Activity

Trilho Panorâmico do Tejo (Barquinha - Constância)

Download

Trail photos

Photo ofTrilho Panorâmico do Tejo (Barquinha - Constância) Photo ofTrilho Panorâmico do Tejo (Barquinha - Constância) Photo ofTrilho Panorâmico do Tejo (Barquinha - Constância)

Author

Trail stats

Distance
7.23 mi
Elevation gain
292 ft
Technical difficulty
Easy
Elevation loss
285 ft
Max elevation
160 ft
TrailRank 
83 5
Min elevation
160 ft
Trail type
One Way
Moving time
2 hours 46 minutes
Time
3 hours 21 minutes
Coordinates
2063
Uploaded
January 25, 2024
Recorded
January 2024
  • Rating

  •   5 3 Reviews

near Vila Nova da Barquinha, Santarém (Portugal)

Viewed 278 times, downloaded 11 times

Trail photos

Photo ofTrilho Panorâmico do Tejo (Barquinha - Constância) Photo ofTrilho Panorâmico do Tejo (Barquinha - Constância) Photo ofTrilho Panorâmico do Tejo (Barquinha - Constância)

Itinerary description

Um dia em que o inverno se esqueceu de invernar e primaverou, decidimos fazer esta belíssima caminhada.
Estacionámos o carro mesmo defronte da estação da CP, que sincopou o topónimo e chamou-lhe apenas Barquinha. Sendo o trilho linear, programámos regressar de comboio, por isso ali deixámos o carro e ali iniciámos a caminhada escolhendo o caminho mais curto para chegar à bela zona ribeirinha do Tejo.
Numa área de 7 hectares estende-se o agradabilíssimo Barquinha Parque ou Parque Ribeirinho da Barquinha, inaugurado em Julho de 2005 e onde, em 2012 se instalou o Parque de Escultura Contemporânea Almourol (PECA) com obras de Alberto Carneiro; Ângela Ferreira; Carlos Nogueira; Cristina Ataíde; Fernanda Fragateiro; Joana Vasconcelos; José Pedro Croft; Pedro Cabrita Reis; Rui Chafes; Xana (Alexandre Barata); Zulmiro de Carvalho.
Descemos a Avenida dos Plátanos até à rampa do Tejo.
Com razão este parque se tornou o ex libris de Vila Nova da Barquinha. Associando natureza e cultura é uma zona de lazer das mais agradáveis que ao longo das margens do Tejo existem. Procurámos seguir o mais perto do rio quanto possível porque já várias vezes por ali passeámos e conhecemos bem o parque e tudo o que dele faz uma zona privilegiada. Passeando nossos passos mais que caminhando (duas coisas tão diferentes) fomos gozando deste maravilhoso entorno do rio. As obras de arte, espalhadas pelo relvado, estão identificadas mas também o estão algumas árvores. Talvez seja defeito meu mas liguei mais às árvores que à moderna arte. As árvores penso saber interpretá-las, a arte moderna tenho muito dificuldade. Falta de formação?... talvez. Ainda assim, há ali obras que admiro e penso saber interpretar.
Os canaviais deixavam que o sol nos fosse sorrindo. O céu estendia uma toalha azul na corrente mansa do rio e nós, tagarelando, fomos usufruindo espaço, tempo e amizade.
Chegados ao final do parque subimos à Rua da Barca e, por ela "navegando" fomos por um pouco mais que uma centena de metros. Entrámos então num carreiro que, entre canaviais ribeirinhos e terras de cultivo de milho, nos "desembarcou" num fresco caminho de floresta que à Avenida do Cais em Tancos nos levou.
Passámos em frente à antiga Igreja da Misericórdia, onde atualmente funciona o Centro Cultural de Tancos. A igreja terá sido construída em 1585, a crer no que está escrito no portal. Parece no entanto, que o local foi mal escolhido pois as cheias do Tejo invadiam esta rua com frequência e entravam igreja adentro e não era para orar. Por tal humidade se foi deteriorando o templo, de modo que em 1937 foi pretexto para que Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais procedesse a remoção de tudo o que se encontrava no interior, azulejos incluídos. Em frente está o Jardim Ribeirinho. O espaço convidava ao descanso e meditação diante das águas calmas, sob um velho chorão, mas... nós tínhamos o tempo contado. Passámos o parque de merendas, depois a fonte no cantinho da Rua João Fernandes e entrámos na N3. O perigo constante, obrigou a que seguíssemos coladinhos ao muro que separa estrada e linha da Beira Baixa.
Junto à passagem de nível afastámo-nos do perigo entrando num caminho de terra batida paralelo à linha. Não é desagradável o caminho mas como não tem motivos de interesse, apressámos o passo. Entrámos no "trilho de Almourol", um delicioso carreiro entre Figueiras da Índia (Opuntia ficus-indica). Não sei se por ser frequente a passagem de pessoas se por outra qualquer razão, reparei que as plantas que mais perto de nós se encontravam já estavam desprovidas de gloquídios, aqueles espinhos irritantes que provocam uma comichão danada. O que também não tinham era os deliciosos figos. Também dificilmente os conseguiríamos colher...
É nesse belo carreiro que se começa a ver mais próximo o magnificente Castelo de Almourol encimando aquela minúscula ilha granítica e escarpada do Tejo. Chamar-se-ia "Almorolan" quando, em 1129 foi conquistado e entregue aos Templários. Foi reedificado no tempo em que Gualdim Pais era o Mestre da ordem em Portugal. E mais não direi aqui sobre este castelo porque quem mais quiser saber tem mais que muita e boa informação no sítio do costume.
Sempre com o castelo à vista subimos ao Convento de Nossa Senhora do Loreto para apreciar o que dele resta, imaginar como terá sido e lamentar que àquele estado tenha chegado. Incautos e imprevidentes entrámos mesmo lá dentro, apesar de o painel que alerta para o perigo ser bem visível.
O caminho bem marcado levou-nos a contornar o templo e comprovar o estado de ruína a que chegou. Quem quiser conhecer a história deste convento pode fazê-lo em:

