Trilha da Mamona (Marumbi)
near Porto de Cima, Paraná (Brazil)
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Trail photos
Itinerary description
Antiga trilha de ligação entre a Estação Marumbi e a vila de Porto de Cima em Morretes (PR), passando pela Estação Ferroviária Porto de Cima (hoje desativada e lamentavelmente abandonada).
Era usada no passado pelos moradores das vilas e pelos funcionários da RFFSA e seus familiares como alternativa rápida ao trem, já que o trajeto é relativamente curto entre os seus extremos.
Alterna trechos de caminhada entre estrada de chão batido, trilhos de trem e trilhas na mata atlântica (que cortam alguns trechos de trilhos, especialmente em curvas).
DETALHES DE ACESSO, CARACTERÍSTICAS E DIFICULDADE
O acesso à Trilha da Mamona pode se dar por qualquer de seus extremos, partindo da Estação ou Vila do Marumbi (acessível via trilha a partir da Estação Eng. Lange, via estrada das prainhas ou Caminho do Itupava) ou partindo da Vila de Porto de Cima, da rua onde se situa a Pousada Dona Siroba, que logo adiante se transforma em estrada rural que sobe até próximo da Estação Ferroviária Porto de Cima (antiga estrada da Estação Porto de Cima). Na porção final desta estrada há duas variantes. Uma corta caminho por dentro da mata, perto de um bambuzal, seguindo direto até as proximidades da antiga EF Porto de Cima. A outra variante segue a estrada até o fim, perto dos trilhos, passando ao lado de uma grande clareira à esquerda. Chegando nos trilhos, caminha-se para a direita por eles e logo se avista a EF Porto de Cima.
Dali a caminhada prossegue alternando trechos pelos trilhos e ora pela mata, conforme indicado na tracklog. Nas saídas dos trilhos, onde se adentra na mata, nem sempre há indicações claras da continuidade da trilha, não havendo fitas ou marcações indicativas, por isso deve-se prestar bastante atenção aos indícios na vegetação e no próprio GPS para encontrar a trilha, o que pode ser relativamente dificultado pelo crescimento da vegetação (influenciado pelo número de pessoas que passam pela trilha, ou sua ausência). Essas características são os principais fatores de dificuldade para quem não está acostumado a seguir trilhas na mata.
Algum cuidado extra e atenção devem ser dispensados nos trechos de transição do percurso, entre trilhos e mata e vice versa, pois as entradas de trilha se fecham com a vegetação e podem oferecer dificuldade para encontrar a continuidade do caminho.
Deve-se também manter atenção redobrada na passagem pelos túneis (2) ao longo da caminhada pelos trilhos, pois pode-se dar de cara com o trem. Ficar atento ao ruído da composição, que pode enganar um pouco, parecendo próximo, mesmo quando não está, pois o trecho da ferrovia ali faz muitas curvas próximas. Manter a calma e não se desesperar se o trem entrar no túnel, pois há espaços laterais para abrigo caso isso aconteça. Recomendo LEVAR LANTERNA DE CABEÇA para uso dentro dos túneis (e de maneira geral, sempre que for trilhar no mato, pois pode ocorrer alguma emergência).
No verão (especialmente) deve-se ter atenção redobrada nos trechos de mata pois é muito comum a presença de cobras. Cuidar onde se pisa, onde se segura e onde se senta.
Há um bom ponto de água ao lado do túnel 3 (lado oeste), mais ou menos na metade do percurso aqui descrito. Ao lado dos túneis 1 e 3 (atravessados neste percurso) pode-se encontrar os túneis antigos, abandonados, da época em que a ferrovia foi "reformada" para possibilitar a passagem de trens maiores.
Estre trecho pode ser transformado uma travessia, em forma de circuito, saindo de Porto de Cima (vila) e retornando à mesma localidade via Prainhas, pela estrada ou pela Trilha dos Guardas (se desejar uma opção um pouco mais radical) ou então indo e voltando pelo mesmo caminho (tanto via Estrada da EF Porto de Cima quanto pela Estrada das Prainhas - esta última menos usual para iniciar este percurso). Assim, a atividade toma um dia inteiro de caminhada.
Considerando-se estes fatores entendo que para este percurso o nível de caminhada é MODERADO, tendendo a fácil em condições normais de temperatura e umidade, bem como com a trilha batida e se percorrida por pessoas com preparo físico mediano.
