Circular pelo Ermelo, Alto do Vaqueiro e Alto do Sabugueiro (Parque Natural do Alvão)
near Ermelo, Vila Real (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
O percurso aqui partilhado pode conter erros de GPS ou eventualmente passar por propriedades privadas, ou mesmo através de corta mato e ter passagens por locais que podem ser perigosos para os menos experientes. A descrição do percurso é efetuada à data da sua realização, pelo que se deve ter em atenção que as condições do trilho podem facilmente vir a alterar-se, quer pelas condições meteorológicas, quer por mudança da vegetação, quer por outros fatores inimputáveis à minha vontade. O grau de dificuldade e as condições técnicas atribuídas é baseado na minha experiência pessoal e apenas serve de referência, pelo que não me responsabilizo por qualquer acidente que possa ocorrer por influência ou utilização do percurso aqui disponibilizado.
PANORÂMICA DA SERRA DO ALVÃO
GADO MARONÊS (PANORÂMICA DO MONTE FARINHA)
- Trilho circular, sem marcações, com início e fim na aldeia de Ermelo (opcional);
- Partindo-se do centro da aldeia (junto ao café / restaurante Sabores do Alvão), no sentido dos ponteiros do relógio, começou-se por percorrer algumas vielas, bem íngremes, subindo-se em direção à serra, por calçadas de pedra e arruamentos. Após passar o último casario da aldeia, a progressão faz-se por estradão de terra a meia encosta, sempre em gradual ascensão, até se chegar ao miradouro frontal à aldeia de Fervença. Nesse ponto, o percurso desce ligeiramente até cruzar uma linha de água, local onde retoma a longa e gradual subida, tal como iniciara, continuando pela encosta acima até atingir a cota máxima no planalto do Vaqueiro. Este troço corresponde a uma longa subida de sensivelmente 11,5 kms, apenas interrompida a meio por uma ligeira descida (cerca de 2 kms). Pelo caminho atravessa-se um denso bosque de Cedros. Após passar o Alto dos Vidoais, também conhecido por Ranhadouro, o percurso estabiliza e lentamente entra no estradão de tout-venant, contornando o Alto do Vaqueiro pela sua vertente nascente, com Vila Real e a Veiga da Campeã na paisagem e as ondulantes encostas do planalto na linha de visão intermédia. Este troço, entre o Alto dos Vidoais e o Alto do Velão (Parque Eólico), tem uma extensão com cerca de 5,7 kms, o que o torna algo longo e cansativo (tendo em conta a dureza do piso, ainda que mantenha um suave declive descendente) e até mesmo monótono. No entanto, as vistas panorâmicas da serra e sobre os vales adjacentes são fenomenais, o que ajuda e atenua a progressão. Ao km 15, o percurso desvia à direita, na direção do Vértice Geodésico de Covelos. Aí chegados, empreende-se a descida final deste percurso, com cerca de 7 kms. É toda uma descida por velhos caminhos de pedra solta, vulgo cascalheira, até se cruzar o Rio do Sião. No último troço retomam-se os tradicionais caminhos de terra, entrando-se na aldeia de Ermelo pela sua vertente sul, percorrendo-se a Rua Principal até ao ponto de partida deste trilho;
- Ao longo do trajeto existem vários pontos de referência, com destaque para o típico casario de xisto da aldeia de Ermelo, as vistas panorâmicas sobre as Fisgas do Ermelo e o Monte Farinha, a casa do Guarda Florestal na encosta frontal à aldeia de Fervença e o bosque de cedros que lhe fica sobranceiro, as vistas panorâmicas sobre os lameiros de Fervença, a Veiga da Campeã e a cidade de Vila Real, o planalto do Vaqueiro, o vértice geodésico do Alto de Covelos, as excecionais vistas panorâmicas sobre a serra do Alvão e, nas vertentes nascente, a serra do Marão e, por fim, todo o entorno paisagístico que esta magnifica região do Parque Natural do Alvão nos proporciona;
- O desenho deste trilho permitiu realizar um percurso abrangente, formando assim uma boa alternativa para quem gosta de caminhadas mais longas e sem serem fisicamente demasiado exigentes;
- Misto de caminhos de terra, estradões de tout-venant, calçadas, arruamentos e caminhos de pedra solta (cascalheira);
- Percurso acessível mas com características moderadas e fisicamente exigentes, sobretudo pela distância percorrida, pela longa subida (11 kms), assim como por alguns declives mais acentuados. Se chover e com vento, as dificuldades serão muito acrescidas. O uso de GPS constitui sempre uma boa ajuda e, neste caso concreto, é essencial devido à ausência de marcações;
- No seu todo é um percurso exigente mas muito bonito, excelente para um dia de caminhada. Permite usufruir da excecional paisagem do Parque Natural do Alvão, assim como de um bom conjunto de pontos de interesse, com o Marão no horizonte. É, sem dúvida, uma experiência gratificante percorrer estes caminhos serranos, de um trilho com alguma dureza e bem desafiante!
