Trilha de ascensão à Pedra Queimada
near Alexandra, Paraná (Brazil)
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Trail photos
Itinerary description
PEDRA QUEIMADA
Trata-se de uma montanha no setor norte da Serra da Prata, inserida na área do Parque Nacional Saint-Hilaire/Lange com uma bela face norte rochosa voltada praticamente de frente para a BR-277, na região de Alexandra - Bairro de Paranaguá, da qual é possível avistar amplo visual do fundo da Baía de Paranaguá e da Baía de Antonina.
O cume desta montanha, também conhecida como "Pedrinha" ou Morro do Inglês, segundo noticiam os moradores locais já era ascendido desde os idos dos anos 1950, sem notícia exata de quem teriam sido os precursores. A trilha atual, da qual deriva esta tracklog, segundo relato da Dona Inês, moradora da base, foi aberta por seu pai, em meados dos anos 1960. Na sua face norte rochosa se tem notícias de vias de escalada abertas nos anos 2000, sem muitas repetições.
A caixa de cume foi instalada em set/2019 pelo CPM, como parte do Projeto "Memórias de Cume".
CARACTERÍSTICAS DO TRAJETO:
O acesso a esta montanha (retratado nesta Tracklog) é feito pela estrada do Morro Inglês, altura do Km 12 da BR-277 (ver placas a partir da BR, sentido Paranaguá, logo após o posto de Polícia Rodoviária de Alexandra), até a entrada do Sítio da D. Inês, ponto de estacionamento (cobrado) e de partida para as ascensões às montanhas desse setor na Serra da Prata. Há também a possibilidade de fazer acesso pelo Sítio do Sr. Celso, pouco adiante na mesma estrada, cujo acesso à Pedra Queimada segue por variante de trilha que se encontra com a aqui retratada.
A trilha que aqui retratamos se inicia praticamente ao lado da casa da D. Inês, num bananal e é bem óbvia. Vai adentrando a vegetação que vai ficando mais densa à medida que se sobe. Atenção a alguns "perdidos" e bifurcações pelo caminho. Para quem não está acostumado a seguir trilhas mais fechadas pode ser complicado se orientar sem uso de GPS. Não arisque a sorte. Se não conhece a região, não se aventure sem companhia de quem conheça a área.
Além de alguma dificuldade de orientação em meio à Mata Atlântica, a trilha apresenta algumas subidas mais íngremes e lisas, com transposição de alguns barrancos, mas não apresenta dificuldades técnicas além da vegetação mais fechada, que além da atenção à orientação sempre exige atenção com insetos e animais peçonhentos, frequentes na área.
A caminhada evolui em subida constante, alternando passagens de rios e pequenas descidas de taludes, ficando mais íngreme até pouco antes do cume, onde existem blocos de rochas superpostos. Há abundância de água (boa para consumo) na maior parte da trilha. Devido à presença de animais na região recomenda-se o tratamento e/ou filtragem da água coletada antes do consumo.
DIFICULDADE:
A trilha é de exigência física mediana, com distância de 9 Km (totais - ida e volta) e ganho altimétrico total em torno de 780m.
A orientação não oferece grande dificuldades para pessoas mais acostumadas a trilhas com vegetação fechada, mas pode trazer alguns problemas nos trechos em que existem bifurcações, então atenção será fundamental. Recomenda-se uso de GPS com proficiência no seu uso, ou utilização de carta e bússola - também com proficiência no seu emprego em regiões de Mata Atlântica.
No acesso final ao topo, há uma rampa íngreme de rocha equipada com corda de cerca de 9m de comprimento para ajudar a vencer o trecho em aderência, única porção da trilha que exige técnica especial para ser vencida com ajuda da força dos braços. Como este percurso não apresenta outras dificuldades técnicas, além dessa 'escaladinha' final, tampouco equipamentos adicionais, a graduação de dificuldade da trilha - calculada segundo classificação baseada no padrão MIDE tropicalizado resulta nível moderado.
RECOMENDAÇÕES GERAIS
Como todo percurso em ambiente natural e selvagem ou semi-selvagem, há riscos que devem ser conhecidos e avaliados pelo caminhante - que deve ser capaz (física e tecnicamente) de mitiga-los. Estes riscos incluem: quedas de mesmo nível ou de elevações, ataque de animais peçonhentos (cobras) ou insetos nocivos (aranhas, carrapatos, abelhas, vespas, formigas, etc), vegetação fechada com possibilidade de contato com espinhos e folhas duras e serrilhadas (irritantes e/ou alergênicas). A combinação destes riscos, variáveis em diferentes épocas do ano, pode resultar em sérias injúrias físicas, incapacitação parcial ou total, temporária ou permanente e até mesmo a morte.
