Tróia - Sagres (Cabo de São Vicente) em BTT
near Sol Tróia, Setúbal (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
A convite do matemático, e nosso Amigo, Rogério Martins, autor do programa "Isto é Matemática", da SIC Notícias, recentemente nomeado para melhor programa televisivo de entretenimento, pela SPA (sociedade Portuguesa de Autores), propusemos-nos fazer esta longa travessia em apenas dois dias e meio, com o intuito de comprovar uma teoria de medição de distâncias, de Eratóstenes, para um episódio de "Isto é Matemática", ao mesmo tempo que se gravavam umas imagens para postar no Face, e principalmente, nos divertíamos a fazer uma dos nossos hobbies favoritos, claro; - O BTT!
Tirando algumas avarias, muita chuva (dilúvio autêntico), muita lama, alguns riachos descontrolados, muita areia, poças intransponíveis, cansaço acumulado, falta de luminosidade causada pelo dias curtos e uma ou outra desistência, tudo correu bem. Toda a Travessia foi concluída por três elementos, mais três que a efectuaram a espaços. Totalizando mais de 330 km, em que a percentagem de BTT sem asfalto, anda perto dos 80%.
Além das duas travessias fluviais, no Tejo e Sado, andámos quase sempre em presença da água, elemento que dificulta de sobremaneira a progressão. A presença desta, e, de muita areia, aliado à chuva constante e fortíssima que apanhámos em toda a herdade de Apostiça, originaram inclusivamente um acontecimento inédito aos nossos olhos, na manha da primeira etapa; - Todos os participantes nessa parte da contenda ficaram com problemas nos travões, relacionados com as mais diferentes causas, o que nos obrigou a efectuar uma paragem em Setúbal nomeadamente na Bike Zone (mais uma vez, obrigado ao amigo Mário), que patrocinava esta viagem na forma de empréstimo de material, para o nosso Líder espediçional; - Rogério. Tal facto, somado à escassez de ferrys para nos levar até à Península de Tróia, foram aumentado o nosso atraso, que apesar de devidamente equacionado, chegou a colocar em dúvida a nossa progressão para esse dia. Iríamos chegar bem pela noite dentro, a Roncão. Primeiro local escolhido para a pernoita e janta.
Pusemos logo os logísticos a trabalhar, para assegurar a reserva e o farnel, apesar de sabermos que chegaríamos bem perto das dez da noite. Apesar das piores condições e atrasos, alguns causados por aparatosas quedas, conseguimos chagar à Serra de Grândola antes das 22h e tomar o reconfortante banho e a retemperante janta, que na maioria dos elementos foi composta por uma inédita Feijoada de Leitão no "solar dos Leitões"
Logo pela manhã cedo pusemos-nos de novo ao caminho para o que seria a etapa mais dura deste périplo. Composta por quase 140 km em que a componente bttística era de mais de 90%. Passando por uma imensidão de povoados e localidades que nos trariam um acumulado ascensional a rondar os mil e quinhentos metros. Continuámos em plena Serra de Grândola e tivemos que transpor mais de uma dezena de enormes lençóis de água, onde, em alguns, quase só a nado teríamos sucesso. Passe o exagero, posso dizer que alturas houve, em que com a bicicleta às costas, a água nos cobria as pernas por completo. Depois da tempestade vem a bonança... senão no todo, pelo menos em parte foi assim, já que as terras seguintes foram sendo transpostas sem a presença de chuva. Foi assim que visitámos Santiago do Cacém Sonega, a Serra do Cercal, Vila Nova de Mil Fontes, o Cabo Sardão, A Zambujeira do Mar, Almograve, Odeceixe, onde fizemos cerca de 6 km paralelos a uma "adrenalitica" vala, terminando com a descida vertical mais radical e entusiasmante de todo este percurso, Rogil, Aljezur, e a inevitável subida ao Castelo, e finalmente a chegada ao nosso segundo poiso, a Pousada de Juventude da praia da Arrifana, onde, como é de calcular, chegámos já com a noite elevada.
Depois de um banho "possível", fomos à procura de local para jantar, mas, depois de uma hora de incessantes buscas, não lográmos o sucesso almejado. Tornava-se imperioso solucionarmos o caso, sob o risco de ficarmos sem alimento, depois daqueles quilómetros de esforço. A solução, inédita e generosa, passou pelo empréstimo dum carro, por parte do recepcionista da Pousada, a quem eu deixo um enorme agradecimento e promessa de uma futura rodada, completamente esquecida no próprio momento, talvez, pela falta de discernimento, causada pela fome; - Obrigado "primo" Filipe!
