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Trilhos do Marão / Alvão: do vale da Campeã ao VG de Covelos

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Trail stats

Distance
13.71 mi
Elevation gain
2,280 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
2,280 ft
Max elevation
3,562 ft
TrailRank 
74 5
Min elevation
2,288 ft
Trail type
Loop
Time
7 hours 50 minutes
Coordinates
1794
Uploaded
January 21, 2024
Recorded
January 2024
  • Rating

  •   5 2 Reviews

near Campeã, Vila Real (Portugal)

Viewed 278 times, downloaded 7 times

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Itinerary description

O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.


LAMEIROS AGRÍCOLAS NA VEIGA DA CAMPEÃ


VÉRTICE GEODÉSICO DE COVELOS

- Este trilho foi desenhado (e a respetiva caminhada organizada) por João Quina, a quem gentilmente agradeço o convite para acompanhar o grupo;
- Trilho circular sem marcações (apenas em alguns breves troços coincidentes com outros percursos oficiais), com início e fim no Largo da Feira na aldeia da Campeã (opcional);
- Partindo-se do centro da aldeia da Campeã, no sentido dos ponteiros do relógio, após deixar o casario rural, começou-se por percorrer caminhos florestais até se chegar a uma zona de lameiros no sopé da Pena Suar. Aí fez-se uma derivação à direita para entrar noutro caminho que, no início, se encontrava tomado por vegetação, obrigando a um pequeno desvio pelo lameiro contíguo. Este novo caminho leva-nos na direção da aldeia de Aveção do Cabo e no trajeto existem vários exemplares de castanheiros centenários. Já depois da aldeia, após atravessar a ponte sobre o ribeiro do Azivinheiro e passar pelo Lugar do Seixo, chega-se ao Parque Empresa da Cal, um empreendimento privado que ocupa grande parte da encosta que se irá subir. É um projeto muito interessante de recuperação de terrenos anteriormente atribuídos à extração de cal e agora transformados em zona de lazer, povoada por esculturas e recantos arborizados. Continuando a subida por estradão florestal, passa-se o Picoto dos Vieiros e, por entre pinheiros e cedros chega-se à Casa do Guarda Florestal da Campeã, localizada em local estratégico que marca a fronteira entre os concelhos de Vila Real e Mondim de Basto. O percurso segue agora por caminho serrano pelas cumeeiras, amparado por sublimes paisagens panorâmicas, na direção do Alto de Covelos onde se encontra o respetivo Vértice Geodésico. Este é o ponto mais elevado do percurso e, sem dúvida, aquele que oferece as vistas mais privilegiadas, com panorâmicas de 360º sobre as serras do Marão e Alvão, os territórios de Vila Real e de Mondim de Basto, as Fisgas do Ermelo e o Monte Farinha, entre muitas outras referências. A etapa seguinte empreende a descida até à aldeia de Vila Cova, passando no caminho pelo desativado complexo mineiro de Vila Cova do Marão e pelo Santuário de Nossa Senhora de la Salette. Pelo meio vamos sendo brindados com as espetaculares vistas sobre o vale da Campeã e as veigas que por ele se espraiam. Ao atravessar Vila Cova, merece paragem na Igreja de São Tiago, para se apreciar a sua fachada onde se encontra uma singular escultura equestre do respetivo santo. A etapa seguinte leva-nos até à aldeia de Quintã, num troço que atravessa belos carvalhais ao longo dos ribeiro de Vila Cova, primeiro, e da Azevinheira a seguir. Atravessada a aldeia, chega-se à ponte sobre o rio Sordo e entra-se na veiga da Campeã. Este será o último troço do percurso, que nos reserva ainda duas surpresas opostas: a primeira, péssima, é a constatação de que a Calçada do Arco (ou Calçada de chão-Grande) que temos de percorrer está, na sua quase totalidade, submersa!! Ou seja, por motivo de obras, duas linhas de água foram desviadas para a calçada e por lá correm livremente... só que isto já dura há muito tempo! Além disso, partes da calçada foram arrancadas devido ao movimento de terras com máquinas pesadas e outras estão tapadas por camadas de areia, cascalheira e detritos de obras. Ou seja, é mais uma inexplicável vergonha. Quanto à segunda surpresa, bem melhor, essa deve-se ao interessante Arco Memorial da Campeã, embora este também aparente má preservação. No entanto, este é visitável e ainda conserva o seu valor simbólico e histórico. Algumas centenas de metros mais à frente, chega-se de novo ao Largo da Feira, na aldeia da Campeã, ponto de início e término deste percurso;
- Ao longo do trajeto existem vários pontos de referência, com destaque para os densos carvalhais e pinhais espalhados pelas encostas das serras do Alvão e Marão, o casario rural das aldeias da Campeã, Aveção do Cabo, Vila Cova e Quintã, as capelas de São Roque e Nossa Senhora da Guia, as igrejas de Santo André, na Campeã, São Tiago, em Vila Cova e o Santuário de Nossa Senhora de La Salette, o complexo desativado do Campo Mineiro de Vila Cova do Marão, a casa do Guarda Florestal da Campeã, as veigas da Campeã e Vila Cova, o vértice geodésico do Alto de Covelos, a Calçada do Arco (ou Calçada de chão-Grande), o Arco Memorial da Campeã, as excecionais vistas panorâmicas sobre as serras do Marão e do Alvão e, por fim, todo o entorno natural que esta magnifica região nos proporciona;
- Este é um percurso longo e abrangente, sendo uma boa alternativa para quem gosta de caminhadas mais longas mas sem serem fisicamente demasiado exigentes;
- Misto de caminhos rurais, estradões florestais, antigas calçadas, ruas calcetadas e algum (pouco) piso asfaltado;
- Percurso acessível, mas com características moderadas, sobretudo pela distância percorrida, assim como por alguns declives mais acentuados. Se chover e com vento, as dificuldades serão acrescidas. O uso de GPS constitui sempre uma boa ajuda e, neste caso concreto, é essencial devido à ausência de marcações no trilho;
- No seu todo é um percurso muito bonito que resulta numa excelente proposta para um dia de caminhada. Permite usufruir desta excecional paisagem serrana transmontana, assim como de um bom conjunto de pontos de interesse. É, sem dúvida, uma experiência muito gratificante percorrer estes antigos caminhos, cheios de história e cultura popular. Trás-os-Montes e o concelho de Vila Real no seu melhor!


