Volta da Juatinga (via Jamanta) + Pão de Açúcar + Pedra das Araras + ... | Reserva Ecológica Estadual da Juatinga (Paraty)
near Papagaio, Rio de Janeiro (Brazil)
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Trail photos
Itinerary description
VOLTA DA JUATINGA (VIA JAMANTA) COM ATAQUE AO PICO DO PÃO DE AÇÚCAR, PEDRA DAS ARARAS, PONTA DA JUATINGA, PICO DO MIRANDA, POÇÃO E CACHOEIRA DO SACO BRAVO
TRACK COMPILADO E EDITADO A MÃO REFERENTE AOS 11 TRACKS GRAVADOS AO LONGO DO CIRCUITO
Estatísticas perdidas ao longo da edição:
Tempo total: 228h2min (9,5 dias)
Tempo decorrido aproximadamente: 30h
Dificuldades:
-Física: Muito Difícil (por conta dos ataques nos cumes)
-Técnica: Moderada
-Navegação: Moderada ou Só Experientes (no trecho subida e descida da Jamanta)
-Psicológica: Fácil
Exposições:
-sol: Moderada
-ventos: Baixa-Moderada
-riscos: Moderada
-vegetação: Moderada
-água: Baixa
ATENÇÃO: A dificuldade no trecho da Jamanta e do Miranda possuem grau de dificuldade elevado!
-DIA 1: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-1-vila-oratorio-x-pedra-da-jamanta-reserva-ecologica-estadual-da-juatinga-paraty-82815819
Iniciando nossa caminhada na Vila Oratório a trilha é bem aberta, lembrando até uma estrada desativada, pois o trecho Laranjeiras x Sono é extremamente famoso e talvez a trilha mais frequentada da reserva da Juatinga. Ao longo do caminho passamos por algumas nascentes, contenções, estruturações para turistas e um belo mirante da praia onde fizemos uma breve pausa. Pós mirante, pouco mais de 5 minutos estávamos na Praia do Sono curtindo aquele paraíso, mas como não somos bobos, não ficamos enrolando pra subir até a Jamanta. Sabíamos que o trajeto era dificil pela altimetria e principalmente pela baixa transitação de pessoas que acessam o cume. Então por volta das 10h da manhã estávamos saindo da Praia do Sono.
Inicialmente a caminhada pra Jamanta é uma trilha bem batida, não muito aberta, mas suficiente pra locomoção. Ao longo dela tentamos acessar o Poço do Jacaré (a primeira tentativa foi falha, a segunda deu certo). O Poço do Jacaré é belíssimo, porte médio mas suficiente pra se refrescar em dias de calor excessivo. Depois continuamos nossa caminhada e aí que o negócio começa a ficar louco.
Ao longo do caminho, "serpenteamos" diversas nascentes de baixo volume e a partir do momento que passamos da primeira saída de acesso à crista, a trilha se perde em diversas picadas, mas há sim alguns caminhos que se escolhidos certos não é necessário varar quase nada de mato. Ao longo do caminho erramos uma vez pois apareceu uma trilha paralela bem aberta, logo em seguida varamos mato de volta ao track seguido. Depois disso as picadas ficam bem confusas pelas pedras das nascentes proximas, mas chegando no momento de acessar a crista, a trilha se consolida completamente e nos ajuda a ganhar altitude. Uma vez na crista, não tem mais o que errar. A trilha da crista é levemente fechada mas bem demarcada (pois é caminho comum dos dois acessos do Sono e tambem do acesso da Ponta Negra), sem chance pra erros mas com uma subida de gastar todas as calorias do seu corpo (principalmente se estiver de cargueira). Chegando próximo ao cume existe uma pequena clareira horrível (melhor pra quem for acampar de rede) juntamente com um pequeno acesso de nascente para abastecimento de água. Como não nos alegrou o local, seguimos pro cume. O cume possuía area para camping que comportava até 8 barracas.
A Pedra da Jamanta foi de longe o melhor mirante que já passei na minha vida. Com visibilidade perfeita é possível ver desde Ilhabela até a Ilha Grande e ainda mais outros cumes da serra a frente. Com um pôr do sol maravilhoso na serra e um nascer do sol estonteante no mar. Alem dos arredores, é possível ver quase toda a reserva da Juatinga juntamente com o Saco do Mamanguá (único fiord brasileiro).
Gratidão por ter acessado o local, ficou para sempre no meu coração.
-DIA 2: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-2-pedra-da-jamanta-x-praia-do-cruzeiro-reserva-ecologica-estadual-da-juatinga-paraty-83356849
A previsão era perfeita, não demandou nenhum esforço levantar da barraca pra olhar a vista. O alvorecer pintava o céu como nunca e o sol gritava por nossa atenção. Assim foi o começo do nosso dia pós pernoite no alto da Pedra da Jamanta.
Pós melhor contemplação de todas preparamos o café, desmontamos as barracas e vestimos as cargueiras, era hora de andar novamente. Saímos da Pedra em direção a um pequeno cume ao lado que nos dá uma bela vista para o Saco do Mamanguá e a continuação da trilha. Inicialmente o trecho é no plano com vegetação seca, porem o inicio da descida é marcado por uma pedra aguda de lado (lembrando o altar do rei leão) e aí a vegetação seca continua. Isso é um problema enorme, a descida é bem mais ingreme desse lado e com a vegetação seca, tudo que seguramos quebra, todo lugar que fecha vira bambuzal e todo o terreno possui obstaculos que nos demandam tempo. O inicio da descida deu certo, porém, num dado momento erramos uma entrada que nos fez permanecer no erro por ter uma outra trilha aberta. Logo depois de andar alguns metros a frente, a trilha errada que estava aberta fechou de vez, tivemos que nos enfiar no mato e tentar encontrar um meio de voltar à trilha principal. Como o terreno era extremamente desnivelado, gastamos alguns metros pra encontrar a trilha. Basicamente isso foi o começo do dia, 2h pra descer 200m em altitude.