VÉRTICE GEODÉSICO DE COVELOS
ALTO DOS VIDOAIS (RANHADOURO)
Outros percursos realizados nesta região:
Travessia do Alvão - ETAPA 1/2
Travessia do Alvão - ETAPA 2/2
PR2 MDB - Levada de Piscaredo (circular pelo vale do rio Cabril)
PR3 MDB - Fisgas do Ermelo (c/desvio a Varzigueto e às Piocas de Baixo)
PR3 Fisgas do Ermelo
Trilho das Silhas (entre Campanhó a Pardelhas)
Do Caminho do Porto Velho às Silhas de Pardelhas
Fornos da Cal, Campanhó - Mondim de Basto
Trilhos do Marão / Alvão: Carvalhal de Gontães e Mineiro
Entre o Marão e o Alvão
Trio de trilhos em Mondim de Basto
Alvão
PANORÂMICA DA SERRA (ER304)
PANORÂMICA DO MONTE FARINHA (ESQ.) E FISGAS DO ERMELO (DIR.)
- ERMELO
Ermelo é uma freguesia portuguesa do concelho de Mondim de Basto, foi vila e sede de concelho entre 1196 e 1853. Era constituído pelas freguesias de Bilhó, Campanhó, Ermelo, Pardelhas e Lamas de Olo. Tinha, em 1801, 2 091 habitantes. Após as primeiras reformas administrativas do liberalismo passou a integrar também as freguesias de Campeã, Quintã e Vila Cova.
De origem secular, a aldeia de Ermelo conserva um admirável património construído, onde se destaca um importante aglomerado de casas de xisto cobertas com lousa, verdadeiros exemplares da arquitectura rural. Estão ainda visíveis alguns marcos da sua história, da sua antiguidade e da sua importância como vila medieval e como sede de concelho. O Pelourinho, a Casa da Câmara e o rico património etnográfico e cultural são dignos de nota. Teve o seu primeiro foral no longínquo ano de 1196.
Situada na zona mais baixa do Parque Natural do Alvão, a beleza paisagística de Ermelo une o agreste da montanha com o verde dos campos de cultivo e o rio Olo despenha-se, majestoso nas proximidades, enfisgando-se no seio dum profundo socalco dando origem às quedas de água das Fisgas de Ermelo.
A aldeia faz parte do Parque Natural do Alvão e fica na zona mais baixa e xistosa do parque, a 450 m de altitude. Dista 18km da sede do concelho, Mondim de Basto, e está rodeada de uma paisagem verdejante, marcadamente minhota.
PLANALTO DO VAQUEIRO (PANORÂMICA)
PLANALTO DO VAQUEIRO (PANORÂMICA)
- SERRA DO ALVÃO
A Serra do Alvão é uma elevação de Portugal Continental, com 1283 metros de altitude. Situa-se a Noroeste de Vila Real, sendo nela predominantes os xistos e os granitos, separados por afloramentos de quartzitos. Aí se localiza o Parque Natural do Alvão.