CASTANHEIROS CENTENÁRIOS EM AVEÇÃO DO CABO


ARCO MEMORIAL DA CAMPEÃ E CALÇADA (SUBMERSA) DE CHÃO GRANDE

Outros percursos realizados nesta região:
Trilhos do Marão / Alvão: Carvalhal de Gontães e Mineiro
Trilho das Silhas (entre Campanhó a Pardelhas)
Trilhos do Marão: de Montes à Senhora da Serra e minas de Maria Isabel
PR3 Fornos da Cal, Campanhó - Mondim de Basto
Trilhos de Vila Real: de Arrabães à Torre de Quintela
Entre o Marão e o Alvão
Alvão


PORMENOR DO PERCURSO (ALDEIA DE QUINTÃ)


GADO NAS PASTAGENS (VEIGA DA CAMPEÃ)

- CAMPEÃ
O mais antigo documento conhecido que lhe faz referência data de 1091 («in terrotoris Pannoniarum… subtus mons Campelana»). Em 1134, foi por D. Afonso Henriques concedida carta de couto à chamada «albergaria do Marão», aí situada. Segundo as Memórias de Vila Real, em 1530 a freguesia é denominada de Santo André, mas na Relação de Vila Real e seu Termo (1721) já surge com o nome actual.
Tal como todas as demais terras pertencentes aos Marqueses de Vila Real, a Campeã passou em 1641 para a posse da Coroa, quando o Marquês e o seu herdeiro foram executados sob acusação de conjura contra D. João IV. Em 1654, passou a integrar o património da recém-criada Sereníssima Casa do Infantado, situação que se manteve até à extinção desta, aquando das reformas do Liberalismo (1836). Com estas, a região da Campeã passou a pertencer ao antigo concelho de Ermelo, tendo sido de novo transferida para o de Vila Real pelo decreto de 31 de Dezembro de 1853 que extinguiu aquele.
A freguesia da Campeã foi dada como fôro à Mitra de Braga e à casa de Gonçalo Cristóvão num dos primeiros séculos da nossa nacionalidade; posteriormente foi foreira das casas do infantado, Morgado de Mateus e torre de Quintela. Alem disso, a Campeã pertenceu ao concelho de Êrmelo até 1855, tendo sido incorporada no de Vila Real, por decreto de 31 de Dezembro de 1853 (Diário do governo, nº3, de 04/01/1854), isto porque Êrmelo deixou de ser concelho e passou a ser freguesia do concelho de Mondim de Basto.
Esta freguesia é muito antiga e supõem-se ter sido fundada pelos romanos (devido a existência de vestígios arqueológicos na região). Sabe-se que os Reis lhe deram foral e a doaram aos frades do convento dos Jerónimos de Lisboa. Os habitantes pagavam fôro aos frades e esse pagamento era enviado ao convento do Pombeiro. Posteriormente, esse fôro passou a ser pago ao Morgado de Vila Cova (esta também pertenceu ao concelho de Êrmelo, mas no momento que este deixou de existir, foi separada deste para pertencer ao de Vila Real), pois estes eram pessoas riquíssimas e tinham anexado a sua residência à colegiada de Santa Ana, com 5 frades e um capelão, sustentados pelos rendimentos do Morgadio.
A freguesia da Campeã tem como orago e padroado, Santo André, facto que a levou a ser denominada em tempos de freguesia de Santo André da campeã. A igreja de Santo André é do primado da mitra primás, que a apresenta com título de abadia, pois o pároco desta freguesia ganhava a quarta parte dos frutos que se colhem nesta freguesia, e o restante dos dízimos dos tais frutos eram para a mesma mitra. O Abade desta freguesia era apresentado pelo Arcebispo de Braga e tinha como renda 700$000 Reis (na moeda antiga), isto porque o Arcebispado de Braga tinha domínio sobre esta aldeia (só até o século XVI, altura em que a diocese de Miranda foi criada, passando esta a dominar a região de Trás – os Montes, incluindo esta freguesia), mas Vila Real era o Distrito Administrativo. Esta Freguesia era do infantado e povoação muito antiga.