Finalmente na trilha certa. Essa por sua vez já estava em trecho de Mata Atlântica, o que nos deu diversos apoios de árvores para descer. A trilha se fecha em algumas partes porém o chão é batido até pouco antes do primeiro ponto de água da descida. Próximo a nascente, o cenário de um bosque com umas pedras grandes, ouvindo o barulho de água por mais de um lado e com a navegação bem difícil por tudo se abrir. O mais importante nessa hora é encontrar o rancho da caverna, ali terá uma trilha para continuar descendo. Em seguinte a trilha é um pouco confusa mas bem mais tranquila. Ela troca de crista de serra umas duas vezes, fazendo com que tenhamos que atravessar breve riachos na transição. Depois de um tempo já verá a trilha se abrir bem, vira um passeio no parque. Passamos ao lado de uma aldeia, e seguimos em direção ao rio para ver as cachoeiras do Rio Grande.
A primeiro momento, é necessário atravessar o Rio Grande por cima de uma arvore e do outro lado terá a trilha uma trilha onde de um lado nos leva as cachoeiras a cima do rio e do outro lado nos leva até o Saco do Mamanguá. Passamos entao na cachoeira, possui um poço daora pra nadar e uma queda moderada.
Descemos então pro Saco do Mamanguá, fizemos uma breve pausa pra nadar em um píer na Praia do Espinheiro e seguimos em direção a Praia do Cruzeiro. Este caminho é bem simples, variando entre trilha bem aberta e caminho entre as propriedades caiçaras do local. O cenário é fantástico, a água cor de céu e o morro ao lado de Paraty-Mirim. Enquanto nas nossas costas, toda a reserva da Juatinga com vista pro Pão de Açúcar.
Finalmente chegamos no Camping do Orlando e montamos nossas barracas. Quem nos recebeu foi o filho dele, Jaime. Foi cobrado 35/pessoa, o local possui restaurante, uma bela área de grama sem cobertura para montar as barracas, banho quente, cozinha e o melhor de tudo, a vista pro mar. Jaime tambem nos contou que quem abriu a trilha pro cume do Pão de Açúcar foi seu pai, Orlando.
E assim foi finalizado o segundo dia.
-DIA 3.1: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-3-1-praia-do-cruzeiro-x-praia-do-engenho-pao-de-acucar-83126884
Inicialmente tomamos um belo café da manhã e saímos do camping do seu Orlando. Andando à direita na praia encontrará uma trilha que se bifurca no acesso do pico do Pão de Açúcar e o resto da trilha que nos leva a Praia do Engenho. Subimos então primeiro no Pão de Açúcar e em torno de 30min já estamos no topo. A vista é maravilhosa, sendo possível ver todo o Saco do Mamanguá e boa parte da Serra da Bocaina.
Voltamos ao camping, almoçamos no restaurante do camping e seguimos a trilha em direção a Praia do Engenho. A trilha em si não é difícil, mas diversas subidas e descidas vão nos deixando cada vez mais cansados (principalmente pelo peso do almoço dentro de nós). Por diversas vezes a trilha varia entre trilha de verdade e caminhos de acesso das moradias próximas.
Chegamos na praia do Engenho e fizemos uma breve pausa para continuar a parte 2 do dia.
-DIA 3.2: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-3-2-praia-do-engenho-x-praia-grande-da-cajaiba-83126854
Após breve descanso na Praia do Engenho, seguimos a trilha que então agora era cansativa. Uma longa subida de praticamente 400m de ganho de elevação que logo em seguida descemos novamente para chegar na Praia Grande da Cajaíba. Ao longo da subida irá encontrar placas de acesso à algumas coisas que acabamos não indo, como: Cadeia Velha e Cachoeira do Engenho (essa vimos só de longe na trilha).
Depois de muito esforço nesse morro, próximo à praia existe uma placa que sinaliza o começo da trilha para a Praia Deserta, a trilha estava COMPLETAMENTE FECHADA. Por isso não fizemos o ataque nela e seguimos direto para a proxima praia. Um detalhe que nos contaram é que o único morador da Praia Deserta possui um belo cachorro bem agressivo pra espantar todos os turistas, não entendi porque, mas fazer oq.
Chegamos então na Praia Grande da Cajaíba e aproveitamos para nos alimentar um pouco no quiosque da praia. Logo em seguida subimos e fomos procurar um camping.
Foi um inferno conseguir um camping em plena luz da lua. Quem nos atendeu foi um parente do dono do camping. Foi cobrado 40 reais por pessoa e nos deixaram dormir dentro da área da cozinha. O camping possuía chuveiro frio, forno a lenha, banheiros e uma boa área descoberta para montagem das barracas.
Finalizamos assim nosso terceiro dia de travessia.
-DIA 4: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-4-praia-grande-da-cajaiba-x-pouso-da-cajaiba-83128544
Finalmente um dia de muito sossego na travessia. Como queríamos curtir o lugar, acordamos tarde, encontrei uma poça amarela em cima do recuo da minha barraca, arrumamos nossas coisas e fomos conhecer a Cachoeira da Praia Grande da Cajaíba. O acesso é feito pelo canto direito da praia, com uma trilha bem curta que passa pela entrada de um camping. A cachoeira é linda, com poço para banho e uma breve queda d'água. Voltamos então para a praia e ficamos tirando uma onda no quiosque, curtindo o dia e vendo aquele paraíso. Almoçamos bem e fomos buscar nossas cargueiras no camping.
Em seguida a caminhada é bem simples, passando por diversos trechos com vista e diversas praias paradisíacas. A primeira foi a de Itaoca, a segunda uma prainha pequena e fechada de pescador, a terceira foi a Praia de Calhaus, a quarta a Praia de Itanema e por fim a Praia do Pouso da Cajaíba. No trajeto perdemos apenas uma pequena praia que chamam de Toca do Carro, ao lado do Pouso da Cajaíba.
Fomos então até o camping e montamos nossa barraca pra se preparar para o próximo dia.
-DIA 5: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-5-pouso-da-cajaiba-x-praia-de-sumaca-pedra-das-araras-83356785
O dia se inicia na praia do Pouso da Cajaíba. Eu e o Márcio deixamos o André curtindo a praia e fomos fazer um ataque até a Pedra das Araras. Inicialmente a trilha se inicia pelo mesmo percurso que usamos para ir para a Praia de Sumaca, mas num determinado momento haverá uma bifurcação a esquerda para o acesso do cume. A trilha é levemente confusa no começo, pois passa serpenteando uma pequena nascente e as propriedades próximas. Depois que passa a última casa, a trilha segue levemente fechada (porém bem mais intuítiva) até a Pedra das Araras. A visão do cume é fantástica, sendo possível ver todo o lado desde Praia Grande da Cajaíba até o Pouso da Cajaíba, uma visão que vale MUITO conhecer.
