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Travessia da Praia do Cassino - Barra do Chuí

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Trail stats

Distance
137.46 mi
Elevation gain
144 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
141 ft
Max elevation
93 ft
TrailRank 
50
Min elevation
13 ft
Trail type
One Way
Moving time
6 hours one minute
Time
9 hours 21 minutes
Coordinates
13856
Uploaded
January 2, 2021
Recorded
January 2021
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near Vila Siqueira, Rio Grande do Sul (Brazil)

Viewed 1857 times, downloaded 13 times

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Itinerary description

Partimos do desejo de colocar as máquinas para aventuras e também conhecer novos (antigos) caminhos, novos por não termos rodado e antigo por se tratar da rota entre as cidades, antigamente utilizadas pelos nativos. Saímos dos Molhes da Barra do Cassino, em Rio Grande, com destino aos Molhes da Barra do Chuí, fronteira com Uruguai. Desde o início, tínhamos a consciência de que encontraríamos pessoas apenas nos primeiros quilômetros e durante o percurso só teríamos a companhia um do outro, isto até os quilômetros que antecederiam o ponto de chegada.

Durante o percurso tudo é assustadoramente solitário, incrivelmente remoto e potencialmente espetacular para se ter uma experiência de off road, de pura areia e vida selvagem. A travessia da Praia do Cassino é única, um percurso de cenário desigual, enigmático, intenso e extremo que encontramos em 221 km, dos quais 180 km são totalmente desertos, considerada a maior praia do mundo, situada no extremo Sul do Brasil.

A MAIOR PRAIA DO MUNDO

A Praia do Cassino, somada a Praia do Hermenegildo e a Barra do Chuí, formam o maior litoral sem reentrâncias (característica do que forma curva para dentro, concavidade), do mundo ou seja: a maior praia do mundo!

Vida, Morte, Navios Encalhados e Faróis, servem como guias durante o percurso que mais parece um deserto infinito, tudo isto dão a Praia do Cassino uma harmonia bruta e singular. A travessia pode trazer surpresas, e por isso recomendamos que ela jamais seja feita sozinho.

É uma imensidão de areia, mar e um horizonte sem fim que confunde o olhar o tempo todo. É tudo muito lindo e esse horizonte infinito, transforma o mar, a praia e o céu em uma coisa só: uma espécie de abismo horizontal – expressão utilizada para definir essa imensidão selvagem e tão perigosa para os navegantes, daí então tantos náufragos e faróis em alerta.

Um local praticamente virgem que faz parte da história dos Campos Neutrais, de forma resumida, eram terras sem dono, uma área neutra, um limite de fronteiras onde nem os espanhóis e nem os portugueses podiam fixar acampamento ou localizar suas tropas, sendo portanto, um território neutro. O local foi palco de muitas disputas entre os dois países. Acabando com a assinatura do Tratado de Santo Ildefonso, em 1777, e a região ficou sendo um território neutro e, portanto, conhecida como Campos Neutrais.


PONTOS DE INTERESSE DURANTE A TRAVESSIA

• Molhes da Barra de Rio Grande
• Navio Altair
• Farol Sarita
• Farol Verga
• Farol Albardão
• O Conchal (Concheiro)
• Pesqueiro Talha Mar
• Ruínas do Hotel Cassino Abandonado
• Lagoa Mangueira
• Hermenegildo
• Molhes da Barra do Chui
• Farol do Chuy
• Free Shops Barra do Chuy

GRAU DE DIFICULDADE

Consideramos o percurso moderado, de certa forma nos preparamos para estas aventuras com um time de profissionais, no qual agradecemos a Equipe Road Explorer pelos ensinamentos, dicas práticas de pilotagem nos passada. A travessia exige bastante esforço físico, sendo um percurso de muita areia fina, aclives e decliveis escondidos nas sombras das nuvens e marcas de areia úmida, podemos assim dizer que é essencialmente puxado. Apesar de ser um trecho reto, os músculos são exigidos à exaustão devido ao posicionamento de pilotagem em maior parte do tempo.

O percurso é feito inteiramente em areia (batida e solta). No início (Molhes da Barra) ela se apresenta um pouco fofa, mas depois de aproximadamente 5km se torna areia firme. Cabe dizer também que pode depender muito da época do ano, do vento e da maré. Fomos em Janeiro, batendo vento sul e aparentemente uma maré baixa, onde conseguimos rodar em uma areia mais firme.

Os conchais era nossa expectativa de tensão de pilotagem, muitos relatos durante a pesquisa de viagem sobre o risco que ali poderíamos encontrar, uma areia fofa onde poderia atolar as motos e também levar-nos a quedas, enfim, tocando com as motos sempre tracionadas e utilizando das técnicas aprendidas cruzamos este trecho sem nenhuma surpresa e conseguindo aproveitar a adrenalina e a paisagem do local.