A Igreja de Santo André tem uma irmandade das Almas, e os seus estatutos são confirmados pelo ordinário, que determina os sufrágios dos irmãos defuntos e tem bula apostólica com jubileu perpétuo para os mesmos irmãos. Tem quatro confrarias, a do Santíssimo Sacramento, a de Nossa Senhora do Rosário, Santo Nome de Jesus e a de São Sebastião, todas estas sustentam-se com as esmolas e devotos dos fregueses, que anualmente escolhem os mordomos para a realizarem as festas de cada confraria. Actualmente a confraria de S.Sebastião é a única à qual se realiza festa, conjuntamente com a do padroado e a de santa Ana.
Nos seus primórdios esta freguesia apenas era constituída por 12 lugares: Vendas da Campeã, Lomba Meão e Telhada, Cotorinho, Parada, Viaris da Santa Cruz, Viaris, Vila Nova, Aveção do Cabo, Aveção do Meio, Aveçãozinho e Pepe. Cada um destes lugares, excepto Vendas pois ficava junto da Igreja, tinha a sua capela, que tinha como objectivo principal combater a heresia da população e administrar os sacramentos, excepto os sacramentos aos enfermos. Segundo os censos realizado em 1930 a Campeã foi alvo de uma evolução e modificação a nível dos seus lugares, pois de 12 passou a contar com 17, sendo acrescentado o lugar da Balsa, Boavista, Chão-Grande, Pereiro, Pereira, Pousada, Montes; e foi retirado o lugar de Lomba Meão e Telhada.
Nesta freguesia existiram outrora, varias famílias nobres, como por exemplo os Botelho, os Amarais, os Borges e os Guedes, tendo estes últimos, uma pedra de armas no átrio do governo civil de Vila Real.
Os rigores do frio e a aspereza das montanhas, não impedem que as pessoas desta região tenham como principal meio de subsistência a agricultura, (ou seja, o sector primário) onde predomina a cultura da batata e a exploração leiteira e a criação de gado bovino de raça «maronesa», para o qual possui excelentes pastagens. Dada a sua importância económica, realizam-se duas feiras de gado nos dias 10 e 21 de cada mês, esta realiza-se na localidade com o mesmo nome (feira). Ligada à criação de gado surgem diferentes empresas, como suinicultura, ordenhas e vacarias. A riqueza deste vale proporciona a produção variada de espécies vegetais, sendo produzido em maior quantidade o milho (sobretudo para a forragem do gado), a batata, o mel, centeio, trigo, feijão, castanha e outros produtos hortícolas que constituem a base da nossa alimentação. Para que estes produtos tivessem uma longa duração, eles eram colocados nos espigueiros ou canastros, que actualmente se encontram em ruínas. Não produz grandes quantidades de vinho por causa da frialdade do clima, no entanto nas povoações do Cotorinho, Montes e Parada, produz-se vinho em pequenas quantidades, mas de enorme qualidade sendo muito apreciado.
Mas este ambiente rural e pastoral é quebrado por algumas actividades do sector secundário, nomeadamente a exploração mineira, explorada em Vila Cova (região da Campeã) e transformada na freguesia através de uma empresa especializada com o nome de Vicominas. Actualmente estas minas estão desactivadas existindo apenas memórias e grandes armazéns abandonados. A população da campeã labora ainda na construção civil, que tem vindo a desempenhar um grande peso na vida da população e nos últimos anos tem tido um importante papel dinamizador, com a existência de sete empresas empregando assim um elevado número de pessoas, bem como na serração, no tratamento das madeiras utilizadas, das abundantes árvores existentes nestas vertentes. A floresta é explorada em regime de co-gestão com os serviços florestais e os concelhos Directivos dos baldios.
Para além destas actividades a pequena indústria tem também desempenhado um papel importante, assim como a extracção de ardósia existindo uma indústria própria para o efeito (actualmente também está desactivada, existindo apenas um enorme armazém abandonado). Em tempos existiu também uma indústria de cal, explorada por uma empresa denominada «Empresa de cal da campeã, l.da», que produziu cal hidráulica, utilizando o calcário vindo de Campanhó (freguesia do concelho de Mondim de Basto).


