TRILHO DO ALTO DO LAROUCO
near Gralhas, Vila Real (Portugal)
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TRILHO DO ALTO DO LAROUCO
Percurso circular, com início e fim na Aldeia de Gralhas, com objetivo principal subir às duas elevações da região, o Larouco e o Gavião. Trilho não sinalizado, com a extensão de aproximadamente 16Kms, inserido na Reserva da Biosfera Gerês-Xurés que oferece uma paisagem de excecional beleza, permitindo o contacto com o mundo rural e um vasto património natural e cultural.
A Reserva da Biosfera ocupa a zona central da serra Gerês-Xurés, uma região recortada por diversos rios que com suas águas alimentam outros rios e córregos, formando uma paisagem de excecional beleza com vales profundos que cortam as montanhas. A influência de características climáticas atlânticas, mediterrânicas e continentais na região permite uma diversidade de microclimas responsáveis por uma enorme diversidade de espécies e habitats. O território é abrigo de inúmeras espécies migratórias que encontram nesta diversidade refúgio e segurança. Desde a pré-história o território da Reserva da Biosfera é marcado pela presença humana. Esta relação entre homem e natureza gerou técnicas agrícolas e silvo-pastoris de enorme valor ambiental, num ciclo de uso sustentado dos recursos naturais aliado ao desenvolvimento de atividades humanas.
O Larouco é uma serra que faz parte do complexo montanhoso da Peneda-Gerês e é a terceira maior elevação de Portugal, atingindo os 1538 metros de altitude e 423 metros de proeminência topográfica. O seu nome deriva do nome do Deus Celta Larauco, o qual deu também nome ao Larouco. Quando subimos ao alto da serra e contemplamos as paisagens correspondentes às terras Barrosãs, ao Gerês, Peneda, Ourigo, Soajo e Cabreira, todas elas parecem pontos mais baixos perante o Deus Larouco, que todas vigiava na sua imponência trovejante. A Serra do Larouco é, além de uma bonita serra, um atestado ao passado galaico que une transmontanos e galegos.
Ao longo do trilho, podem observar-se paisagens de montanha: baldios rochosos e agrestes utilizados normalmente para pastagens do gado, grandes prados naturais de abundante riqueza florística e faunística, uma paisagem humanizada, onde é possível observar os campos agrícolas utilizados pelo Homem, normalmente localizados próximo das aldeias e linhas de água.
DESCRIÇÃO DA TRILHA
Iniciamos o percurso na Aldeia de Gralhas, onde a maioria das suas casas são em granito. Partindo da Rua Pial, onde estacionamos o carro junto ao Café Pial, e depois de percorrer sensivelmente 20m para sudeste, seguimos à esquerda pela Rua Eirão, contornando o casario da aldeia, em direção a norte e à Igreja Matriz Nª Sª da Assunção. Encontramos a igreja aberta e aproveitamos para uma breve visita ao interior. Desconhece-se a data da sua fundação, no entanto sabe-se que é anterior ao século XVI, dado existir na Biblioteca Pública de Braga, uma «Relação de todas as Igrejas do Arcebispado e seus Padroeiros», onde consta, para além de outras 26 igrejas da região de Barroso, esta igreja.
O trilho continua para norte, por uma rua empedrada, atravessa a EM 508-1 (Rua Central) junto a um Cruzeiro e Fonte e segue pela Rua do Padrão em direção à Serra do Larouco. A rua desemboca num amplo caminho florestal de terra o qual vamos seguir mantendo a direção norte, passamos por uma rocha que identificamos como um Miradouro Natural, devido à ocupação estratégica no terreno, permitindo observar as paisagens mais longínquas. Pouco à frente, na bifurcação do caminho, seguimos pela Direita. Agora o desnível começa progressivamente a sentir-se, vamos subindo a encosta da serra, as paisagens são magnificas apesar da neblina encaixada nas zonas mais baixas da serra. Vamos atentos, nas próximas formações rochosas teremos de seguir o caminho da Esquerda que sobe em direção ao alto do Larouco. A partir daqui, é só seguir o caminho florestal aberto na encosta da serra e com algum ziguezague alcançamos, aos 1495 metros de altitude, a estrada alcatroada que sobe da aldeia de Padornelos ao Marco Geodésico do Larouco. São 300 metros de estrada e alcançamos o Marco Geodésico do Larouco aos 1521m. Não é o ponto mais alto da serra, mas sim o que tem mais visibilidade e por isso muito usado como Pista de Parapente.
