetros, comporta um conjunto de diversas galerias, que numa primeira zona são subterrâneas. Tem início nos arrabaldes, na localidade de Amoreira. No ano de 1622 estava concluída a Fonte da Misericórdia, que finalizava o percurso das galerias do aqueduto.
Jardim das Laranjeiras
O jardim, constituído por um pomar de laranjeiras, data de 1807 e foi construído no fosso das muralhas abaluartadas da cidade.
Pormenor do percurso
- Via Sacra; magnificas peças de arte barroca, são percorridas por alturas da procissão do Senhor Jesus dos Passos. - Fonte da Misericórdia: finalizava o percurso das galerias do Aqueduto da Amoreira e estava inicialmente localizada no largo da Misericórdia, tendo sido transladada em 1951 para o largo 25 de Abril. - Igreja Nª Sra das Dores: construção da atual igreja de Nossa Senhora das Dores começou em 1780 e terminou em 1796, no local onde antes estava a Igreja de Santa Maria Madalena.
Cisterna da Praça e fontes exteriores
A grande cisterna de Elvas foi construída em 1650 por Nicolau de Langres, para abastecer a cidade de água a partir do Aqueduto da Amoreira. Era à prova de bomba e foi considerada no séc. XIX por George Borrow como a maior do mundo, com uma capacidade de 2320 m3, que permitia abastecer a cidade durante 4 meses de cerco.
Fonte dos Cavaleiros
Construída na última década do séc. XVII no final da rua que lhe dá o topónimo. O painel de azulejos com as armas da cidade, tinha por destino inicial o Aqueduto da Amoreira.
Pormenor do percurso
- Portas da Esquina (interior e exterior): a porta exterior da Esquina ligava á antiga estrada para Estremoz e Lisboa. A porta interior está colada á Capela de NªSra. da Conceição. - Capela de Nossa Senhora da Conceição: foi construída no séc. XVII sobre a Porta da Esquina da muralha seiscentista para pedir a proteção divina para a fortificação. - Paiol N.Sra Conceição: o Paiol da Conceição, obra de Cosmander, construído no séc. XVII, tinha como função o armazenamento da pólvora necessária para o exército.
Quartel dos Artilheiros (séc,XVII) ou das Balas ou dos Reformados.
Construídos após a Batalha das Linhas de Elvas no Redente do Cascalho.
Hotel Vila Galé (Antigo Convento de São Paulo)
A construção do Convento de São Paulo foi concluída a 31 de Dezembro de 1721. Sofreu um enorme incêndio, foi reabilitado e teve usos vários (militar e hospital) e ficou ao abandono (o estado de degradação ainda pode ser testemunhado nas imagens satélite do Google Earth). Actualmente o edifício está reabilitado (a fachada é muito bonita) funcionando a partir deste ano (2019) uma unidade hoteleira (Hotel Vila Galé).
Pormenor do percurso
- Casa das Barcas (Mercado Municipal): construída entre 1703 e 1705, no âmbito dos preparativos da Guerra de Sucessão Espanhola, tinha como propósito a construção e o armazenamento de barcas que em operações militares serviam para atravessar a fronteira espanhola nos rios Caia e Guadiana. Serviu como prisão política durante as guerras civis do séc. XIX e foi o primeiro teatro da cidade a partir de 1823, sendo transformado em sala de cinema já no século XX. No século XXI o edifício foi reabilitado e transformado em Mercado Municipal. - Igreja de São Martinho: fundada em 1515 por iniciativa dos populares depois de encontrarem uma imagem deste santo na muralha islâmica que por ali passava.
Igreja da Misericórdia
A Igreja da Misericórdia ficou concluída por volta de 1566, tendo sido muito modificada por obras dos séculos XVIII e XIX.
