A minha terra: uma viagem entre a Gândara e a Bairrada, do dia para a noite
near Quintã, Coimbra (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Waypoints
Vegetação espontânea nos terrenos arenosos
Nos terrenos arenosos surgem cogumelos, alguns tão bonitos quão perigosos
Floresta na Gândara
O pinhal, outrora predominante na Gândara, vai cedendo lugar ao eucalipto
Modo de vida tradicional na Gândara
A promiscuidade entre a terra de cultivo e o pinhal. O modo de vida tradicional assentava nesta dicotomia, a que se juntava o gado.
Importância do pinhal
Do pinhal tirava o gandarês o mato, que iria servir de cama para o gado. O estrume produzido ajudava a amenizar a baixa fertilidade do solo. Só com muito suor as terras produziam o pão nosso de cada dia. Não esquecer também a lenha para se aquecer nas longas noites de inverno e para confecionar os alimentos.
Casa tradicional da Gândara
A casa gandaresa tradicional usava os materiais mais acessíveis: adobes. Casa térrea, de pequenas dimensões, com um portão lateral de acesso ao pátio, currais e divisões para armazenamento das colheitas e das alfaias. Daí o lema do gandarês: casa quanta caibas e terra quanta avistes.
Multifuncionalidade da água
As águas límpidas são aproveitadas para moer o milho e para curtir o marisco dos pobres: o tremoço. Outrora, muitas tremoceiras de Cadima, transportadas nos seus burros, iam de feira em feira, de mercado em mercado, vender os tremoços curtidos nas águas correntes das diversas valas. Hoje só duas fazem dessa atividade o seu modo de vida.
Moinhos de água
Teimosamente algumas mulheres ainda ajudam a preservar esta ancestral atividade.
Olhos da Fervença
A exsurgência de Olhos da Fervença é um ponto de descarga natural do Sistema Cársico da Bairrada. Para além do aproveitamento para lazer, o grande uso da água é para consumo humano através de um sistema de abastecimento público, da responsabilidade da INOVA-EM, com instalações capazes de captar cerca de 19000 m3/dia. Serve toda a população do concelho de Cantanhede, para além de algumas freguesias dos concelhos de Mira, Montemor-o-Velho e Coimbra.
Porto Sobreiro
Fonte de água muito cristalina procurada por muitas pessoas, até de lugares a algumas dezenas de quilómetros. Em meados do século passado começou a funcionar uma fábrica de refrigerantes de natureza familiar, que não conseguiu resistir ao poder das grandes empresas transnacionais.
Povoamento
Embora haja aldeias bem definidas, o certo que a densidade de ocupação do espaço é baixa, com os imóveis bem afastados uns dos outros.
Capela de Santo Amaro
Pequena capela do início do século XXI, construída numa quinta pertença do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. No seu interior pode ver-se um retábulo em pedra de Ançã e atribuído à escola de João de Ruão, de Coimbra. É imóvel de interesse público desde 1982. Nesta viagem é uma das portas de entrada para um novo "mundo"
Bairrada
Área de solos argilosos e de calcários margosos, de vegetação espontânea arbustiva a lembrar o garrigue. Estamos no limite norte do Maciço Calcário Estremenho. Aqui reinam a oliveira e a vinha.
Paisagem Bairrada
Dado os níveis freáticos serem profundos, a paisagem mostra-se amarela, devido à secura. Ao fundo a silhueta da serra do Buçaco.
S. Gião
Dos Olhos da Fervença vem a água que, a maior altitude do lugar, ajuda a distribuir.
Orquídeas
Nos terrenos calcários irão rebentar orquídeas selvagens de diferentes espécies
Habitação tradicional
Em terras de calcário naturalmente que era o material mais usado na construção.
Povoamento
Agora não há espaço livre entre os imóveis que, muitas vezes, partilham paredes. Há quem defenda que a necessidade de juntar esforços em certas alturas dos trabalhos na vinha, especialmente na época das vindimas, levou a esta concentração das habitações.
Fornos
A toponímia diz tudo. Nos tempos de hoje, os antigos fornos de cal ou foram muito alterados ou estão muito degradados.
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