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Um Carrossel no Oeste (Sapataria, Sobral de Monte Agraço)

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Trail stats

Distance
11.76 mi
Elevation gain
1,608 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
1,608 ft
Max elevation
1,109 ft
TrailRank 
60
Min elevation
1,109 ft
Trail type
Loop
Time
8 hours 31 minutes
Coordinates
3393
Uploaded
October 1, 2021
Recorded
September 2021
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near Sapataria, Lisboa (Portugal)

Viewed 747 times, downloaded 21 times

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Itinerary description

Este é um percurso idealizado e publicado por ppascoal, com poucas alterações, mas agora "baptizado" e enriquecido com alguma informação e waypoints adicionais.
É um trajecto de constantes convoluções e sobes e desces, um pouco como os carrosseis que apareciam nos parques de diversões da minha infância...

Estacionamos no cruzamento que dá acesso a Sizandros e Espargueiras, onde há um pequeno recinto de merendas.

Descemos à igreja de Nossa Senhora da Purificação, espaço acolhedor, bonito, estimado. Seguimos estrada adiante, com belas vistas, e, no Casal dos Limões, entramos em terra, iniciando então um agradável troço pelo meio de pinheiro manso, eucalipto e sobreiro.

Mais adiante são já quase só os sobreiros que nos fazem companhia. O caminho é um encanto. Paramos algures por aí para uma banana e um ladrilho de marmelada, e prosseguimos.
Chegamos de novo ao Casal dos Limões e tomamos a estrada à direita, para pouco depois sair por um caminho que evita o asfalto. Mais adiante cruzamos de novo a estrada, para sair para campo mais aberto do outro lado.
Uns ss e começamos uma empinada subida que nos levou ao alto do monte Atalaia, o cimo de um cone vulcânico de largas vistas onde restam as ruínas de 2 moínhos, antenas de telecomunicações e um marco geodésico (Atalaia - 314 m).

Descemos, seguimos pela estrada uns metros, ao longo da Sapataria, e depois tomamos o caminho para o campo de jogos, onde aproveitamos os bancos dos treinadores e suplentes para fazer o nosso picnic, se bem que só com 1/3 da distância percorrida - mas as fotos demoram tanto... :D

Deixamos o campo, atravessamos a N374 e subimos, passado ao largo de um cabeço onde se encontra um moínho recuperado, para depois mais adiante tomar um caminho que nos leva ao fundo do vale. Primeiro é um caminho rural antigo onde ainda sobram lajes, depois converte-se em trilho de pé posto que alcança a ribeira (seca agora) a qual acompanhamos durante um bocado e atravessamos em estrados em 3 ou 4 pontos.

Subimos depois, passamos uma zona de fractura calcária e acabamos por atingir uma estrada municipal que percorremos por uns metros. Depois saímos à direita por um velho trilho, ainda empedrado nalguns troços, que desce interminavelmente até cruzar no fundo uma ribeira que está seca, mas a julgar pelo leito ainda terá tido períodos de bastante corrente.
O trilho continua, um sítio de grande beleza, acompanhando a ribeira, que volta a atravessar junto da ruína de uma casa.

Sobe depois. Muito figo e marmelos a juntar aos figos e nozes que já vão nas mochilas.
Por fim atingimos a estrada que sobe à Cachoeira. Em vez de contornarmos a aldeia por terra, atravessamos, ficar a conhecer.

Depois sybimos o cabeço atrás da aldeia e seguimos sempre por terras altas e com boas vistas para norte e sul, até que chegamos ao moínho e marco do Passarinho (325m) onde nos sentamos do lado abrigado para um lanche.
Seguimos. Bem mais adiante descemos um trilho de btt que nos leva junto de um baloiço e do velho caminho que vai a Casal do Rabo do Gato.

Aí usamos o asfalto por uns metros para logo sairmos à direita, vamos descrever um longo U com vistas muito bonitas.



Regressamos ao asfalto para o cruzar em Casal da Várzea e seguir do outro lado.
E são apenas mais uns poucos passos que nos levam ao ponto de partida. Um belíssimo percurso.