PORMENOR NA FACHADA DA IGREJA DE VILA COVA (ESTÁTUA EQUESTRE DE SANTIAGO)


ESCULTURAS NO PICOTO DOS VIEIROS

- SERRA DO MARÃO
A região da Serra do Marão abrange um extenso território e de paisagens diversificadas situado entre as fronteiras com a região do Minho, do Douro e de Trás-os-Montes. A Serra do Marão, colosso de xisto com 1419 m de altitude, é a sétima maior elevação de Portugal Continental. No ponto mais alto encontra-se o vértice geodésico do Marão e o Observatório Astronómico do Marão. Grandioso obstáculo natural, atrasou de forma significativa o progresso do Interior Trasmontano até ao século XIX. Contornado-o pelo Sul, a Linha do Douro afigurou-se a via mais rápida para ultrapassar o Marão desde a década de 1880, para onde convergiram outras vias-férreas paralelas ao Marão, garantindo um fluxo de passageiros e mercadorias contínuo. Com a chegada da EN15, a situação pouco mudou, dadas as características de estrada de montanha sinuosa que esta representa ainda hoje.
O IP4 foi a primeira rodovia a marcar de forma visível uma mudança no acesso entre Trás-os-Montes e o Litoral, mas devido ao seu traçado ainda o Marão constitui um perigoso ponto de passagem, somando acidentes entre Amarante e Vila Real. Entretanto, foi adjudicada a obra de prolongamento da A4 (duplicação do IP4) entre Amarante e Vila Real, de onde será alargada até Bragança e a fronteira de Quintanilha, ganhando o distrito de Bragança a sua primeira auto-estrada. A serra do Marão já é atravessada pelo Túnel do Marão desde 2016, o maior túnel rodoviário da Península Ibérica, o que permite percorrer este caminho de uma forma mais segura.