OBS.: Por um equívoco meu esta track acabou ficando sem os waypoints dos 2 túneis que se cruzam nos trechos de ferrovia.
MÍNIMO IMPACTO
Ao trilhar pela região você também torna-se responsável por ela. Lembre-se:
- Você é o principal responsável por sua saúde e segurança. Preste atenção onde pisa, onde senta e onde se segura. Cobras, aranhas, taturanas, vespas e outros insetos potencialmente perigosos são encontrados com frequência na área e constituem riscos reais em qualquer área selvagem;
- Traga TODO o seu lixo de volta consigo;
- NÃO FAÇA FOGUEIRAS - a área é sensível a incêndios florestais, especialmente no inverno. Além disso trata-se de área de Parque Estadual. Evite também fumar na área e, se o fizer, não descarte suas bitucas no caminho - apague-as com água e traga junto com o seu lixo;
- Necessidades fisiológicas devem ser feitas longe de cursos d'água (pelo menos a 50m de distância). Dejetos sólidos devem ser enterrados e o papel higiênico trazido de volta com você. A água dos riachos ao longo da estrada da EF Porto de Cima abastece casas da comunidade, respeite e preserve, não a use para se lavar...
- Também evite se lavar na água dos rios se estiver usando protetor solar, pois os resíduos deste produto são muito poluentes, contaminando a água que outros caminhantes poderão beber.
Agindo desta forma você contribui para a preservação do local, mantendo-o interessante aos que por ali passarão depois de você.
Boa trilha!
Waypoints
Saida da Estrada
Saída da Estrada, variante pela direita, saindo diretamente nos trilhos da Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba, bem próximo da antiga Estação Porto de Cima (hoje abandonada)
Dona Siroba
Pousada Dona Siroba É a principal referência pois na Rua Lateral inicia-se a estrada que leva até a via férrea próxima à EF Porto de Cima
Rio
Pequeno curso d'água encontrado pouco tempo antes de se atingir dos trilhos de trem.
Clareira
Clareira, à esquerda da estrada, sentido de subida para a EF Porto de Cima. Fica na variante da trilha que segue pela estrada, que no final se torna apenas uma trilha larga. Pouco antes dos trilhos da estrada de ferro.
EF PCima
Ruínas da Estação Porto de Cima, atualmente abandonada e em lamentável estado de deterioração.
Comments (34)
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Valeu guri. Vou dar umas pernadas por estas bandas.
Abraço.
Jurandir
não conhecia esta, boa dica para se chegar ao MB apé. Pode-se deixar o carro perto da EF Porto de Cima ?
Não Gabriel, é possível deixar o carro na estrada, cerca de 1 Km antes, mas com risco pois a estrada é estreita e utilizada por moradores locais. Ou então pode-se deixar o carro em Porto de Cima, nas imediações da praça. Abs!
Obrigado!
Tranquila e bem interessante. ela segue o trilho do trem até a estação que não estava em funcionamento quando passei por lá, passa por algumas pontes e por dois túneis, no segundo túnel eu e meu amigo ouvimos o trem chegando, e apesar de o trem não correr muito, a adrenalina na hora foi muito legal, corremos para o canto do túnel e conseguimos sair pouco antes do trem passar. Vimos marcas de pata de onça durante o caminho, mas nunca ouvi falar de ataques na região, então mantivemos a calma.
Muito boa! Recomendo, no meio da trilha tem um momento que dá pra ter uma visão linda da floresta lá em baixo, realmente fantástico!
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Tranquila e bem interessante. ela segue o trilho do trem até a estação que não estava em funcionamento quando passei por lá, passa por algumas pontes e por dois túneis, no segundo túnel eu e meu amigo ouvimos o trem chegando, e apesar de o trem não correr muito, a adrenalina na hora foi muito legal, corremos para o canto do túnel e conseguimos sair pouco antes do trem passar. Vimos marcas de pata de onça durante o caminho, mas nunca ouvi falar de ataques na região, então mantivemos a calma.
Muito boa! Recomendo, no meio da trilha tem um momento que dá pra ter uma visão linda da floresta lá em baixo, realmente fantástico!
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Achei bem tranquila foi minha primeira trilha, a primeira entrada da trilha em mata foi um pouco complicada de encontrar, mas o resto tudo tranquilo
Ótima descrição e capricho!
Parabéns!
Agradeço os comentários! Que bom que tem gente a (re)descobrindo e fazendo.