Igreja de Nossa Senhora da Purificação (Sapataria)

Uma pequena igreja com fundação no tempo do estilo manuelino, mas foi muito restaurada e modificada nos séculos seguintes. A fachada da igreja é ladeada pela torre sineira e rasgada pela porta principal manuelina encimada por uma rosácea para iluminação do coro. O tímpano triangular, interrompido para rodear a rosácea, é encimado pela cruz.
O interior é composto por altar-mor e altares colaterais, com painéis de azulejos pombalinos na capela-mor e azulejos hispano-árabes nos restantes altares.
Duas colunas sustentam o coro alto tendo uma pia de água benta em cada. Há outras duas pias de água benta com decoração renascentista. O arcaz da sacristia é do século XVII. Na traseira da igreja salienta-se ainda um painel de azulejos alusivo à paixão de Cristo, em forma de um pequeno altar. (extraído de visitarportugal.pt)


Sapataria

É uma Freguesia do Concelho de Sobral de Monte Agraço, Comarca de Torres Vedras, Distrito de Lisboa, com serca de 2553 habitantes.

Pertenceu ao termo de Lisboa, sendo um curato de apresentação do Prior da Freguesia de São Julião. Em 25 de Setembro de 1833, data em que para efeitos judiciais de dividiu Lisboa e seu termo, o Concelho de Arruda dos Vinhos compunha-se das Freguesias de Arruda dos Vinhos e Cardosas e o de Sobral de Monte Agraço tinha apenas a Freguesia de Sobral de Monte Agraço. As Freguesias de Arranhó, Santiago dos Velhos, Santo Quintino e Sapataria pertenciam ao termo de Lisboa.
Em 6 de Novembro de 1836, passa para o Concelho de Sobral de Monte Agraço, a Freguesia de Santo Quintino e para o Concelho de Enxara dos Cavaleiros, a Freguesia de Sapataria.
E a dança não pára, nos anos vindouros.

Do site da Junta de Freguesia retirei estas respostas do Cura Filipe da Silva Cardoso, a um inquérito em 1755, e que muito dizem da história de Sapataria:

A Freguesia de Nossa Senhora da Purificação de Sapataria, está localizada na província da Estremadura, dentro do termo de Lisboa e de seu patriarcado. Tem 151 fogos, 515 pessoas maiores e menores 53.
A Paróquia foi fundada entre os lugares de Montar (agora Moita) – 9 moradores; Sapataria – 10; Azenha – 3; Bica – 5; Bouco – 3; Sizandros – 3; Dos Godeis – 3; Silveira – 12; Montellas – 11; Pero Negro – 30; Casal Cochim – 9; Dos Galegos – 4; Estrada N. Sr.ª. Da Guia – 10; Sarreira – 24 e São Martinho – 4 moradores espalhados. Mais os Casais e as Quintas.

O Orago da Freguesia em algum tempo era Santa Maria dos Sizandros como se vê pelas escritas antigas. Porém há mais de um século (lembra-se que esta resposta era de 1758) se intitulava N. Sr.ª. da Purificação. O cura apresentava todos os anos ao Prior e beneficiados da Colegada de São Julião de Lisboa, a congrua juntada pela população.
Cada ano se elege dois homens, Mordomos, para a Confraria (depósito de congruas) de N. Sr.ª. da Purificação, e quatro homens, Mordomos, para a Confraria do Santíssimo. A Congrua anual era de: um meio de trigo, 30 alqueires de cevada, uma pipa de vinho, 1 cântaro de azeite e 2 mil reis em dinheiro.

