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Travessia no Vale do Pati: Vale do Capão x Andaraí (Chapada Diamantina)

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Author

Trail stats

Distance
45.17 mi
Elevation gain
9,803 ft
Technical difficulty
Difficult
Elevation loss
11,562 ft
Max elevation
4,698 ft
TrailRank 
75
Min elevation
1,326 ft
Trail type
One Way
Time
4 days 7 hours 13 minutes
Coordinates
11757
Uploaded
January 23, 2023
Recorded
November 2022

near Caeté Açu, Bahia (Brazil)

Viewed 1963 times, downloaded 76 times

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Itinerary description

ATENÇÃO Leia as observações no final

Travessia em 5 dias, entre o Vale do Capão e Andaraí, conhecendo quase todos os atrativos do Vale do Pati. Primeiro registro no wikiloc (apenas no wikiloc, pois outras pessoas podem ter feito) dessa travessia que segue direto para o Cachoeirão por baixo pela trilha da fenda do Cachoeirão. Na época em que procurei no wikiloc, a maioria das trilhas registradas que saiam do Capão, acessavam o Cachoeirão por baixo voltando pelo Pati de baixo.

Esse roteiro contempla quase todos os atrativos do Pati. Entretanto, por um problema alheio, as Cachoeiras do Pati de baixo, sendo elas as Cachoeiras do Lajeado, Funis e das Bananeiras não foram incluídas. Com mais um dia no roteiro elas poderiam ser visitadas sem aumentar muito a distância da travessia. Relato com logística e detalhes da trilha abaixo.

Você está na trilha completa. Esse percurso contém as atrações, os pontos de pernoites, pontos de água e bifurcações.

INFORMAÇÕES

Tipo: Trekking autônomo e autossuficiente com planejamento do percurso e navegação realizados por conta própria;
Local: Vale do Pati no Parque Nacional da Chapada Diamantina
Guia: Opcional;
Distância total: 72 Km;
Ganho de elevação: 3000 m;
Dias: 5 dias sendo uma pernoite em acampamento selvagem;
Melhor época: Com boas brechas no tempo é possível fazer em qualquer período do ano. Entretanto, atente para os níveis dos rios durante as fortes chuvas do verão entre dezembro à março.
Data: 7 a 11 de novembro de 2022
Horário de início: 8h da manhã do Bomba (idealmente começar às 7h);

COMO CHEGAR

A cidade de Palmeiras/BA é o local mais próximo para chegar até a cabeça da trilha que fica no Bomba, um povoado de Palmeiras situado depois do Vale do Capão, adentrando mais o vale ao sul. Para chegar lá, estando em Palmeiras, você deverá ir primeiro até o Vale do Capão .

Palmeiras está a 445 km de Salvador e a 52 km do aeroporto de Tanquinho, em Lençóis. Se estiver a pé, na rodoviária de Salvador existe a linha Salvador x Seabra da empresa Rápido Federal que possui diversos horários até Palmeiras. Para ir ao Vale do Capão você poderá usar táxi ou van. A van custa R$ 20 reais e sai todos os dias da rodoviária às 6h da manhã assim que o ônibus de Salvador chega e também às 11h de segunda a sexta.

O táxi de Palmeiras até o Capão custa R$ 150. Já do Vale do Capão até a cabeça da trilha custa mais R$ 100. Estando no Capão existe também a opção de usar mototáxis, facilmente encontrado no centro da vila.

Saindo da cidade, normalmente, você levará em torno de 3h a 4h para chegar até o início da trilha. Como o primeiro dia é mais extenso (22 km), preferimos ficar numa pousada no Vale do Capão, para começar cedinho no outro dia. Nesse dia, recomendo começar antes das 8h para aproveitar mais os atrativos e não chegar anoitecendo no acampamento da toca do gavião (apenas recomendação). Começamos às 8h e chegamos escurecendo.

Para quem vai de carro, poderá deixá-lo em alguns espaços (observei dois ou três) de parada de carro no Bomba, alguns moradores cobram R$10 por dia. Se estiver a pé, pode fazer o deslocamento desde o Capão andando ou através do mototáxi.

Em Palmeiras fiquei na Pousada Cachoeira da Fumaça e no Vale do Capão na Pousada João de Barro. Contatos no final.

Para mais informações sobre como chegar ao ponto inicial, utilize a ferramenta "Driving directions to start point", disponível no Wikiloc. O acesso é por estrada de terra em condições medianas, mas acessível por qualquer tipo de veículo. Após chuvas na região, a estrada para o Bomba pode ficar precária em alguns pontos, ainda assim o acesso é possível com um veículo de passeio.