De volta ao camping, pegamos nossas cargueiras e seguimos então rumo a Praia de Sumaca. Pegamos o mesmo caminho sentido Pedra das Araras e pegamos a direita na bifurcação pra subir um belo de um morro. Num dado momento, encontramos a bifurcação que divide a trilha nos sentidos de Praia da Sumaca e Martim de Sá. Como íamos atacar o farol no dia seguinte, seguimos via Praia da Sumaca. A trilha a partir deste ponto está um pouco mais fechada que a que vai para Martim de Sá, mas completamente marcada. Chegando próximo à Sumaca, apreciamos o belo mirante próxima à ela e seguimos em direção a praia onde possui um chalé para alugar, estabelecimento para refeição e um camping (nem sempre o estabelecimento estará funcionando, pois o dono do local mora no Pouso da Cajaíba e nem sempre ele estará lá).
Esperava muito menos desta praia, mas ela é maravilhosa!!! Em tempo de maré baixa, a praia possui uma faixa de areia, mas quando a maré sobe, a praia se divide em duas partes. É cheia de pedras ao longo de sua baía e uma em específico que faz com que as ondas explodam nela criando um verdadeiro espetáculo.
OBS.: a praia de Sumaca recebe seu nome por uma antiga embarcação chamada de Sumaca que naufragou nesta praia. Atualmente o único resquício que sobrou do barco é um cano que usam para deságua de uma nascente da praia em seu canto esquerdo (olhando para o mar).
Assim finaliza nosso dia nesse paraíso.
-DIA 6: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-6-praia-de-sumaca-x-praia-de-martim-de-sa-ponta-da-juatinga-83356939
Começamos então nosso sexto dia na reserva ecológica da Juatinga. Acordamos com o maravilhoso som do mar e das ondas quebrando nas pedras de Sumaca. Fizemos um breve café da manhã e deixamos o André curtindo a praia (mal sabia ele que era um sortudo dos grandes por ter ficado) para ir fazer um ataque à Ponta da Juatinga. O caminho em si é bem simples, apenas problemas com o excesso de variação de altitude. Ao longo dele encontramos bifurcações que nos levavam à duas comunidades caiçaras, Saco Claro e Ibijiquara. Ambas ficam em uma espécie de baía de pedras onde atracam seu barcos e vivem da pescaria local. Voltamos delas e continuamos para a ponta da Juatinga. Ao longo do caminho passamos primeiro por um ponto de sela, um local onde os morros se juntam por uma estreita e baixa faixa de terra. Em seguida seguímos até o topo do segundo bloco onde estaria o farol da Juatinga. Passamos pela comunidade local e subimos até o topo daquela ponta que realmente me surpreendi, esperava MUITO mas encontrei muito pouco. O local em si não é de se descartar, mas em relação a travessia completa deixa a desejar e muito. ENFIM, voltamos para Sumaca e CUIDADO, tentamos usar um corte de caminho que só encontramos trilha até uma casa de barro, dalí em diante varamos mato de volta a trilha principal.
De volta a Sumaca, pagamos por um ótimo almoço e seguimos em direção a Praia de Martim de Sá. No caminho usamos um corta caminho, uma trilha alternativa.Nela existe uma bifurcação que existe um suposto mirante que perdemos, FAIL. Ela em si é levemente mais íngreme e curta. No final existe um riozinho pra atravessar e uma placa que indica o caminho da praia.
OBS.: Na bifurcação do Mirandinha: esquecemos de contemplar e seguimos para a praia. Caso queira visitar basta pegar a esquerda quando estiver descendo que irá subir até o mirante, de lá tem uma trilha que leva à um costão belíssimo que passei vontade vendo os videos do @caiquefiali
https://www.wikiloc.com/hiking-trails/trilha-do-seu-toninho-83364512
Chegamos então na Praia de Martim de Sá, belíssima, serve pra surf, chega de barco, belo camping estruturado e com refeição deliciosa. Caiçaras do local fazem guiamento para localidades próximas que pedir. Comunidade evangélica, proibido uso de bebidas alcoolicas e entorpecentes, respeite a tradição caiçara do local.
Finalizamos assim nosso sexto dia de Juatinga.
-DIA 7: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-7-praia-de-martim-de-sa-x-cairucu-das-pedras-pocao-pico-do-miranda-83356750
E assim se iniciava nosso sétimo dia no paraíso. Acordamos com muita preguiça e tomamos um belo café da manhã pra fazer aquele ataque sinistro em dois lugares: Poção e Pico do Miranda.
Passamos brevemente até a ponta da praia pra ver a vista, voltamos ao camping e seguimos (POR DENTRO DELE) para a trilha de cima que acessa os picos do ataque. Primeiro passamos no Poção, a trilha estava um pouco fechada e precisou atravessar o rio algumas vezes e andar em pedras para chegar no ponto principal. O lugar bem top pra nadar, dá pra dar até uns pulos no poço mas com pouco sol batendo.
Voltamos e subimos para o Pico do Miranda. A trilha para o pico é dificil, precisa subir lá seus 600m de altitude e ainda possui diversos trechos com facilidade de se perder. A primeira metade foi feita em 30min, com pouca variação de altitude e caminho bem simples indo por bosques de mata atlantica/cristas de serra. A segunda metade é uma curva ganhando altitude enquanto beira a parede. Esse trecho é um pouco mais chato pois é necessário passar em diversos trechos bem ingremes e instaveis pelas nascentes que cortam o caminho. No final voce se depara com uma pedra gigantesca, vire a esquerda e suba com tudo pelas arvores. No topo já encontrará uma leve paredinha com corda para ascensão no Pico do Miranda com seus 625m de altitude. No topo você encontra vista pras praias desde Pouso da Cajaíba até Praia Grande da Cajaíba, bem em frente ao fundo a Pedra das Araras, bem em frente perto uma pedra partida maneiríssima que fiquei na vontade de acessar, mas como o mato estava muito fechado, deixamos para proxima, e por fim todo o lado da Ponta da Juatinga, Martim de Sá e Cairuçu das Pedras (mas este lado estava fechado no dia). O caminho até o cume desde a trilha principal (que liga martim de sá com cairuçu, poção, pico do miranda) foi ao todo 1h40. Na descida fizemos por volta de 1h20. Fomos até que rápidos, mas não subestime essa trilha, subida bem pesada e com caminho bem fechado.