- Recomenda-se SEMPRE o uso de calçado fechado, adequado para trilhas em terrenos acidentados: no caso bota de trekking com bom suporte ao tornozelo e calcanhar. Recomenda-se também SEMPRE portar equipamentos básicos para qualquer caminhada na natureza, como lanterna de cabeça com pilhas sobressalentes (independentemente do horário de retorno planejado), proteção contra chuva e frio – como um poncho ou anoraque e um cobertor aluminizado de emergência, além de comida e água suficientes para se manter num dia de jornada. Recomenda-se portar um apito de emergência e um telefone celular, que deve ter sua carga de bateria preservada para eventuais chamadas de urgência em caso de necessidade.
Ao trilhar pela região você também se torna responsável por ela. Lembre-se:
- Você é o principal responsável por sua saúde e segurança. Procure antecipadamente conhecer os riscos e perigos presentes na região da atividade. Durante sua progressão, mantenha-se atento onde pisa, onde senta e onde se segura. Cobras, aranhas, abelhas e outros insetos potencialmente perigosos são encontrados na área com alguma facilidade e constituem riscos reais em qualquer área natural, especialmente nas estações de primavera e verão.
- TRAGA TODO o seu lixo de volta consigo. Se você foi capaz de levar uma embalagem cheia, não vai cair teu braço de trazê-la de volta vazia e dispensá-la corretamente na coleta urbana de lixo. Isso inclui todo o microlixo e principalmente suas bitucas de cigarro (se você tem o hábito de fumar). A dica nesses casos é usar uma latinha metálica (dessas pastilhas de hortelã tipo Mentos/Kiss) com um pedaço de algodão embebido em água dentro, que se torna ideal como cinzeiro portátil, e para carregar suas bitucas no retorno à civilização com você!
- NÃO DESMATE e NÃO ARRANQUE plantas tais como árvores, flores e cipós. Também não risque ou marque os caules de árvores, tampouco faça marcas ou pichações em rochas ou quaisquer superfícies, como em mourões de cercas e outras estruturas que possa encontrar pelo caminho.
- NÃO FAÇA FOGUEIRAS - toda a área é coberta por legislação de proteção ambiental e fica sensível a incêndios, especialmente no inverno, quando tudo fica muito mais seco. EVITE ao máximo FUMAR na área e, se o fizer já sabe: não descarte suas bitucas no chão - apague-as com água e traga junto com todo o seu lixo;
- FAÇA SILÊNCIO e desfrute da natureza como ela é, inclusive seus sons característicos – que não incluem qualquer estilo musical (por mais que você goste) e tampouco as incríveis vocalizações de bípedes como nós;
- Necessidades fisiológicas devem ser feitas longe de cursos d'água (pelo menos a 50m de distância). Dejetos sólidos devem ser enterrados longe da trilha e o papel higiênico trazido de volta com seu lixo, ou ainda, preferencialmente, trazidos de volta consigo em um ShitTube, para posterior descarte.
Agindo desta forma você não se coloca em risco e nem a outras pessoas, como seus próprios companheiros de caminhada ou ainda terceiros que poderiam ser acionados para um resgate, além de contribuir para a preservação do local e da região como um todo, mantendo-os belos e interessantes aos que por ali irão passar depois de você. RESPEITE!
"A natureza também pertence aos que ainda estão por vir"
Boas trilhas!
Trata-se de uma montanha no setor norte da Serra da Prata, inserida na área do Parque Nacional Saint-Hilaire/Lange com uma bela face norte rochosa voltada praticamente de frente para a BR-277, na região de Alexandra - Bairro de Paranaguá, da qual é possível avistar amplo visual do fundo da Baía de Paranaguá e da Baía de Antonina.
O cume desta montanha, também conhecida como "Pedrinha" ou Morro do Inglês, segundo noticiam os moradores locais já era ascendido desde os idos dos anos 1950, sem notícia exata de quem teriam sido os precursores. A trilha atual, da qual deriva esta tracklog, segundo relato da Dona Inês, moradora da base, foi aberta por seu pai, em meados dos anos 1960. Na sua face norte rochosa se tem notícias de vias de escalada abertas nos anos 2000, sem muitas repetições.
