Portinho, Baixio, Faisqueira, Quase no Porto das Moças, Furado do Seco e Portinho
near Bairro Portinho, Paraná (Brazil)
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Itinerary description
https://pt.wikiloc.com/trilhas-kayak/antonina-portinho-baixio-faisqueira-quase-no-porto-das-mocas-furado-do-seco-e-portinho-160466572?utm_medium=app&utm_campaign=share&utm_source=3528153 (ANTONINA Portinho, Baixio, Faisqueira, Quase no Porto das Moças, Furado do Seco e Portinho)
Observação: Cuidado ao se aventurar no Furado, pois o trecho mais estreito é perpassa uma região um tanto que labiríntica, com muitas alternativas de caminho e pontilhada de clareiras de mangue alagáveis, que parecem o caminho mas não são. Os e as habitantes, embora conheçam estes caminhos, não o fazem frequentemente, e nem mais recentemente com barcos a motor. Os caminhos estão bem fechados, e exigem manobras e a passagem por baixo de galhos. Exige-se cautela, é fácil de ser perder, e a chance de uma busca nestes meandros e campos alagáveis é baixa. Por isto classificamos como difícil, mais em termos de orientação do que de condicionamento físico.
Zarpamos do portinho ao final da vazante, um pouco antes do estofo da baixamar, entrando na baía e contornando a ilha do Baixio pelo norte, em direção ao Recife das Pedras Brancas. Pegamos um pouco de baixio, e tivemos que nos aproximar da ponta do Rolim, se distanciando da Ilha do Baixio, para evitar o baixio. Passamos entre as pedras maiores, pelo meio do recife.
De lá fomos até o Braço direito da foz do Rio Faisqueira, ao norte da ilha das Rosas, parando nesta pouco antes do início do outro Braço, no Recanto Engenheiro Woldir Wosniak. Demos uma olhada e esticamos as pernas. Cequinel embarcou na canoa, e o Guto foi para seu caiaque.
Cambando a bombordo, seguimos a montante, já com no estofo da baixa-mar e subindo o Rio Faisqueira. Passamos ao largo ilha de Mandirituba, tendo ela à boreste (esquerdo à montante). A bombordo, passamos por dois esteiros que entram no manguezal, um terceiro que leva por um furado ao Rio Seco, e pela foz do Rio das Borrachas. Continuamos próximos à marges esquerda de quem sobe, entre as ilhas e a Costa dos Freire, e seguimos em direção ao Norte, rumo a foz do Rio do Cedro, à boreste. Pode-se chegar no Porto das Moças por dois canais, um mais ao sul, que tem a linha de transmissão de energia elètrica como ponto notável, e uma segunda mais ao norte. Para viajantes, o local é interessante, pois próximo a foz. Procurar o Algacir Borges de Macedo, proprietário da ilha e guia de pesca para permissão. É proximo baía, e ao furado da olaria, ao norte da ilha de Guamiranga de baixo, bem fechado e raso, e exige maré cheia, que leva ao Quatinga, que leva ao furado no Nacar, que contorna a ilha de Ponta Grossa. São longos e estreitos, mas bonitos, em permitem evitar o vento da báia, pois são mais protegidos.
Optamos pela segunda. Todavia, o meu celular esquentou e travou, e o do Cequinel não permitiva visualizar o mapa naquele momento. Irresponsavelmente não havíamos levado um mapa impresso, plastificado, como de costume, e nos danamos. Estávamos no caminho certo, mas preocupados em pegar a maré cheia ao retorno, para podermos explotar o furado do Rio Seco. Fomos até a metade do caminho, e decidimos pois não tínhamos certeza que o caminho era o certo. No mapa que acompanha este percuso, o trecho em reta de retorno foi durante o não funcionamento do meu celular. Retornamos a jusante, descendo até a foz do Cedro e depois pelo Rio Faisqueira.
Paramos na Costa dos Freire, também em função do Projeto Guaparayba do Grupo Escoteiros do Mar de Antonia, que tem este por destino turístico previsto. Tivemos uma boa conversa com Dona Freire (84 anos) e seu filho Maiko, além de uma água gelada nos oferecida com muito carinho e hospitalidade. Uma estância para conhecer. O local também é um bom ponto de apoio, mas exige permissão dos Freire. Parente de D. Antônia residem no local.
Depois de um descanso, iniciamos o retorno, com o intuito de explorar o furado do Rio Seco. Primeiro passamos na foz do Rio das Borrachas, no pé de um pequeno morro (52m), à direita. A segunda entrada leva ao furado, que vai se fechando aos poucos. Em um momento, nos equivocamos e seguimos ao noroeste, equivocadamente. Cuidado que a entrada é pouco visível. Para canoístas inexperientes, recomenda-se a contratação de um guia. Vendo que estava cada vez mais fechado, retornamos e encontramos o canal correto, também fechado, que seguia em direção oeste e depois sudoeste. O Maiko, filho de Antônia, recomendou cuidado, para não nos perdermos. E não é que erramos o caminho em certo momento.