Torre Fernandina
A Torre Fernandina, outrora denominada Torre Nova, é uma construção do séc. XIV. Trata-se de uma alteração feita à segunda cerca islâmica que servirá a partir de finais do séc. XV como cadeia. Visitável, tem no seu interior uma exposição dedicada às diversas fortificações da cidade.
Arco do Bispo (2ª cerca islamica)
Muralha construída no século XII, que envolve a parte mais alta do centro histórico da cidade de Elvas, da qual surgem alguns elementos visíveis na via pública por entre o casario, como é o caso do torreão do campanário da igreja de São Pedro, dos dois torreões nas traseiras de casas da Rua de Sá da Bandeira, do torreão do Arco da Encarnação, do Arco do Relógio e do Arco do Bispo.
Praça da República
- Igreja N.Sra.Assunção (antiga Sé): Em 1570 com a criação do bispado de Elvas pelo Papa Pio V, a igreja de Nossa Senhora da Praça transformou-se na Sé de Elvas, título que viria a perder em 1881.
Igreja das Dominicas
Foi a capela que mais nos agradou, destacando-se das demais pelo revestimento interior a azulejos, incluindo a cúpula, as capelas em talha dourada e as colunas pintadas. Pedindo à responsável do templo, poderemos subir ao miradouro pela torre sineira, de onde se obtêm boas vistas para o centro histórico.
Arco Santa Clara
- Pelourinho de Elvas: sinal de autoridade e exposição, chega a Elvas no séc. XVI, sendo erigido em mármore, ao estilo manuelino, na então denominada Praça Nova (hoje Praça da República), onde esteve até 2 de outubro de 1872, dia em que foi apeado e destruído. Em 1940 é apresentado um projeto por Vitalino de Albuquerque para a reconstrução do pelourinho feito a partir de uma gravura. Aproveitando as partes originais, guardadas no Museu Municipal, e substituindo as desaparecidas, foi construído no Largo de Santa Clara o pelourinho que hoje podemos observar. - Arco Santa Clara: Do século XIX, é de arquitectura romântica. Inicialmente teve como nome a Porta de Tempre, em referência ao combate da Ordem do Templo contra os Mouros, tendo rompido a muralha por este lado. Supostamente trata-se de um episódio lendário, daí a construção do arco. Crê-se que a porta original árabe se encontra dentro do pátio adjacente ao arco, podendo ver-se através de um portão de ferro. - Porta do Templo: porta da alcáçova moura, passou a ser denominada Porta do Templo já no domínio cristão, pelo facto de junto dela se localizarem os bens imobiliários da Ordem do Templo (inserida em propriedade privada é apenas visível do exterior através de um portão de ferro).
Igreja de Santa Maria de Alcáçova
Construída no séc. XIII no local onde se encontrava a principal mesquita de Elvas.
Castelo de Elvas
Situado no ponto mais elevado da cidade, o Castelo de Elvas é uma obra de fortificação islâmica, reconstruída nos séculos XIII e XIV, tomando só no séc. XVI o aspeto atual.
Porta de Alcaçova (1ª Cerca Islâmica) e Arco do Miradouro
Esta muralha abraçaria o pequeno burgo que então constituía a povoação, tendo três portas: Porta da Traição, Porta da Alcáçova e Porta do Templo.
Quarteis da Corujeira
Típica arquitectura para aquartelamentos militares do séc. XVII.
Igreja de São João da Corujeira
Fundada por cavaleiros da Ordem do Hospital depois da tomada da cidade aos mouros em 1230.
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco
- Igreja da Ordem Terceira de São Francisco: também conhecida por igreja dos Terceiros ou da Ordem Terceira de São Francisco, data de 1762. - Fonte dos Terceiros: construída junto à igreja que lhe dá o topónimo para dar água à população do antigo bairro da Corujeira. Trata-se de uma pequena fonte em ferro fundido pintado a verde com um letreiro que diz “Só sirvo o pobre”.
