Trilho do rio Ferreira- Corredor Ecológico ( serras do Porto ) com subida ao trono Romano

Caminhada um misto de dois trilhos, PR1 corredor ecológico + PR3 trilho do Castelo.
Início da caminhada, parque de estacionamento das serras do Porto.
Iniciamos a descida pela estrada que liga à aldeia de Couce.
Um pouco antes de chegar ao rio Simão, viramos à esquerda, por um trilho de pé posto, em direção ao ( Castelo) o castelo é uma rocha escarpada enorme, junto ao rio Ferreira, que também é utilizada para efetuar escalada.
Esta rocha é o que restou da escarpa pois os Romanos, durante a exploração de ouro que aqui fizeram destruíram o restante utilizando uma técnica parecida com a que utilizaram nas Médulas em Espanha.
O trilho para descer da zona do castelo em direção ao rio Ferreira, têm alguma pedra solta e é necessário cuidado algumas zonas é bastante inclinado.
Chegados á base, do Castelo temos várias ruínas de moinhos, e umas mini cascatas no rio Ferreira.
Continuando junto ao rio Ferreira, cerca de 100m encontramos a ponte de arame que iremos utilizar para passar para a outra margem.
Após passar a ponte viramos à direita por um carreiro sobreelevado em relação ao rio Ferreira.
Nesta zona existem vários ( fojos) entradas para galerias de exploração mineira romana, não convém sair do trilho.
Nesta fase, temos o rio Ferreira á nossa direita.
Antes de iniciarmos uma pequena subida e passarmos por um pequeno passadiço de madeira, já conseguimos ver a fraga do Castelo de frente.
Após passarmos o pequeno passadiço, descemos mais um pouco e encontramo-nos junto à margem do Rio Ferreira.
A partir daqui e até á ( Ponte de Couce ), perto da aldeia de Couce, é relativamente plano.
Nesta zona afastamo-nos durante umas centenas de metros da margem do rio.
O caminho desenrola-se por plantações de eucaliptos.
Quando voltamos à companhia do rio, deparamos com umas ruínas, eram de um antigo moinho.
Após estas ruínas, estamos praticamente na ponte de Couce.
Iniciamos a subida em direção á aldeia de Couce.
Esta zona é muito agradável, muitos carvalhos, um parque de merendas.
Seguindo pela aldeia que são meia dúzia de habitações muito pitorescas.
Fletimos à direita após passar a aldeia por um caminho rural, em direção ao rio, ( nesta zona existem vários caminhos) iremos seguir por esta caminho até á estrada.
Ao chegar á estrada, seguimos em direção a Valongo, ao chegar quase á primeira casa existem umas placas informativas.
É neste local que vamos virar á esquerda e iniciar a subida até ao trono.
É uma subida íngreme, no início existe uma corda que ajuda à progressão.
Quem não tiver preparação nesta subida sofre um pouco.
É sempre a subir até ao trono.
Do trono, têm se uma panorâmica da zona do Castelo.
Na descida, como conheço muito bem a zona, optei por regressar à estrada por um estradão que costumo utilizar de bicicleta, é menos íngreme e vêm sair quase ao mesmo local.
Chegando à estrada, é só subir até ao estacionamento.
Este percurso é muito agradável pelas paisagens, o rio, a zona do castelo, a ponte e a ideia de Couce.
A parte negativa é o imenso eucaliptal que são as Serras do Porto.
O rio Ferreira também está poluído.
A câmara ultimamente têm plantado árvores autóctones na margem do rio.
Esperemos que com o tempo, o rio seja despoluído e a área de floresta autóctone aumente.
Se assim for as serras do Porto têm tudo para ser um local fantástico para caminhadas.

Descrição dos dois trilhos, no site da câmara de Valongo.
E descrição das serras do Porto.

PARQUE DAS SERRAS DO PORTO

O Parque das Serras do Porto, com perto de 6.000 hectares, é composto por seis serras: Santa Justa, Pias, Castiçal, Santa Iria, Flores e Banjas, abrangendo território dos municípios de Gondomar, Paredes e Valongo. Esta área, classificada desde 2017, como Paisagem Protegida Regional, integra o Sítio Rede Natura “Valongo” e o Parque Paleozóico de Valongo. Aqui, os visitantes podem desfrutar da imensa beleza cultural e paisagística de serras, vales e rios, salientando-se a singularidade geológica, que nos leva a uma interessante viagem pela Era Paleozoica.


PR1 VLG – Corredor Ecológico

Parta à descoberta da Paisagem Protegida Regional Parque das Serras do Porto através deste percurso que interliga a cidade e as serras, acompanhando os rios Simão e Ferreira até à pitoresca aldeia de Couce. Após um circuito pelo centro de Valongo, passando por locais emblemáticos, entramos em área florestal e logo nos abstraímos da urbe, para concentrarmos o olhar nos vales e nas encostas das serras de Santa Justa e de Pias. Ao longo deste percurso, deparamo-nos com um interessante mosaico visual, incluindo áreas urbanas, agrícolas e florestais, e somos desafiados a conhecer o rico passado geológico do território, o património arqueológico ligado à mineração aurífera romana, a biodiversidade, a floresta e as tradições rurais. Em pleno vale do rio Ferreira, damos valor ao facto de termos este espaço natural tão próximo. As cristas quartzíticas delineiam as cumeadas das serras, as escombreiras fazem-nos viajar no tempo, a galeria ripícola preserva a flora típica da região e a fauna convive connosco, alheia ao nosso deslumbramento. O parque de merendas da aldeia convida a recuperar energias, que a caminhada continua!


PR3 VLG – Trilho do Castelo

Percurso circular relativamente pequeno, mas vasto em património, permitindo contactar com valores ímpares do ponto de vista geológico e com fauna e flora características, assim como com elementos identitários da história da região, nomeadamente vestígios bem preservados de mineração aurífera romana, incluindo um canal de transporte de água, associado à exploração do ouro livre, portanto, à superfície. Os moinhos que vemos na margem direita do rio Ferreira foram fulcrais no desenvolvimento da panificação em Valongo, conhecido pela sua regueifa e biscoitos tradicionais. As imponentes Fragas do Castelo, de composição quartzítica, são emblemáticas e destacam-se na paisagem. Bem conhecidas dos praticantes de escalada, foram também mineradas pelos Romanos, neste caso para exploração de ouro a nível subterrâneo, integrando um interessante complexo que se intitula de ‘Alto do Castelo’.