Trilho - Na senda dos currais mais recônditos da serra do Gerês - I
near Xertelo, Vila Real (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Visitar os currais mais " afastados " da serra, é tarefa que custa demasiado, aos pulmões, músculos e esqueleto, de cada um de nós. É sempre uma longa e penosa caminhada, com muitas centenas de metros de altura acumulada. Fica porém, a satisfação pessoal, de visitarmos recantos deste território, imunes aos circuitos turísticos que a vão invadindo e desfrutar da beleza, solidão e rudeza, destes lugares mágicos. Estes longínquos e abandonados currais, são um desafio à resistência de pastores e animais, entregues a si próprios, a grandes distâncias dos aldeamentos, onde a solidão e a rudeza do clima imperam. Vidas duras, feitas à custa de muito sacrifício, para usufruir dos pequenos poulos que a serra oferece ao pastoreio dos rebanhos. Os currais que fomos visitar, deram algum trabalho a localizar, mas muito mais a descobrir o seu nome. Se a um deles chamam curral da Corga das Mestras e ao outro curral de Borrageiros, o vezeiro Custódio não os designa assim, quanto a mim, com alguma lógica. Ao que fica na Corga das Mestras, designa-o de curral do Borrageiro. Ao curral a maior cota designa-o por, curral das Quinas de Arrocela. No entanto, também há naquela área, o Borrageiro 1º e Borrageiro 2º, pelo que também não é descabido, designá-lo por Curral de Borrageiros.E desta forma, até melhor oportunidade, fico na dúvida. Seja como for, a figura majestática do Borrageiro é dominante sobre qualquer dos currais, adquirindo naturalmente, diferentes perfis, conforme o observamos do fundo da corga ou das zonas aplanadas a maior cota. Ambos os fornos, estão em condições satisfatórias.
Partimos do Xertelo, subimos até ao Lago Marinho, designação dada pelas gentes locais à lagoa de maior cota. Atravessamos a turfeira e fomos à nascente, encher os cantis, pois o dia ameaçava ser bastante quente. Dois dedos de conversa com o senhor Custódio, na cabana do lago e toca a caminhar até encontrar o carreiro que vem do Fojo de Alcântara. Num bosquete de carvalho negral, aproveitamos a sombra para meter sólidos e líquidos. Passamos o curral do Sargaço e descemos à corga das Mestras, por um antigo carreiro bem mariolado, escondido debaixo da vegetação. Começa o Lírio a aparecer e em pouco tempo, mas com cuidado, estavamos sob a face poente do Borrageiro. Solução alternativa, mais curta, que a planeada. O segundo curral, a cota mais elevada, atinge-se, subindo a meia encosta, onde no final lá vão aparecendo velhos mariolas. Regresso de forma a encontrar o carreiro que vem da Messe, mas cortando caminho, desde aquele curral. Depois é escolher o carreiro, até à cabana do Lago Marinho, não esquecendo uma passagem pelas minas e escombreiras, observando a cabeceira do rio do Couce, desde os Cocões até ao Lago. Regressamos, pelo estradão florestal, passando pela segunda lagoa, atalhando depois dos currais do Viterbo. No final, subida a custo até ao poço do fojo do Lobo do Xertelo.
Nota : Percurso difícil, sendo a passagem pela face poente do Borrageiro 1º até à corga
das Mestras, perigosa. Percurso não sinalizado.
Cartografia - Folhas 31 ( Outeiro ) e 44 ( Ruivães) do IGE - escala 1/25.000
Distância real - 22,7 km
Pontos de interesse.
- currais
- Zona glaciar dos Cocões do Concelinho
- moreia lateral junto ao Borrageiro.
- minas e escombreiras.
- Fojo do Lobo de paredes convergentes do Xertelo.
- Paisagens - magnífia vista para o vale suspenso do Couce, Chamiçais, Rocas ( Roca
Negra, Rocalva, Iteiro de Ovos, etc).
- Lagoas do Marinho - a maior a cota superior com turfeira e a menor, a cota mais baixa e
muito assoreada.
Partimos do Xertelo, subimos até ao Lago Marinho, designação dada pelas gentes locais à lagoa de maior cota. Atravessamos a turfeira e fomos à nascente, encher os cantis, pois o dia ameaçava ser bastante quente. Dois dedos de conversa com o senhor Custódio, na cabana do lago e toca a caminhar até encontrar o carreiro que vem do Fojo de Alcântara. Num bosquete de carvalho negral, aproveitamos a sombra para meter sólidos e líquidos. Passamos o curral do Sargaço e descemos à corga das Mestras, por um antigo carreiro bem mariolado, escondido debaixo da vegetação. Começa o Lírio a aparecer e em pouco tempo, mas com cuidado, estavamos sob a face poente do Borrageiro. Solução alternativa, mais curta, que a planeada. O segundo curral, a cota mais elevada, atinge-se, subindo a meia encosta, onde no final lá vão aparecendo velhos mariolas. Regresso de forma a encontrar o carreiro que vem da Messe, mas cortando caminho, desde aquele curral. Depois é escolher o carreiro, até à cabana do Lago Marinho, não esquecendo uma passagem pelas minas e escombreiras, observando a cabeceira do rio do Couce, desde os Cocões até ao Lago. Regressamos, pelo estradão florestal, passando pela segunda lagoa, atalhando depois dos currais do Viterbo. No final, subida a custo até ao poço do fojo do Lobo do Xertelo.
Nota : Percurso difícil, sendo a passagem pela face poente do Borrageiro 1º até à corga
das Mestras, perigosa. Percurso não sinalizado.
Cartografia - Folhas 31 ( Outeiro ) e 44 ( Ruivães) do IGE - escala 1/25.000
Distância real - 22,7 km
Pontos de interesse.
- currais
- Zona glaciar dos Cocões do Concelinho
- moreia lateral junto ao Borrageiro.
- minas e escombreiras.
- Fojo do Lobo de paredes convergentes do Xertelo.
- Paisagens - magnífia vista para o vale suspenso do Couce, Chamiçais, Rocas ( Roca
Negra, Rocalva, Iteiro de Ovos, etc).
- Lagoas do Marinho - a maior a cota superior com turfeira e a menor, a cota mais baixa e
muito assoreada.
Waypoints
Waypoint
4,255 ft
l. água
L. água
Waypoint
4,226 ft
L. água
L. água
Waypoint
3,753 ft
nascente
nascente
Comments (6)
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Currais longínquos mas não podiam ficar por visitar.
Excelente percurso.
Obrigado, aos "top gun" do Gerês, Truka, PQ, Makca, pelo serviço público que são as informações, a investigação, e os percursos, por vós, aqui trazidos.
Não somos perfeitos, longe disso. Por vezes erramos, conforme a fonte. Mas não é propositadamente. Aproveitem os percursos, mas em segurança. A serra é um território hostil. Abraço.
Obrigado pelo reconhecimento Pedro Vorph, são esses pequenos gestos que nos fazem ter alento,
para transmitir todo o nosso pequeno conhecimento, do tão grande e profundo do nosso Gerês.
É sempre bom sabermos, este grupo de amigos, que sempre há pessoas que reconhecem a nossa procura constante de trilhos não convencionais e empresariais, para quem gosta da montanha a sério..., um pouco diferente. Abraço trekkeiro.
Makca
Fico à espera de um convite para participar nos vossos eventos (estou a brincar) :). Abraço
Segunda feira vou fazer o trilho do Lobo, em Arga, delineado pelo caríssimo, Makca :)