Voltamos então ao camping, arrumamos as barracas, almoçamos no restaurante do camping e seguimos para Cairuçu das Pedras. No caminho cometemos um erro, como já haviamos passado no Poçao e no Miranda, era melhor pegar a trilha que sai da ponta da praia,ela passa numa pequena praia exclusiva e em seguida junta com a trilha principal. Enfim, fomos pelo mesmo caminho que já tinhamos passado, passamos por diversas paisagens, o Saco das Enchovas e por fim Cairuçu das Pedras. Ficamos no camping mais próximo a praia e assim finalizamos nosso sétimo dia.
-DIA 8: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-8-cairucu-das-pedras-x-ponta-negra-83432541
E assim inicia nosso oitavo dia de Juatinga.
Acordamos sem pressa em Cairuçu das Pedras, sabíamos a bela subida que nos aguardava então fizemos questão de esvaziar nossas mochilas comendo toda a comida que sobrou. Inicialmente saímos do camping e em pouco tempo já começávamos a ver a subida que nos aguardava. A primeiro momento ela começa bem simpática e tímida, com poucos trechos de mato fechado, trilha bem batida e poucos obstáculos. Próximo ao cume, o caminho começa a se fechar um pouco (mas nada de vara mato) e a subida começa a puxar bem. No topo tem uma placa e uma janela para a vista. A descida foi feita rapidamente, trilha bem batida, sem obstáculo algum, descemos correndo. Chegando na comunidade da Ponta Negra passamos por um rio que possui dois poços para banho. Logo em seguida fomos em busca de um camping e encontramos um maravilhoso do Ismael. Soco a tecla, QUE CAMPING TOP. Obrigado Ismael pela tamanha hospitalidade.
E assim finalizamos nosso 8º dia.
-DIA 9: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-9-cachoeira-do-saco-bravo-83615239
Nosso 9° dia inicia sem pressa, a chuva começa forte ao longo da manhã e esperamos por volta das 10h da manhã para começar a nossa caminhada.
Saímos do camping do Ismael e começamos a trilha já numa subidona. A trilha em si consiste em atravessar 2 morros. O primeiro com a trilha bem batida e a maior subida. Num dado momento da primeira descida encontrará uma bifurcação. A antiga trilha principal atravessa os dois morros quase que em uma linha reta, isso faz com que a perda de altitude até o vale entre esses dois morros seja muito grande. A trilha que usamos foi por uma variante a esquerda da bifurcação. Assim como a primeira, ela atravessa ambos os morros, mas esta por sua vez contorna mais sua lateral para que nao seja necessario perder tanta altitude. Em torno de 25min estamos na trilha principal novamente para subir o ultimo morro. Esse por sua vez é bem mais tranquilo em relação ao primeiro, chegamos no topo sem dificuldade e já começamos a descer. Ao longo da descida encontrará uma clareira, um ponto de água pequeno, um ponto de água referente a nascente da Cach. do Saco Bravo e o final a própria cachoeira.
Eu particularmente adorei a localização da cachoeira, mas a cachoeira em si deixa um pouco a desejar. Isso não importa porque o quanto aquele costão é loco, compensa totalmente. Próximo a cachoeira marquei um ponto de vista e uma fenda maneiríssima nas rochas.
Fizemos uma breve pausa, nadamos na cachu e pegamos nosso caminho de volta, que desta vez foi bem diferente em relação a ida. Na volta, o segundo morro da trilha é mais pesado de subir, e a descida do primeiro morro da trilha para ponta negra fica mais pesada de descer.
-DIA 10: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-10-ponta-negra-x-praia-de-laranjeiras-83615209
E assim começa a nossa despedida desse paraíso. Acordamos sem pressa, fomos tomar café da manhã e arrumamos nossas cargueiras.
Nossa caminhada é bem simples, em trilha bem sinalizada, batida e estruturada. Passamos primeiro na Praia das Galhetas, uma praia cheia de pedras. Logo em seguida a Cachoeira das Galhetas, com um pequeno poço e uma queda escondida entre as pedras.
Seguindo o caminho passamos na praia de Antiguinhos e Antigos, belíssimas. Subimos então pro mirante da Praia do Sono e no caminho encontramos uma trilha, a primeiro momento achamos que nos daria acesso a algum mirante naquele rochedo entre a do Sono e a de Antigos, só que quanto mais íamos andando sentido o local do suposto mirante, mais o mato se fechava. No final das contas nos contentamos com as poucas vistas fracionadas que vimos no caminho e seguimos de volta para a Praia do Sono. Lá fizemos uma pausa para alimentação e assim seguimos de volta para a Vila Oratório pela mesma trilha que iniciamos a travessia.
EVITE FAZER EM DIAS DE TEMPESTADE, RESPEITE A NATUREZA E LEVE SEU LIXO EMBORA PORRA
TRACK COMPILADO E EDITADO A MÃO REFERENTE AOS 11 TRACKS GRAVADOS AO LONGO DO CIRCUITO
Estatísticas perdidas ao longo da edição:
Tempo total: 228h2min (9,5 dias)
Tempo decorrido aproximadamente: 30h
Dificuldades:
-Física: Muito Difícil (por conta dos ataques nos cumes)
-Técnica: Moderada
-Navegação: Moderada ou Só Experientes (no trecho subida e descida da Jamanta)
-Psicológica: Fácil
Exposições:
-sol: Moderada
-ventos: Baixa-Moderada
-riscos: Moderada
-vegetação: Moderada
-água: Baixa
ATENÇÃO: A dificuldade no trecho da Jamanta e do Miranda possuem grau de dificuldade elevado!
-DIA 1: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-1-vila-oratorio-x-pedra-da-jamanta-reserva-ecologica-estadual-da-juatinga-paraty-82815819
Iniciando nossa caminhada na Vila Oratório a trilha é bem aberta, lembrando até uma estrada desativada, pois o trecho Laranjeiras x Sono é extremamente famoso e talvez a trilha mais frequentada da reserva da Juatinga. Ao longo do caminho passamos por algumas nascentes, contenções, estruturações para turistas e um belo mirante da praia onde fizemos uma breve pausa. Pós mirante, pouco mais de 5 minutos estávamos na Praia do Sono curtindo aquele paraíso, mas como não somos bobos, não ficamos enrolando pra subir até a Jamanta. Sabíamos que o trajeto era dificil pela altimetria e principalmente pela baixa transitação de pessoas que acessam o cume. Então por volta das 10h da manhã estávamos saindo da Praia do Sono.