Portas de São Vicente (interior e exterior)
Ambas encimadas pela pedra de Armas Portuguesas (séc.XVII). A porta exterior dava acesso a Badajoz.
Fonte da Prata
Localizada extramuros junto às Portas de São Vicente, a Fonte da Prata é uma construção do séc. XVIII, tendo sido alterada em 1830, data da bica atual, e posteriormente na sua frente foi construído um tanque que as lavadeiras costumavam utilizar. O chafariz da fonte com 15 metros de comprimento destinava-se a bebedouro de animais.
Chafariz de São Vicente
O chafariz de São Vicente é de uma construção da mesma época do monumento de homenagem aos combatentes da Grande Guerra (1934) subsidiada pelo Fundo de Desemprego.
Fonte de São Vicente
Seguidamente à inauguração do Aqueduto da Amoreira em 1622, a cidade de Elvas pôde finalmente desfrutar da água vinda de fora das suas muralhas. Esta fonte, assim como as que são da mesma época são elaboradas em mármore de Estremoz ao estilo maneirista, com uma parede em volta do tanque hexagonal sob o qual se ergue a fonte em forma de cogumelo com um pináculo no cimo.
Monumento aos naturais de Elvas mortos na grande guerra.
Em homenagem aos elvenses que combateram na Primeira Guerra Mundial decidiu a cidade fazer um pequeno memorial no local onde outrora estivera a igreja de Nossa Senhora da Paz, o que veio a acontecer em 1938.
Igreja de São Pedro
A edificação da Igreja de São Pedro, em 1230, foi feita sobre parte da segunda muralha islâmica, da qual aproveitou, em data incerta, uma torre para nela implantar a sua torre sineira.
Sinagoga
A grande sinagoga de Elvas situava-se, muito provavelmente, na Rua dos Açougues neste edifício que foi adaptado pela Câmara de Elvas a açougue público no início do séc. XVI.
Arco Senhora da Encarnação - 2ª Cerca Islâmica (séc. XII)
Muralha construída no século XII, que envolve a parte mais alta do centro histórico da cidade de Elvas, da qual surgem alguns elementos visíveis na via pública por entre o casario, como é o caso do torreão do campanário da igreja de São Pedro, dos dois torreões nas traseiras de casas da Rua de Sá da Bandeira, do torreão do Arco da Encarnação, do Arco do Relógio e do Arco do Bispo.
Fonte de São Lourenço
Fonte mandada construir na segunda metade do séc. XVIII pelo desembargador Bernardo Xavier de Barbosa Sachetti ao engenheiro militar francês Valleré.
Igreja de São Lourenço
A atual igreja de São Lourenço foi edificada no séc. XVI.
Convento de São Domingos
Fundado em 1267 e construído durante o último terço do séc. XIII no local da ermida de Nossa Senhora dos Mártires, tendo sofrido várias modificações a partir do séc. XV, no séc. XVII .
Biblioteca e Igreja do Salvador
A igreja do Salvador foi uma das primeiras igrejas a ser construídas na Elvas cristã.
Forte de Santa Luzia
A fortificação estaria concluída em 1648 garantindo um valor estratégico extremo para a cidade. Constituída por quatro baluartes com um reduto quadrangular ao centro onde se encontram a casa do governador, a igreja e uma casa abobadada à prova de bomba, várias casernas e duas cisternas que abasteceriam trezentos a quatrocentos homens durante dois a três meses.
Baluarte de Santa Isabel (Ordem da Jarreteira - ordem militar da cavalaria britânica)
Fortim de São Pedro
O Fortim de São Pedro foi construído no séc. XVII para defender um outeiro a sul da cidade. Foi reconstruído no início do séc. XIX no âmbito das Guerras Peninsulares.
Fim
Comments (1)
You can add a comment or review this trail
I have followed this trail verified View more
Information
Easy to follow
Scenery
Easy
Não segui na globalidade, fiz algumas adaptações, mas foi muito útil. Muito Obrigado.