A TRAVESSIA

A travessia começa na comunidade do Bomba no Vale do Capão e termina na cidade de Andaraí. Feita em 5 dias de forma autônoma e autossuficiente com pernoites em acampamento na casa dos moradores e uma pernoite em acampamento selvagem. São 70 km passando por quase todos os atrativos do Vale do Pati.

O primeiro dia (DIA 1 - BOMBA À TOCA DO GAVIÃO) começa na comunidade do Bomba e adentra o Vale do Pati pelas Gerais dos Vieira. Após um breve descanso no Rancho, a trilha segue em direção às Gerais do Rio Preto subindo pela Ladeira do Quebra Bunda até chegarmos ao Mirante do Vale do Pati, ponto alto do primeiro dia. A pernoite é em acampamento selvagem na Toca do Gavião.

No segundo dia (DIA 2 - TOCA DO GAVIÃO À CASA DE SEU EDUARDO) tem como atrativo principal o Cachoeirão por cima e por baixo. O percurso passa nos mirantes de cima da cachoeira e em seguida acessa o Cachoeirão por baixo pela fenda do Cachoeirão. O ponto final é na área de acampamento da casa de Seu Eduardo e Domingos.

No terceiro dia (DIA 3 - CASA DE SEU EDUARDO À PREFEITURA) saímos de Seu Eduardo em direção à Pousada de Jailson e Maria (prefeitura). Esse dia é dedicado à visitação do Morro do Castelo e uma volta para pernoitar na prefeitura. Na prefeitura deixamos as mochilas e fomos até o Morro do Castelo de mochila de ataque. No planejamento inicial a ideia nesse dia era acampar mais a frente, na casa de Agnaldo e Miguel, e fazer também as Cachoeiras das Bananeiras e dos Funis. Entretanto, devido a um contratempo, tivemos que acampar na prefeitura e não sobrou tempo suficiente para essa cachoeira.

Durante o quarto dia (DIA 4 - PREFEITURA À CASA DE SEU JÓIA) é feito um bate e volta para a Cachoeira do Calixto saindo da prefeitura. Também usamos as mochilas de ataque. Ao retornarmos da cachoeira, pegamos a mochila e fomos ao ponto de acampamento na casa de Seu Jóia.

No quinto e último dia (DIA 5 - CASA DE SEU JÓIA À ANDARAÍ) o percurso vai até a cidade de Andaraí pela ladeira do império finalizando a travessia dentro da cidade.

DIA 1 - BOMBA À TOCA DO GAVIÃO

Esse é o dia mais longo de todos com 22 km de distância e duas boas subidas. O destino final é o acampamento selvagem na Toca do Gavião, lugar sem estrutura, mas com ponto de água próximo. Começamos às 8h da manhã, mas recomendo sair mais cedo. Nos 2 km finais acabamos pegamos o dia já escurecendo.

O percurso começa no final do Vale do Capão (povoado do Bomba) e continua adentrando o vale em direção ao Pati. Até chegar nas Gerais dos Vieira, a trilha segue por dentro de uma mata bem demarcada e aberta. Algumas travessias do rio Rodas (um dos afluentes do Rio preto) são feitas. Fique atento na primeira bifurcação e pegue à direita em direção ao Poço da Angélica e a Cachoeira da Purificação.

Antes de ir à Cachoeira da Purificação, na segunda bifurcação importante do dia, deixamos as mochilas e seguimos em direção à Cachoeira da Purificação. Nela, pegue à direita e atravesse o rio até a outra margem. A cachoeira possui duas quedas, sendo a segunda queda mais acima do curso do rio.

Depois da cachoeira, voltamos para o local das mochilas e pegamos à esquerda em direção às Gerais dos Vieira. Depois de poucos metros, na Serra da Motinha, surge a primeira subida do dia. À medida que caminhamos a mata vai dando lugar aos campos rupestres. A paisagem vai mudando e a vegetação se tornando cada vez mais rasteira, uma vegetação típica dessa altitude.

Olhando para trás é possível ver o vale afunilando e a paisagem ficando cada vez mais remota. Após 1 km da segunda bifurcação, chega-se num ponto de água da trilha em um dos vários córregos que cortam as Gerais dos Vieira, o primeiro chapadão da travessia. Pegamos um pouco de água e seguimos até o Rancho dos Vaqueiros (Rancho), nossa primeira parada de descanso.

Para chegar até lá, siga pelo chapadão e mais a frente numa mata de galeria pegue à esquerda na terceira bifurcação importante do dia. Nessa parada, é possível tomar um banho reanimador no poço do Córrego dos Cristais e relaxar um pouco antes de retornar à caminhada em direção à Ladeira do Quebra-Bunda.

