PICO BISAURÍN POR EL CORREDOR NORESTE (VARIANTE)
near Aragüés del Puerto, Aragón (España)
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PICO BISAURÍN POR EL CORREDOR NORESTE (COLLADO DE SECÚS)
Localizado na linha divisória entre os vales Hecho e Lizara, o Bisaurin é considerado o colosso dos Pirenéus ocidentais. Isto porque é uma referência obrigatória no progressivo crescimento que a cordilheira dos Pirenéus apresenta à medida que se aproxima do seu centro geográfico. Devido à sua altitude, 2.670 metros, representa o ponto mais alto desta zona dos Pirenéus antes de atingir a chamada zona dos “três mil”.
A silhueta das suas arestas confere a esta montanha personalidade suficiente para a tornar num dos picos mais cobiçados destas latitudes. Além disso, devido à sua proeminência, é perfeitamente visível de pontos distantes dos Pirenéus.
No entanto, toda aquela simpatia que mostra na sua face sul, torna-se feroz e íngreme nas encostas a norte, desafiando os montanhistas a alcançar o cimo por qualquer das suas vias mais vertiginosas e geladas.
Uma destas vias mais cobiçados é o seu Corredor NE, um corredor com cerca de 300 metros de comprimento, com uma inclinação muito respeitável de 55-60º, e com um nível de dificuldade AD. O traçado é feito descendo alguns metros a oeste do Collado de Secús, onde se encontra a sua entrada óbvia. Do mesmo Collado, existe uma variante ligeiramente mais fácil que evita os primeiros dois lances (onde se concentra a maior dificuldade) e que permite desfrutar de metade superior do corredor, e onde se pode vivenciar o grande ambiente desta face norte alpina do Bisaurín.
Esta variante foi a nossa opção. Desde o Collado de Secús, iniciamos uma trepada pela aresta até intersetar o canal nordeste que nos leva à cumeada oriental que antecede o Bisaurín. Variante algo difícil, pela exigência física e por impor boa técnica de progressão em terreno misto de neve, rocha e gelo.
DESCRIÇÃO DA TRILHA
Iniciamos o percurso a partir do Refúgio de Lizara, seguimos pelas traseiras do refugio a GR-11. Daqui, já avistamos o nosso objetivo, o impressionante Bisaurín.
O troço inicial é comum tanto para a ida como para o regresso, embora tenhamos seguido por um Desvio Derecha, para nordeste, que indica "Puerto de Bernera - Guarrinza la Mina". Pouco depois estávamos no Refugio de Oldecua, uma breve pausa e continuamos a subir o desfiladeiro de Castillones, sem passar pelo refugio de Los Forestales, até alcançar a Plana Mistresa, em pleno Circo de Bernera. Aqui, viramos à esquerda, no sentido noroeste, para seguir, pela Pedreguera de los Castillones, o longo e Íngreme vale formado pela vertente nordeste do maciço de Bisaurin e pela vertente sul do maciço de Secús. Neste ponto colocamos crampons para evitar qualquer deslize.
Superamos um primeiro Collado e continuamos a avançar em direção ao Collado de Secús, que vemos à nossa frente e que fica entre o Bisaurín e Puntal de Secús. A parte final é mais ingreme e a progressão faz-se mais paulatinamente. Chegados ao Collado de Secús, fizemos uma breve pausa para recuperar forças, enquanto observávamos a via que teríamos de seguir, a aresta e canal nordeste, que nos impunham “respeito”. Colocamos arnês, capacete e piolet. Agora, a progressão fez-se em cordada até à cumeada oriental que antecede o Bisaurín.
Após os dois primeiros largos exigentes de terreno misto de neve, rocha e gelo, que nos fizeram dar o nosso melhor na aresta, chegamos ao troço onde a variante se junta ao Corredor Noreste. A inclinação diminui um pouco, e a neve fica mais mole, só em raros momentos temos neve dura, o que nos anima. Mais dois largos no corredor e os últimos 100 metros já foram realizados em ensamble, por uns e apenas com dois piolets, por outros, pois as condições da neve estavam ótimas para a atividade.