PANORÂMICA DO PARQUE EÓLICO DO VELÃO


LAMEIROS AGRÍCOLAS NA VEIGA DA CAMPEÃ

- PARQUE NATURAL DO ALVÃO
O Parque Natural do Alvão, com 7.220 ha, é uma zona essencialmente granítica com algumas manchas de xisto, possuindo ainda inúmeros afloramentos rochosos. Das linhas de água, muito encaixadas, destaca-se o rio Olo, na vertente oeste da Serra do Alvão, que integra o imponente maciço montanhoso onde se inclui a Serra do Marão. Este rio corre entre fragas e penhascos e atravessa as rochas nas Fisgas de Ermelo, caindo em cascatas de uma altura de cerca de 250 metros. Impressionante pela força das águas, este é um dos locais mais belos da região e está representado no símbolo do Parque. O curso do rio Olo une duas realidades distintas.
A uma altitude média de 1.000 m, na zona de Lamas de Olo, predomina o granito e a vegetação de alta montanha, que apresenta um coberto arbóreo variado, com carvalhais nas zonas mais elevadas e bosques mistos de folhosas alternam com plantações de exóticas, com presença do vidoeiro na proximidade das linhas de água; em baixo, junto a Ermelo, onde a altitude ronda os 450 m, prevalece o xisto e a paisagem é verdejante como no Minho. Aqui, nas áreas agrícolas, surgem campos de centeio, de milho e batata, lameiros onde se cria o gado maronês e baldios em que se apascenta a cabrada - e vasta área de matorral. Também plantas raras, caso da Orvalhinha ou Rorela Drosera rotundifolia, espécie carnívora que cresce em terrenos encharcados e margens dos cursos de água, enriquecem a flora local.
Quanto à fauna típica das serranias do norte interior, destaque para a presença do Lobo-ibérico e de interessante cortejo de anfíbios e répteis. O xisto, o granito e o colmo são os materiais usados na construção das casas das aldeias típicas de Lamas de Olo, Anta ou Ermelo, em que o tempo corre tão devagar que parece estarmos muito longe de qualquer cidade, mas afinal o Porto fica apenas a uma hora de viagem. Para ter uma ideia do modo de vida das gentes destes lugares, visite o núcleo Ecomuseológico do Arnal, que recria o ambiente de uma aldeia tradicional do Alvão.


CASTANHEIROS CENTENÁRIOS EM AVEÇÃO DO CABO


PANORÂMICA DA SERRA DO ALVÃO E MONTE FARINHA

Waypoints

PictographMonument Altitude 2,330 ft
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Arco Memorial da Campeã

De todos os memoriais e marmoirais conhecidos, o da campeã é o que se situa num ambiente mais próximo da medievalidade: foi construído junto de uma via romana – que ligava Braga (Bracara), pela serra do Marão, às travessias do rio Douro na Barca de Moledo e em Peso da Régua, seguindo depois por Moimenta da Beira rumo a Mérida (Emerita) (Soutinho, 2004-2020) – e cercado por campos agrícolas. Neste local, respira-se ruralidade e consegue-se imaginar a serenidade que se poderia encontrar na Idade Média. Por breves momentos, este monumento parece estar em perfeita sintonia com a época e o espaço medievais. Todavia, não há situações perfeitas. A interferência humana não passa despercebida e notamos a sua presença quando junto a este exemplar, e como que a esventrar lateralmente a via romana, deparamos com canalização em concreto armado para drenagem de águas. Igualmente assinalámos a forma como estes imóveis foram desvalorizados com o passar dos séculos. Tudo isto significa que, com o avançar do tempo e numa clara depreciação do monumento, o homem soube, indevidamente, dar ao arco funções diferentes para as quais fora construído. Em conclusão, num ambiente que tem as condições para sentirmos como seriam, grosso modo, os tempos medievais, encontramos um monumento – e, já agora, uma calçada romana – em mau estado de conservação.

PictographWaypoint Altitude 2,548 ft
Photo ofAveção do Cabo (aldeia) Photo ofAveção do Cabo (aldeia) Photo ofAveção do Cabo (aldeia)

Aveção do Cabo (aldeia)

Photo ofCalçada do Arco (ou Calçada de chão-Grande) Photo ofCalçada do Arco (ou Calçada de chão-Grande)

Calçada do Arco (ou Calçada de chão-Grande)

NOTA: o estado incompreensível em que se encontra esta calçada (antiga via romana) contrasta seriamente com a sinalética indicativa da mesma junto da ER304. Quando se entra na calçada, deparamo-nos com um "rio" que por ela corre, fruto de obras que por aqui se desenvolveram. O resultado das mesmas está à vista: calçada destruída, movimento de terras sobre o pavimento original, linhas de água desviadas e a confluir para o caminho e tudo isto já se arrasta há demasiado tempo, não é uma situação de forma alguma recente. Em suma, mais uma vergonha pública!!