O Rancho é um casebre rústico feito de madeira, construído por criadores de gado e caçadores, anterior à criação do Parque Nacional da Chapada Diamantina, por volta de 1985. Ele servia de apoio para essas pessoas e quem passava em suas jornadas no manejo com o gado, bem como ponto de apoio e pernoite antes de seguir viagem para o povoado de Guiné em Mucugê.

Após o descanso, volte para a trilha à direita do casebre. Depois da mata, o campo aparece novamente e a trilha segue em direção às Gerais do Rio Preto. Fique atento à bifurcação, à esquerda você vai para o Pati de baixo e em frente você vai para a Ladeira do Quebra-Bunda (utilizada para acessar o Pati de cima).

A Ladeira do Quebra-Bunda é a segunda grande subida do dia. Lá em cima, chega-se às Gerais do Rio Preto, segundo campo rupestre do dia. Formado pelo rio Preto abriga uma grande diversidade de plantas e animais a exemplo da Sempre-viva.

A trilha nas Gerais do Rio Preto segue mais ou menos plana até a próxima parada no Mirante do Pati. Um belo lugar para apreciar todo o Pati de baixo com vistas para o Morro Branco e o Morro do Castelo (atrações do terceiro dia). Chegamos próximo ao pôr do sol e tivemos uma bela vista dos morros.

Depois do mirante, seguimos sempre no chapadão em direção à Toca do Gavião, nosso ponto de pernoite nas barracas. Antes de descer para o acampamento, ainda pegamos um belo pôr do sol até chegar na última bifurcação do dia. Nessa bifurcação pegue a esquerda para descer até a toca. Esse ponto conta com alguns espaços de barraca e ponto de água no riacho do Cachoeirão.

DIA 2 - TOCA DO GAVIÃO À CASA DE SEU EDUARDO

Esse é o dia mais curto de todos com cerca de 10 km. A ideia era sair cedo para pegar o nascer do sol no Cachoeirão (do acampamento para lá são 2 km). Entretanto, o tempo não ajudou e saímos da toca um pouco mais tarde. Levantamos acampamento e deixamos para fazer o café da manhã no Cachoeirão.

A trilha é bem tranquila sendo bastante demarcada e aberta. Com pouco tempo chegamos na parte de cima do Cachoeirão. Por sorte, estava correndo um bom volume de água do riacho Cachoeirão e vimos algumas das várias quedas d’água que se formam. Antes do primeiro mirante há um ponto de água no riacho.

Há dois mirantes no Cachoeirão: o primeiro fica à direita do vale e um outro que fica no meio, sendo esse último conhecido como mirante do cavalinho, por ter uma rocha suspensa em formato pontiagudo. No primeiro mirante, bem embaixo dele, existem várias quedas d’água que dependendo da direção, o vento chega a levantar a água e formar uma pequena garoa. Tomamos café e nos dirigimos para o segundo mirante.

Após visitar o segundo mirante, seguimos para a fenda do Cachoeirão, uma trilha utilizada para acessar a parte de baixo da cachoeira. Até o ponto de descida, a navegação passa por muitas partes em rocha, fique atento às partes desgastadas para auxiliar na navegação.

Nessa parte da fenda, para não pegar o caminho errado, você deve ficar atento a dois pontos: o primeiro deles é à pequena gruta que existe depois da escada e depois à segunda bifurcação do dia.

Ao chegar na gruta, não siga por baixo dela. A trilha continua em frente (à direita da gruta). Ela é um ponto importante, pois o chão está bastante batido e dá a entender que a trilha passa por debaixo. Logo depois, quando chegar na segunda bifurcação, a trilha segue em frente para pegar a descida da fenda (à esquerda vai para a prefeitura). Há uma boa oferta de água até o final da descida.

Um pouco depois começa a descida propriamente dita da fenda. Ela se aproxima da encosta e passa a ficar num corte estreito da serra, entre a parede e o precipício. Algumas áreas são bem expostas, caso queira, utilize o cabo de aço para ter mais segurança. Um ponto de risco, é no local que passa um riacho. Mais uma vez utilize o cabo de aço para ajudar a descer. Quando fomos estava correndo bastante água nesse riacho.

Predominam os declives moderados e acentuados e rapidamente perde-se a altitude, até interceptar na mata a trilha clássica para o Cachoeirão por baixo. No entroncamento com a trilha, deixamos as cargueiras na mata e levamos somente o necessário nas mochilas de ataque.

A parte baixa do Cachoeirão possui dois poços, sendo o principal chamado de “Poço do Coração”. Tivemos dificuldade de encontrar o acesso para este poço, e acabamos ficando no primeiro poço.