https://portugal-em-pedra.blogspot.com/2021/05/nossa-senhora-do-loreto-em-tancos-um.html?m=1

E quem é mesmo curioso (mais ou menos como eu sou) pode ler a "estória" da Santa Casa do Loreto em:

https://tournaitalia.com/loreto-e-a-santa-casa-de-nossa-senhora/

E pronto. Deixámos as ruínas do convento ao seu inevitável destino e descemos ao cais de Almourol. Junto ao rio seguimos pela estrada até apanharmos um velho caminho que, entre salgueiros e freixos, segue ao longo da margem. O caminho deu lugar a um carreirito muito agradável e as árvores permitiam que víssemos o rio e desaguássemos os olhos sedentos daquela beleza.
Ao chegar à Praia do Ribatejo era suposto continuarmos pelo carreiro da margem mas o caudal do rio subiu muito na semana passada e ainda não baixou o suficiente para que pudéssemos passar. A alternativa foi seguir pela estrada até chegarmos a um ponto onde possível fosse regressarmos ao trilho definido.
O caminho tinha sido lindo mas então tornou-se maravilhoso. Sempre entre vegetação ripícola, juntinho da água, com os ramos dos salgueiros a decedentar-se no rio, uma ou outra garça nos ramos ou pato bravo por ali nadando, as pontes e passadiços e os miradouros sobre o Tejo o Zêzere e a vila de Camões iluminada pelo sol do meio dia... encantador.
O Fluviário estava fechado. Como havia tempo fomos almoçar ao Entre Rios a Constância. No fim, para digerir o almoço demos "corda às botas" e voltámos pelo trilho a que deram o nome de "Trilho de Camões". Mesmo à tangente apanhámos o Comboio na Praia do Ribatejo. Fomos enganados no custo dos bilhetes pelo revisor e 10 minutos depois entrávamos no carro que pacientemente junto da estação da Barquinha por nós esperou.

