Trilho do Corgo: de Lobrigos a Alvações

O Alto Douro Vinhateiro combina a natureza monumental do vale do rio Douro ladeado de encostas íngremes e acidentadas com a ação persistente do homem. A relação íntima entre a atividade humana e a natureza permitiu criar nesta região um ecossistema de valor único aproveitado de forma exemplar para o cultivo da vinha e a produção do vinho do Porto.
Foi neste mar de vinhas plantadas em ondulantes socalcos polvilhado de aldeias e quintas que planeamos e realizamos o presente percurso, circular e "fora de trilho" - isto é, não marcado e, aqui e ali, por caminhos não públicos.
Começamos e terminamos em São Miguel de Lobrigos, junto à rotunda. Tomamos o caminho de Santa Luzia, São João de Lobrigos e São Gonçalo. Subimos ao monte e miradouro/capela de São Pedro. Deste miradouro, as vistas sobre a Régua e o Douro são lindíssimas. Descemos em direção ao rio Corgo passando por Vila Maior. Do rio Corgo dirigimo-nos para Alvações do Tanha onde almoçamos. De Alvações do Tanha seguimos para Alvações do Cordo. Descemos ao rio Corgo e, por caminhos abertos entre vinhas regressamos ao ponto de partida (São Miguel de Lobrigos).
Em síntese, diríamos que se trata de um percurso espetacular que tem, como principal ponto de interesse as vistas fabulosas sobre: a Régua e o rio Douro, os vales dos rios Corgo e Tanha, os socalcos ondulantes cobertos de vinhas multicolores (nesta altura do ano - primeiros dias de Novembro). Um quadro imperdível sobretudo para quem gostar das cores quentes do outono.
Alertas:
1. Trata-se de um percurso "fora do trilho": não marcado e com troços em propriedade privada, o que não constitui, tanto quanto nos foi dado constatar, problema para pequenos grupos ("passem à vontade" - foi-nos dito algumas vezes).
2. Não querendo baixar a Alvações do Tanha, no Ponto 1 seguir as bandeirolas 1 até ao Ponto 2.
3. Na parte final do percurso, mais precisamente do Ponto 3 ao Ponto 4 e do Ponto 5 até à entrada em São Miguel de Lobrigos, debatemo-nos com algumas dificuldades inesperadas:
3.1) Do Ponto 3 ao Ponto 4 perdemos o caminho e andamos desnecessariamente aos ziguezagues. É seguir o caminho assinalado pelas bandeirolas 2.
3.2) Na parte final do percurso debatemo-nos com problemas em chegar ao caminho publico (primeiro deparamo-nos com um portão fechado, depois com uma vedação em rede e, por último, com um portão relativamente baixo que saltamos. As dificuldades referidas poderão/deverão ser anuladas seguindo, a partir do Ponto 5, o caminho à esquerda assinalado pelas bandeirolas 5 até à estrada (Ponto 6) e seguir depois pela estrada até ao final do percurso.
4. A extensão do percurso pode ser reduzida em cerca de 2 km começando e terminando em São João de Lobrigos (perto de P6).

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