Trilho Histórico- PR 9 PRD/GDM - Serra de Santa Iria

Trilho Histórico- PR 9 PRD/GDM - Serra de Santa Iria



Trilho circular com início e final no lugar da Senhora do Salto, que percorre a Serra se Santa Iria, chegando perto do rio Douro, do qual se obtém belas panorâmicas. No regresso atravessa várias povoações e faz uma visita a um local de interesse arqueológico, onde se situam os vestígios da Mamoa de Brandião.
Trata-se portanto de um trilho de interesse paisagístico, cultural, humano e arqueológico, que se encontra bem marcado e sinalizado, desenvolvendo-se, na maior parte por caminhos florestais, mas também caminhos rurais e alguns arruamentos na zona das povoações.

Neste percurso podemos apreciar a imponência da zona da Senhora do Salto, em que a paisagem e a geomorfologia é marcada pelo afloramento do quartzito, responsável pela formação do espectacular canhão do Sousa, em que o rio passa em rápidos num vale muito encaixado, profundo, de paredes verticais.
Por este motivo, a zona é muito procurada por turistas, pedestrianistas, escaladores e praticantes de outros atividades de montanha.
O local tem ainda uma componente mística, existindo uma lenda, segunda a qual um cavaleiro se livrou da morte ao invocar a proteção da Senhora após um salto inadvertido no abismo. Em sinal de agradecimento pelo milagre, o cavaleiro terá mandado construir a pequena capela da Nossa Senhora do Salto.
A diversidade de habitats considerados prioritários para conservação e a elevada biodiversidade desta área levaram à sua classificação como Sítio de Importância Comunitária da rede de áreas protegidas da União Europeia (Natura 2000).

Grande parte do trilho atravessa zonas arborizadas de eucaliptos de pequeno porte, pelo que fornece pouca sombra. Apenas na parte inicial e final do trilho bem como nalgumas zonas intermédias, a vegetação é mais densa, proporcionando bastante sombra. Durante o percurso encontramos duas fontes de água que se encontravam fechadas. Existe um café no início do trilho, na Senhora do Salto e outro café No lugar de Sarnada no momento em que o trilho cruza com a E.N. 319-2

Deixamos o automóvel no amplo parque de estacionamento na descida para o Rio Sousa, descemos a rua calcetada, atravessamos o rio Sousa e logo de seguida aparece-nos um Largo com vários painéis informativos dos PRs que tem início neste local de beleza invulgar.
São inúmeros os PRs que tem início neste local, a saber:
Trilho histórico - PR 9 PRD GDM - 14 Km
Trilho do Vale de Aguiar - PR 10 PRD GDM - 14 Km
Trilho do Mel e do Ouro Romano- PR 6 PRD GDM - 19 Km
Trilho dos Moinhos - PR 1 PRD 5,2 Km
Trilho do Alvre - PR 2 PRD 4,9 Km
Trilho das aldeias - PR 4 PRD 25 Km
Existe ainda um painel informativo sobre a GR das serras do Porto GR 62 que não passa no local
Fizemos uma visita ao miradouro do inferno onde podemos apreciar o profundo canhão do rio Sousa, depois visitamos a capela da senhora do salto e logo de seguida entramos no trilho com uma subida de inclinação acentuada, de piso irregular com bastantes pedras soltas. Passamos por baixo da autoestrada A 41 e o seu enorme viaduto sobre o Rio Sousa e adiante, numa interseção de caminhos, viramos à esquerda para efetuar o trilho no sentido dos ponteiros do relógio, sentido aconselhado pelo Parque das Serras do Porto. Pouco depois atravessamos novamente a AE 41 e progredimos em direção Sul durante 5 kms por caminhos florestais sempre a subir.
Ao km 5,9 viramos à direita seguindo o PR; quem quiser subir ao ponto mais alto da serra, deve continuar em frente, seguindo o PR 8 (trilho do mel e ouro Romano). Nós pretendíamos chegar ao topo (Marco geodésico), virando mais adiante aproveitando um corta-fogo, mas encontramos-lo impraticável devido a extensa e fechada vegetação, que nos levou a desistir da ideia da ascensão.
Iniciamos a descida numa zona de vegetação que fornece alguma sombra e adiante o trilho proporciona belas vistas sobre o rio Douro.
Na descida, ao intersetar o GR 62, o percurso dá uma volta de quase 180º e mudamos em direção noroeste. Entramos em estrada de terra batida em excelente estado de conservação.
Pelo km 7,9 o PR seguia à direita por caminho estreito, parecendo parcialmente obstruindo por vegetação, pelo que seguimos com o GR e voltamos a entrar no PR, 800 metros adiante.
Asseguir passamos pela Mamoa do Brandião, uma sepultura megalítica pré-histórica das da qual restam ruínas difíceis de decifrar e pouco depois cruzamos com a estrada nacional 319-2.
A partir deste ponto, o caminho torna-se bastante mais humanizado, passamos por várias povoações tais como Brandião, Sarnada e Senande, nesta última onde se encontra a Igreja Matriz de Aguiar de Sousa. Desde o lugar de Sarnada entramos em arruamentos e estradas asfaltadas durante cerca 1,5 Km. Voltamos a passar perto da auto-estrada e pouco depois iniciamos a descida que nos levou de volta à Senhora do Salto.

Boas caminhadas