Alcançamos a Cresta Oriental, agora sem qualquer dificuldade, rapidamente chegamos ao Pico de Bisaurín (2.670m). Vistas excecionais, para noroeste: Castelo de Acher e atrás dele Chinebral de Gamueta, Mesa de los Tres Reyes, Petrechema, Ani, etc. e a nordeste: Midi D'Ossau, Palas, Balaitús, Infiernos, etc.
O regresso foi pela via normal. É uma longa e tediosa descida pela face sul. Seguimos para oeste, para descer até ao Collado de Foratón, passagem que divide os vales de Lizara e Hecho. Continuamos pela rota do GR-11 através de um vale delimitado pela encosta sul do Bisaurín e pela encosta norte de Puntal Alto de lo Foratón. O trilho descendente, sempre contornando a encosta sul de Bisaurín e ao longo da margem esquerda da Cueva del Bear conduz-nos até à bifurcação da manhã, onde se fecha o circulo do percurso. Agora, restando-nos descer cerca de 500 metros para chegar ao Refúgio de Lizara, local de inicio e termino desta atividade.
Atividade longa e exigente, como é habitual nos Pirenéus, mas com uma enorme satisfação por termos usufruído de um magnifico dia e das excelentes condições encontradas no corredor nordeste do Bisaurín.
FICHA TÉCNICA
Realização: 19 fevereiro de 2023
Percurso: Refugio de Lizara - Refugio de Oldecua - Castillones - Plana Mistresa - Pedreguera de los Castillones - Collado de Secús - Corredor Noreste - Pico Biosaurín (2.670m) - Collado de Foratón - Fuenfría - Refugio de Lizara
Distancia: 10,7kms
Duração: 10h:01min
Tempo em movimento: 3h36min
Tempo parado: 6h25min
Movimento médio: 2,98km/h
Acumulado positivo: 1187m
Acumulado negativo: 1187m
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PICO BISAURÍN POR EL CORREDOR NORESTE (COLLADO DE SECÚS)
Localizado na linha divisória entre os vales Hecho e Lizara, o Bisaurin é considerado o colosso dos Pirenéus ocidentais. Isto porque é uma referência obrigatória no progressivo crescimento que a cordilheira dos Pirenéus apresenta à medida que se aproxima do seu centro geográfico. Devido à sua altitude, 2.670 metros, representa o ponto mais alto desta zona dos Pirenéus antes de atingir a chamada zona dos “três mil”.
A silhueta das suas arestas confere a esta montanha personalidade suficiente para a tornar num dos picos mais cobiçados destas latitudes. Além disso, devido à sua proeminência, é perfeitamente visível de pontos distantes dos Pirenéus.
No entanto, toda aquela simpatia que mostra na sua face sul, torna-se feroz e íngreme nas encostas a norte, desafiando os montanhistas a alcançar o cimo por qualquer das suas vias mais vertiginosas e geladas.
Uma destas vias mais cobiçados é o seu Corredor NE, um corredor com cerca de 300 metros de comprimento, com uma inclinação muito respeitável de 55-60º, e com um nível de dificuldade AD. O traçado é feito descendo alguns metros a oeste do Collado de Secús, onde se encontra a sua entrada óbvia. Do mesmo Collado, existe uma variante ligeiramente mais fácil que evita os primeiros dois lances (onde se concentra a maior dificuldade) e que permite desfrutar de metade superior do corredor, e onde se pode vivenciar o grande ambiente desta face norte alpina do Bisaurín.
Esta variante foi a nossa opção. Desde o Collado de Secús, iniciamos uma trepada pela aresta até intersetar o canal nordeste que nos leva à cumeada oriental que antecede o Bisaurín. Variante algo difícil, pela exigência física e por impor boa técnica de progressão em terreno misto de neve, rocha e gelo.
