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Passeio Mota N222 - Leça - Marco Canaveses - Cais Porto Antigo - Régua - Restaurante Toca da Raposa - Wing Club

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Author

Trail stats

Distance
194.51 mi
Elevation gain
22,956 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
21,463 ft
Max elevation
2,716 ft
TrailRank 
32
Min elevation
17 ft
Trail type
One Way
Moving time
6 hours 25 minutes
Time
9 hours 46 minutes
Coordinates
14731
Uploaded
April 20, 2024
Recorded
April 2024
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near Praia do Paraíso, Porto (Portugal)

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Itinerary description

Normalmente as histórias começam pelo princípio, mas neste caso vou começar pelo fim: por essa foto com um pôr do sol maravilhoso, como se fosse a meta da viagem de hoje, ou o prelúdio da próxima. Magnífica, a foto e a viagem, claro!

Valeu cada metro, dos +/- 300 km que percorremos. A companhia foi ótima, a paisagem magnífica e as curvas convidavam a que a estrada se prolongasse no espaço e no tempo, assumindo um balanço e contrabalanço perfeito, de quem se levantou cedo, para se deitar logo de seguida, em cada curva e contracurva, aspirando os segredos sussurrados pelo vento. Reparem, passamos dias a falar de viagens ao estrangeiro, como são maravilhosas, como tudo é lindo,… e esquecemos o nosso Portugal, esse que tem tanto para mostrar, as paisagens, o sol, os cheiros, os sabores, e pessoas que sabem receber. Se juntarmos a isso, a possibilidade de explorar o caminho em moto, juntamos a liberdade que cresce ao sabor das rotações, com cheiros a flor de laranjeira, erva fresca e todos aqueles socalcos do Douro, como se fossem degraus criados por gigantes e por donde a estrada serpenteia. Viajamos desde o mar até à terra. Até à serra. O interior profundo português, trabalhado por mãos calejadas, ao longo dos séculos, para produzir o vinho apreciado por séculos, o Porto. As pessoas acenam à nossa passagem, os vinhedos também. Ao longo do percurso, as motas bebem, os olhos comem. Comem as vistas panorâmicas, que parecem surgir dos sonhos. Mas os cavaleiros do asfalto também necessitam de descanso para repor o metabolismo, motivo pelo qual se abrigam momentaneamente, na toca. A Toca da Raposa.

As raposas, matreiras, caçam as suas presas e na toca alimentam-se delas. O Zé Alberto, matreiro, caça a reserva e convida todos para a toca, onde nos presenteia com um delicioso repasto, acompanhado pelo néctar da terra. Esta terra produz vinho, e tudo na terra é regado com esse vinho. Cada garrafa tem história, terra, sol, paixão e trabalho, muito trabalho. – O que tem de sobremesa? – bolo borrachão, é feito com farinha ovos e vinho do Porto, Porto Tawny. Se preferirem temos pudim, leva leite, ovos e vinho do porto. Pois é, esse néctar está presente em tudo, mas considerando as garrafas vazias que se encontram nas mesas, preferimos que traga o bolo, seco, espremido, porque os borracholas já cá estão, cheios e regados. Teve que ser bolo, tinha que ser, não podia ser outra coisa, descobrimos que as fatias de bolo eram para homens, bolo cozido com Porto Tawny 20 anos. Uma mistura de aromas, uma explosão de sabores.

Já pensaram que aquele bolo, com aquele vinho, esteve vinte anos à nossa espera? E nós nem sabíamos que iríamos lá passar? De regresso, a moto estava mais pesada, consequências do repasto, mesmo assim disposta a explorar o asfalto como quem percorre uma pauta de música, onde os escapes são instrumentos de sopro e o motor a percussão, a melodia é dirigida pela não direita, onde o dó dá de si ao ritmo do acelerador. Na estrada surge uma orquestra que se dirige a mais uma estação de serviço, o Harley Davidson café.

O centro de retiro espiritual ao fim de mais uma missão. É a reta final da aventura, um espaço que faz jus aos cavaleiros, os quais regressam cada um ao seu destino, na esperança que novas aventuras surjam, para explorar. Estes cavaleiros formam uma irmandade silenciosa, compartilhando o vento e a poeira enquanto seguem em direção ao horizonte. Cada um tem a sua própria jornada, mas todos estão unidos na paixão pela estrada.

O Poeta da Gasolina: Um homem de meia-idade com óculos escuros e uma jaqueta de couro desgastada. Ele escreve versos sobre o rugido dos motores e o cheiro de gasolina. O seu depósito de combustível é o seu caderno de poesia.

O Aventureiro Solitário: um homem destemido numa moto vintage. Ele não fala muito, mas os seus olhos brilham com a emoção de cada curva. Procura a liberdade, a aventura, e a estrada é o seu único companheiro.

O Filósofo do Tinder: Um homem de meia barba, que gosta de parar em encruzilhadas e refletir sobre a vida, a noite, e o resto da semana, e das noites… as suas palavras são profundas e enigmáticas.

O Mecânico Viajante: Sempre com uma caixa de ferramentas amarrada à moto. Ele para em postos de gasolina para ajudar outros motociclistas com problemas mecânicos. A sua paixão é consertar máquinas e histórias.

O Fantasma da Estrada: Ninguém sabe muito sobre ele. Aparece e desaparece como uma miragem. Dizem que é um espírito ligado à estrada, protegendo os viajantes solitários. O seu rosto está sempre escondido sob um capacete preto.

O Visionário das Curvas: de barba grisalha e olhos brilhantes. Ele vê a estrada como uma tela em branco, onde cada curva é uma oportunidade de criar arte. Ele pinta com a velocidade e dança com as linhas do asfalto.

O Mestre da Liberdade: Ele não tem destino fixo; a sua moto é a sua casa. Ele vive para a sensação de liberdade que a estrada proporciona.

O Guia: Conhece todas as lendas e mitos das estradas. Ele compartilha as suas histórias com os outros cavaleiros ao redor da fogueira nas noites estreladas.


Cavaleiros, alimentem e hidratem as bestas, pois outras aventuras esperam.

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