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Rota Vicentina: Trilho dos Pescadores. S. Torpes - Porto Covo (Etapa 1)

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Trail stats

Distance
6.46 mi
Elevation gain
141 ft
Technical difficulty
Easy
Elevation loss
98 ft
Max elevation
80 ft
TrailRank 
32
Min elevation
0 ft
Trail type
One Way
Moving time
2 hours 9 minutes
Time
3 hours 10 minutes
Coordinates
1792
Uploaded
June 10, 2022
Recorded
June 2022
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near Palhota, Distrito de Setúbal (Portugal)

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Itinerary description

Para detalhes sobre a rota: https://www.youtube.com/watch?v=qBnLLwgfq6E

Começar a grande aventura do Trilho dos Pescadores em São Torpes, é fazer uma viagem no tempo: deixa-se para trás a civilização industrializada de Sines para entrar num Parque Natural que protege esta vasta costa com as suas praias, dunas e falésias que aqui ainda são miniaturas, mas que progressivamente se erguem à medida que caminhamos para sul.

Com esta etapa, a sul do Porto de Sines, inicia-se a Grande Rota do Trilho dos Pescadores. O complexo industrial de Sines começou a ser construído no início dos anos 70, causando uma profunda transformação da paisagem e da realidade sócio-económica desta região. Deixando para trás as indústrias, entramos no imenso Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, que acompanhará esta rota pedestre ao longo de cerca de 200 km, só terminando no Burgau, onde o Trilho dos Pescadores continua por mais 17 km até à cidade de Lagos. Caminhando na praia, na baixa-mar percebe-se que o fundo marinho é sobretudo rochoso.

A areia era bem mais abundante antes da construção do porto de Sines, que agora abriga a costa a sul do molhe, da acumulação de sedimentos vindos do norte. Este extenso recife rochoso, repleto de cavidades, é o substrato perfeito para uma fauna riquíssima: estrelas-do-mar, ouriços, anémonas, esponjas-do-mar, caranguejos, polvos, chocos, percebes e uma diversidade enorme de peixes. Na base da cadeia alimentar, as algas verdes, castanhas e vermelhas crescem numa água transparente, cheia de luz.

Uma das tradições destas terras e que possivelmente terá oportunidade de observar neste percurso, é a cura do polvo e da moreia, balançando ao sol como roupa a secar. Aprecie a arte de abrir os animais com pedaços de cana e de os expor ao sol para conseguir a secagem perfeita. Estas técnicas ancestrais terão nascido da necessidade de conservar o excesso de pesca nas épocas de maior fartura, assegurando alimento para as estações de míngua. O polvo seco é um petisco vendido nas feiras e mercados, assado em fogareiros a carvão, assim como o ouriço-do-mar cujas ovas se comem por altura da Páscoa. A moreia, abundante nas cavidades rochosas deste pedaço de costa, é um peixe muito original. Não tem forma de peixe (mas sim de cobra), não tem cor de peixe (é escura, sarapintada de amarelo, como uma salamandra) e não tem escamas! Pode ter 15 kg e mais de 1,5 m de comprimento. Aliando este tamanho a uma boca proeminente, que segrega um veneno hemolítico e está cheia de dentes enormes e pontiagudos, é fácil perceber que não é qualquer pescador que lhe deita a mão! As moreias passam o dia escondidas em buracos e saem à noite para capturarem peixes, crustáceos e cefalópodes no seu território. São predadores muito ferozes.

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