A serra é limitada pelos vales dos rios Tâmega, a oeste, Cabril e Corgo a sudoeste, e pelo Avelâmes e ribeira de Vidago a norte e noroeste. A sul, a veiga da Campeã separa-a da serra do Marão.
Entre as principais curiosidades geológicas deste local estão as quedas de água conhecidas como Cascata de Fisgas do Ermelo (uma das maiores da Europa) e a Cascata de Agarez.
Na Serra do Alvão distinguem-se duas áreas com morfologia e paisagem distintas consoante a sua litologia. Uma área granítica de planalto na Serra do Alvão, onde se localizam as povoações de Alvadia e Lamas de Ôlo e uma outra, fortemente recortada pela acção da tectónica, predominantemente xistosa, onde se desenvolvem vertentes declivosas em direcção aos vales encaixados dos principais cursos de água: o rio Ôlo, o rio Cabril e o rio Poio. O contacto destas duas unidades litológicas da Serra do Alvão é feito por uma barreira quartzítica que marca a transição da paisagem, e na qual se localiza o mais emblemático acidente geomorfológico regional: as quedas de água das Fisgas de Ermelo.
O rio Ôlo constitui um dos cursos de água mais importantes da Serra do Alvão, senão mesmo o mais relevante. Com um percurso de 42 km, nasce na Cabeça de Tamões a 1 263 m de altitude e corre pelos granitos até alcançar a povoação de Lamas de Ôlo no coração da Serra do Alvão. Neste percurso, o rio Ôlo adapta-se claramente à rede de fracturação da Serra do Alvão.
CASARIO EM XISTO (ALDEIA DE ERMELO)
PORTELA (PORMENOR DO PERCURSO)
- PARQUE NATURAL DO ALVÃO
O Parque Natural do Alvão, com 7.220 ha, é uma zona essencialmente granítica com algumas manchas de xisto, possuindo ainda inúmeros afloramentos rochosos. Das linhas de água, muito encaixadas, destaca-se o rio Olo, na vertente oeste da Serra do Alvão, que integra o imponente maciço montanhoso onde se inclui a Serra do Marão. Este rio corre entre fragas e penhascos e atravessa as rochas nas Fisgas de Ermelo, caindo em cascatas de uma altura de cerca de 250 metros. Impressionante pela força das águas, este é um dos locais mais belos da região e está representado no símbolo do Parque. O curso do rio Olo une duas realidades distintas.
A uma altitude média de 1.000 m, na zona de Lamas de Olo, predomina o granito e a vegetação de alta montanha, que apresenta um coberto arbóreo variado, com carvalhais nas zonas mais elevadas e bosques mistos de folhosas alternam com plantações de exóticas, com presença do vidoeiro na proximidade das linhas de água; em baixo, junto a Ermelo, onde a altitude ronda os 450 m, prevalece o xisto e a paisagem é verdejante como no Minho. Aqui, nas áreas agrícolas, surgem campos de centeio, de milho e batata, lameiros onde se cria o gado maronês e baldios em que se apascenta a cabrada - e vasta área de matorral. Também plantas raras, caso da Orvalhinha ou Rorela Drosera rotundifolia, espécie carnívora que cresce em terrenos encharcados e margens dos cursos de água, enriquecem a flora local.
Quanto à fauna típica das serranias do norte interior, destaque para a presença do Lobo-ibérico e de interessante cortejo de anfíbios e répteis. O xisto, o granito e o colmo são os materiais usados na construção das casas das aldeias típicas de Lamas de Olo, Anta ou Ermelo, em que o tempo corre tão devagar que parece estarmos muito longe de qualquer cidade, mas afinal o Porto fica apenas a uma hora de viagem. Para ter uma ideia do modo de vida das gentes destes lugares, visite o núcleo Ecomuseológico do Arnal, que recria o ambiente de uma aldeia tradicional do Alvão.