O caminho segue sempre pela direita do riacho Cachoeirão (no sentido de quem sobe). São pouco mais de 1km entre o encontramento e o primeiro poço. A trilha para os poços é bastante demarcada, porém bem irregular, com trechos de pula-pedra. No trecho das rochas, o caminho fica demarcado nas pedras, o que ajuda na navegação. Ela segue primeiramente na mata e depois fica aberta desembocando no leito do rio.

Quando sair da mata e chegar nas pedras do rio, na parte exposta ao sol, é preciso seguir à direita das pedras e pula-las até alcançar o primeiro poço, que fica colado com as paredes à direita do cânion. Essa é a terceira e última bifurcação importante do dia.

Para o segundo poço, é preciso voltar ao momento que dá acesso ao primeiro poço e seguir pelo leito de rio à esquerda, onde as pedras são maiores. Após avançar alguns metros pelo leito do rio, fique atento a uma trilha discreta que continua pelo meio da mata, à direita de quem sobe. Pela trilha o acesso ao segundo poço é mais fácil (ou menos difícil). Não fomos no segundo poço pela hora adiantada.

Depois de visitar o primeiro poço, voltamos pelo mesmo trajeto da ida, pegamos as cargueiras na mata e continuamos pela trilha até a casa de Seu Eduardo e Domingos (filho de Seu Eduardo), ponto de apoio mais próximo do Cachoeirão, onde fizemos a pernoite.

NOTE:
No interior do cânion do Cachoeirão a precisão do GPS não é muito boa, o que ocasiona um erro de posicionamento dos dados gravados.

DIA 3 - CASA DE SEU EDUARDO À PREFEITURA

Esse dia tem por volta de 15 km e é dedicado à visitação ao Morro do Castelo. Depois de visitá-lo, volta-se para a prefeitura. O ideal nesse dia era acampar na casa de Agnaldo e Miguel e fazer também a Cachoeira das Bananeiras e dos Funis. Devido a um contratempo, não sobrou tempo suficiente para essas cachoeiras e acampamos na prefeitura.

O dia começa pegando água na casa de seu Eduardo e sai em direção à prefeitura. Após alguns metros na primeira bifurcação, pegue à esquerda para ir até a prefeitura. A trilha segue à esquerda do rio Lapinha, sendo possível avistá-lo algumas vezes. Depois de 4.5 km chega-se ao poço da árvore, um local do rio para tomar banho e refrescar-se. Lá é possível avistar o Morro do Castelo (ou da Lapinha).

Continuando na trilha, logo mais a frente, chega-se à prefeitura. Assim que chegamos, conversamos com seu Jailson e acertamos a dormida. Não estava sendo possível acampar. A hospedagem inclui a pernoite em camas, banho e energia elétrica. Deixamos as mochilas na prefeitura e continuamos o dia com mochilas de ataque.

O Morro do Castelo, chamado pelos nativos de Morro da Lapinha, tem esse nome por se assemelhar a um castelo de praia, ao se olhar pelo lado da prefeitura. A trilha até o início da subida, na casa de Agnaldo e Miguel, tem 2.5 km. É uma caminhada com algumas subidas e descidas por entre o vale do rio Pati (rio Funis).

Ao chegar em Agnaldo, descansamos e continuamos os quase 2 km restantes até o topo do Morro do Castelo. Atravessamos mais uma vez o rio Pati para continuar a trilha na outra margem. O percurso vai por entre uma mata até sumir no topo.

Na subida há dois pontos de água sendo o primeiro deles uma queda d’água que na época corria água. Um pouco mais acima, à direita da trilha, há dois mirantes para o Pati de baixo. Desse mirante, até a entrada da gruta do Morro do Castelo, são apenas 500 m.

A passagem da gruta chega a ser extensa que não passa luz dentro. Quando for ultrapassar leve lanterna. Dentro dela, a passagem é bem demarcada por um caminho de pedras, e em pouco tempo avistamos duas passagens de luz do outro lado. Ande apenas pela parte demarcada e evite sair delas.

A saída da gruta é feita pela fresta de luz da direita. É necessário escalaminhar, mas as pedras estão bem-dispostas e não apresentam grandes dificuldades. Observe que, dentro da gruta, o sinal do GPS é perdido e logo na saída o sinal é restabelecido, mas não fica tão preciso. No momento da saída da gruta, demarque o local da saída com algum objeto.

Ao retomar o sinal de GPS a precisão não é boa, e é preciso ficar atento às referências no ambiente, para conseguir retornar à gruta na volta pelo local certo. À medida que for caminhando olhe para trás e vá gravando o caminho da volta.