Este também começa pequeno, e aparenta pouco uso no momento. Logo depois , à esquerda, em direção leste, vimos ou outra entrada, em um lugar mais elevado com arvores mais altas e um conjunto de pedras. Só demos uma olhada, em um canal que parece leva mais longe, e continuamos a sudoeste, trajeto que leva ao Rio Seco. Quase ao seu final, antes de uma grande volta, exploramos o inicio de um outro furado, bem mais curto, mas estava um pouco fechado e optamos por não explorar. Ele teria economizado algumas centenas de metros. Mas Logo chegamos no braço direito do Faisqueira pelo qual o subimos. novamente, junto a Ilha das Rosas. O registro foi interrompido na foz do Faisqueira, restando mais 4km para se chegar no Portinho.
De lá seguimos para o Portinho, agora no final do estofo da préia-mar, talvez já no início da vazante. De lá o grupo se subdividiu um pouco, eu, Neto e Guto passando mais próximo do Recife das Pedras Brancas, e Cequinel e André com rota mais em direção ao trapiche da Feiramar. Mas logo nos alinhamos novamente, passando bem próximo da ilha do Baixio à bombordo. O vento estava entrando pelo sul, de través, contra a maré.
Em torno do baixio, encrespou um pouco, mas compensou a maré que começava a vazar, ainda sem muita força. Deu para vencer mais também para cansar. Da ponta norte da Ilha do Baixio, cruzamos o canal à oeste, e depois remando bem próximo ao continente, remando pelo remanse que se forma junto à costa e procurando evitar a vazante, que se avolumava. Cheguei exausto, mas foi um passeio muito bonito.
O Faisqueira fica entre a Reserva Garicica, uma RPPN da SPV, a Leste, e a Reserva Biológica Bom Jesus, a oeste. Próximo a sua foz, há pontos de pernoite no Porto das Moças (a levantar), na Ilha das Rosas e na Costa dos Freire, e acesso tanto pelos braços de seu estuario, com acesso fácil à Ponta da Pita, à Feiramar, ou ao Portinho do Cabral, cada um com suas vantagens e desvantagens, conforme horários de chegada e saída, maré e vento. Também conta com furados próximos como o do Rio Seco, da Olaria (Guamiranga de Baixo), apenas para embarcações pequenas a remo, e o do Nacar, propiciando passeios de até 12km por estes furados. Para quem vem de Europinha, ou Paranaguá, e quiser esticar a jornada, dá para parar em um destes lugares, com a devida permissão, é claro.
Alguns acertos a serem feitos.
- Sempre leve um mapa impresso e bussola. Celulares não são confiáveis.
- Se tiver pouca experiência, lembre-se que a baía pode encrespar e a correnteza da maré e o vento podem ser desafiadores e cansativos.
- Contrate um guia, se quiser explorar furados pouco utilizados.
- Contrate um barqueiro, se achar que o percurso até o local que quer explorar exige mais do que você acredita estar preparado.
- Avalie bem a maré e a previsão do tempo para planejar o roteiro.
- Venha remar em Antonina.
Fotografias de Luiz Ernesto Merkle, 2024, com exceção das creditadas a Luiz Augusto Merkle.
Waypoints
Portinho do Cabral
Local com estacionamento, pier flutuante, rampa de concreto. É um dos poucos lugares em Antonina que permite zarpar e embicar em qualquer maré. Há duas guardarias que prestam serviços de guia de pesca (Ademir) e é próximo a esteiros com outros portos no Graciosa, Tucunduva, Malvinas e Barigui.
Neto, Cequinel e André, com portinho ao fundo, olhando a oeste, com a serra do mar ao fundo
Onde os estuário se tornam Baía de Antonia, sobre o baixio, podendo ver até o Porto
Este ponto é interessante, mas também exige cuidado. É onde a baía começa se alargar, mas também sujeito à força dos rios, que se somam ou confrontam a maré, além dos ventos, que se afunilam entre os morros que contornam Antonina. A baía está placida, mas ando a maré desce à sudeste, e o vento a confronta a noroeste, nos entorno dos baixios as ondas encrespam. Mas a remo, com vento do continente e maré descendo, pode ser difícil avançar e exige preparo. Ao retornarmos a tarde, pegamos o ìnicio da vazante, mas o vento ajudou, nos empurrando rumo ao portinho, embora com um pouco de onda para vencer. Esta foto foi tirada sobre a ponta do baixio que cresce e forma a Ilha do Baixio, e de onde os canais que a circundam se subdividem, ao sul e à sudoeste. Pode ficar bem raso na baixamar, até para caiaques. Para barcos maiores, vale ir mais ao norte um pouco, passando mais próximo da Ponta do Rolim e visando o Recife das Pedras brancas por boreste. Como fomos em direção ao recife, ao passar pelo norte da ilha do baixio, quase encalhamos.