BOSQUE DE CEDROS (PORMENOR DO PERCURSO)
LAMEIROS DE FERVENÇA (PORMENOR DO PERCURSO)
PANORÂMICA DA SERRA DO ALVÃO
GADO MARONÊS (PANORÂMICA DO MONTE FARINHA)
- Trilho circular, sem marcações, com início e fim na aldeia de Ermelo (opcional);
- Partindo-se do centro da aldeia (junto ao café / restaurante Sabores do Alvão), no sentido dos ponteiros do relógio, começou-se por percorrer algumas vielas, bem íngremes, subindo-se em direção à serra, por calçadas de pedra e arruamentos. Após passar o último casario da aldeia, a progressão faz-se por estradão de terra a meia encosta, sempre em gradual ascensão, até se chegar ao miradouro frontal à aldeia de Fervença. Nesse ponto, o percurso desce ligeiramente até cruzar uma linha de água, local onde retoma a longa e gradual subida, tal como iniciara, continuando pela encosta acima até atingir a cota máxima no planalto do Vaqueiro. Este troço corresponde a uma longa subida de sensivelmente 11,5 kms, apenas interrompida a meio por uma ligeira descida (cerca de 2 kms). Pelo caminho atravessa-se um denso bosque de Cedros. Após passar o Alto dos Vidoais, também conhecido por Ranhadouro, o percurso estabiliza e lentamente entra no estradão de tout-venant, contornando o Alto do Vaqueiro pela sua vertente nascente, com Vila Real e a Veiga da Campeã na paisagem e as ondulantes encostas do planalto na linha de visão intermédia. Este troço, entre o Alto dos Vidoais e o Alto do Velão (Parque Eólico), tem uma extensão com cerca de 5,7 kms, o que o torna algo longo e cansativo (tendo em conta a dureza do piso, ainda que mantenha um suave declive descendente) e até mesmo monótono. No entanto, as vistas panorâmicas da serra e sobre os vales adjacentes são fenomenais, o que ajuda e atenua a progressão. Ao km 15, o percurso desvia à direita, na direção do Vértice Geodésico de Covelos. Aí chegados, empreende-se a descida final deste percurso, com cerca de 7 kms. É toda uma descida por velhos caminhos de pedra solta, vulgo cascalheira, até se cruzar o Rio do Sião. No último troço retomam-se os tradicionais caminhos de terra, entrando-se na aldeia de Ermelo pela sua vertente sul, percorrendo-se a Rua Principal até ao ponto de partida deste trilho;
- Ao longo do trajeto existem vários pontos de referência, com destaque para o típico casario de xisto da aldeia de Ermelo, as vistas panorâmicas sobre as Fisgas do Ermelo e o Monte Farinha, a casa do Guarda Florestal na encosta frontal à aldeia de Fervença e o bosque de cedros que lhe fica sobranceiro, as vistas panorâmicas sobre os lameiros de Fervença, a Veiga da Campeã e a cidade de Vila Real, o planalto do Vaqueiro, o vértice geodésico do Alto de Covelos, as excecionais vistas panorâmicas sobre a serra do Alvão e, nas vertentes nascente, a serra do Marão e, por fim, todo o entorno paisagístico que esta magnifica região do Parque Natural do Alvão nos proporciona;
- O desenho deste trilho permitiu realizar um percurso abrangente, formando assim uma boa alternativa para quem gosta de caminhadas mais longas e sem serem fisicamente demasiado exigentes;
- Misto de caminhos de terra, estradões de tout-venant, calçadas, arruamentos e caminhos de pedra solta (cascalheira);
- Percurso acessível mas com características moderadas e fisicamente exigentes, sobretudo pela distância percorrida, pela longa subida (11 kms), assim como por alguns declives mais acentuados. Se chover e com vento, as dificuldades serão muito acrescidas. O uso de GPS constitui sempre uma boa ajuda e, neste caso concreto, é essencial devido à ausência de marcações;
- No seu todo é um percurso exigente mas muito bonito, excelente para um dia de caminhada. Permite usufruir da excecional paisagem do Parque Natural do Alvão, assim como de um bom conjunto de pontos de interesse, com o Marão no horizonte. É, sem dúvida, uma experiência gratificante percorrer estes caminhos serranos, de um trilho com alguma dureza e bem desafiante!