No topo do morro há três mirantes: o primeiro deles é para o lado norte, e o segundo para o lado leste. O terceiro, também chamado de janela de castelo, tem visão mais afunilada do vale do rio Lapinha. Visitamos os dois primeiros. Dos dois mirantes é possível ter uma melhor visão do Pati e ver os dois vales que formam o morro.

O mirante norte dá para ver todo o trajeto dos dias anteriores e tem vista para o Morro Branco, o Pati de cima, o vale do rio Funis, além de um pedaço do vale do rio Lapinha (o vale por trás do morro). Já no mirante leste é possível ver com mais detalhes o vale do rio da Lapinha, sendo possível avistar a Cachoeira e a mata do Calixto.

DIA 4 - PREFEITURA À CASA DE SEU JÓIA

Esse dia é um bate e volta, a partir da prefeitura, para visitar a Cachoeira do Calixto e ir até a casa de Seu Jóia. O total no dia caminhando é de 15 km com pernoite em acampamento. Mais uma vez usamos as mochilas de ataque para ir até a cachoeira.

Até a primeira bifurcação a trilha segue pelo mesmo percurso do dia anterior. Ao chegar na bifurcação, pegue à direita em direção à mata do Calixto. Até chegar na cachoeira o percurso é quase todo dentro da mata. Aproveitamos a Cachoeira do Calixto e voltamos pelo mesmo caminho da ida. Na prefeitura pegamos nossas mochilas e fomos em direção à casa de Seu Jóia.

Até seu Jóia é tranquilo, com trilha bastante aberta e com duas bifurcações pelo caminho. A principal delas é a segunda que existe depois do entroncamento que vai para casa de Seu Eduardo e Domingos. Nela, pegue à direita e siga pela porteira. Observe a placa que indica a casa de seu Jóia.

Chegamos antes do pôr do sol e apreciamos a linda vista dos paredões do cânion formado pelas águas que vem dos rios Funis, Lapinha e do riacho do Cachoeirão. Fomos de cara bem recebidos por Seu Jóia, uma figura gente boa e bastante conhecida no Vale do Pati.

DIA 5 - CASA DE SEU JÓIA À ANDARAÍ

Essa última pernada tem 12 km e termina a travessia na cidade de Andaraí. A trilha começa logo de início na subida da ladeira do Império, depois numa parte plana e por último uma descida até a cidade.

A Ladeira do Império é uma longa subida, calçada de pedras em grande parte do seu percurso. Durante muito tempo, foi utilizada por seus moradores para escoar para Andaraí, no lombo de animais, os alimentos produzidos no vale, como couve, café, bananas, laranja, alface etc.

À medida que se sobe é possível ir avistando os vales ao fundo. Um pouco antes da subida acabar existem dois mirantes: um para o vale do cachoeirão e outro para o Morro do Castelo e seus dois vales. Também é possível encontrar os nativos guiando os burros levando mantimentos para o Vale do Pati.

Caminhar usando 1 litro de água é suficiente. Em cima do chapadão existem três pontos de água sendo um deles uma boa queda d’água para se refrescar. Duas bifurcações já no final

CONTATOS

- Pousadas em Palmeiras e no Vale do Capão
Pousada Cachoeira da Fumaça (Palmeiras): 0 75 9 9105-4560
Pousada João de Barro (Vale do Capão): 0 75 9 9161-6713

- Resgates no Vale do Capão
Denise: 0 75 9 9161-6713
Sérgio: 0 75 9 9123-5978

- Van em Palmeiras
Adriano: 0 75 9 9159-4957

- Casas de apoio:
Seu Eduardo e Domingos: 0 75 98190-7153 (Acampamento R$ 40 reais por pessoa)
Prefeitura (Jailson e Maria): 0 75 99131-9076 (Na época apenas hospedagem)
Agnaldo e Miguel: 0 75 99234-6600 (Acampamento R$ 40 reais por pessoa)
Seu Jóia e Lêu: 0 75 98204-5904 (Acampamento R$ 50 por pessoa)
Dona Linda: 0 75 98109-1234 (Acampamento R$ 40 reais por pessoa)

CUIDADOS e DICAS

- Leve lanterna no terceiro dia quando for visitar o Morro do Castelo;

- Demarque com algum objeto a saída da gruta, para conseguir retornar na volta pelo local certo. Durante a volta, a gruta parece que possui outras “entradas” por entre as rochas;

- Recomendado ir com guia para visitar os mirantes. Pode ser difícil encontrá-los dependendo do seu grau de experiência;

- Na visita aos mirantes, à medida que for caminhando, vá olhando para trás e gravando o caminho da volta;

