Dedo de Deus Face Leste - Via cume do Polegar - Cume do Primeiro dedinho e base do Segundo dedinho - Parnaso
near Casa Branca da Serra, Rio de Janeiro (Brazil)
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Trail photos
Itinerary description
A face leste é o local onde mais aventureiros procuram para alcançar o cume dessa montanha mais tradicional e emblemática no montanhismo nacional. Fomos pela variante Maria Cebola e descemos pela via Teixeira. Antes fomos no cume do Polegar e depois do cume principal, no Cume do Dedo médio. Fomos até a base do segundo dedinho (dedo anelar) para explorar. Numa próxima oportunidade vai facilitar muito chegar ao cume.
Minha segunda vez no cume do Dedo de Deus, mas, mais uma vez, algo indescritível esse lugar.
Sobre a trilha:
É pesada, desgastante e técnica. NÃO HÁ PONTOS DE ÁGUA! O ideal é que se faça o mais leve possível.
Praticamente sobe o tempo todo, muitos trechos de cabo de aço (o que requer um bom condicionamento físico e técnico, pois há muitos trechos de escalada e o desgaste pode ser elevado. Há grande exposição solar. Se não conhece, sempre recomendado ir com alguém com experiência na região. O traçado é uma boa referência, porém o conhecimento prático do local é essencial.
A Conquista (site do CET)
No início do século XX diversos alpinistas estrangeiros haviam tentado sem sucesso chegar ao cume desta montanha.
Ao saber da notícia o ferreiro pernambucano José Texeira Guimarães, radicado em Teresópolis lançou a idéia da conquista. A ele juntaram-se Raul Carneiro e os irmãos Acácio, Alexandre e Américo Oliveira, todos de Teresópolis.
Algumas incursões para reconhecimento do local teriam sido feitas pelo grupo, mas a investida que resultaria na conquista teve início na manhã de 6 de abril de 1912, sendo consumido um dia inteiro na caminhada de aproximação e montagem do acampamento-base. A chuva que caiu no dia seguinte não permitiu qualquer avanço. Na manhã do dia 8 são retomados os trabalhos e aí enfrentam o primeiro grande obstáculo: um paredão vertical de aproximadamente 12 m, com uma calha e fissura do lado direito. Ali são colocados, inicialmente 2 grampos de arganel. Com auxílio de um tronco amarrado aos grampos é vencido um lance e alcançado um pequeno platô; mais 2 grampos e o mesmo recurso do tronco, e o paredão superado. O lance que viria a seguir, com 3 m e igualmente vertical é vencido através de uma pirâmide humana, permitindo atingir a base de uma chaminé horizontal muito estreita, com 8 m de extensão, transposta com alguma dificuldade após a colocação de 4 grampos. Neste ponto é preciso enfrentar um lance externo e bastante exposto que exige a colocação de outros 3 grampos aos quais amarram o tronco; mais um obstáculo é vencido.
Não bastasse a persistente garoa, cai a tarde e começa a escurecer. Já não é mais possível prosseguir. Retornam então, à base do primeiro paredão onde, numa reentrância de pedra, se acomodam para passar a noite. Na manhã do dia 9 de abril reiniciam a escalada superando, um a um, todos os lances vencidos no dia anterior. Chegam, finalmente, a uma chaminé bastante estreita mas de pouca dificuldade ("Arranca-botão"). Outra chaminé vem a seguir, esta em forma de V, sendo cravados 3 grampos no primeiro trecho e mais 2 no segundo, permitindo alcançar um platô bastante amplo. Neste ponto já é possível antever a próxima chegada ao cume, mas o obstáculo agora é o paredão negativo de uns 4 m. Colocando um grampo na base e outro a 1,5 m, fixam a eles um tronco. Com auxílio de pirâmide humana, fazem subir Alexandre, o mais leve, o qual fixa o último grampo, possibilitando, assim, a subida de todo o grupo. Eram 17:00 do dia 9 de abril de 1912 e o Dedo-de-Deus fora finalmente conquistado!
Ao todo foram fixados 19 grampos de arganel (executados por Texeira), alguns dos quais ainda lá se encontravam. Após acender uma fogueira com objetivo de sinalizar para Teresópolis, os conquistadores improvisaram uma cobertura com ramagens e pernoitaram no cume.
Às 10:00 do dia 10 de abril, após hastearem uma bandeira nacional, os escaladores iniciaram a descida. Em Teresópolis foram recebidos como heróis e seu feito notificado com grande destaque pela imprensa. Feito notável para a época, principalmente se considerarmos que não tinham qualquer noção de técnica de escalada nem o equipamento de segurança de que hoje dispomos.
Consta que alguns conquistadores teriam voltado ao Dedo 2 anos após a conquista, mas naquela época não existiam associações de montanhismo e não se dispõe de qualquer registro desses eventos.