Tão cedo quanto possível, saímos para a terceira e última etapa desta dura travessia. Etapa essa, que depois do que passámos nas anteriores, seria obrigatoriamente de consagração e desfruto. Foi sem dúvida o que nos aconteceu. O espírito reinante era de salutar convívio, e nem as intermináveis ascenssões e "quedas" às mais variadas praias da costa Vicentina, e do seu Parque Natural, nos conseguiram desmotivar. Saliento as da Carrapateira e de Cordoama, ao que se seguiu uma passagem de consagração no Cabo de São Vicente e a inevitável chegada a Sagres, para almoço e filmagens.
Enquanto o "SR PROFESSOR" e o staff faziam as ditas, alguns de nós; - BTTistas, degustávamos os sabores e aromas no "A Sagres", generosamente patrocinados pela produção do programa. Em meu nome e dos restantes convivas, aqui deixo o meu sincero agradecimento pelo facto, e desejo a todos o sucesso profissional e pessoal que estar Travessia acabou por ter.
Foi muita durezzzzzzaaaaaaaaaa!
ESTAMOS TODOS DE PARABÉNS!
Mais informação desta Travessia no Blog NezClinas:
http://nezclinas.blogspot.pt/2013/02/travessia-lisboa-sagres-em-btt-para-o.html
Tirando algumas avarias, muita chuva (dilúvio autêntico), muita lama, alguns riachos descontrolados, muita areia, poças intransponíveis, cansaço acumulado, falta de luminosidade causada pelo dias curtos e uma ou outra desistência, tudo correu bem. Toda a Travessia foi concluída por três elementos, mais três que a efectuaram a espaços. Totalizando mais de 330 km, em que a percentagem de BTT sem asfalto, anda perto dos 80%.
Além das duas travessias fluviais, no Tejo e Sado, andámos quase sempre em presença da água, elemento que dificulta de sobremaneira a progressão. A presença desta, e, de muita areia, aliado à chuva constante e fortíssima que apanhámos em toda a herdade de Apostiça, originaram inclusivamente um acontecimento inédito aos nossos olhos, na manha da primeira etapa; - Todos os participantes nessa parte da contenda ficaram com problemas nos travões, relacionados com as mais diferentes causas, o que nos obrigou a efectuar uma paragem em Setúbal nomeadamente na Bike Zone (mais uma vez, obrigado ao amigo Mário), que patrocinava esta viagem na forma de empréstimo de material, para o nosso Líder espediçional; - Rogério. Tal facto, somado à escassez de ferrys para nos levar até à Península de Tróia, foram aumentado o nosso atraso, que apesar de devidamente equacionado, chegou a colocar em dúvida a nossa progressão para esse dia. Iríamos chegar bem pela noite dentro, a Roncão. Primeiro local escolhido para a pernoita e janta.
Pusemos logo os logísticos a trabalhar, para assegurar a reserva e o farnel, apesar de sabermos que chegaríamos bem perto das dez da noite. Apesar das piores condições e atrasos, alguns causados por aparatosas quedas, conseguimos chagar à Serra de Grândola antes das 22h e tomar o reconfortante banho e a retemperante janta, que na maioria dos elementos foi composta por uma inédita Feijoada de Leitão no "solar dos Leitões"
Logo pela manhã cedo pusemos-nos de novo ao caminho para o que seria a etapa mais dura deste périplo. Composta por quase 140 km em que a componente bttística era de mais de 90%. Passando por uma imensidão de povoados e localidades que nos trariam um acumulado ascensional a rondar os mil e quinhentos metros. Continuámos em plena Serra de Grândola e tivemos que transpor mais de uma dezena de enormes lençóis de água, onde, em alguns, quase só a nado teríamos sucesso. Passe o exagero, posso dizer que alturas houve, em que com a bicicleta às costas, a água nos cobria as pernas por completo. Depois da tempestade vem a bonança... senão no todo, pelo menos em parte foi assim, já que as terras seguintes foram sendo transpostas sem a presença de chuva. Foi assim que visitámos Santiago do Cacém Sonega, a Serra do Cercal, Vila Nova de Mil Fontes, o Cabo Sardão, A Zambujeira do Mar, Almograve, Odeceixe, onde fizemos cerca de 6 km paralelos a uma "adrenalitica" vala, terminando com a descida vertical mais radical e entusiasmante de todo este percurso, Rogil, Aljezur, e a inevitável subida ao Castelo, e finalmente a chegada ao nosso segundo poiso, a Pousada de Juventude da praia da Arrifana, onde, como é de calcular, chegámos já com a noite elevada.