- Sinal de GPS é perdido dentro da gruta e restabelecido ao final com pouca qualidade;

OBSERVAÇÕES

- LEVE SEU LIXO DE VOLTA e NÃO FAÇA FOGUEIRAS;

- Lembre-se, você é inteiramente responsável ao decidir e realizar a trilha. Use por sua conta em risco. As informações presentes aqui visam apenas serem informativas e auxiliares;

- Faça suas necessidades fisiológicas distante pelo menos 90 m dos cursos de água;

- É uma trilha de longa distância que passa por locais remotos, sem sinal de celular, onde qualquer tipo de resgate é complexo e demorado; esteja preparado;

- Sempre feche os colchetes, as porteiras/tronqueiras e evite danificá-los;

- A progressão da trilha depende do terreno, estado da trilha, da sua condição física, da navegação, etc. Se conheça primeiramente para poder chegar com segurança antes do final do dia no acampamento da casa dos moradores.

- Apesar da grande presença de mata em alguns trechos, a travessia possui algumas partes expostas ao tempo, protetor solar e chapéu são itens obrigatórios;

- Percurso dentro do parque, com acesso livre e gratuito, não sendo preciso pedir autorização para fazer este trajeto;

- É uma travessia de dificuldade técnica moderada, já que é preciso caminhar por terrenos irregulares e pequenos trechos de pula-pedra; do ponto de vista físico, é preciso ter o mínimo de condicionamento, em razão das grandes distâncias a serem percorridas e do peso a ser carregado;

- Boa oferta de água pelo caminho, uma garrafa por pessoa é o suficiente;

- Percurso dentro de uma unidade de conservação no Parque Nacional da Chapada Diamantina;

Algumas normas do parque:

- LEVE SEU LIXO DE VOLTA e NÃO FAÇA FOGUEIRAS;

- Não leve seu animal doméstico para o Parque;

- Traga seu lixo de volta;

- Não consuma bebidas alcoólicas e cigarros;

- Não colete plantas e pedras;

- Se mantenha na trilha. Não crie atalhos ou novos caminhos;

Waypoints

PictographWaypoint Altitude 3,156 ft

Bifurcação

Seguir a direita para Poço Angélica

PictographWaypoint Altitude 3,267 ft

Poço Angélica

PictographWaypoint Altitude 3,409 ft

Bifurcação

Local para deixar as mochilas. Atravessar o rio à direita para a Cachoeira da Purificação. Na volta seguir à esquerda para as Gerais dos Vieiras

PictographWaypoint Altitude 3,567 ft

Cachoeira da Purificação

PictographWaypoint Altitude 4,230 ft

Bifurcação

Seguir a direita para as Gerais dos Vieiras

PictographWaypoint Altitude 4,206 ft

Água

PictographWaypoint Altitude 4,196 ft

Bifurcação

Pegar à esquerda para o rancho. Parada para banho e descanso.

PictographWaypoint Altitude 4,164 ft

Rancho (Descanso)

Parada para descanso e água

PictographWaypoint Altitude 4,308 ft
Photo ofMirante do Pati (da Rampa) Photo ofMirante do Pati (da Rampa) Photo ofMirante do Pati (da Rampa)

Mirante do Pati (da Rampa)

PictographWaypoint Altitude 4,311 ft
Photo ofLadeira do Quebra-Bunda Photo ofLadeira do Quebra-Bunda

Ladeira do Quebra-Bunda

PictographCampsite Altitude 4,097 ft
Photo ofAcampamento Dia 1 Photo ofAcampamento Dia 1 Photo ofAcampamento Dia 1

Acampamento Dia 1

Acampamento na Toca do Gavião

PictographWaypoint Altitude 4,167 ft

Bifurcação

PictographWaypoint Altitude 4,199 ft

Bifurcação

PictographMountain pass Altitude 4,560 ft
Photo ofGerais do Rio Preto Photo ofGerais do Rio Preto Photo ofGerais do Rio Preto

Gerais do Rio Preto

PictographWaypoint Altitude 4,216 ft
Photo ofGerais dos Vieira Photo ofGerais dos Vieira

Gerais dos Vieira

PictographWaypoint Altitude 3,071 ft
Photo ofInício Photo ofInício

Início

PictographMountain pass Altitude 4,337 ft
Photo ofMorro do Castelo e Branco

Morro do Castelo e Branco

PictographFountain Altitude 4,110 ft

Água

PictographFountain Altitude 4,101 ft

Água

Ponto de água na Toca do Gavião

PictographFountain Altitude 0 ft

Água

Rio Ancorado

PictographWaypoint Altitude 3,888 ft

Bifurcação

Pegar à direita para o Cachoeirão por Cima

PictographWaterfall Altitude 3,888 ft
Photo ofCachoeirão por Cima - Mirante 2 Photo ofCachoeirão por Cima - Mirante 2 Photo ofCachoeirão por Cima - Mirante 2

