Volta ao Huemul
near El Chaltén, Santa Cruz (Argentina)
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Trail photos
Itinerary description
El Chalten é a capital argentina do esporte outdoor, tem muitas opções de trilhas, escaladas etc, porém no verão (melhor época para fazer as trilhas) as principais trilhas ficam todas lotadas. Uma boa opção para sair do convencional, dos blogueiros da galera oba oba em geral e fazer um trekking de nível moderado a difícil, a volta do Huemul é uma boa opção, com campings selvagem e um visual ímpar.
Antes de iniciar o Trekking da volta do Huemul é necessário ir à sede do parque e pegar o permisso para o Trekking. Além do permisso, é necessário ter alguns equipamentos: cadeirinha, soltera, mosquetão de ferro (tem que ser de ferro) e mostrar que você está levando barraca e fogareiro (eles exigem esses equipamentos para dar o permisso para o trekking). A sede do parque fica na entrada de El Chalten e é onde se inicia o trekking.
1º dia: Após fazer os trâmites na sede do parque, partimos para a trilha. Do início da trilha até o camping são 16,5 km, mais da metade da trilha é subida, são mais ou menos 700 metros de ganho de altimetria. Na parte alta é possível ver todo o vale do rio Túnel e o Cerro Huemul. A partir daí até o camping é basicamente uma descida e o restante da caminha é plana, no vale do rio Túnel. Nesta parte tivemos que transpor duas vezes o rio que, como vem da laguna toro e suas águas são oriundas do glaciar Túnel, é muito gelado. A área de camping é bem protegida do vento, mas tem que ter atenção com os galhos secos das árvores que, devido à força do vento, muitas vezes caem sobre a área de camping, então é bom analisar onde montar a barraca.
2º dia: Iniciamos a caminhada e em menos de 30 minutos chegamos à tirolesa, porém desistimos de passar, pois tinha um grupo com umas 10 pessoas e apenas uma cadeirinha. Demos meia volta, descemos à direita e atravessamos o rio, porém foi difícil, pois a água é muito gelada e a correnteza é forte. Após transpor o rio, começamos a subida até o Paso del Viento, são praticamente 750 metros de subida em 5,5 km. Durante a subida é possível ver uma parte do Cerro Torre e o bonito visual do glaciar Túnel, laguna Toro e glaciar Quervain. Vencida a subida, chegamos ao Paso del Viento e, por sorte, não tinha vento, então foi possível curtir os campos de gelo da Patagonia, um dos visuais mais bonitos que já vi até hoje e, sem dúvida, o ponto mais bonito da travessia. Depois de curtir o visual, começamos a descer até o camping do Paso del Viento, até lá são mais 5km apenas com descidas. O camping tem um pequeno refúgio, onde os trilheiros usam para cozinhar livre do vento. Tem espaço para muitas barracas. Esse dia são 12 km e uma subida total de mais ou menos 790 metros.
3º dia: Saímos do camping e seguimos rumo ao Paso do Huemul, até lá a trilha é tranquila sem muitas subidas, altimetria de 250 metros. Durante quase todo o percurso tem o visual dos campos de gelos continentais. O vento no Paso do Huemul estava muito forte, a ponto de desequilibrar o corpo. Após passarmos pelo paso do Huemul, avistamos o lago Viedma e então começamos uma leve descida até chegar à última descida, que é bem forte até o camping, em alguns trechos tem auxílio de cordas, são 650 metros de declive em 3,5 km. O camping fica na baía dos Tempanos. Assim como no primeiro camping, a área é protegida pelas árvores, em frente ao camping tem um bonito visual do lago Viedma e gigantescos pedaços do glaciar, que se desprendem e vão para a baía dos Tempanos. No total foram 13 km, com 250 de subida e 800 metros mais ou menos de declive.
4º dia: Iniciamos a pernada rumo ao Porto no lago Viedma, o caminho até lá é longo mas praticamente plano, até o porto são 16 km. Quase chegando ao porto tivemos que transpor novamente o rio Túnel, desta vez não teve opção, tivemos que usar a tirolesa. Um conselho é usar uma soltera bem justa para facilitar pegar no cabo de aço com a māo, outro conselho é amarrar um cordelete de 15 metros na cadeirinha para quando transpor o rio, a próxima pessoa possa puxar o cordelete amarrado na roldana e poder transpor o rio. Chegando ao porto, para o nosso azar, não tinha nenhuma van, nem carro. Tivemos que seguir até El Chalten, foram mais 8 km, já no final pegamos uma estradinha de terra e asfalto. A trilha terminou na sede do parque, onde entregamos o permisso para comunicar o término da volta do Huemul. No final foram 24 km do camping dos Tempanos até a sede do parque.
Antes de iniciar o Trekking da volta do Huemul é necessário ir à sede do parque e pegar o permisso para o Trekking. Além do permisso, é necessário ter alguns equipamentos: cadeirinha, soltera, mosquetão de ferro (tem que ser de ferro) e mostrar que você está levando barraca e fogareiro (eles exigem esses equipamentos para dar o permisso para o trekking). A sede do parque fica na entrada de El Chalten e é onde se inicia o trekking.