Depois de um banho "possível", fomos à procura de local para jantar, mas, depois de uma hora de incessantes buscas, não lográmos o sucesso almejado. Tornava-se imperioso solucionarmos o caso, sob o risco de ficarmos sem alimento, depois daqueles quilómetros de esforço. A solução, inédita e generosa, passou pelo empréstimo dum carro, por parte do recepcionista da Pousada, a quem eu deixo um enorme agradecimento e promessa de uma futura rodada, completamente esquecida no próprio momento, talvez, pela falta de discernimento, causada pela fome; - Obrigado "primo" Filipe!
Tão cedo quanto possível, saímos para a terceira e última etapa desta dura travessia. Etapa essa, que depois do que passámos nas anteriores, seria obrigatoriamente de consagração e desfruto. Foi sem dúvida o que nos aconteceu. O espírito reinante era de salutar convívio, e nem as intermináveis ascenssões e "quedas" às mais variadas praias da costa Vicentina, e do seu Parque Natural, nos conseguiram desmotivar. Saliento as da Carrapateira e de Cordoama, ao que se seguiu uma passagem de consagração no Cabo de São Vicente e a inevitável chegada a Sagres, para almoço e filmagens.
Enquanto o "SR PROFESSOR" e o staff faziam as ditas, alguns de nós; - BTTistas, degustávamos os sabores e aromas no "A Sagres", generosamente patrocinados pela produção do programa. Em meu nome e dos restantes convivas, aqui deixo o meu sincero agradecimento pelo facto, e desejo a todos o sucesso profissional e pessoal que estar Travessia acabou por ter.
Foi muita durezzzzzzaaaaaaaaaa!
ESTAMOS TODOS DE PARABÉNS!
Mais informação desta Travessia no Blog NezClinas:
http://nezclinas.blogspot.pt/2013/02/travessia-lisboa-sagres-em-btt-para-o.html
Waypoints
Waypoint
0 ft
Aljezur
Aljezur
Waypoint
166 ft
Arrifana
24-FEV-13 8:07:48
Waypoint
228 ft
Cabo S Vicente
28-SET-09 17:25:58
Waypoint
0 ft
Cabo Sardão
Baia de Setubal
Waypoint
0 ft
Carrapateira
Carrapateira
Waypoint
0 ft
Comporta
Comporta
Waypoint
127 ft
Fortaleza Sagres
22-NOV-09 15:55:01
Waypoint
214 ft
Forte Beliche
04-OUT-10 13:21:03
Waypoint
0 ft
IC33
IC33
Waypoint
0 ft
Melides
261
Waypoint
0 ft
Odeceixe
Odeceixe
Waypoint
876 ft
Roncão
23-FEV-13 7:23:52
Waypoint
0 ft
Sagres
Sagres
Waypoint
469 ft
Santiago do Cacém
23-FEV-13 8:50:14
Waypoint
0 ft
Sol Tróia Ferry
Rio Sado
Waypoint
597 ft
Sonega
23-FEV-13 11:12:22
Waypoint
279 ft
Vila Bispo
28-SET-09 15:26:21
Waypoint
133 ft
Vila Nova Mil Fontes
23-FEV-13 13:14:03
Waypoint
102 ft
Zambujeira do Mar
23-FEV-13 16:48:37
Comments (3)
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Boas
Rapaziada será possivel o Track do percurso de Troia a Sagres?em bici btt
ou não é necessário!!
abraço..
pintoleite01@gmail.com https://pt.wikiloc.com/trilhas-mountain-bike/troia-sagres-cabo-de-sao-vicente-em-btt-4044672/photo-1943030
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Information
Easy to follow
Scenery
Difficult
Trilho muito bem feito. Quase tudo off-road. Em especial destaque para os trilhos a partir de Melides e de Santiago do Cacém. Muito obrigado aos criadores.
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Information
Easy to follow
Scenery
Difficult
Fácil de fazer seguindo a rota do autor da "trilha", mas é uma rota difícil, não aconselhável para quem tem pouca experiência. Ou então não exagerar no número de km a fazer por dia.
Rota espectacular! Uma aventura inigualável, parabéns ao autor da mesma que permitiu dois entusiastas aventurarem-se sem preocupações (estilo ficar perdidos no meio do nada). Levar câmaras de ar sobresselentes ou pneus preparados para piso, pontualmente, com picos.