Inicialmente a caminhada pra Jamanta é uma trilha bem batida, não muito aberta, mas suficiente pra locomoção. Ao longo dela tentamos acessar o Poço do Jacaré (a primeira tentativa foi falha, a segunda deu certo). O Poço do Jacaré é belíssimo, porte médio mas suficiente pra se refrescar em dias de calor excessivo. Depois continuamos nossa caminhada e aí que o negócio começa a ficar louco.
Ao longo do caminho, "serpenteamos" diversas nascentes de baixo volume e a partir do momento que passamos da primeira saída de acesso à crista, a trilha se perde em diversas picadas, mas há sim alguns caminhos que se escolhidos certos não é necessário varar quase nada de mato. Ao longo do caminho erramos uma vez pois apareceu uma trilha paralela bem aberta, logo em seguida varamos mato de volta ao track seguido. Depois disso as picadas ficam bem confusas pelas pedras das nascentes proximas, mas chegando no momento de acessar a crista, a trilha se consolida completamente e nos ajuda a ganhar altitude. Uma vez na crista, não tem mais o que errar. A trilha da crista é levemente fechada mas bem demarcada (pois é caminho comum dos dois acessos do Sono e tambem do acesso da Ponta Negra), sem chance pra erros mas com uma subida de gastar todas as calorias do seu corpo (principalmente se estiver de cargueira). Chegando próximo ao cume existe uma pequena clareira horrível (melhor pra quem for acampar de rede) juntamente com um pequeno acesso de nascente para abastecimento de água. Como não nos alegrou o local, seguimos pro cume. O cume possuía area para camping que comportava até 8 barracas.
A Pedra da Jamanta foi de longe o melhor mirante que já passei na minha vida. Com visibilidade perfeita é possível ver desde Ilhabela até a Ilha Grande e ainda mais outros cumes da serra a frente. Com um pôr do sol maravilhoso na serra e um nascer do sol estonteante no mar. Alem dos arredores, é possível ver quase toda a reserva da Juatinga juntamente com o Saco do Mamanguá (único fiord brasileiro).
Gratidão por ter acessado o local, ficou para sempre no meu coração.
-DIA 2: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-2-pedra-da-jamanta-x-praia-do-cruzeiro-reserva-ecologica-estadual-da-juatinga-paraty-83356849
A previsão era perfeita, não demandou nenhum esforço levantar da barraca pra olhar a vista. O alvorecer pintava o céu como nunca e o sol gritava por nossa atenção. Assim foi o começo do nosso dia pós pernoite no alto da Pedra da Jamanta.
Pós melhor contemplação de todas preparamos o café, desmontamos as barracas e vestimos as cargueiras, era hora de andar novamente. Saímos da Pedra em direção a um pequeno cume ao lado que nos dá uma bela vista para o Saco do Mamanguá e a continuação da trilha. Inicialmente o trecho é no plano com vegetação seca, porem o inicio da descida é marcado por uma pedra aguda de lado (lembrando o altar do rei leão) e aí a vegetação seca continua. Isso é um problema enorme, a descida é bem mais ingreme desse lado e com a vegetação seca, tudo que seguramos quebra, todo lugar que fecha vira bambuzal e todo o terreno possui obstaculos que nos demandam tempo. O inicio da descida deu certo, porém, num dado momento erramos uma entrada que nos fez permanecer no erro por ter uma outra trilha aberta. Logo depois de andar alguns metros a frente, a trilha errada que estava aberta fechou de vez, tivemos que nos enfiar no mato e tentar encontrar um meio de voltar à trilha principal. Como o terreno era extremamente desnivelado, gastamos alguns metros pra encontrar a trilha. Basicamente isso foi o começo do dia, 2h pra descer 200m em altitude.
Finalmente na trilha certa. Essa por sua vez já estava em trecho de Mata Atlântica, o que nos deu diversos apoios de árvores para descer. A trilha se fecha em algumas partes porém o chão é batido até pouco antes do primeiro ponto de água da descida. Próximo a nascente, o cenário de um bosque com umas pedras grandes, ouvindo o barulho de água por mais de um lado e com a navegação bem difícil por tudo se abrir. O mais importante nessa hora é encontrar o rancho da caverna, ali terá uma trilha para continuar descendo. Em seguinte a trilha é um pouco confusa mas bem mais tranquila. Ela troca de crista de serra umas duas vezes, fazendo com que tenhamos que atravessar breve riachos na transição. Depois de um tempo já verá a trilha se abrir bem, vira um passeio no parque. Passamos ao lado de uma aldeia, e seguimos em direção ao rio para ver as cachoeiras do Rio Grande.
A primeiro momento, é necessário atravessar o Rio Grande por cima de uma arvore e do outro lado terá a trilha uma trilha onde de um lado nos leva as cachoeiras a cima do rio e do outro lado nos leva até o Saco do Mamanguá. Passamos entao na cachoeira, possui um poço daora pra nadar e uma queda moderada.
Descemos então pro Saco do Mamanguá, fizemos uma breve pausa pra nadar em um píer na Praia do Espinheiro e seguimos em direção a Praia do Cruzeiro. Este caminho é bem simples, variando entre trilha bem aberta e caminho entre as propriedades caiçaras do local. O cenário é fantástico, a água cor de céu e o morro ao lado de Paraty-Mirim. Enquanto nas nossas costas, toda a reserva da Juatinga com vista pro Pão de Açúcar.
Finalmente chegamos no Camping do Orlando e montamos nossas barracas. Quem nos recebeu foi o filho dele, Jaime. Foi cobrado 35/pessoa, o local possui restaurante, uma bela área de grama sem cobertura para montar as barracas, banho quente, cozinha e o melhor de tudo, a vista pro mar. Jaime tambem nos contou que quem abriu a trilha pro cume do Pão de Açúcar foi seu pai, Orlando.
E assim foi finalizado o segundo dia.
-DIA 3.1: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-3-1-praia-do-cruzeiro-x-praia-do-engenho-pao-de-acucar-83126884
Inicialmente tomamos um belo café da manhã e saímos do camping do seu Orlando. Andando à direita na praia encontrará uma trilha que se bifurca no acesso do pico do Pão de Açúcar e o resto da trilha que nos leva a Praia do Engenho. Subimos então primeiro no Pão de Açúcar e em torno de 30min já estamos no topo. A vista é maravilhosa, sendo possível ver todo o Saco do Mamanguá e boa parte da Serra da Bocaina.