Cachoeirão por Cima - Mirante 2

PictographWaterfall Altitude 3,891 ft
Photo ofCachoeirão por Cima - Mirante 1 Photo ofCachoeirão por Cima - Mirante 1 Photo ofCachoeirão por Cima - Mirante 1

Cachoeirão por Cima - Mirante 1

Mirante do Cachoeirão

PictographWaypoint Altitude 3,871 ft
Photo ofPequena Gruta

Pequena Gruta

Trilha segue à direita da gruta.

PictographWaypoint Altitude 3,182 ft
Photo ofRisco!

Risco!

Descida do curso do riacho usando o cabo de aço

PictographWaterfall Altitude 3,340 ft
Photo ofPrimeiro Poço do Cachoeirão Photo ofPrimeiro Poço do Cachoeirão Photo ofPrimeiro Poço do Cachoeirão

Primeiro Poço do Cachoeirão

Primeiro poço do Cachoeirão

PictographCampsite Altitude 2,247 ft
Photo ofAcampamento Dia 2 Photo ofAcampamento Dia 2 Photo ofAcampamento Dia 2

Acampamento Dia 2

Acampamento na casa de Seu Eduardo

PictographWaypoint Altitude 3,760 ft
Photo ofBifurcação

Bifurcação

Pegue à direita para continuar a descida até o Cachoeirão por Baixo

PictographWaypoint Altitude 2,858 ft

Bifurcação

Siga à direita pelas pedras do leito do riacho para chegar até o primeiro poço do Cachoeirão

PictographWaypoint Altitude 3,894 ft
Photo ofEscada

Escada

PictographFountain Altitude 3,898 ft

Água

PictographFountain Altitude 3,799 ft

Água

PictographFountain Altitude 3,225 ft

Água

PictographMountain hut Altitude 2,595 ft

Pernoite Dia 3

Pernoite na hospedagem da Prefeitura

PictographWaypoint Altitude 2,175 ft

Bifurcação

Pegue à esquerda para prefeitura

PictographWaypoint Altitude 2,707 ft

Bifurcação

Siga em frente para o Morro do Castelo. À direita Cachoeira do Calixto e Vale do Capão.

PictographWaypoint Altitude 3,048 ft
Photo ofCasa Agnaldo e Miguel

Casa Agnaldo e Miguel

PictographWaypoint Altitude 4,419 ft
Photo ofEntrada da gruta do Castelo Photo ofEntrada da gruta do Castelo Photo ofEntrada da gruta do Castelo

Entrada da gruta do Castelo

Entrada da gruta do Morro do Castelo

PictographPanorama Altitude 4,406 ft
Photo ofMirante Leste Photo ofMirante Leste Photo ofMirante Leste

Mirante Leste

Mirante em cima do morro (depois de atravessar a gruta) com vista para a parte de trás. É possível ver o vale do rio Lapinha e a cachoeira do Calixto

PictographPanorama Altitude 4,400 ft
Photo ofMirante Norte Photo ofMirante Norte Photo ofMirante Norte

Mirante Norte

Mirante norte com vista para o Morro Branco e o setor norte do Vale do Pati

PictographMountain pass Altitude 4,970 ft
Photo ofMorro Branco Photo ofMorro Branco Photo ofMorro Branco

Morro Branco

PictographWaypoint Altitude 3,999 ft

Mirante Sul

Mirante para a parte sul com vista para o Pati de baixo

PictographMountain pass Altitude 2,589 ft
Photo ofMorro do Castelo Photo ofMorro do Castelo

Morro do Castelo

PictographWaypoint Altitude 2,451 ft

Poço da Árvore

PictographMountain hut Altitude 2,589 ft
Photo ofPrefeitura Photo ofPrefeitura Photo ofPrefeitura

Prefeitura

PictographWaypoint Altitude 3,346 ft
Photo ofTrilha Subida Photo ofTrilha Subida Photo ofTrilha Subida

Trilha Subida

PictographWaypoint Altitude 2,592 ft

Travessia Rio Pati (Rio Funis)

PictographCampsite Altitude 2,149 ft
Photo ofAcampamento Dia 4 Photo ofAcampamento Dia 4 Photo ofAcampamento Dia 4

Acampamento Dia 4

Pernoite na casa do morador Seu Jóia. Acampamento custa R$ 40 reais por pessoa. Possui quartos e refeições no local.