Trechos com desníveis na areia, causados pelos vai e vem das ondas, maré e arroios, nos colocaram alguns sustos, quando que o terceiro amortecedor em boa posição, as pernas, aliviou o impacto e o que somente ficou foi a lembrança da adrenalina liberada no momento.

Técnica de pilotagem é fundamental num percurso destes, para aproveitar o passeio com ele oferece, apesar de ser um lugar deserto, sem trânsito, é fundamental atenção em 100% do tempo sobre o que está fazendo, manter distância segura entre os pilotos e uso de equipamento de proteção também são importantes.

Na saída da Praia de Hermenegildo, uma areia muito fofa levou a BMW 800 ao chão, sem feridas e apenas um pedal de descanso frontal torto, levantamos a motoca e seguimos o trecho, falta de tração no momento certo, por necessidade de esperar um carro a frente sair da areia antes, pode ter sido a principal causa do tombo. Este foi o único momento de queda das motocas.

Pode-se optar por dois caminhos: Sentido normal, com início nos Molhes da Barra e término no Chuí, fronteira com Uruguai. Ou fazer sentido ao contrário. Optamos pelo sentido tradicional (Cassino x Chuí), retornando pela BR 471.

O QUE LEVAR NA TRAVESSIA

Por se tratar de 221 km em praticamente no deserto, aconselhamos conhecer bem sua motoca, a média de consumo pode ser alterada, pelo efeito do vento contra e da tração exigida no percurso, portanto aconselhado levar um galão de 5 a 10 litros de combustível reserva.

A G650GS com um tanque de 14 litros precisou ser reabastecida com aproximadamente 8 litros, ficando ainda uma sobra no tanque assim que finalizamos, enquanto a F800GS, modelo adventure com 24 litros, não necessitou reabastecimento.

Um refeição durante o caminho é fundamental, portanto pode ser levado uma cobertura em lona fina para ajudar com uma sombra e seu lanche preferido para a refeição. Na ocasião encontramos uma boa moita para organizar nossa parada para “almoço”, mas o plano seria usar a lona entre as motos mesmos.

Se desejar paradas frequentes para fotografias, que acredito ser inevitável, um apoio de pé será bem vindo, pois paradas na areia fofa pode fazer o pé afundar e deixar sua motocicleta no chão. Alguns chamam de quenga outros de china, enfim, não dá pra andar na areia sem uma boa companhia!

Roupas secas, para quando chegar ao destino final poder se trocar, momentos em travessia de arroios precisam de conhecimento de terreno e não vai escapar de molhar os pés, assim como uma onda surpresa pode fazer você se molhar um pouco, ou até se molhar bastante na tentativa de escapar da água salgada e buscar desfiar bruscamente com grande probabilidade de ir ao chão.

PRINCIPAIS DICAS

• Observar as condições climáticas. Certamente em dias frios, com chuva ou temporal a viagem será muito mais difícil.
• Observar a direção e intensidade do vento. Em dias de vento sul o trajeto será feito contra sua direção, pegando o vento de frente. Além disso a maré estará mais alta, com uma menor faixa de areia, correndo do risco de ficar preso na praia nos horários de maré mais alta.
• Não fazer a viagem solitário
• Estudar o roteiro
• Levar água e alimentos
• Levar gasolina extra
• Em caso de levar baús com roupas ou outros equipamentos, colocar os objetos em sacos plásticos impermeáveis
• Manter controle de tração e ABS desligados
• Esvazias os pneus para aproximadamente 25 libras, somente durante o trajeto off road
• Sendo possível, um intercomunicador pode ser bastante útil
• Não esquecer câmera de fotografias. Os lugares são magníficos e devem ser registrados
• Lavar com água doce o quanto antes, assim que finalizar o passeio
• O mais breve possível, levar a moto para uma lavagem especializada, onde seja desmontada para que não permaneça areia e água do mar nos locais onde não são acessíveis às lavagens comuns.
• Limpeza das conexões elétricas, pois estas ficarão danificadas muito rapidamente devido ao contato com a água do mar.

BONS VENTOS!!

Waypoints

PictographMonument Altitude 36 ft
Photo ofFarol Sarita

Farol Sarita

PictographMonument Altitude 25 ft
Photo ofFarol Verga

Farol Verga

PictographMonument Altitude 23 ft
Photo ofFarol de Albardão

Farol de Albardão

PictographMonument Altitude 54 ft
Photo ofMoles da Barra do Chuí

Moles da Barra do Chuí

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