Voltamos ao camping, almoçamos no restaurante do camping e seguimos a trilha em direção a Praia do Engenho. A trilha em si não é difícil, mas diversas subidas e descidas vão nos deixando cada vez mais cansados (principalmente pelo peso do almoço dentro de nós). Por diversas vezes a trilha varia entre trilha de verdade e caminhos de acesso das moradias próximas.
Chegamos na praia do Engenho e fizemos uma breve pausa para continuar a parte 2 do dia.
-DIA 3.2: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-3-2-praia-do-engenho-x-praia-grande-da-cajaiba-83126854
Após breve descanso na Praia do Engenho, seguimos a trilha que então agora era cansativa. Uma longa subida de praticamente 400m de ganho de elevação que logo em seguida descemos novamente para chegar na Praia Grande da Cajaíba. Ao longo da subida irá encontrar placas de acesso à algumas coisas que acabamos não indo, como: Cadeia Velha e Cachoeira do Engenho (essa vimos só de longe na trilha).
Depois de muito esforço nesse morro, próximo à praia existe uma placa que sinaliza o começo da trilha para a Praia Deserta, a trilha estava COMPLETAMENTE FECHADA. Por isso não fizemos o ataque nela e seguimos direto para a proxima praia. Um detalhe que nos contaram é que o único morador da Praia Deserta possui um belo cachorro bem agressivo pra espantar todos os turistas, não entendi porque, mas fazer oq.
Chegamos então na Praia Grande da Cajaíba e aproveitamos para nos alimentar um pouco no quiosque da praia. Logo em seguida subimos e fomos procurar um camping.
Foi um inferno conseguir um camping em plena luz da lua. Quem nos atendeu foi um parente do dono do camping. Foi cobrado 40 reais por pessoa e nos deixaram dormir dentro da área da cozinha. O camping possuía chuveiro frio, forno a lenha, banheiros e uma boa área descoberta para montagem das barracas.
Finalizamos assim nosso terceiro dia de travessia.
-DIA 4: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-4-praia-grande-da-cajaiba-x-pouso-da-cajaiba-83128544
Finalmente um dia de muito sossego na travessia. Como queríamos curtir o lugar, acordamos tarde, encontrei uma poça amarela em cima do recuo da minha barraca, arrumamos nossas coisas e fomos conhecer a Cachoeira da Praia Grande da Cajaíba. O acesso é feito pelo canto direito da praia, com uma trilha bem curta que passa pela entrada de um camping. A cachoeira é linda, com poço para banho e uma breve queda d'água. Voltamos então para a praia e ficamos tirando uma onda no quiosque, curtindo o dia e vendo aquele paraíso. Almoçamos bem e fomos buscar nossas cargueiras no camping.
Em seguida a caminhada é bem simples, passando por diversos trechos com vista e diversas praias paradisíacas. A primeira foi a de Itaoca, a segunda uma prainha pequena e fechada de pescador, a terceira foi a Praia de Calhaus, a quarta a Praia de Itanema e por fim a Praia do Pouso da Cajaíba. No trajeto perdemos apenas uma pequena praia que chamam de Toca do Carro, ao lado do Pouso da Cajaíba.
Fomos então até o camping e montamos nossa barraca pra se preparar para o próximo dia.
-DIA 5: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-5-pouso-da-cajaiba-x-praia-de-sumaca-pedra-das-araras-83356785
O dia se inicia na praia do Pouso da Cajaíba. Eu e o Márcio deixamos o André curtindo a praia e fomos fazer um ataque até a Pedra das Araras. Inicialmente a trilha se inicia pelo mesmo percurso que usamos para ir para a Praia de Sumaca, mas num determinado momento haverá uma bifurcação a esquerda para o acesso do cume. A trilha é levemente confusa no começo, pois passa serpenteando uma pequena nascente e as propriedades próximas. Depois que passa a última casa, a trilha segue levemente fechada (porém bem mais intuítiva) até a Pedra das Araras. A visão do cume é fantástica, sendo possível ver todo o lado desde Praia Grande da Cajaíba até o Pouso da Cajaíba, uma visão que vale MUITO conhecer.
De volta ao camping, pegamos nossas cargueiras e seguimos então rumo a Praia de Sumaca. Pegamos o mesmo caminho sentido Pedra das Araras e pegamos a direita na bifurcação pra subir um belo de um morro. Num dado momento, encontramos a bifurcação que divide a trilha nos sentidos de Praia da Sumaca e Martim de Sá. Como íamos atacar o farol no dia seguinte, seguimos via Praia da Sumaca. A trilha a partir deste ponto está um pouco mais fechada que a que vai para Martim de Sá, mas completamente marcada. Chegando próximo à Sumaca, apreciamos o belo mirante próxima à ela e seguimos em direção a praia onde possui um chalé para alugar, estabelecimento para refeição e um camping (nem sempre o estabelecimento estará funcionando, pois o dono do local mora no Pouso da Cajaíba e nem sempre ele estará lá).
Esperava muito menos desta praia, mas ela é maravilhosa!!! Em tempo de maré baixa, a praia possui uma faixa de areia, mas quando a maré sobe, a praia se divide em duas partes. É cheia de pedras ao longo de sua baía e uma em específico que faz com que as ondas explodam nela criando um verdadeiro espetáculo.
OBS.: a praia de Sumaca recebe seu nome por uma antiga embarcação chamada de Sumaca que naufragou nesta praia. Atualmente o único resquício que sobrou do barco é um cano que usam para deságua de uma nascente da praia em seu canto esquerdo (olhando para o mar).
Assim finaliza nosso dia nesse paraíso.