PictographWaypoint Altitude 2,165 ft

Bifurcação

Pegue à direita e siga pela porteira

PictographWaypoint Altitude 2,172 ft

Bifurcação

Pegue à esquerda

PictographWaypoint Altitude 2,713 ft

Bifurcação

Pegue à direita para a Cachoeira do Calixto

PictographWaterfall Altitude 3,274 ft
Photo ofCachoeira do Calixto

Cachoeira do Calixto

PictographWaypoint Altitude 2,953 ft

Mata do Calixto

PictographFountain Altitude 2,812 ft

Água

PictographFountain Altitude 2,897 ft

Água

PictographWaypoint Altitude 1,322 ft
Photo ofAndaraí Photo ofAndaraí

Andaraí

PictographWaypoint Altitude 1,818 ft

Bifurcação

Pegar à direita

PictographWaypoint Altitude 1,558 ft

Bifurcação

Pegar à direita

PictographWaypoint Altitude 3,120 ft
Photo ofLadeira do Império Photo ofLadeira do Império Photo ofLadeira do Império

Ladeira do Império

PictographWaypoint Altitude 3,130 ft
Photo ofMirante Vale do Cachoeirão

Mirante Vale do Cachoeirão

PictographMountain pass Altitude 3,458 ft
Photo ofMirante Vale do Pati

Mirante Vale do Pati

Visão para o Morro do Castelo

PictographFountain Altitude 3,310 ft

Água

PictographFountain Altitude 3,097 ft

Água

Queda dágua

PictographFountain Altitude 2,835 ft

Água

Queda d'água

Comments  (10)

  • Photo of Marlon Escoteiro
    Marlon Escoteiro Oct 18, 2023

    Thales muito top seu roteiro e descrição da trilha. Vou favoritar aqui, já que ano que vem pretendo fazer uma expedição pela chapada. Grande abraço

  • Photo of Tem Trilha
    Tem Trilha Oct 27, 2023

    Valeu mesmo meu amigo. Espero que ajude nas suas andanças. Qualquer dúvida pode falar. Abracos!

  • Photo of Iorrany
    Iorrany Nov 2, 2023

    Parabéns pelo cuidado ao detalhar as informações, certamente será muito útil. E se tudo correr bem, vamos utilizar essas informações em janeiro/24. Gratidão! E que Deus te abençoe sempre...

  • Photo of Tem Trilha
    Tem Trilha Nov 20, 2023

    Obrigado. Boa caminhada!

  • Photo of Laun3
    Laun3 Nov 28, 2023

    Muito top esse roteiro, tô pensando em faze-lo no final do ano e gostaria de saber se você tem contato de algum transfer de palmeiras até o inicio da trilha.
    Entrei em contato com algumas pessoas e o valor foi de 500-600 reais (4 pessoas)
    Pensei em pegar uma van pro capão e ir andando até o inicio da trilha.

    Outra duvida também, é legal acampar pela região do gerais do rio preto/rancho ou teria alguma outra dica?
    Sobre a descida da fenda, é tranquilo?

  • Photo of Tem Trilha
    Tem Trilha Nov 29, 2023

    De Palmeiras pro Bomba não tenho mais. Na época que pesquisei não chegava esse valor todo. Se você estiver sozinho compensa mais pegar a van e depois moto-táxi no centro do Capão. Se chegar em Palmeiras depois do horário da van, vale pegar uma pousada em Palmeiras e sair cedo no outro dia de van.
    Acampar no rancho é de boa. A trilha da fenda é bem tranquila, não tem desescalaminhada, somente tenha mais cuidado ao descer na parte do cabo de aço.

  • Photo of Laun3
    Laun3 Dec 21, 2023

    Opa amigo, sou eu novamente, estou nos preparativos finais e estou pensando na alimentação desses dias. Como é questão de proteinas nos mercados de agnaldo e eduardo? sabe dizer?
    Estou pretendendo ficar nesses dois locais de apoio mas tenho preocupação com ter que levar muita comida por não ter lá, principalmente proteina.
    Sei que eles vendem refeições lá mas a firma não tá tão forte pra pagar todos os dias a refeição pronta dai queria na maior parte do tempo fazer minha propria comida no camping e levar para as trilhas.

  • Photo of Tem Trilha
    Tem Trilha Dec 22, 2023

    Olá, na casa deles não tem mercado.

  • jojo bombardo Feb 15, 2024

    Primeira vez que vejo alguém botar tantos detalhes e informações legais no Wikiloc. Obrigado!
    Você também viveu a trilha da fumaça por baixo?

  • Photo of Murillo Viana
    Murillo Viana Mar 18, 2024

    Fiz essa trilha em dezembro de 2023. Relato e caminho perfeitos!

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