Havia naquela época várias Ermidas, informou o Cura em 1755, sendo: a mais perto da Igreja de Sapataria, era a do Espirito Santo, junto á Quinta do mesmo nome, com uma Capela de que era Administrador José Ballet da Cunha Manuel e que tinha obrigação de dar ao pobre que venha remetido para o Hospital de Lisboa, com a carta de guia, cómodo para uma noite e remetê-lo á Freguesia do Milharado e esta o remete a outra Freguesia até o conduzirem ao Hospital Real.
Outras Ermidas a notar n’aquela época eram: a Ermida de São Sebastião situada no lugar de Moita; a Ermida de N. Sr.ª. da Salvação, situada no lugar de Silveira; a Ermida de N. Sr.ª. do Desterro, situada no lugar de Pero Negro; a Ermida de N. Sr.ª. da Guia, na borda da estrada que vai para Torres Vedras. Por tradição, dizem que n’aquelle sitio aparecera uma Imagem da mesma evocação da Guia, que n’aquella época se venerava em uma Ermida no lugar de Sarreira; a Ermida de São Martinho, situada em uma serra do mesmo nome que ficou arruinada no terramoto de 1755; a Ermida de São Luiz que se achava arruinada antes do terramoto, no lugar de Bica; a Ermida do Senhor Jesus, no lugar de Molhados.


A primeira Ermida de que se fala era governada pelo Administrador que dava contas ao Provedor das Capelas, da sua renda que era limitada, não passando de 32 alqueires de trigo, as outras eram governadas pelos oficiaes da Igreja, exceptuando as duas últimas que eram particulares. A da Bica era junto à Quinta de Bica dos Sizandros, que tinha como padrão a família de Barbuda, já residente na quinta por mais de um século. Naquele tempo a dona da casa era Mariana Bernandina de Barbuda, casada com Eleutério Ignácio de Miranda, os quais depois do terramoto fizeram uma remodelação da Casa da Quinta, nos anos de 1755 – 1759.

Sapataria era famosa pela fruta de toda a casta e de admirável gosto. Também das frutas de terra, produzia pão, vinho, azeite, legumes de toda a casta; em ano mediano poderia recolher (ano mediano de 1755-1759): 130 meios de trigo; 120 meios de cevada; 400 meios de milho; 200 alqueires de legumes de toda a casta; 120 pipas de vinho; 25 pipas de azeite.

Havia dois juizes nomeados pelo senado, cada ano sujeitos estes ao Juiz de Crime do Bairro da Mouraria,  quanto ao crime é que no demaia seguem as ordens de todos os ministros da corte.

Sapataria tem muitas fontes e todas de excelente água. Especialmente a da Bica de Sizandros que deitando quantidade de água em forma que, fazendo repreza, em pouca distância, mói uma azenha, e servindo as águas no verão de fertilidade ás terras por onde passam, assim em hortas como no mais. Nunca se experimentou ela secar e nos anos de maior secura foi muito diminuta a sua falta.  Gente vindo de muitas partes vem buscá-la em pipas. Tem–se visto em muitas ocasiões deitar enguias pela Bica fora. Nesta fonte tem seu principio o rio chamado Sizandro que correndo até Dois Portos e passando por Torres Vedras se vai meter na foz da Rendida.

Waypoints

PictographTrain stop Altitude 615 ft
Photo ofApeadeiro de Sapataria - Linha do Oeste Photo ofApeadeiro de Sapataria - Linha do Oeste Photo ofApeadeiro de Sapataria - Linha do Oeste

Apeadeiro de Sapataria - Linha do Oeste

PictographWaypoint Altitude 967 ft
Photo ofBaloiço

Baloiço

PictographSports facility Altitude 684 ft
Photo ofCampo de futebol e estrutura coberta de bar, com água Photo ofCampo de futebol e estrutura coberta de bar, com água

Campo de futebol e estrutura coberta de bar, com água

PictographWaypoint Altitude 963 ft

Casal do Rabo do Gato

PictographWaypoint Altitude 789 ft
Photo ofFractura calcária

Fractura calcária

PictographReligious site Altitude 618 ft
Photo ofIgreja de Nossa Senhora da Purificação Photo ofIgreja de Nossa Senhora da Purificação Photo ofIgreja de Nossa Senhora da Purificação

Igreja de Nossa Senhora da Purificação

PictographCar park Altitude 0 ft
Photo ofLargo Do Rio Da Bica - parking - merendas cartaz PR2 Photo ofLargo Do Rio Da Bica - parking - merendas cartaz PR2 Photo ofLargo Do Rio Da Bica - parking - merendas cartaz PR2

