Viagem do século 30-09

30. Levantei as 5h. Pessoal da fazenda pega no batente cedo na época do plantio e minha barraca tava bem na frente da geladeirinha de água. Levantei e comecei a arrumar as coisas. O Marcelo, gerente da fazenda, logo apareceu pra direcionar a turma. Aí ficamos conversando até o soldado nascer, de novo, fiquei impressionado com os números que giram em uma grande fazenda. Ele me mostrou as colhedeiras de milho e soja, o computador de bordo explicou por cima como funciona. Ficava boquiaberto a cada informação nova. Por fim o sol já estava clareando, fui tomar um banho pra começar bem o dia. me despedi e agradeci pelo teto, janta e principalmente pela conversa. Terminei de empacotar td e saí sentido comodoro. Estava acelerando meio firme pra chegar em Porto Velho ainda hj. A média da moto foi meio baixa. Muito caminhão andando a 20/h, muito semáforo (!) na rodovia, muita lombada. A tocada não rende é difícil não fazer uma ou outra ultrapassagem em faixa contínua. Topei com dois tipos de caminhões, o que corre demais e o que não anda. Incrível dizer, mas só tem esses dois tipos. Teve hora que eu tive que ir a 130 pra um caminhão não me ultrapassar em faixa contínua numa curva. E choveu bastante, 2x. Seco, molhado, seco, molhado nem adianta botar capa, só perde tempo. Deixa q molha, dps deixa q seca. Por fim cheguei parei em um posto de gasolina à 15km de Porto Velho. Tomei um banho e montei acampamento do lado de uma borracharia, numa auto elétrica. Se sair cedo não tem problema. Três galpoes pra esquerda tem um motor estacionário q não pára. Barulhento d+ mas dá pra acostumar. Aqui tem muito pernilongo, se abrir a tela da barraca entra de 3 de uma vez. Mas com td fechado to protegido. Amanhã chego em rio branco. Muito desmatamento, da dó. Já já não tem mais floresta, só fazenda, igual São Paulo. E o pé continua inchado.