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Vale a caminhada!!!! ;)
Opção para quem não quer andar por prainhas
Não entendi bem as avaliações acima.. Faltou informação? Acho que não entenderam os critérios de avaliação preconizados pelo Wikiloc. Sugiro lerem as recomendações em cada um dos 3 itens que a compõe. Enfim..
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Opção para quem não quer andar por prainhas, sendo mais uma opção de acesso ao conjunto do Marumbi.
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Muito bom o trajeto, alguns trechos um pouco chatos, por andar em estradinhas de acesso a alguns sítios, parecendo que o pessoal não gosta muito de ver gente andando ali, mas depois que chega-se à ferrovia muda totalmente o astral e respira-se história. Triste ver o estado de abandono geral do patrimônio da antiga RFFSA que se perde no tempo, como a estação Porto de Cima, quase desabando.
Olá! Realmente lamentável o estado de abandono das construções ao longo da ferrovia. Aqui em nosso país é assim. Perde-se a história.
Saindo da Pousada Dona Siroba quanto tempo de caminhada ida e volta?
Olá! O tempo de caminhada vai depender obviamente do ritmo de caminhada e das paradas para contemplação. De modo geral pode-se considerar 5 horas como um bom tempo de ida e volta, num ritmo mediano.
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Perfeita descrição, como todas as outras do Getulio.
Eu fiz essa trilha duas vezes, e ambas no sentido Marumbi / Porto de cima.
Na primeira vez (há um ano atrás), praticamente em frente à antiga estação Porto de Cima (hoje ruínas) eu saí do trilho e entrei na mata novamente. Um pedaço de trilha bem fechado, mas possível de fazer, desembocando mais à frente na estradinha que chega na Dona Siroba. Seria uma forma de "atalho".
Na segunda vez que fiz a Trilha da Mamona, agora em março, procurei de novo essa entrada na frente da estação Porto de Cima, mas não teve jeito de eu achar, nem com a ajuda de uns funcionários da ferrovia que teoricamente conhecem bem a região. Então eu caminhei mais uns 200 metros pelo trilho (no sentido de onde hoje existe um container) e encontrei o início (ou final) da mesma estradinha de terra. Confesso que eu não sabia que ela ia até essa altura, o que acabou sendo um alívio, pois já estava escurecendo, e por mais eu tivesse lanternas, não tinha mais comida.
Salve! Gentileza do Leonardo o comentário.
A track postada data de jan/2015. Estive na região no início deste ano e a variante descrita (atalho) em frente à estação realmente está bem fechada, particularmente o trecho próximo da ferrovia, fazendo com que o caminhante realmente tenha dificuldades para localizar a saída nos trilhos. Assim, o melhor a se fazer é seguir como o Leonardo descreveu. Se vier do Marumbi como o Leonardo (sentido contrário ao da tracklog), passar a Estação Porto de Cima e andar mais uns 200/250m e acessar a estrada da estação pela sua saída principal.
Olá Mestre! Eu de novo.. Rsrs.
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Getúlio, fechamos com esta a nossa viagem de 3 dias pela região do Marumby. Começamos subindo para a estação pela Trilha dos Guardas, depois Olimpo, Rochedinho, Itupava e Invernadinha! Fizemos muita coisa e tudo deu muito certo, grande parte graças às tuas informações e dicas. O B R I G A DO !
Quando passar aqui por Sampa dê um toque para combinarmos algo..
Olá Tannia! Fico feliz com suas observações e que tenham conseguido aproveitar. Abraço!
Muito bom!
Somente uma ressalva.
Pelo que sei a primeira metade deste trajeto que você colocou não se trata da Trilha da Mamona e sim da Estrada Velha de Porto de Cima. A Trilha da Mamona é um tanto mais acima e sai na estação de Engenheiro Lange passando por um túnel abandonado cheio de mato e um trecho de trilhos fora de uso.
Olá Volfi
Então.. Controvertido esse fato que você ressalva, pois não há uma história "oficial" da trilha. Tudo que se sabe é de relatos de antigos moradores e pessoal que trabalhava na Ferrovia. A antiga "trilha da Mamona", que nem era chamada assim no passado, segundo as informações que tenho e considero mais confiáveis, de antigos moradores da região e antigos funcionários da RFFSA, vários deles já falecidos (frequento a região há mais de 30 anos e já ouvi diversas histórias, inclusive conflitantes), remonta à uma época anterior à abertura da "atual" estrada Velha de porto de Cima, mais precisamente ao final do Séc. XIX, época da construção da Ferrovia Paranaguá-Curitiba. Pelo que consta nesses relatos não era "uma só" trilha, mas um conjunto de diversos caminhos que faziam ligação entre as estações e as casas do pessoal da antiga RFFSA que trabalhava e morava ao longo da ferrovia. A própria "trilha dos guardas" (que na verdade eram 3) seriam ramais desse antigo caminho.
