Cabanas de Torres - Montejunto (contornando, até ao topo)
near Cabanas de Torres, Lisboa (Portugal)
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Convento de Nossa Senhora das Neves
Situado no alto da Serra de Montejunto, concelho do Cadaval, foi o primeiro convento dominicano construído em Portugal (1217). Atendendo ao local inóspito, foi rapidamente abandonado e os frades instalaram-se posteriormente em novo convento, na cidade de Santarém (1221).
Real Fábrica do Gelo
O hábito de saborear gelados e matar a sede com bebidas frescas nos meses quentes de Verão terá sido introduzido em Portugal em finais do século XVI, à época da Dinastia Filipina. Quando da visita de Filipe III de Espanha a Portugal, em 1619, todos os meios foram mobilizados para que não faltasse a neve na mesa Real. Sem que existissem técnicas adequadas de refrigeração, à época o gelo vinha da serra da Estrela. A edificação desta fábrica de gelo que abastecia a cidade de Lisboa é atribuída aos frades dominicanos, em época anterior a 1741. Terá custado 40 ou 45 mil cruzados, despesa elevada, à época. O consumo crescente do gelo no século XVIII, não apenas na Corte e no seio da nobreza, mas também nas camadas burguesas e populares, terá motivado a construção da Real Fábrica do Gelo em Montejunto, que seria a única serra, de entre um conjunto de elevações próximas de Lisboa, que oferecia as condições climatéricas necessárias à congelação da água durante a estação invernosa. Adicionalmente, a sua localização apresentava grandes vantagens sobre o principal centro abastecedor de neve, a serra do Coentral, situada na extremidade sul da serra da Estrela, e a Lousã. Um dos seus principais proprietários, o Neveiro Real Julião Pereira de Castro, mandou fazer obras de ampliação no conjunto em 1782. O processo de fabrico do gelo tinha início anualmente no final de Outubro, momento em que se enchiam de água os cerca de 44 tanques da instalação. Assim que o gelo se formava, o guarda da fábrica ia a cavalo até à aldeia vizinha de Pragança e, com uma corneta, acordava as pessoas para que, antes do nascer do sol, num trabalho árduo e duro, partirem as placas de gelo, amontoando os fragmentos e depois os carregarem para os silos de armazenamento, onde era conservado até à chegada do Verão. Após retirados dos poços de conservação, os blocos de gelo eram envolvidos em palha e serapilheira e transportados até à base da serra, no lombo de burros e dali, em carros de bois, até à Vala do Carregado, às margens do rio Tejo. A última etapa era o transporte até Lisboa nos chamados "barcos da neve". Chegados a Lisboa, abasteciam desde a Corte até aos cafés. A atividade terá terminado nos finais do século XIX, de acordo com o testemunho dos mais idosos da aldeia de Pragança, a qual seria, possivelmente, a principal fornecedora de mão-de-obra para a fábrica. De facto, encerrou-se em 1885, superada que foi pela introdução das primeiras formas de gelo industrializado no país. Classificada como Monumento Nacional desde 1997, foi objeto de intervenção de conservação e revalorização por iniciativa da Câmara Municipal do Cadaval, com a colaboração do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), e reinaugurada em 27 de março de 2011. Mais informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/Real_F%C3%A1brica_do_Gelo
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Um trilho muito agradável, com alguma dificuldade pelo fato de ser longo. Bonitas paisagens.
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Top 👌