Largo Do Rio Da Bica - parking - merendas cartaz PR2

PictographWaypoint Altitude 591 ft
Photo ofLavadouro e bomba

Lavadouro e bomba

PictographWaypoint Altitude 689 ft
Photo ofLinha do Oeste - túnel

Linha do Oeste - túnel

PictographSummit Altitude 1,025 ft
Photo ofMarco geodésico da Atalaia (314 m) Photo ofMarco geodésico da Atalaia (314 m) Photo ofMarco geodésico da Atalaia (314 m)

Marco geodésico da Atalaia (314 m)

PictographSummit Altitude 1,096 ft
Photo ofMoínho e marco geodésico do Passarinho (325 m) Photo ofMoínho e marco geodésico do Passarinho (325 m) Photo ofMoínho e marco geodésico do Passarinho (325 m)

Moínho e marco geodésico do Passarinho (325 m)

PictographWaypoint Altitude 1,064 ft
Photo ofMoínho

Moínho

PictographWaypoint Altitude 1,011 ft
Photo ofMoínhos Atalaia Photo ofMoínhos Atalaia Photo ofMoínhos Atalaia

Moínhos Atalaia

PictographFountain Altitude 0 ft

Nascente Do Rio Lizandro

PictographBus stop Altitude 817 ft

Paragem de autocarro coberta

PictographPicnic Altitude 639 ft
Photo ofParque merendas

Parque merendas

PictographRiver Altitude 696 ft
Photo ofRibeira (seca) Photo ofRibeira (seca)

Ribeira (seca)

PictographWaypoint Altitude 618 ft

Sapataria

Photo ofSinal do GR30 Rota das Linhas de Torres Photo ofSinal do GR30 Rota das Linhas de Torres Photo ofSinal do GR30 Rota das Linhas de Torres

Sinal do GR30 Rota das Linhas de Torres

PictographWaypoint Altitude 817 ft
Photo ofTanque e Sociedade Recreativa da Cachoeira Photo ofTanque e Sociedade Recreativa da Cachoeira

Tanque e Sociedade Recreativa da Cachoeira

PictographRiver Altitude 676 ft
Photo ofTravessia ribeira (seca) Photo ofTravessia ribeira (seca)

Travessia ribeira (seca)

PictographRiver Altitude 588 ft
Photo ofVala (seca) Photo ofVala (seca) Photo ofVala (seca)

Vala (seca)

PictographRiver Altitude 729 ft

Vala (seca)

PictographPanorama Altitude 0 ft
Photo ofVistas / Cachoeira Photo ofVistas / Cachoeira

Vistas / Cachoeira

PictographPanorama Altitude 0 ft
Photo ofZona da ribeira Photo ofZona da ribeira Photo ofZona da ribeira

Zona da ribeira

Comments  (1)

  • Photo of Jose Amado
    Jose Amado Nov 6, 2021

    Um de nós sacou o teu ficheiro, decididos a fazer o que fizeram. Quando passámos no casal dos limões ia confiante encontrar muitos deles mas, nâ, não havia sinais deles; despertou-nos foram os elementos que trabalhavam na Comunidade Paz e Vida, projeto de cariz social.
    Tínhamos que fazer quilómetros sem pressa, sem medo da chuva e guardar-nos para o imprevisto.
    Muitas torres de energia eólica sem trabalhadores (estarão em teletrabalho ou não precisam de braços para nada), que vão substituindo as velas dos moinhos de vento, agora a cair de velhos porque os corpos dos velhos moleiros voltaram para o pó da terra, de onde vieram, e o espírito andará às voltas com Deus, para quem acredita.
    Por mais voltas que déssemos parece que não deixávamos nunca de ver Sapataria, é realmente um verdadeiro carrocel pelas subidas e descidas.
    No final, cansados, a horas impróprias para almoçar, fomos de carro para a churrasqueira do Oeste na Gozundeira, onde tínhamos reservado mesa para quatro.

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