VÉRTICE GEODÉSICO DE COVELOS
ALTO DOS VIDOAIS (RANHADOURO)
Outros percursos realizados nesta região:
Travessia do Alvão - ETAPA 1/2
Travessia do Alvão - ETAPA 2/2
PR2 MDB - Levada de Piscaredo (circular pelo vale do rio Cabril)
PR3 MDB - Fisgas do Ermelo (c/desvio a Varzigueto e às Piocas de Baixo)
PR3 Fisgas do Ermelo
Trilho das Silhas (entre Campanhó a Pardelhas)
Do Caminho do Porto Velho às Silhas de Pardelhas
Fornos da Cal, Campanhó - Mondim de Basto
Trilhos do Marão / Alvão: Carvalhal de Gontães e Mineiro
Entre o Marão e o Alvão
Trio de trilhos em Mondim de Basto
Alvão
PANORÂMICA DA SERRA (ER304)
PANORÂMICA DO MONTE FARINHA (ESQ.) E FISGAS DO ERMELO (DIR.)
- ERMELO
Ermelo é uma freguesia portuguesa do concelho de Mondim de Basto, foi vila e sede de concelho entre 1196 e 1853. Era constituído pelas freguesias de Bilhó, Campanhó, Ermelo, Pardelhas e Lamas de Olo. Tinha, em 1801, 2 091 habitantes. Após as primeiras reformas administrativas do liberalismo passou a integrar também as freguesias de Campeã, Quintã e Vila Cova.
De origem secular, a aldeia de Ermelo conserva um admirável património construído, onde se destaca um importante aglomerado de casas de xisto cobertas com lousa, verdadeiros exemplares da arquitectura rural. Estão ainda visíveis alguns marcos da sua história, da sua antiguidade e da sua importância como vila medieval e como sede de concelho. O Pelourinho, a Casa da Câmara e o rico património etnográfico e cultural são dignos de nota. Teve o seu primeiro foral no longínquo ano de 1196.
Situada na zona mais baixa do Parque Natural do Alvão, a beleza paisagística de Ermelo une o agreste da montanha com o verde dos campos de cultivo e o rio Olo despenha-se, majestoso nas proximidades, enfisgando-se no seio dum profundo socalco dando origem às quedas de água das Fisgas de Ermelo.
A aldeia faz parte do Parque Natural do Alvão e fica na zona mais baixa e xistosa do parque, a 450 m de altitude. Dista 18km da sede do concelho, Mondim de Basto, e está rodeada de uma paisagem verdejante, marcadamente minhota.
PLANALTO DO VAQUEIRO (PANORÂMICA)
PLANALTO DO VAQUEIRO (PANORÂMICA)
- SERRA DO ALVÃO
A Serra do Alvão é uma elevação de Portugal Continental, com 1283 metros de altitude. Situa-se a Noroeste de Vila Real, sendo nela predominantes os xistos e os granitos, separados por afloramentos de quartzitos. Aí se localiza o Parque Natural do Alvão.
A serra é limitada pelos vales dos rios Tâmega, a oeste, Cabril e Corgo a sudoeste, e pelo Avelâmes e ribeira de Vidago a norte e noroeste. A sul, a veiga da Campeã separa-a da serra do Marão.
Entre as principais curiosidades geológicas deste local estão as quedas de água conhecidas como Cascata de Fisgas do Ermelo (uma das maiores da Europa) e a Cascata de Agarez.
Na Serra do Alvão distinguem-se duas áreas com morfologia e paisagem distintas consoante a sua litologia. Uma área granítica de planalto na Serra do Alvão, onde se localizam as povoações de Alvadia e Lamas de Ôlo e uma outra, fortemente recortada pela acção da tectónica, predominantemente xistosa, onde se desenvolvem vertentes declivosas em direcção aos vales encaixados dos principais cursos de água: o rio Ôlo, o rio Cabril e o rio Poio. O contacto destas duas unidades litológicas da Serra do Alvão é feito por uma barreira quartzítica que marca a transição da paisagem, e na qual se localiza o mais emblemático acidente geomorfológico regional: as quedas de água das Fisgas de Ermelo.