Sua característica era cortar caminho entre as estações por "atalhos" na mata, desviando os trechos sinuosos de trilhos e, dada a abundância de árvores de mamona, recebeu mais tarde o nome de "Caminho da Mamona" e, depois, "Trilha da Mamona". Já busquei informações históricas em documentos antigos do Paraná que citam caminhos antigos de Morretes e não encontrei informações sobre este trecho.
Atualmente o caminho/trilha encontra-se bastante descaracterizada no trecho entre Porto de Cima e as estações Marumbi e Engenheiro Lange, especialmente em face da ocupação e povoamento mais recente da região, das cercas e proibições de passagem impostas em sítios que "brotaram" na região. O acesso inicial, pela estrada, demarcado nesta tracklog, hoje é o mais viável e aberto, sem criar complicações com moradores dessas propriedades. Conheço outras duas variantes, mais ao norte, como cita você, que muito provavelmente compunham essa rede de trilhas, mas como passam dentro de áreas particulares, e encontram-se bem fechados, não são adequados ao compartilhamento aqui pelo Wikiloc.
Obrigado Getulio pelas valiosas informações. Temos passado pelas cercas de algumas trilhas, mas é sempre temeroso fazer isso realmente, ainda mais pelo risco de se perder a trilha como você menciona pois estão mesmo bem fechadas.
Valeu e boas andanças.
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A trilha é bem longa, apesar de ser somente caminhada, nos perdemos umas horas kk no final deu tudo certo porém foi bem cansativa.
Olá Franciele!
Realmente é uma trilha longa, especialmente para quem não está muito acostumado. Se contar ida e volta passa de 13 Km, o que não é tão fácil fisicamente, se contar que acumula um desnível de subida de mais de 490m.
O ideal é percorrer este tipo de trajeto bem leve, em passo de ritmo moderado e ir dosando o passeio, que também exige atenção especialmente nos pontos de saída dos trilhos, eis que a vegetação se fecha por vezes nestes pontos, escondendo os pontos em que se deve entrar na mata, que não estão sinalizados.
Percorri no último final de semana novamente a trilha (e algumas variantes que não constam nesta tracklog) e é lamentável perceber como tem gente porca neste mundo. Pessoal tem dinheiro prá comprar celular de ponta, GPS caro, carro do ano, come pistache na trilha e etc mas não tem educação mínima de levar o próprio lixo embora consigo.
Recolhemos duas sacolas de mercado cheias de lixo, com plásticos diversos, canudos, latinhas, bitucas de cigarro e garrafas deixadas por algum grupo de imbecis que percorreu a mamona. Triste!
Lamentável Brenno, mas é verdade. Sempre que passamos por ali, como em outras trilhas da região (Itupava, Guardas, próprias trilhas branca e vermelha do Marumbi) fazemos uma limpeza também, e sempre tem lixo, sinal de que boa parte dos frequentadores não zela pelo ambiente em que pisa.
Na sua opinião seria possível percorrer essa trilha de bike?
Olá Alisson!
Na minha opinião é até possível percorrer o trecho inicial dela de bike, até a estação ferroviária abandonada, de Porto de Cima (estrada e trilhos). Depois, há trechos de mata com piso de serrapilheira, que a meu ver não deve ser percorrido de bike para não erodi-lo. E a pé aproveitará melhor o ambiente para observação de pássaros e animais.
Obrigado pela atenção.
Olá ! Sabe me informar quanto tempo leva até o primeiro cruzamento para entrar na primeira trilha saindo da trilha da mamona ?
Olá Ronan! Não entendi bem o seu questionamento (de onde até onde?). Mas adianto que falar sobre "tempo" de percursos a pé é sempre estimativo e impreciso pois dependerá do ritmo de caminhada entre outros fatores. Se você baixar o arquivo da tracklog e abrir o percurso em algum software de edição (como BaseCamp ou TrackMaker), conseguirá medir distâncias parciais e estimar tempos de percurso entre pontos escolhidos conforme seu ritmo. Abraço!