Capelas barrocas de planta centralizada de Aveiro
near Aveiro, Aveiro (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Edifícios de religiosos de planta centralizada dos séculos XVI, XVII e XVIII no distrito de Aveiro da autoria de Juliana Abreu Pinho na Universidade de LIsboa e e que pode ser encontrada aqui
https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/6777/2/ULFBA_Tes138.pdf
Este percurso visita as 5 capelas de Aveiro no único dia em que a mais antiga delas está aberta (São Bartolomeu), e acrescenta uma parte dos edifícios de Arte Nova e algumas das mais importantes igrejas da cidade ao percurso.
Waypoints
Senhor das Barrocas (1732)
Esta capela é do séc. XVIII e apresenta um plano octogonal com capela-mor de forma rectangular, sendo uma das mais importantes construções deste tipo e encontrando-se incluída no tipo de capelas poligonais. O seu projecto é do mesmo arquitecto que edificou a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, mas embora o seu traçado seja erudito, é evidente a interpretação de mestres regionais. O pórtico é uma bela composição barroca e no interior da capela salienta-se o revestimento de talha, assim como duas pinturas a óleo de mestre André Gonçalves. Embora todos os retábulos sejam joaninos, o principal é anterior. Os púlpitos assentam em bacias trabalhadas, em calcário, e são decorados com cabeças humanas, folhas de acanto e caules entrelaçados. O tecto da sacristia apresenta motivos iconográficos pintados.
Capela da Madre de Deus (Sec XVII)
Capela de planta quadrangular (exterior) e hexagonal (interior), do período tardo - maneirista e de feição desornamentada. Caracteriza-se por um compromisso entre as capelas circulares renascentistas e as de estrutura poligonal protobarrocas e barrocas. Retábulos dos fins do séc. 17, da fase inicial do reinado de D. Pedro II. Foi edificada no séc. XVII e tem na sua fachada uma cornija donde saem gárgulas cilíndricas; sobre a porta encontra-se um brasão de armas. A capela tem uma cobertura em cúpula revestida de azulejos policromos do séc. XVII e três pequenos retábulos de talha dourada do final do séc. XVII.
São Bartolomeu (1568)
Arquitectura religiosa, popular. Capela quinhentista, popular, de planta circular com modelos parentes na Capela de Nossa Senhora das Neves, actual sacristia, Anadia (segunda metade do Séc. 16), na Capela de São Simão (v. PT020112010001), Murtosa (1600) e mesmo com Santo Estevão, Vila da Feira (v. PT010109020090), embora de cobertura cónica (1567). Insere-se no gosto regional da tipologia de plantas centralizadas que evoluirá dos espaços circulares para os poligonais seiscentistas e setecentistas. Retábulo pétreo interior da segunda metade do séc. 16, de modelo coimbrão. Azulejaria seiscentista, de fabricação lisbonense. Esta capela é uma simples construção do séc. XVI, com plano circular, com uma cobertura em cúpula hemisférica. No friso da porta encontra-se gravado um letreiro com o nome de André Dias e a data de 1568. O interior encontra-se revestido por azulejos policromos do séc. XVII, de oficina de Lisboa. Destaca-se um retábulo em pedra do séc. XVI, de traço coimbrão.
São Gonçalinho (1712)
Construída entre 1712 e 1714, trata-se de uma capela de planta centralizada hexagonal, onde se destacam os retábulos e esculturas de inícios do século XVIII. A portada nobre da capela apresenta a data 1717 insculpida. Capela maneirista e barroca, de planta centralizada hexagonal de estilo classicista ou, numa tipologia abrangente, de estilo chão. Inscreve-se no gosto regional pelos planos centralizados, desornamentadas e de difícil catalogação estilística. Retábulos da primeira metade do séc. 18 e imaginária setecentista.
Capela dos Santos Mártires (1670)
Esta capela foi edificada durante o séc. XVIII e bastante alterada no séc. XIX, retirando-lhe as suas características iniciais. Apresenta uma planta de forma hexagonal e uma cúpula em tijolo. Um retábulo em estuque protege as esculturas dos santos patronos. No interior desta capela encontram-se dois túmulos do séc. XVII, dos fundadores, Simão da Costa Almeida e sua mulher, Maria Saraiva de Carvalho, ambos em pedra de Ançã, datados de 1683. As arcas encontram-se assentes em leões e ostentam as armas dos fidalgos, no meio de uma decoração vegetalista e de letreiros de carácter biográfico.
Comments (2)
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Bravo. Excelente iniciativa.
:-D Obrigado... Não esperava reações a uma visita tão focada... Mas é apenas um pretexto para visitar Aveiro e descobrir tesouros pouco conhecidos...