Trilha poética. Jardim botânico.
near Setor de Mansões Dom Bosco, Distrig Kevreadel (Brazil)
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Itinerary description
Exercício de escrita em fluxo após a trilha.
Eu vejo a minha vida na água.
A água, eu sentia falta da água nesse lugar, nessa trilha do jardim botânico. Onde eu reli uma poesia minha que dizia: "Eu vejo a minha vida na água." Talvez pelo fluxo contínuo, a sua busca pela foz, a sua facilidade de se afastar da fonte. A água não anda para trás, ela não tem passado, mesmo que a mesma água desde o princípio do mundo ainda flua hoje. A água não deixa rastro, isso também me diz que ela não tem passado. Não tinha pensado na água como o tempo presente vivo.
A água não carregamos para casa depois das trilhas. As pedras levamos, enfeitamos nossas estantes; a água, enfeitamos nossos instantes. O quanto a água em nós saúda a água na natureza? Eu temo a vida, também temo os fluxos de água. Sinto neles um espírito traiçoeiro e sedutor. Eu não confio em rios, lagos, córregos e mar. Eles me lembram que a morte anda de mãos dadas com a vida. E ela não é feia.
Pequenas nascentes eu vi hoje, pequenos fluxos de água. Mas não posso me enganar, o tamanho não atrapalha a metáfora. O que seria da minha vida sem as metáforas, o que seria da água sem as metáforas. Talvez não viveríamos muito tempo sem água, assim como sem metáforas. As metáforas e a água matam minha sede.
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Eu vejo a minha vida na água.
A água, eu sentia falta da água nesse lugar, nessa trilha do jardim botânico. Onde eu reli uma poesia minha que dizia: "Eu vejo a minha vida na água." Talvez pelo fluxo contínuo, a sua busca pela foz, a sua facilidade de se afastar da fonte. A água não anda para trás, ela não tem passado, mesmo que a mesma água desde o princípio do mundo ainda flua hoje. A água não deixa rastro, isso também me diz que ela não tem passado. Não tinha pensado na água como o tempo presente vivo.
A água não carregamos para casa depois das trilhas. As pedras levamos, enfeitamos nossas estantes; a água, enfeitamos nossos instantes. O quanto a água em nós saúda a água na natureza? Eu temo a vida, também temo os fluxos de água. Sinto neles um espírito traiçoeiro e sedutor. Eu não confio em rios, lagos, córregos e mar. Eles me lembram que a morte anda de mãos dadas com a vida. E ela não é feia.
Pequenas nascentes eu vi hoje, pequenos fluxos de água. Mas não posso me enganar, o tamanho não atrapalha a metáfora. O que seria da minha vida sem as metáforas, o que seria da água sem as metáforas. Talvez não viveríamos muito tempo sem água, assim como sem metáforas. As metáforas e a água matam minha sede.
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