Trilhos do Chapéu: Caminhos Medievais, de Vila Fria ao Mosteiro de Pombeiro e aldeia de Burgos
near Pombeiro de Riba Vizela, Porto (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Refira-se que parte deste percurso realiza-se acompanhando o traçado do Caminho de Santiago conhecido como o "Caminho de Torres", rota de peregrinação que o professor de Matemática da Universidade de Salamanca, D. Diego de Torres realizou em 1737, desde terras salamantinas a Santiago de Compostela.
Waypoints
Início da trilha “Caminhos Medievais”, Parque de campismo Vila Fria
O Parque de Campismo de Vila Fria, é um empreendimento turístico vocacionado para o lazer rural, dispondo de zonas para campismo e caravanismo, bem como de 2 bungalows, tendo na totalidade uma capacidade máxima para 90 pessoas. Em termos de oferta lúdica e desportiva para campistas e munícipes, dispõe de uma piscina, de um campo de jogos, de bicicletas para aluguer Fonte: Porto e Norte. Disponível em http://www.portoenorte.pt/pt/onde-ficar/parque-de-campismo-de-vila-fria/
Paisagem rural
Paisagem rural do interior do Concelho de Felgueiras, freguesia de Vila Fria
Ponte do Arco (medieval) sobre o rio Vizela
Erradamente apelidada de romana, a Ponte do Arco, cuja atual construção é de origem medieval, é de granito de tabuleiro em cavalete assente em dois arcos de volta perfeita, em cantaria, com dimensões desiguais. A montante um talha-mar triangular entre os arcos. Guardas em granito apoiadas no tabuleiro, inexistentes pontualmente. A guarda a montante, apresenta ao eixo uma pedra elevada, estreita e presa com grampos ao pavimento, onde se lê do lado interior na parte inferior a inscrição: "Couto do Real Mosteiro de Pombeiro" e a data "1724" emoldurados por uma linha inscrita em forma de escudo e onde se desenha um ábaco. O remate da parte superior da pedra, apresenta-se destacado em forma de mitra com relevos vegetalistas. O pavimento, bastante irregular ainda conserva a calçada original. São visíveis do lado montante silhares almofadados e um talhamar. No geral, o aparelho é regular, com algumas fiadas pseudo-isódomas, notando-se, em algumas aduelas (bloco em cunha que compõe a zona curva de um arco,), aparelho rusticado e nos paramentos as marcas de alguns arranjos. Fonte (com acrescentos do autor): SIPA- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico. Disponível em: http://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/sipa.aspx?id=315
Caminho rural
Caminho rural no percurso, com vegetação alta e densa. Recomenda-se cuidado. Segue o curso do Rio Vizela, terminando junto à ponte de Vila Fria.
Ponte de Vila Fria (medieval)
Projetada em 2001 pelo Instituto de Construção da Faculdade Engenharia da Universidade do Porto, a ponte de Vila Fria foi um projeto que visou construir uma ponte de alvenaria de pedra para substituir uma antiga passagem em condições de segurança deficientes, tirando partido do projecto para fins científicos. Trata-se de uma ponte de alvenaria de pedra, que possui tipologia idêntica à das pontes medievais, apesar de ser uma ponte actual. Deve-se isto ao facto de os arcos pelos quais é constituída possuírem diferentes formas, sendo o central mais elevado e, como consequência, o perfil longitudinal do tabuleiro apresentar duas rampas que convergem sobre o coroamento do arco central; estas são de facto características correntes das antigas pontes medievais, composta por cinco arcos e três talhamares. Fonte (com apontamentos do autor). Costa, Cristina, Arede, António e Costa, Aníbal (2005). MODELAÇÃO NUMÉRICA DA PONTE DE VILA FRIA. DO PROJECTO À ENTRADA EM SERVIÇO. Porto: 2º Seminário A Intervenção no Património. Práticas de Conservação e Reabilitação. Disponível em https://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/67489
Igreja Matriz de Vila Fria
Igreja Matriz de Vila Fria, de arquitetura barroca do norte de Portugal, tem como Padroeira Santa Maria,
Paisagem vinhateira
A produção vinhateira do Concelho de Felgueiras encontra-se inserida na região demarcada dos Vinhos Verdes, sendo as marcas de vinhos mais conhecidas desta região as "Caves Felgueiras", "Foral de Felgueiras" e "Terras de Felgueiras".
Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro
Santa Maria de Pombeiro (Monumento Nacional desde 1910) foi um dos mais importantes mosteiros beneditinos do Entre-Douro-e-Minho, tendo sido fundado por D. Gomes Echiegues e sua mulher Gontroda, em 1102. A Igreja [séculos XII-XIII] é composta por três naves, divididas por arcos-diafragma e com cobertura em madeira pintada, nas naves laterais. A planta original da capela-mor, reconstruída no século XVIII, era semicircular à boa maneira românica, assim como os absidíolos [capelas secundárias] ainda existentes. Os capitéis do portal principal são um notável exemplo de escultura românica. Os dois túmulos com escultura faziam parte do núcleo funerário abrigado na desaparecida galilé, ligada à nobreza deste território, como os Sousas [ou Sousões] e os Ribavizela. Nos absidíolos existem dois temas de pintura mural: um alusivo, provavelmente, a São Brás e outro apresentando Santo Amaro e São Plácido. A imagem da Padroeira, inserida no retábulo-mor [altar principal], possivelmente é uma obra de estilo gótico [séculos XIV-XV]. Bastante alterada nos séculos XVI a XIX, a Igreja do Mosteiro de Pombeiro recebeu um conjunto de talha de estilo rococó, no qual trabalhou o reputado Frei José de Santo António Ferreira Vilaça. O orago do Mosteiro é Santa Maria Maior, celebrada a 15 de Agosto. O Mosteiro de Pombeiro integra a iniciativa "Rota do Românico", fundada em 1998, composta atualmente por 58 monumentos de estilo românico na região do Tâmega e Sousa. Fonte (com apontamentos do autor): Rota do Românico (2020). Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro. Disponível em https://www.rotadoromanico.com/pt/monumentos/mosteiro-de-santa-maria-de-pombeiro/
Mosteiro de Pombeiro, antigo claustro e cerca
Santa Maria de Pombeiro (Monumento Nacional desde 1910) foi um dos mais importantes mosteiros beneditinos do Entre-Douro-e-Minho, tendo sido fundado por D. Gomes Echiegues e sua mulher Gontroda, em 1102. A Igreja [séculos XII-XIII] é composta por três naves, divididas por arcos-diafragma e com cobertura em madeira pintada, nas naves laterais. A planta original da capela-mor, reconstruída no século XVIII, era semicircular à boa maneira românica, assim como os absidíolos [capelas secundárias] ainda existentes. Os capitéis do portal principal são um notável exemplo de escultura românica. Os dois túmulos com escultura faziam parte do núcleo funerário abrigado na desaparecida galilé, ligada à nobreza deste território, como os Sousas [ou Sousões] e os Ribavizela. Nos absidíolos existem dois temas de pintura mural: um alusivo, provavelmente, a São Brás e outro apresentando Santo Amaro e São Plácido. A imagem da Padroeira, inserida no retábulo-mor [altar principal], possivelmente é uma obra de estilo gótico [séculos XIV-XV]. Bastante alterada nos séculos XVI a XIX, a Igreja do Mosteiro de Pombeiro recebeu um conjunto de talha de estilo rococó, no qual trabalhou o reputado Frei José de Santo António Ferreira Vilaça. O orago do Mosteiro é Santa Maria Maior, celebrada a 15 de Agosto. O Mosteiro de Pombeiro integra a iniciativa "Rota do Românico", fundada em 1998, composta atualmente por 58 monumentos de estilo românico na região do Tâmega e Sousa. Fonte (com apontamentos do autor): Rota do Românico (2020). Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro. Disponível em https://www.rotadoromanico.com/pt/monumentos/mosteiro-de-santa-maria-de-pombeiro/
Ruínas do Seminário de Santa Teresinha
Paredes -meias com o Mosteiro de Pombeiro, o Seminário de Santa Teresinha foi fundado na segunda metade do Séc. XX. Atualmente em ruinas, neste edifício imponente, funcionou a Escola Apostólica dos Padres da Missão Vicentina, (S. Vicente de Paulo).
Paço de Pombeiro (alojamento local)
Construído no século XVI, o edifício denuncia o traçado arquitectónico e a gramática decorativa manuelina, sendo finalizado por ameias, um pormenor que permite inseri-lo no conceito de "Paço Senhorial". A casa foi, no entanto, sujeita a remodelações ulteriores, designadamente logo no início de seiscentos, altura em que João de Melo Pereira mandou demolir uma torre preexistente, cujas linhas foram reproduzidas no corpo do seu alçado, em cuja parede Sul foi colocado a pedra de armas dos Melos. Atualmente é utilizado como alojamento de turismo rural.
Comments (4)
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Information
Easy to follow
Scenery
Easy
Esse trilho está inviável neste momento ( 28/8/2021 ) para prosseguir no trecho da Igreja Matriz de Vila Fria, completamente fechado pelo mato. O trilho não tem sinalizações em quase todo o trajeto, porém o percurso do Artur Felipe foi exato, com exceção do trecho acima apontado por mim estar sem possibilidades de caminhar.
Obrigado caro Rogerio pelo comentário, um abraço fraterno.
Eu que agradeço Artur, pelo prazer que proporcionou a mim e minha esposa de ter feito essa caminhada !
🙏 grato!