PictographWaypoint Altitude 2,430 ft

Campeã (aldeia)

PictographReligious site Altitude 2,503 ft
Photo ofCapela de Nossa Senhora da Guia Photo ofCapela de Nossa Senhora da Guia Photo ofCapela de Nossa Senhora da Guia

Capela de Nossa Senhora da Guia

PictographReligious site Altitude 2,442 ft
Photo ofCapela de São Roque Photo ofCapela de São Roque Photo ofCapela de São Roque

Capela de São Roque

PictographWilderness hut Altitude 3,009 ft
Photo ofCasa do Guarda Florestal da Campeã Photo ofCasa do Guarda Florestal da Campeã Photo ofCasa do Guarda Florestal da Campeã

Casa do Guarda Florestal da Campeã

PictographTree Altitude 2,715 ft
Photo ofCastanheiros seculares Photo ofCastanheiros seculares Photo ofCastanheiros seculares

Castanheiros seculares

PictographIntersection Altitude 2,330 ft
Photo ofDesvio DIR (caminho submerso)

Desvio DIR (caminho submerso)

NOTA: a necessidade de se fazer este desvio prende-se com o facto de a calçada estar tomada pelas águas de um ribeiro indevidamente desviado para esta. Daí ser necessário entrar no lameiro e percorrer este alguns metros até ser possível voltar a entrar na calçada, em piso seco.

PictographIntersection Altitude 2,978 ft
Photo ofDesvio DIR. (lameiros)

Desvio DIR. (lameiros)

NOTA: é um pequeno desvio de 50 metros pelo lameiro, uma vez que o caminho que se pretende tomar, no início, está fechado por vegetação.

PictographFountain Altitude 2,501 ft
Photo ofFonte (1885) Photo ofFonte (1885)

Fonte (1885)

PictographReligious site Altitude 2,504 ft
Photo ofIgreja de Santo André Photo ofIgreja de Santo André Photo ofIgreja de Santo André

Igreja de Santo André

A primitiva Igreja da Campeã era dedicada a Santa Maria , como consta em documento histórico já do Século XII. Hoje, o padroeiro é Santo André . A mudança poderá ter acontecido na reconstrução que ocorreu no século X VIII, terminada em 1755, como se pode ver na fachada principal. O sacrário é o original do altar. Mas, como foi colocado nos inícios do século XX um baldaquino, o sacrário foi cortado na parte superior. Em 2015, foi restaurado conforme o original, aguardando a pintura quando for possível restaurar a talha no seu conjunto. O Retábulo-mor da Igreja Paroquial da Campeã pode ser caracterizado na corrente estética em vigor no reinado de D. João V (segundo quarto do século XVIII).

PictographReligious site Altitude 2,607 ft
Photo ofIgreja de São Tiago (Vila Cova) Photo ofIgreja de São Tiago (Vila Cova) Photo ofIgreja de São Tiago (Vila Cova)

Igreja de São Tiago (Vila Cova)

Igreja de planta longitudinal de arquitectura religiosa, maneirista tardo-barroca e neoclássica, composta por nave única e capela-mor rectangular, mais baixa e estreita, com torre sineira e sacristia adossadas à fachada lateral direita. Na fachada, sobre o portal, existe um nicho de arco de volta perfeita envolvido por elementos fitomórficos, sobre pilastras, com abóbada concheada, albergando uma imagem escultórica de São Tiago montado num cavalo.

PictographWaypoint Altitude 2,587 ft

Lugar do Seixo

PictographPanorama Altitude 3,133 ft
Photo ofMiradouro natural (1) Photo ofMiradouro natural (1) Photo ofMiradouro natural (1)

Miradouro natural (1)

PictographPanorama Altitude 3,273 ft
Photo ofMiradouro natural (2) Photo ofMiradouro natural (2) Photo ofMiradouro natural (2)

Miradouro natural (2)

Neste local é possível verem-se as Fisgas do Ermelo e o Santuário da Senhora da Graça.