DESCRIÇÃO DA TRILHA
Iniciamos o percurso a partir do Refúgio de Lizara, seguimos pelas traseiras do refugio a GR-11. Daqui, já avistamos o nosso objetivo, o impressionante Bisaurín.
O troço inicial é comum tanto para a ida como para o regresso, embora tenhamos seguido por um Desvio Derecha, para nordeste, que indica "Puerto de Bernera - Guarrinza la Mina". Pouco depois estávamos no Refugio de Oldecua, uma breve pausa e continuamos a subir o desfiladeiro de Castillones, sem passar pelo refugio de Los Forestales, até alcançar a Plana Mistresa, em pleno Circo de Bernera. Aqui, viramos à esquerda, no sentido noroeste, para seguir, pela Pedreguera de los Castillones, o longo e Íngreme vale formado pela vertente nordeste do maciço de Bisaurin e pela vertente sul do maciço de Secús. Neste ponto colocamos crampons para evitar qualquer deslize.
Superamos um primeiro Collado e continuamos a avançar em direção ao Collado de Secús, que vemos à nossa frente e que fica entre o Bisaurín e Puntal de Secús. A parte final é mais ingreme e a progressão faz-se mais paulatinamente. Chegados ao Collado de Secús, fizemos uma breve pausa para recuperar forças, enquanto observávamos a via que teríamos de seguir, a aresta e canal nordeste, que nos impunham “respeito”. Colocamos arnês, capacete e piolet. Agora, a progressão fez-se em cordada até à cumeada oriental que antecede o Bisaurín.
Após os dois primeiros largos exigentes de terreno misto de neve, rocha e gelo, que nos fizeram dar o nosso melhor na aresta, chegamos ao troço onde a variante se junta ao Corredor Noreste. A inclinação diminui um pouco, e a neve fica mais mole, só em raros momentos temos neve dura, o que nos anima. Mais dois largos no corredor e os últimos 100 metros já foram realizados em ensamble, por uns e apenas com dois piolets, por outros, pois as condições da neve estavam ótimas para a atividade.
Alcançamos a Cresta Oriental, agora sem qualquer dificuldade, rapidamente chegamos ao Pico de Bisaurín (2.670m). Vistas excecionais, para noroeste: Castelo de Acher e atrás dele Chinebral de Gamueta, Mesa de los Tres Reyes, Petrechema, Ani, etc. e a nordeste: Midi D'Ossau, Palas, Balaitús, Infiernos, etc.
O regresso foi pela via normal. É uma longa e tediosa descida pela face sul. Seguimos para oeste, para descer até ao Collado de Foratón, passagem que divide os vales de Lizara e Hecho. Continuamos pela rota do GR-11 através de um vale delimitado pela encosta sul do Bisaurín e pela encosta norte de Puntal Alto de lo Foratón. O trilho descendente, sempre contornando a encosta sul de Bisaurín e ao longo da margem esquerda da Cueva del Bear conduz-nos até à bifurcação da manhã, onde se fecha o circulo do percurso. Agora, restando-nos descer cerca de 500 metros para chegar ao Refúgio de Lizara, local de inicio e termino desta atividade.
Atividade longa e exigente, como é habitual nos Pirenéus, mas com uma enorme satisfação por termos usufruído de um magnifico dia e das excelentes condições encontradas no corredor nordeste do Bisaurín.
FICHA TÉCNICA
Realização: 19 fevereiro de 2023
Percurso: Refugio de Lizara - Refugio de Oldecua - Castillones - Plana Mistresa - Pedreguera de los Castillones - Collado de Secús - Corredor Noreste - Pico Biosaurín (2.670m) - Collado de Foratón - Fuenfría - Refugio de Lizara
Distancia: 10,7kms
Duração: 10h:01min
Tempo em movimento: 3h36min
Tempo parado: 6h25min
Movimento médio: 2,98km/h
Acumulado positivo: 1187m
Acumulado negativo: 1187m
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A equipa Caminhantes
Waypoints
Waypoint
5,236 ft
DESVÍO DERECHA
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