O rio Ôlo constitui um dos cursos de água mais importantes da Serra do Alvão, senão mesmo o mais relevante. Com um percurso de 42 km, nasce na Cabeça de Tamões a 1 263 m de altitude e corre pelos granitos até alcançar a povoação de Lamas de Ôlo no coração da Serra do Alvão. Neste percurso, o rio Ôlo adapta-se claramente à rede de fracturação da Serra do Alvão.
CASARIO EM XISTO (ALDEIA DE ERMELO)
PORTELA (PORMENOR DO PERCURSO)
- PARQUE NATURAL DO ALVÃO
O Parque Natural do Alvão, com 7.220 ha, é uma zona essencialmente granítica com algumas manchas de xisto, possuindo ainda inúmeros afloramentos rochosos. Das linhas de água, muito encaixadas, destaca-se o rio Olo, na vertente oeste da Serra do Alvão, que integra o imponente maciço montanhoso onde se inclui a Serra do Marão. Este rio corre entre fragas e penhascos e atravessa as rochas nas Fisgas de Ermelo, caindo em cascatas de uma altura de cerca de 250 metros. Impressionante pela força das águas, este é um dos locais mais belos da região e está representado no símbolo do Parque. O curso do rio Olo une duas realidades distintas.
A uma altitude média de 1.000 m, na zona de Lamas de Olo, predomina o granito e a vegetação de alta montanha, que apresenta um coberto arbóreo variado, com carvalhais nas zonas mais elevadas e bosques mistos de folhosas alternam com plantações de exóticas, com presença do vidoeiro na proximidade das linhas de água; em baixo, junto a Ermelo, onde a altitude ronda os 450 m, prevalece o xisto e a paisagem é verdejante como no Minho. Aqui, nas áreas agrícolas, surgem campos de centeio, de milho e batata, lameiros onde se cria o gado maronês e baldios em que se apascenta a cabrada - e vasta área de matorral. Também plantas raras, caso da Orvalhinha ou Rorela Drosera rotundifolia, espécie carnívora que cresce em terrenos encharcados e margens dos cursos de água, enriquecem a flora local.
Quanto à fauna típica das serranias do norte interior, destaque para a presença do Lobo-ibérico e de interessante cortejo de anfíbios e répteis. O xisto, o granito e o colmo são os materiais usados na construção das casas das aldeias típicas de Lamas de Olo, Anta ou Ermelo, em que o tempo corre tão devagar que parece estarmos muito longe de qualquer cidade, mas afinal o Porto fica apenas a uma hora de viagem. Para ter uma ideia do modo de vida das gentes destes lugares, visite o núcleo Ecomuseológico do Arnal, que recria o ambiente de uma aldeia tradicional do Alvão.
BOSQUE DE CEDROS (PORMENOR DO PERCURSO)
LAMEIROS DE FERVENÇA (PORMENOR DO PERCURSO)
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Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
Bem, a subida interminável não estava nada fácil... mas depois, no planalto, tudo se reequilibrou! A paisagem sobre a serra e sobre os vales, com as Fisgas no horizonte, são simplesmente excecionais. Quanto ao estradão no planalto, sinceramente, dispensava-o, é uma enorme seca! Mais vale pensar numa alternativa e cortar diretamente na direção do Alto do Vaqueiro, afinal a vegetação é rasteira. Pensem nisso... de qualquer das formas, foi uma caminhada excelente, bem exigente, mas muito, muito boa. Até à próxima. Abraço!
Obrigado, Aiguille du Midi, pelo comentário e avaliação do trilho.
Pode ser uma solução atalhar pelo Alto do Vaqueiro, mas só vendo no terreno... terá que ficar para uma próxima expedição!! Até breve. Abraço.
Trilho interessante pelo Alvão. Obrigado pela partilha, abraço.
Obrigado, _BIO_RAIA_, pelo comentário e avaliação do trilho. Abraço!