-DIA 6: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-6-praia-de-sumaca-x-praia-de-martim-de-sa-ponta-da-juatinga-83356939
Começamos então nosso sexto dia na reserva ecológica da Juatinga. Acordamos com o maravilhoso som do mar e das ondas quebrando nas pedras de Sumaca. Fizemos um breve café da manhã e deixamos o André curtindo a praia (mal sabia ele que era um sortudo dos grandes por ter ficado) para ir fazer um ataque à Ponta da Juatinga. O caminho em si é bem simples, apenas problemas com o excesso de variação de altitude. Ao longo dele encontramos bifurcações que nos levavam à duas comunidades caiçaras, Saco Claro e Ibijiquara. Ambas ficam em uma espécie de baía de pedras onde atracam seu barcos e vivem da pescaria local. Voltamos delas e continuamos para a ponta da Juatinga. Ao longo do caminho passamos primeiro por um ponto de sela, um local onde os morros se juntam por uma estreita e baixa faixa de terra. Em seguida seguímos até o topo do segundo bloco onde estaria o farol da Juatinga. Passamos pela comunidade local e subimos até o topo daquela ponta que realmente me surpreendi, esperava MUITO mas encontrei muito pouco. O local em si não é de se descartar, mas em relação a travessia completa deixa a desejar e muito. ENFIM, voltamos para Sumaca e CUIDADO, tentamos usar um corte de caminho que só encontramos trilha até uma casa de barro, dalí em diante varamos mato de volta a trilha principal.
De volta a Sumaca, pagamos por um ótimo almoço e seguimos em direção a Praia de Martim de Sá. No caminho usamos um corta caminho, uma trilha alternativa.Nela existe uma bifurcação que existe um suposto mirante que perdemos, FAIL. Ela em si é levemente mais íngreme e curta. No final existe um riozinho pra atravessar e uma placa que indica o caminho da praia.
OBS.: Na bifurcação do Mirandinha: esquecemos de contemplar e seguimos para a praia. Caso queira visitar basta pegar a esquerda quando estiver descendo que irá subir até o mirante, de lá tem uma trilha que leva à um costão belíssimo que passei vontade vendo os videos do @caiquefiali
https://www.wikiloc.com/hiking-trails/trilha-do-seu-toninho-83364512
Chegamos então na Praia de Martim de Sá, belíssima, serve pra surf, chega de barco, belo camping estruturado e com refeição deliciosa. Caiçaras do local fazem guiamento para localidades próximas que pedir. Comunidade evangélica, proibido uso de bebidas alcoolicas e entorpecentes, respeite a tradição caiçara do local.
Finalizamos assim nosso sexto dia de Juatinga.
-DIA 7: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-7-praia-de-martim-de-sa-x-cairucu-das-pedras-pocao-pico-do-miranda-83356750
E assim se iniciava nosso sétimo dia no paraíso. Acordamos com muita preguiça e tomamos um belo café da manhã pra fazer aquele ataque sinistro em dois lugares: Poção e Pico do Miranda.
Passamos brevemente até a ponta da praia pra ver a vista, voltamos ao camping e seguimos (POR DENTRO DELE) para a trilha de cima que acessa os picos do ataque. Primeiro passamos no Poção, a trilha estava um pouco fechada e precisou atravessar o rio algumas vezes e andar em pedras para chegar no ponto principal. O lugar bem top pra nadar, dá pra dar até uns pulos no poço mas com pouco sol batendo.
Voltamos e subimos para o Pico do Miranda. A trilha para o pico é dificil, precisa subir lá seus 600m de altitude e ainda possui diversos trechos com facilidade de se perder. A primeira metade foi feita em 30min, com pouca variação de altitude e caminho bem simples indo por bosques de mata atlantica/cristas de serra. A segunda metade é uma curva ganhando altitude enquanto beira a parede. Esse trecho é um pouco mais chato pois é necessário passar em diversos trechos bem ingremes e instaveis pelas nascentes que cortam o caminho. No final voce se depara com uma pedra gigantesca, vire a esquerda e suba com tudo pelas arvores. No topo já encontrará uma leve paredinha com corda para ascensão no Pico do Miranda com seus 625m de altitude. No topo você encontra vista pras praias desde Pouso da Cajaíba até Praia Grande da Cajaíba, bem em frente ao fundo a Pedra das Araras, bem em frente perto uma pedra partida maneiríssima que fiquei na vontade de acessar, mas como o mato estava muito fechado, deixamos para proxima, e por fim todo o lado da Ponta da Juatinga, Martim de Sá e Cairuçu das Pedras (mas este lado estava fechado no dia). O caminho até o cume desde a trilha principal (que liga martim de sá com cairuçu, poção, pico do miranda) foi ao todo 1h40. Na descida fizemos por volta de 1h20. Fomos até que rápidos, mas não subestime essa trilha, subida bem pesada e com caminho bem fechado.
Voltamos então ao camping, arrumamos as barracas, almoçamos no restaurante do camping e seguimos para Cairuçu das Pedras. No caminho cometemos um erro, como já haviamos passado no Poçao e no Miranda, era melhor pegar a trilha que sai da ponta da praia,ela passa numa pequena praia exclusiva e em seguida junta com a trilha principal. Enfim, fomos pelo mesmo caminho que já tinhamos passado, passamos por diversas paisagens, o Saco das Enchovas e por fim Cairuçu das Pedras. Ficamos no camping mais próximo a praia e assim finalizamos nosso sétimo dia.
-DIA 8: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-8-cairucu-das-pedras-x-ponta-negra-83432541
E assim inicia nosso oitavo dia de Juatinga.
Acordamos sem pressa em Cairuçu das Pedras, sabíamos a bela subida que nos aguardava então fizemos questão de esvaziar nossas mochilas comendo toda a comida que sobrou. Inicialmente saímos do camping e em pouco tempo já começávamos a ver a subida que nos aguardava. A primeiro momento ela começa bem simpática e tímida, com poucos trechos de mato fechado, trilha bem batida e poucos obstáculos. Próximo ao cume, o caminho começa a se fechar um pouco (mas nada de vara mato) e a subida começa a puxar bem. No topo tem uma placa e uma janela para a vista. A descida foi feita rapidamente, trilha bem batida, sem obstáculo algum, descemos correndo. Chegando na comunidade da Ponta Negra passamos por um rio que possui dois poços para banho. Logo em seguida fomos em busca de um camping e encontramos um maravilhoso do Ismael. Soco a tecla, QUE CAMPING TOP. Obrigado Ismael pela tamanha hospitalidade.
E assim finalizamos nosso 8º dia.
-DIA 9: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-9-cachoeira-do-saco-bravo-83615239
Nosso 9° dia inicia sem pressa, a chuva começa forte ao longo da manhã e esperamos por volta das 10h da manhã para começar a nossa caminhada.