Waypoints

PictographPhoto Altitude 112 ft
Photo ofFoto

Foto

PictographPhoto Altitude 69 ft
Photo ofPela Avenida dos Plátanos abaixo Photo ofPela Avenida dos Plátanos abaixo Photo ofPela Avenida dos Plátanos abaixo

Pela Avenida dos Plátanos abaixo

PictographPhoto Altitude 72 ft
Photo ofOs salgueiros chorões à beira-rio Photo ofOs salgueiros chorões à beira-rio Photo ofOs salgueiros chorões à beira-rio

Os salgueiros chorões à beira-rio

PictographPhoto Altitude 72 ft
Photo ofMais ao estilo de passeio que de caminhada. Photo ofMais ao estilo de passeio que de caminhada. Photo ofMais ao estilo de passeio que de caminhada.

Mais ao estilo de passeio que de caminhada.

PictographPhoto Altitude 88 ft
Photo ofFoto Photo ofFoto Photo ofFoto

Foto

PictographPhoto Altitude 63 ft
Photo ofNesta rampa se toponimiza a obra dos arquitetos paisagistas Hipólito Bettencourt e Joana Sena Rego Photo ofNesta rampa se toponimiza a obra dos arquitetos paisagistas Hipólito Bettencourt e Joana Sena Rego Photo ofNesta rampa se toponimiza a obra dos arquitetos paisagistas Hipólito Bettencourt e Joana Sena Rego

Nesta rampa se toponimiza a obra dos arquitetos paisagistas Hipólito Bettencourt e Joana Sena Rego

PictographPhoto Altitude 71 ft
Photo ofFoto

Foto

PictographPhoto Altitude 80 ft
Photo ofUm barco que melhores dias conheceu e os canaviais que sombreiam o carreirinho Photo ofUm barco que melhores dias conheceu e os canaviais que sombreiam o carreirinho Photo ofUm barco que melhores dias conheceu e os canaviais que sombreiam o carreirinho

Um barco que melhores dias conheceu e os canaviais que sombreiam o carreirinho

PictographPhoto Altitude 75 ft
Photo ofFoto Photo ofFoto Photo ofFoto

Foto

PictographPhoto Altitude 63 ft
Photo ofFoto Photo ofFoto

Foto

PictographPhoto Altitude 65 ft
Photo ofPor bonita floresta à beira-rio Photo ofPor bonita floresta à beira-rio Photo ofPor bonita floresta à beira-rio

Por bonita floresta à beira-rio

PictographPhoto Altitude 74 ft
Photo ofJardim Ribeirinho de Tancos e Centro Cultural (antiga Igreja da Misericórdia) Photo ofJardim Ribeirinho de Tancos e Centro Cultural (antiga Igreja da Misericórdia) Photo ofJardim Ribeirinho de Tancos e Centro Cultural (antiga Igreja da Misericórdia)

Jardim Ribeirinho de Tancos e Centro Cultural (antiga Igreja da Misericórdia)

PictographPhoto Altitude 61 ft
Photo ofUm velho mas belo candeeiro Photo ofUm velho mas belo candeeiro Photo ofUm velho mas belo candeeiro

Um velho mas belo candeeiro

PictographPhoto Altitude 61 ft
Photo ofO Cais d'El Rei e o parque de merendas de Tancos Photo ofO Cais d'El Rei e o parque de merendas de Tancos Photo ofO Cais d'El Rei e o parque de merendas de Tancos

O Cais d'El Rei e o parque de merendas de Tancos

PictographPhoto Altitude 97 ft
Photo ofDepois da fonte o perigo da N3 Photo ofDepois da fonte o perigo da N3

Depois da fonte o perigo da N3

PictographPhoto Altitude 106 ft
Photo ofE já se vê o Castelo Photo ofE já se vê o Castelo Photo ofE já se vê o Castelo

E já se vê o Castelo

PictographPhoto Altitude 101 ft
Photo ofAs piteiras Photo ofAs piteiras

As piteiras

PictographPhoto Altitude 100 ft
Photo ofFigos é que já não há Photo ofFigos é que já não há Photo ofFigos é que já não há

Figos é que já não há

PictographPhoto Altitude 87 ft
Photo ofO castelo aqui tão perto Photo ofO castelo aqui tão perto

O castelo aqui tão perto

PictographPhoto Altitude 78 ft
Photo ofUm mundo de Figueiras da Índia Photo ofUm mundo de Figueiras da Índia Photo ofUm mundo de Figueiras da Índia