PictographPanorama Altitude 3,226 ft
Photo ofMiradouro natural (3) Photo ofMiradouro natural (3) Photo ofMiradouro natural (3)

Miradouro natural (3)

PictographPanorama Altitude 3,262 ft
Photo ofPanorâmica de Vila Cova (aldeia) Photo ofPanorâmica de Vila Cova (aldeia) Photo ofPanorâmica de Vila Cova (aldeia)

Panorâmica de Vila Cova (aldeia)

PictographPark Altitude 2,710 ft
Photo ofParque Empresa da Cal Photo ofParque Empresa da Cal Photo ofParque Empresa da Cal

Parque Empresa da Cal

O Parque Empresa da Cal abriu portas em junho de 2021, na Campeã, onde em tempos funcionou a empresa da cal. Neste espaço, a arte e a natureza andam sempre de mãos dadas. Desativada há 60 anos, a Empresa da Cal transformava o calcário proveniente de uma pedreira localizada na freguesia de Campanhó, em Mondim de Basto. Ali a pedra era cozida, moída e transformada em cal que era vendida para o Douro e Trás-os-Montes. Em Aveção do Cabo (Campeã), entre as serras do Marão e Alvão e junto à Estrada Nacional 304, permanecem as ruínas da fábrica e o forno da cal da empresa que também pertenceu ao avô do empresário. O projeto de Fernando Pereira começa precisamente nestas ruínas e estende-se por dois hectares que transformou num parque que assenta em quatro pilares: amor, poesia, arte e natureza. A rodear o espaço estão oito hectares de floresta.

PictographWaypoint Altitude 3,016 ft
Photo ofPicoto dos Vieiros (esculturas) Photo ofPicoto dos Vieiros (esculturas) Photo ofPicoto dos Vieiros (esculturas)

Picoto dos Vieiros (esculturas)

PictographBridge Altitude 2,474 ft
Photo ofPonte sobre ribeiro do Azivinheiro Photo ofPonte sobre ribeiro do Azivinheiro Photo ofPonte sobre ribeiro do Azivinheiro

Ponte sobre ribeiro do Azivinheiro

PictographBridge Altitude 2,301 ft
Photo ofPonte sobre rio Sordo Photo ofPonte sobre rio Sordo Photo ofPonte sobre rio Sordo

Ponte sobre rio Sordo

PictographWaypoint Altitude 2,424 ft

Quintã (aldeia)

PictographReligious site Altitude 2,941 ft
Photo ofSantuário de Nossa Senhora de la Salette Photo ofSantuário de Nossa Senhora de la Salette

Santuário de Nossa Senhora de la Salette

O santuário de Nossa Senhora de La Salette fica situado na encosta da serra do Alvão, a 2 km de Vila Cova, União de Freguesias de Pena, Quintã e Vila Cova, concelho de Vila Real. É constituído por uma capela em honra de Nossa Senhora de La Salette, com instalações anexas, um recinto de grandes dimensões e um parque de merendas. É uma das vistas panorâmicas mais emblemáticas da região de onde se contempla o vale da Campeã e a Serra do Marão.

PictographSummit Altitude 3,561 ft
Photo ofVG Alto de Covelos Photo ofVG Alto de Covelos Photo ofVG Alto de Covelos

VG Alto de Covelos

PictographWaypoint Altitude 2,596 ft

Vila Cova (aldeia)

Comments  (4)

  • Photo of Aiguille du Midi
    Aiguille du Midi Jan 30, 2024

    I have followed this trail  View more

    Excelente trilho desenhado por João Quina, foi muito bom voltar a este vale e recordar alguns locais de beleza ímpar por onde já não passava faz algum tempo. As vistas na cumeeira e no VG de Covelos são qualquer coisa de espetacular! Magnífico, sem dúvida. Grande abraço.

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Jan 30, 2024

    Olá, Aiguille du Midi!
    Foi mesmo muito bom voltar ao vale da Campeã e percorrer estas encostas do Marão / Alvão. Mesmo no inverno, esta região conserva uma imensa beleza. Sem dúvida, um trilho fantástico.
    Obrigado pela avaliação e comentário aqui deixados, grande abraço!

  • Photo of _BIO_RAIA_
    _BIO_RAIA_ Jan 30, 2024

    É uma zona fantástica, esta, por onde já tive o prazer de caminhar. Felizmente ainda apresenta bastantes carvalhais e uma interessante biodiversidade. Obrigado por mais uma partilha, abraço!

  • Photo of João Marques Fernandes
    João Marques Fernandes Jan 30, 2024

    Obrigado pela avaliação, _BIO_RAIA_!
    Espero que nos encontremos brevemente, de novo, num trilho. Até lá, grande abraço!!

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