1º dia: Após fazer os trâmites na sede do parque, partimos para a trilha. Do início da trilha até o camping são 16,5 km, mais da metade da trilha é subida, são mais ou menos 700 metros de ganho de altimetria. Na parte alta é possível ver todo o vale do rio Túnel e o Cerro Huemul. A partir daí até o camping é basicamente uma descida e o restante da caminha é plana, no vale do rio Túnel. Nesta parte tivemos que transpor duas vezes o rio que, como vem da laguna toro e suas águas são oriundas do glaciar Túnel, é muito gelado. A área de camping é bem protegida do vento, mas tem que ter atenção com os galhos secos das árvores que, devido à força do vento, muitas vezes caem sobre a área de camping, então é bom analisar onde montar a barraca.
2º dia: Iniciamos a caminhada e em menos de 30 minutos chegamos à tirolesa, porém desistimos de passar, pois tinha um grupo com umas 10 pessoas e apenas uma cadeirinha. Demos meia volta, descemos à direita e atravessamos o rio, porém foi difícil, pois a água é muito gelada e a correnteza é forte. Após transpor o rio, começamos a subida até o Paso del Viento, são praticamente 750 metros de subida em 5,5 km. Durante a subida é possível ver uma parte do Cerro Torre e o bonito visual do glaciar Túnel, laguna Toro e glaciar Quervain. Vencida a subida, chegamos ao Paso del Viento e, por sorte, não tinha vento, então foi possível curtir os campos de gelo da Patagonia, um dos visuais mais bonitos que já vi até hoje e, sem dúvida, o ponto mais bonito da travessia. Depois de curtir o visual, começamos a descer até o camping do Paso del Viento, até lá são mais 5km apenas com descidas. O camping tem um pequeno refúgio, onde os trilheiros usam para cozinhar livre do vento. Tem espaço para muitas barracas. Esse dia são 12 km e uma subida total de mais ou menos 790 metros.
3º dia: Saímos do camping e seguimos rumo ao Paso do Huemul, até lá a trilha é tranquila sem muitas subidas, altimetria de 250 metros. Durante quase todo o percurso tem o visual dos campos de gelos continentais. O vento no Paso do Huemul estava muito forte, a ponto de desequilibrar o corpo. Após passarmos pelo paso do Huemul, avistamos o lago Viedma e então começamos uma leve descida até chegar à última descida, que é bem forte até o camping, em alguns trechos tem auxílio de cordas, são 650 metros de declive em 3,5 km. O camping fica na baía dos Tempanos. Assim como no primeiro camping, a área é protegida pelas árvores, em frente ao camping tem um bonito visual do lago Viedma e gigantescos pedaços do glaciar, que se desprendem e vão para a baía dos Tempanos. No total foram 13 km, com 250 de subida e 800 metros mais ou menos de declive.
4º dia: Iniciamos a pernada rumo ao Porto no lago Viedma, o caminho até lá é longo mas praticamente plano, até o porto são 16 km. Quase chegando ao porto tivemos que transpor novamente o rio Túnel, desta vez não teve opção, tivemos que usar a tirolesa. Um conselho é usar uma soltera bem justa para facilitar pegar no cabo de aço com a māo, outro conselho é amarrar um cordelete de 15 metros na cadeirinha para quando transpor o rio, a próxima pessoa possa puxar o cordelete amarrado na roldana e poder transpor o rio. Chegando ao porto, para o nosso azar, não tinha nenhuma van, nem carro. Tivemos que seguir até El Chalten, foram mais 8 km, já no final pegamos uma estradinha de terra e asfalto. A trilha terminou na sede do parque, onde entregamos o permisso para comunicar o término da volta do Huemul. No final foram 24 km do camping dos Tempanos até a sede do parque.
Waypoints
Waypoint
2,897 ft
Area boa para Acampar 1
Waypoint
1,855 ft
Corda
Waypoint
1,303 ft
Fim portaria da parque
Waypoint
998 ft
H20 5
Waypoint
2,165 ft
H2O 2
Waypoint
3,036 ft
H2O 4
Waypoint
0 ft
Inicio Subida Forte
Parque Nacional Los Glaciares
Waypoint
1,215 ft
Inicio Volta Huemul
Comments (8)
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Olá Samuca. Tenho uma pergunta, é necessário crampons em algum momento?
Olá Gabi!! Eu não precisei usar e também não está na lista de equipos que o parque exige para a volta. Eu fiz no verão onde tem menos gelo mas em outras épocas do ano pode ser que precise usar.
Olá Samuel. Estarei em Chalten na próxima semana. Eu tenho experiência com trekking e camping no Brasil, também faço escalada esportiva. Porém não tenho experiência alguma com escalada em gelo. Você acha possível fazer esse trekking ao Huemul? A cadeirinha e solteira que o parque exige são somente pras tirolesas? Muito obrigado, e parabéns pelo relato!
Opa, cara volta do huemul e de boa de fazer para quem tem experiência é uma travessia dura mas dá para ir tranquilo! É obrigatório ter a solteira, cadeirinha e o mosquetao por causa das tirolesas detalhe que o mosquetao tem que ser de ferro.
Pretendo fazer meia volta do uemul em marco. E tranquilo atravessar o rio sem tirolesa
Celso, o primeiro eu atravessei sem tirolesa. Mas a segunda travessia acho bem difícil.
Ok. Muito obrigado
A cadeirinha é só para as tirolesas né? Se o grupo tiver uma já deixam fazer a trilha?