Um mundo de Figueiras da Índia

PictographPhoto Altitude 109 ft
Photo ofDesta vez não fomos ao castelo Photo ofDesta vez não fomos ao castelo Photo ofDesta vez não fomos ao castelo

Desta vez não fomos ao castelo

PictographPhoto Altitude 141 ft
Photo ofAs ruínas do Convento de Nossa Senhora do Loreto (há gente muito inconsciente) Photo ofAs ruínas do Convento de Nossa Senhora do Loreto (há gente muito inconsciente) Photo ofAs ruínas do Convento de Nossa Senhora do Loreto (há gente muito inconsciente)

As ruínas do Convento de Nossa Senhora do Loreto (há gente muito inconsciente)

PictographPhoto Altitude 114 ft
Photo ofO castelo não me sai da mira

O castelo não me sai da mira

PictographPhoto Altitude 93 ft

Foto

PictographPhoto Altitude 68 ft
Photo ofOlhando para trás. Photo ofOlhando para trás.

Olhando para trás.

PictographPhoto Altitude 106 ft
Photo ofO Ribatejo sem cavalos?... nā!... Photo ofO Ribatejo sem cavalos?... nā!...

O Ribatejo sem cavalos?... nā!...

PictographFountain Altitude 102 ft
Photo ofA Fonte da Galiana

A Fonte da Galiana

PictographPhoto Altitude 53 ft
Photo ofA Ovelha Negra vai atrás. Photo ofA Ovelha Negra vai atrás.

A Ovelha Negra vai atrás.

PictographPhoto Altitude 47 ft
Photo ofO rio vai alto... ali à frente não vamos conseguir passar... não vamos não...

O rio vai alto... ali à frente não vamos conseguir passar... não vamos não...

PictographPhoto Altitude 120 ft
Photo ofO condomínio das cegonhas Photo ofO condomínio das cegonhas Photo ofO condomínio das cegonhas

O condomínio das cegonhas

PictographPhoto Altitude 72 ft
Photo ofNo 'Trilho de Camões' Photo ofNo 'Trilho de Camões'

No 'Trilho de Camões'

PictographPhoto Altitude 60 ft
Photo ofE o Tejo quase a chegar aqui Photo ofE o Tejo quase a chegar aqui Photo ofE o Tejo quase a chegar aqui

E o Tejo quase a chegar aqui

PictographPhoto Altitude 56 ft
Photo ofNo miradouro da Foz do Zêzere Photo ofNo miradouro da Foz do Zêzere Photo ofNo miradouro da Foz do Zêzere

No miradouro da Foz do Zêzere

PictographPhoto Altitude 36 ft
Photo ofPanorâmica sobre Constância Photo ofPanorâmica sobre Constância Photo ofPanorâmica sobre Constância

Panorâmica sobre Constância

Comments  (5)

  • Photo of AliceLigeiro
    AliceLigeiro Jan 27, 2024

    Foi um trilho muito agradável.
    Foi fácil, feito calmamente, e permitiu-nos usufruir das belíssimas "imagens" que connosco se iam cruzando.
    Valeu muito a pena.

  • Photo of AliceLigeiro
    AliceLigeiro Jan 27, 2024

    I have followed this trail  View more

    Foi um trilho muito agradável.
    Foi uma Caminhada de Amigos, fácil de fazer, linear e que nos permitiu usufruir, com muita calma, de "imagens" belíssimas.
    A temperatura amena que se fazia sentir ajudou também na escolha de pequenas paragens para nas águas do rio "espraiar" o olhar.
    Valeu muito a pena.

  • Photo of Delfim Nobre
    Delfim Nobre Feb 12, 2024

    Grato pela partilha! Abraços

  • Photo of Delfim Nobre
    Delfim Nobre Feb 12, 2024

    Como sempre, uma bela partilha! Quero fazer isto, mas iniciando no Museu CP do Entroncamento. Abraços e obg pelas generosas e ricas partilhas.

  • Photo of emilio viejo
    emilio viejo Apr 27, 2024

    Una ruta muy bonita, para disfrutar de lindos paosajes. Un abrazo

You can or this trail