Depois de uma pausa para o reforça da manhã e recuperadas as energias gastas na longa subida, seguimos para o primeiro objetivo da jornada, o Pico Larouco. Contornamos o Marco Geodésico e pouco depois abandonamos a estrada alcatroada para seguir um caminho mal definido à nossa esquerda em direção à elevação e ponto mais alto da serra, a cerca de 400m para Noroeste. Procuramos o melhor trilho para a subida final e pouco depois alcançamos o cume do Pico Larouco (1536m), um pico bem pronunciado que se nota bem que é a elevação mais alta da serra. Vistas magnificas e amplas para sul e sudoeste e para Este, o marco geodésico. Algumas fotos depois voltamos a descer e já na base do cume seguimos à direita em direção ao vale. Seguimos por um caminho de pé posto que desce a encosta para Sul, em direção ao nosso próximo objetivo, o Gavião com 1375 metros de altitude. Depois de descer cerca de 270 metros voltamos a subir, por uma rampa ingreme que antecede o topo do Gavião. Vencida essa rampa só temos de percorrer alguns metros finais por entre alguma vegetação rasteira até às diversas rochas que marcam o Alto do Gavião (1375m). Também daqui as paisagens são excecionais.
Continuando, recuamos pelo mesmo itinerário da ascensão e regressamos ao amplo caminho principal para, aqui, virar à direita e continuar a descer a serra sem grandes dificuldades, tendo como orientação o Sul. Na bifurcação (km 11,6), para evitar intersetar o caminho quer usamos na subida, viramos à direita continuando por um caminho mal definido que acaba por desaparecer. Seguimos agora, por uma zona de vegetação rasteira, sensivelmente um quilómetro, até intersetar novamente o caminho florestal já numa zona de prados, o qual atravessa, por mais de que uma vez, a Corga do Pojo, que serve de regadio aos campos. O caminho, entre campos abandonados, desemboca na Rua Peixão e leva-nos de volta à Aldeia de Gralhas. Intersetamos a EM 508-1, junto à Cruz/Nicho Santo, e seguindo à esquerda passamos pela Capela de Santa Rufina e pouco depois estávamos junto ao Café Pial, local de início e término deste trilho pela Serra do Larouco, Reserva da Biosfera Gerês-Xurés.
FICHA TÉCNICA
Realização: 15 outubro de 2022
Percurso: Gralhas - Alto do Larouco - Alto do Gavião - Gralhas
Distancia: 16,7kms
Duração: 5h:56min
Tempo em movimento: 3h58min
Tempo parado: 1h58min
Movimento médio: 4,2km/h
Acumulado positivo: 813m
Acumulado negativo: 813m
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A equipa Caminhantes
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TRILHO DO ALTO DO LAROUCO
Percurso circular, com início e fim na Aldeia de Gralhas, com objetivo principal subir às duas elevações da região, o Larouco e o Gavião. Trilho não sinalizado, com a extensão de aproximadamente 16Kms, inserido na Reserva da Biosfera Gerês-Xurés que oferece uma paisagem de excecional beleza, permitindo o contacto com o mundo rural e um vasto património natural e cultural.
A Reserva da Biosfera ocupa a zona central da serra Gerês-Xurés, uma região recortada por diversos rios que com suas águas alimentam outros rios e córregos, formando uma paisagem de excecional beleza com vales profundos que cortam as montanhas. A influência de características climáticas atlânticas, mediterrânicas e continentais na região permite uma diversidade de microclimas responsáveis por uma enorme diversidade de espécies e habitats. O território é abrigo de inúmeras espécies migratórias que encontram nesta diversidade refúgio e segurança. Desde a pré-história o território da Reserva da Biosfera é marcado pela presença humana. Esta relação entre homem e natureza gerou técnicas agrícolas e silvo-pastoris de enorme valor ambiental, num ciclo de uso sustentado dos recursos naturais aliado ao desenvolvimento de atividades humanas.
O Larouco é uma serra que faz parte do complexo montanhoso da Peneda-Gerês e é a terceira maior elevação de Portugal, atingindo os 1538 metros de altitude e 423 metros de proeminência topográfica. O seu nome deriva do nome do Deus Celta Larauco, o qual deu também nome ao Larouco. Quando subimos ao alto da serra e contemplamos as paisagens correspondentes às terras Barrosãs, ao Gerês, Peneda, Ourigo, Soajo e Cabreira, todas elas parecem pontos mais baixos perante o Deus Larouco, que todas vigiava na sua imponência trovejante. A Serra do Larouco é, além de uma bonita serra, um atestado ao passado galaico que une transmontanos e galegos.
Ao longo do trilho, podem observar-se paisagens de montanha: baldios rochosos e agrestes utilizados normalmente para pastagens do gado, grandes prados naturais de abundante riqueza florística e faunística, uma paisagem humanizada, onde é possível observar os campos agrícolas utilizados pelo Homem, normalmente localizados próximo das aldeias e linhas de água.