Fonte da conquista: https://www.ceteresopolitano.org/montanhas/dedo-de-deus
Minha segunda vez no cume do Dedo de Deus, mas, mais uma vez, algo indescritível esse lugar.
Sobre a trilha:
É pesada, desgastante e técnica. NÃO HÁ PONTOS DE ÁGUA! O ideal é que se faça o mais leve possível.
Praticamente sobe o tempo todo, muitos trechos de cabo de aço (o que requer um bom condicionamento físico e técnico, pois há muitos trechos de escalada e o desgaste pode ser elevado. Há grande exposição solar. Se não conhece, sempre recomendado ir com alguém com experiência na região. O traçado é uma boa referência, porém o conhecimento prático do local é essencial.
A Conquista (site do CET)
No início do século XX diversos alpinistas estrangeiros haviam tentado sem sucesso chegar ao cume desta montanha.
Ao saber da notícia o ferreiro pernambucano José Texeira Guimarães, radicado em Teresópolis lançou a idéia da conquista. A ele juntaram-se Raul Carneiro e os irmãos Acácio, Alexandre e Américo Oliveira, todos de Teresópolis.
Algumas incursões para reconhecimento do local teriam sido feitas pelo grupo, mas a investida que resultaria na conquista teve início na manhã de 6 de abril de 1912, sendo consumido um dia inteiro na caminhada de aproximação e montagem do acampamento-base. A chuva que caiu no dia seguinte não permitiu qualquer avanço. Na manhã do dia 8 são retomados os trabalhos e aí enfrentam o primeiro grande obstáculo: um paredão vertical de aproximadamente 12 m, com uma calha e fissura do lado direito. Ali são colocados, inicialmente 2 grampos de arganel. Com auxílio de um tronco amarrado aos grampos é vencido um lance e alcançado um pequeno platô; mais 2 grampos e o mesmo recurso do tronco, e o paredão superado. O lance que viria a seguir, com 3 m e igualmente vertical é vencido através de uma pirâmide humana, permitindo atingir a base de uma chaminé horizontal muito estreita, com 8 m de extensão, transposta com alguma dificuldade após a colocação de 4 grampos. Neste ponto é preciso enfrentar um lance externo e bastante exposto que exige a colocação de outros 3 grampos aos quais amarram o tronco; mais um obstáculo é vencido.
Não bastasse a persistente garoa, cai a tarde e começa a escurecer. Já não é mais possível prosseguir. Retornam então, à base do primeiro paredão onde, numa reentrância de pedra, se acomodam para passar a noite. Na manhã do dia 9 de abril reiniciam a escalada superando, um a um, todos os lances vencidos no dia anterior. Chegam, finalmente, a uma chaminé bastante estreita mas de pouca dificuldade ("Arranca-botão"). Outra chaminé vem a seguir, esta em forma de V, sendo cravados 3 grampos no primeiro trecho e mais 2 no segundo, permitindo alcançar um platô bastante amplo. Neste ponto já é possível antever a próxima chegada ao cume, mas o obstáculo agora é o paredão negativo de uns 4 m. Colocando um grampo na base e outro a 1,5 m, fixam a eles um tronco. Com auxílio de pirâmide humana, fazem subir Alexandre, o mais leve, o qual fixa o último grampo, possibilitando, assim, a subida de todo o grupo. Eram 17:00 do dia 9 de abril de 1912 e o Dedo-de-Deus fora finalmente conquistado!
Ao todo foram fixados 19 grampos de arganel (executados por Texeira), alguns dos quais ainda lá se encontravam. Após acender uma fogueira com objetivo de sinalizar para Teresópolis, os conquistadores improvisaram uma cobertura com ramagens e pernoitaram no cume.
Às 10:00 do dia 10 de abril, após hastearem uma bandeira nacional, os escaladores iniciaram a descida. Em Teresópolis foram recebidos como heróis e seu feito notificado com grande destaque pela imprensa. Feito notável para a época, principalmente se considerarmos que não tinham qualquer noção de técnica de escalada nem o equipamento de segurança de que hoje dispomos.
Consta que alguns conquistadores teriam voltado ao Dedo 2 anos após a conquista, mas naquela época não existiam associações de montanhismo e não se dispõe de qualquer registro desses eventos.
Fonte da conquista: https://www.ceteresopolitano.org/montanhas/dedo-de-deus
Waypoints
Intersection
4,474 ft
Reto para via Teixeira - Direita para via leste
Intersection
4,713 ft
Direita
Intersection
4,782 ft
Direita descendo
Intersection
4,843 ft
Esquerda retorno - direita para os Dedinhos
Comments (3)
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Quando será a empreitada para os cumes, dos outros "dedinhos"? Tmj
Só vc querer 🥰
Brabo