Ponta do Rolim à bombordo. Notem pequena embarcação a motor, vindo pela beira do canal, que não é visível
Sabedoria caiçara
Notem que o pescador vem um pouco mais ao norte, pois está ao nosso bombordo. Assim ele passa beirando o baixio, mas evitando a corrente de maré que vaza, e aumenta se ele for mais ao norte, pois o canal se aprofunda.
Recife das Pedras Brancas, com a baía ao fundo, até Paranaguá
Ao fundo, Morro do Feiticeiro até a Ponta Grossa.
Da foz do faisqueira, à oeste da Ilha das Rosas, olhando para Antonina.
Na maré cheia é possivel ir do trapiche da Feiramar às foz do Faisqueira cruzando a baía em linha reta, indo a leste, mas um pouco ao norte (à 10 graus), ou a 15 graus, à leste, passando entre a ilha do baixio e uma outra ilha que se formou, mais a sul, pelo assoreamento da baía. Em maré baixa, pode ser necessário contornar estes baixios. Vale consultar uma carta que as represente, ou a carta nautica, que já representa a profundidade.
Do faisqueira, olhando para sua foz em direçao a antonina, próximo a foz do Rio Seco
Entrada do primeiro acesso, indo à montante, ao Porto das Moças
No Rio Faisqueira, à montante, sob a linha de alta tensão, inicia o primeiro acesso ao Rio do Cedro, que leva ao Porto das Moças. este entra, curva ao norte e depois a nordeste, e depois a leste em meandros até o porto.
Costa dos Freire. Casa de barcos e porto, ao gundo
O portinho na Costa dos Freire tem pedras que auxiliam embarcar e desembarcar. Em seu entorno é lodo, que afunda bastante.
Costa dos Freire
A Costa dos Freire tem um belo gramado, com várias churrasqueiras. A estância tem água doce que vem de longe , por mangueira.
Canoístas e seus cicerones, dona Antonia e Maiko
Fomos recebidos na Costa dos Freire com muita gentileza, generosidade e simpatia. Dona Antonia já veio com uma garrafa d'água de dois litros gelada, e uma de suco. A conversa engatou e ficamos um montão. Ao fundo, pés de açaí e churrasqueiras utilizadas por visitantes, um belo gramado, e uma cabana destinada a acomodar a estátua de um santo.
Entrada ou Saída do Furado do Rio Seco ao Faisqueira
O furado do Rio seco leva ao próprio Faisqueira, ao seu braço que corre ao norte da ilha das rosas. Ele se bifurca a 540m de sua boca, rumo a noroeste, caminho mais viśivel, e a leste, meio escondido e exigindo uma pequena curva em sentido horário por detrás de mangue. Inicialmente pegamos errado, e depois de uns 300 metros a noroeste, em curva antihorária, retornamos. Recomenda-se orientar-se pela bússola. Quando o furado for a oeste, e começar a subir mais ao norte, haverá uma pequena "enseada" ao sul. Neste ponto, ache o canal bem estreito entre o manguezal, que exige passar por baixo de alguns galhos. Os contorne e siga em uma curva bem suave a oeste por 135m, e depois a sudoeste e a sul por mais 1500m, em meandro. Quando o esteiro for a oeste, haverá um pequeno furado ao sul, que leva a foz do mesmo Rio Seco. Apenas exploramos seu início, mas retornamos e seguimos a noroeste inicialmente em sentido antihorário e depois ao sul. Pelo furado, que está meio fechado e não permite navegação em maré baixa, seriam 300m. Pelo curso principal são 900m.
Neto, na entrada do Furado do Rio Seco.
Vindo da Costa dos Freire, o Furado é a segunda foz, um pouco menor. Vindo da Ilha das Rosas, e passando a Ilha da Mandirituba, é o terceiro esteiro à esquerda (bombordo).
No furado, mais adentro (~430m)
Adentrando o furado, que segue a noroeste inicialmente, depois ele faz uma curva suave a sudoeste.. esta foto é quando ele começa a descer. Mais uns 100m ele irá a oeste, neste ponto encontrar o canal a sudoeste e depois a oeste. se você virar ao noroeste, quase norte, você estará na direção errada, que se aproxima do Rio das Borrachas, ao norte.
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