DESCRIÇÃO DA TRILHA
Iniciamos o percurso na Aldeia de Gralhas, onde a maioria das suas casas são em granito. Partindo da Rua Pial, onde estacionamos o carro junto ao Café Pial, e depois de percorrer sensivelmente 20m para sudeste, seguimos à esquerda pela Rua Eirão, contornando o casario da aldeia, em direção a norte e à Igreja Matriz Nª Sª da Assunção. Encontramos a igreja aberta e aproveitamos para uma breve visita ao interior. Desconhece-se a data da sua fundação, no entanto sabe-se que é anterior ao século XVI, dado existir na Biblioteca Pública de Braga, uma «Relação de todas as Igrejas do Arcebispado e seus Padroeiros», onde consta, para além de outras 26 igrejas da região de Barroso, esta igreja.
O trilho continua para norte, por uma rua empedrada, atravessa a EM 508-1 (Rua Central) junto a um Cruzeiro e Fonte e segue pela Rua do Padrão em direção à Serra do Larouco. A rua desemboca num amplo caminho florestal de terra o qual vamos seguir mantendo a direção norte, passamos por uma rocha que identificamos como um Miradouro Natural, devido à ocupação estratégica no terreno, permitindo observar as paisagens mais longínquas. Pouco à frente, na bifurcação do caminho, seguimos pela Direita. Agora o desnível começa progressivamente a sentir-se, vamos subindo a encosta da serra, as paisagens são magnificas apesar da neblina encaixada nas zonas mais baixas da serra. Vamos atentos, nas próximas formações rochosas teremos de seguir o caminho da Esquerda que sobe em direção ao alto do Larouco. A partir daqui, é só seguir o caminho florestal aberto na encosta da serra e com algum ziguezague alcançamos, aos 1495 metros de altitude, a estrada alcatroada que sobe da aldeia de Padornelos ao Marco Geodésico do Larouco. São 300 metros de estrada e alcançamos o Marco Geodésico do Larouco aos 1521m. Não é o ponto mais alto da serra, mas sim o que tem mais visibilidade e por isso muito usado como Pista de Parapente.
Depois de uma pausa para o reforça da manhã e recuperadas as energias gastas na longa subida, seguimos para o primeiro objetivo da jornada, o Pico Larouco. Contornamos o Marco Geodésico e pouco depois abandonamos a estrada alcatroada para seguir um caminho mal definido à nossa esquerda em direção à elevação e ponto mais alto da serra, a cerca de 400m para Noroeste. Procuramos o melhor trilho para a subida final e pouco depois alcançamos o cume do Pico Larouco (1536m), um pico bem pronunciado que se nota bem que é a elevação mais alta da serra. Vistas magnificas e amplas para sul e sudoeste e para Este, o marco geodésico. Algumas fotos depois voltamos a descer e já na base do cume seguimos à direita em direção ao vale. Seguimos por um caminho de pé posto que desce a encosta para Sul, em direção ao nosso próximo objetivo, o Gavião com 1375 metros de altitude. Depois de descer cerca de 270 metros voltamos a subir, por uma rampa ingreme que antecede o topo do Gavião. Vencida essa rampa só temos de percorrer alguns metros finais por entre alguma vegetação rasteira até às diversas rochas que marcam o Alto do Gavião (1375m). Também daqui as paisagens são excecionais.
Continuando, recuamos pelo mesmo itinerário da ascensão e regressamos ao amplo caminho principal para, aqui, virar à direita e continuar a descer a serra sem grandes dificuldades, tendo como orientação o Sul. Na bifurcação (km 11,6), para evitar intersetar o caminho quer usamos na subida, viramos à direita continuando por um caminho mal definido que acaba por desaparecer. Seguimos agora, por uma zona de vegetação rasteira, sensivelmente um quilómetro, até intersetar novamente o caminho florestal já numa zona de prados, o qual atravessa, por mais de que uma vez, a Corga do Pojo, que serve de regadio aos campos. O caminho, entre campos abandonados, desemboca na Rua Peixão e leva-nos de volta à Aldeia de Gralhas. Intersetamos a EM 508-1, junto à Cruz/Nicho Santo, e seguindo à esquerda passamos pela Capela de Santa Rufina e pouco depois estávamos junto ao Café Pial, local de início e término deste trilho pela Serra do Larouco, Reserva da Biosfera Gerês-Xurés.
FICHA TÉCNICA
Realização: 15 outubro de 2022
Percurso: Gralhas - Alto do Larouco - Alto do Gavião - Gralhas
Distancia: 16,7kms
Duração: 5h:56min
Tempo em movimento: 3h58min
Tempo parado: 1h58min
Movimento médio: 4,2km/h
Acumulado positivo: 813m
Acumulado negativo: 813m
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Comments (3)
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Pela descrição da caminhada é uma caminhada 5 estrelas.
Fantástico caminho obrigado.
Bonitas paisagens.