A caixa de cume foi instalada em set/2019 pelo CPM, como parte do Projeto "Memórias de Cume".
CARACTERÍSTICAS DO TRAJETO:
O acesso a esta montanha (retratado nesta Tracklog) é feito pela estrada do Morro Inglês, altura do Km 12 da BR-277 (ver placas a partir da BR, sentido Paranaguá, logo após o posto de Polícia Rodoviária de Alexandra), até a entrada do Sítio da D. Inês, ponto de estacionamento (cobrado) e de partida para as ascensões às montanhas desse setor na Serra da Prata. Há também a possibilidade de fazer acesso pelo Sítio do Sr. Celso, pouco adiante na mesma estrada, cujo acesso à Pedra Queimada segue por variante de trilha que se encontra com a aqui retratada.
A trilha que aqui retratamos se inicia praticamente ao lado da casa da D. Inês, num bananal e é bem óbvia. Vai adentrando a vegetação que vai ficando mais densa à medida que se sobe. Atenção a alguns "perdidos" e bifurcações pelo caminho. Para quem não está acostumado a seguir trilhas mais fechadas pode ser complicado se orientar sem uso de GPS. Não arisque a sorte. Se não conhece a região, não se aventure sem companhia de quem conheça a área.
Além de alguma dificuldade de orientação em meio à Mata Atlântica, a trilha apresenta algumas subidas mais íngremes e lisas, com transposição de alguns barrancos, mas não apresenta dificuldades técnicas além da vegetação mais fechada, que além da atenção à orientação sempre exige atenção com insetos e animais peçonhentos, frequentes na área.
A caminhada evolui em subida constante, alternando passagens de rios e pequenas descidas de taludes, ficando mais íngreme até pouco antes do cume, onde existem blocos de rochas superpostos. Há abundância de água (boa para consumo) na maior parte da trilha. Devido à presença de animais na região recomenda-se o tratamento e/ou filtragem da água coletada antes do consumo.
DIFICULDADE:
A trilha é de exigência física mediana, com distância de 9 Km (totais - ida e volta) e ganho altimétrico total em torno de 780m.
A orientação não oferece grande dificuldades para pessoas mais acostumadas a trilhas com vegetação fechada, mas pode trazer alguns problemas nos trechos em que existem bifurcações, então atenção será fundamental. Recomenda-se uso de GPS com proficiência no seu uso, ou utilização de carta e bússola - também com proficiência no seu emprego em regiões de Mata Atlântica.
No acesso final ao topo, há uma rampa íngreme de rocha equipada com corda de cerca de 9m de comprimento para ajudar a vencer o trecho em aderência, única porção da trilha que exige técnica especial para ser vencida com ajuda da força dos braços. Como este percurso não apresenta outras dificuldades técnicas, além dessa 'escaladinha' final, tampouco equipamentos adicionais, a graduação de dificuldade da trilha - calculada segundo classificação baseada no padrão MIDE tropicalizado resulta nível moderado.
RECOMENDAÇÕES GERAIS
Como todo percurso em ambiente natural e selvagem ou semi-selvagem, há riscos que devem ser conhecidos e avaliados pelo caminhante - que deve ser capaz (física e tecnicamente) de mitiga-los. Estes riscos incluem: quedas de mesmo nível ou de elevações, ataque de animais peçonhentos (cobras) ou insetos nocivos (aranhas, carrapatos, abelhas, vespas, formigas, etc), vegetação fechada com possibilidade de contato com espinhos e folhas duras e serrilhadas (irritantes e/ou alergênicas). A combinação destes riscos, variáveis em diferentes épocas do ano, pode resultar em sérias injúrias físicas, incapacitação parcial ou total, temporária ou permanente e até mesmo a morte.
- Recomenda-se SEMPRE o uso de calçado fechado, adequado para trilhas em terrenos acidentados: no caso bota de trekking com bom suporte ao tornozelo e calcanhar. Recomenda-se também SEMPRE portar equipamentos básicos para qualquer caminhada na natureza, como lanterna de cabeça com pilhas sobressalentes (independentemente do horário de retorno planejado), proteção contra chuva e frio – como um poncho ou anoraque e um cobertor aluminizado de emergência, além de comida e água suficientes para se manter num dia de jornada. Recomenda-se portar um apito de emergência e um telefone celular, que deve ter sua carga de bateria preservada para eventuais chamadas de urgência em caso de necessidade.
