Vila Real - Régua - Antiga linha do Corgo

Com início no coração da cidade de Vila Real, este percurso dá a conhecer um pouco da cidade partido depois para a antiga Estação de comboio de Vila Real (5 km). É neste local agora desativado que se inicia verdadeiramente o percurso ao longo da antiga linha de comboio do Corgo. Este percurso com cerca de 25 km até à Régua, que se fazem com relativa facilidade e com baixo declive, que é sempre acompanhando pelo Rio Corgo até que este desagua no Douro. Da linha em si já nada resta a não ser os antigos apeadeiros de Cruzeiro, Carrazedo, Povoação, Alvações, Tanha e Corgo. Depois desta primeira estação o percurso desenvolve através de uma mancha florestal composta por eucaliptos, pinheiros bravos, carvalhos e azinheiras que fornece sombra aos caminheiros nos dias mais quentes e paisagens floridas em épocas primaveris devido à presença de giesta, estevas, rosas bravas, papoilas, lavanda, margaridas bravas. Em período outonal os vermelhos, roxos e amarelos dos vinheiros pintam a paisagem. Se o tempo ajudar é possível ver-se a serra do Marão que divide o Douro Litoral e os Trás os Montes e Alto Douro. É um percurso que permite também observar as práticas das vindimas ou podas dependendo da ocasião em que seja efetuado. Este percurso permite ainda que se observe o imponente viaduto sobre o vale do rio Corgo (A4). Depois da primeira dezena de km percorridos começa-se a verificar a mudança na paisagem que se caracteriza pelos famosos socalcos nas vertentes do vale do Corgo que primeiro domina o cultivo de oliveiras, mas que que vai dando lugar à vinheiros típicos do Douro que são bem-adaptados a estes terrenos. Em locais mais rochosos ou por vales mais sinuosos por onde o corgo serpenteia existem manchas de vegetação autóctone local. Dependendo da época do ano pode-se beneficiar da presença de árvores frutíferas como laranjeiras, macieiras, figueiras, limoeiros tal como amoras silvestres que pode ser um reforço para a caminhada. Pontos de água são mais comuns no início do percurso que se vão escasseando. As aldeias ficam ligeiramente afastadas do nível da linha o que pode exigir subir ou descer as encostas. É obrigatório também atravessar ponte férrea sobre o rio Tenha que atualmente está abrigada pelo tabuleiro da A24. Chegando à Régua pode ser necessário seguir o percurso pela N313 para evitar a travessia da Ponte Ferroviária do Rio Corgo, paralela ao rio Douro, que ainda é usada pelo o comboio que segue para o Pocinho o que pode ser desaconselhado. Até ao momento é um percurso pouco conhecido o que permite uma caminhada calma rodeado pela natureza brava e pelas paisagens desenhadas pelo esforço do Homem em aproveitar estas terras para o cultivo do vinho e do azeite. É possível que se cruze com alguns ciclistas, moradores dos terrenos circundantes ou caminheiros que arriscam a ficar encantados por este percurso.
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