Saímos do camping do Ismael e começamos a trilha já numa subidona. A trilha em si consiste em atravessar 2 morros. O primeiro com a trilha bem batida e a maior subida. Num dado momento da primeira descida encontrará uma bifurcação. A antiga trilha principal atravessa os dois morros quase que em uma linha reta, isso faz com que a perda de altitude até o vale entre esses dois morros seja muito grande. A trilha que usamos foi por uma variante a esquerda da bifurcação. Assim como a primeira, ela atravessa ambos os morros, mas esta por sua vez contorna mais sua lateral para que nao seja necessario perder tanta altitude. Em torno de 25min estamos na trilha principal novamente para subir o ultimo morro. Esse por sua vez é bem mais tranquilo em relação ao primeiro, chegamos no topo sem dificuldade e já começamos a descer. Ao longo da descida encontrará uma clareira, um ponto de água pequeno, um ponto de água referente a nascente da Cach. do Saco Bravo e o final a própria cachoeira.
Eu particularmente adorei a localização da cachoeira, mas a cachoeira em si deixa um pouco a desejar. Isso não importa porque o quanto aquele costão é loco, compensa totalmente. Próximo a cachoeira marquei um ponto de vista e uma fenda maneiríssima nas rochas.
Fizemos uma breve pausa, nadamos na cachu e pegamos nosso caminho de volta, que desta vez foi bem diferente em relação a ida. Na volta, o segundo morro da trilha é mais pesado de subir, e a descida do primeiro morro da trilha para ponta negra fica mais pesada de descer.
-DIA 10: https://www.wikiloc.com/hiking-trails/dia-10-ponta-negra-x-praia-de-laranjeiras-83615209
E assim começa a nossa despedida desse paraíso. Acordamos sem pressa, fomos tomar café da manhã e arrumamos nossas cargueiras.
Nossa caminhada é bem simples, em trilha bem sinalizada, batida e estruturada. Passamos primeiro na Praia das Galhetas, uma praia cheia de pedras. Logo em seguida a Cachoeira das Galhetas, com um pequeno poço e uma queda escondida entre as pedras.
Seguindo o caminho passamos na praia de Antiguinhos e Antigos, belíssimas. Subimos então pro mirante da Praia do Sono e no caminho encontramos uma trilha, a primeiro momento achamos que nos daria acesso a algum mirante naquele rochedo entre a do Sono e a de Antigos, só que quanto mais íamos andando sentido o local do suposto mirante, mais o mato se fechava. No final das contas nos contentamos com as poucas vistas fracionadas que vimos no caminho e seguimos de volta para a Praia do Sono. Lá fizemos uma pausa para alimentação e assim seguimos de volta para a Vila Oratório pela mesma trilha que iniciamos a travessia.
EVITE FAZER EM DIAS DE TEMPESTADE, RESPEITE A NATUREZA E LEVE SEU LIXO EMBORA PORRA
Waypoints
Campsite
70 ft
Camping Ismael
De longe o melhor da travessia, 40 por pessoa, cozinha com geladeira e fogão disponível, wi-fi, banho quente, refeição na praia
Campsite
65 ft
Camping Martim de Sá
camping de crente, 35 por pessoa, banho gelado, refeição no camping
Campsite
25 ft
Camping do Orlando
Na foto, filho do Orlando, Jaime. Camping: 35 por pessoa, Água quente, Boa área de montagem das barraca, Sem cobertura, Restaurante, disponível Cozinha
Waypoint
3,322 ft
Inicio do erro
Beach
56 ft
Toca do Carro
Beach
34 ft
Cadeia Velha
Beach
36 ft
Praia de Pedras
Panorama
212 ft
Mirandinha
Fountain
0 ft
Água
plotado com base no track do angelone
Comments (13)
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A mais braba 👏
Olá, tudo bem? Parabéns pelo conteúdo e imagens! Estou querendo realizar essa trilha daqui alguns dias, a trilha é muito suja, ou é autoguiada?
Boa noite Gabriel. A trilha é bem diversificada, possui 100km. Há trechos autoguiados e outros não. No trecho do Pico da Jamanta tem alguns lugares sem trilha. Por isso rótulo como “só experientes”. Recomendo olhar cada um dos links na descrição para visualizar cada dia de travessia e seu respectivo relato.
Qualquer dúvida estou a disposição
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Information
Easy to follow
Scenery
Experts only
Tudo perfeito 🙌
Olá Oajjao, tudo bem?
Li seu relato e achei muito bom e as fotos bem bonitas.
Fiz o contorno da Juatinga no final de novembro sem subir os picos.
Olhando suas fotos vi um cachorro no mirante da Ponta Negra, esse cachorro seguiu vocês durante o percurso?
Opa, tudo ótimo aacoelho e com você?
Sim, os cachorros me seguiram. Desapareceram na hora que eu cheguei na cachoeira, voltaram a aparecer só quando fui chegando em ponta negra denovo
Teve um cachorro que me acompanhou por 5 dias, dormia do lado da barraca, e é parecido com esse da sua foto.
é bem capaz que seja o mesmo! Os cachorros da regiao sao os verdadeiros andarilhos. Eu encontrei um em Cairuçu das pedras, o dono do estabelecimento da praia disse que ele vinha de Praia Grande da Cajaíba! Do outro lado da reserva...
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Easy to follow
Scenery
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Volta da Juatinga completa. Parabéns!
opa, desculpa pela demora aacoelho. Obrigado pela avaliação! Mas na verdade essa é apenas a volta mais completa no wikiloc hoje em dia, se fosse fazer completíssima mesmo, eu iria sair de Paraty-mirim, fazer todo o outro lado do saco do mamanguá até cair na vila oratório e ai sim seguir meu track pra fazer completa. Ainda assim iria faltar o ataque do pico cairuçu via jamanta, nas pequenas praias do Coqueiro e Trapiche (após descida da Jamanta), na praia da cadeia velha próximo a do cruzeiro e à praia deserta. Vou tentar voltar lá ainda e fazer dessa forma, vou precisar de longas férias ahahhahahahahahaha
V360 yģģģ VogtV
Fantástico tracklog e relato impecável, parabéns! Serviu de base para construir o meu percurso de 5 dias.
Na próxima visita pretendo fazer o pico da jamanta. Não me considero experiente (ainda!) mas sempre faço as trilhas com GPS (etrex 30).
Valeu pelo elogio effe.zetta! Quanto à Jamanta, basta um pouco de sangue nos olhos e um pouco de experiência em varar mato, assim você já consegue subir. Se conseguir, comente aqui!