Ao trilhar pela região você também se torna responsável por ela. Lembre-se:
- Você é o principal responsável por sua saúde e segurança. Procure antecipadamente conhecer os riscos e perigos presentes na região da atividade. Durante sua progressão, mantenha-se atento onde pisa, onde senta e onde se segura. Cobras, aranhas, abelhas e outros insetos potencialmente perigosos são encontrados na área com alguma facilidade e constituem riscos reais em qualquer área natural, especialmente nas estações de primavera e verão.
- TRAGA TODO o seu lixo de volta consigo. Se você foi capaz de levar uma embalagem cheia, não vai cair teu braço de trazê-la de volta vazia e dispensá-la corretamente na coleta urbana de lixo. Isso inclui todo o microlixo e principalmente suas bitucas de cigarro (se você tem o hábito de fumar). A dica nesses casos é usar uma latinha metálica (dessas pastilhas de hortelã tipo Mentos/Kiss) com um pedaço de algodão embebido em água dentro, que se torna ideal como cinzeiro portátil, e para carregar suas bitucas no retorno à civilização com você!
- NÃO DESMATE e NÃO ARRANQUE plantas tais como árvores, flores e cipós. Também não risque ou marque os caules de árvores, tampouco faça marcas ou pichações em rochas ou quaisquer superfícies, como em mourões de cercas e outras estruturas que possa encontrar pelo caminho.
- NÃO FAÇA FOGUEIRAS - toda a área é coberta por legislação de proteção ambiental e fica sensível a incêndios, especialmente no inverno, quando tudo fica muito mais seco. EVITE ao máximo FUMAR na área e, se o fizer já sabe: não descarte suas bitucas no chão - apague-as com água e traga junto com todo o seu lixo;
- FAÇA SILÊNCIO e desfrute da natureza como ela é, inclusive seus sons característicos – que não incluem qualquer estilo musical (por mais que você goste) e tampouco as incríveis vocalizações de bípedes como nós;
- Necessidades fisiológicas devem ser feitas longe de cursos d'água (pelo menos a 50m de distância). Dejetos sólidos devem ser enterrados longe da trilha e o papel higiênico trazido de volta com seu lixo, ou ainda, preferencialmente, trazidos de volta consigo em um ShitTube, para posterior descarte.
Agindo desta forma você não se coloca em risco e nem a outras pessoas, como seus próprios companheiros de caminhada ou ainda terceiros que poderiam ser acionados para um resgate, além de contribuir para a preservação do local e da região como um todo, mantendo-os belos e interessantes aos que por ali irão passar depois de você. RESPEITE!
"A natureza também pertence aos que ainda estão por vir"
Boas trilhas!
Waypoints
Intersection
957 ft
Interseção de trilhas
Bifurcação, entroncamento das trilhas das duas bases distintas - D. Inês e Celso
Fountain
1,898 ft
AGUA
Água corrente para consumo (tratar)
Fountain
2,016 ft
AGUA
Água corrente para consumo (tratar)
Risk
547 ft
Bifurcação
Bifurcação de atalho, perdidos, atente-se ao rumo
Comments (7)
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Belo descritivo da trilha, dá até vontade de ir conhecer depois dessa introdução! Parabéns!
Olhando nos mapas, parece que há uma crista que deve permitir ligação entre a Pedra Queimada e o Morro Grande, e até aquele cume de 850m mais ao sul. Já andaste por ali?
A Serra da Prata sempre me chamou muito a atenção, mas nunca tive chance de andar por este trecho mais ao norte.
Salve Ghionzi! Agradecido pelos comentários. Respondendo à sua pergunta, desde o cume d Pedra Queimada há sim uma linha de crista ligando-a com o Morro Grande e prosseguindo rumo sul. Certa vez fui até o Morro Grande, mas não cheguei a avançar no rumo sul, coisa que ainda está nos planos fazer hora dessas.
Esse não é o morro que chamam de "morro inglês"?
Salve Beto!
Sim, já ouvi pessoas da região se referirem a esta montanha como sendo Morro Inglês, mas me parece que este seria o Morro Grande. Se pensar bem, geograficamente falando, a Pedra Queimada é um subcume do Morro Grande, devido à baixa diferença de altitude entre ambos.
Obrigado gvogetta!