Travessia Petrópolis x Teresópolis + Portais de Hercules e Mirante do Inferno - PN Serra dos Órgãos/RJ
near Calembe, Rio de Janeiro (Brazil)
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Trail photos
Itinerary description
https://youtu.be/IbrwTept4J4
INFORMAÇÕES GERAIS
Para realizar a travessia é necessário autorização prévia obtida por agendamento no site do PN Serra dos Órgãos. No início da trilha é solicitado a assinatura de um termo responsabilidade, atestando reconhecimento dos riscos associados à atividade, e no final é preciso informar à portaria que você está deixando o parque, para que a equipe de apoio saiba que você terminou a travessia em segurança (o parque é muito organizado em relação a isso, existem equipes de plantão nos Abrigos Açu e Quatro que se comunicam entre si, monitorando os grupos que saem e chegam de um abrigo para outro).
Não há estacionamento na sede Petrópolis, e o acesso passa por um pequeno trecho de estrada de terra que é estreito e acidentado, mas trafegável para carros de passeio. Portaria dispõe de água, banheiros, e serviço de informação ao turista.
Próximo à Barragem, no fim da travessia (Sede Teresópolis), há uma área de estacionamento acessível por estrada de calçamento interna do parque. Não sei dizer se é permitido estacionar o carro neste local, sugiro entrar em contato com o Parque para verificar, caso seja interessante para sua logística.
Até pouco tempo atrás era possível realizar os pernoites no interior dos Abrigos, mediante reserva e pagamento de taxa. Atualmente os abrigos não estão abertos ao público, sendo necessário utilizar as áreas de camping ao redor. Para mais informações, acessar o site do parque.
https://www.icmbio.gov.br/parnaserradosorgaos/destaques/251-reabertura-da-travessia-petropolis-teresopolis-e-camping-de-montanha.html
LOGÍSTICA
Optamos por realizar a viagem em carro próprio. Saímos de Belo Horizonte e ficamos uma noite hospedados em Teresópolis. No dia seguinte contratamos um motorista que nos levou até a portaria de Petrópolis, onde iniciamos a travessia. Este mesmo motorista fez nosso resgate na barragem e nos levou de volta à pousada onde nosso carro havia ficado estacionado.
Para nós essa logística funcionou bem devido a outras razões ligadas ao trabalho, mas pode ser mais interessante ficar em Petrópolis se estiver vindo de Minas Gerais, pois economizaria tempo de deslocamento com o carro.
É possível realizar também a travessia de forma mais autônoma, utilizando linhas de ônibus para tal. Como o parque está em uma área bem urbanizada, essa é uma opção bastante viável, mas que demandará um nível maior de organização com os horários.
TRILHA
Dia 1: Petrópolis x Açu + Mirante do Cruzeiro
A trilha tem início na portaria do PARNASO em Petrópolis. O caminho segue bem demarcado e sem maiores dificuldades, possuindo boa disponibilidade de água e passando por vários trechos sombreados. Toda a trilha até o Mirante Graças a Deus é muito bem-sinalizada por placas nas bifurcações, sendo facilmente identificada.
É possível obter água em vários pontos até o acesso para a Cachoeira Véu da Noiva, mas dificilmente esses pontos serão usados, uma vez que estão muito no início do percurso. Após isso, o único ponto de água disponível é no Ajax, e depois somente no Abrigo do Açu (ou seja, o Ajax é quase que uma parada obrigatória para reabastecimento).
Após o Mirante Graças a Deus, o caminho perde a característica de Mata Atlântica, e vai ganhando ar de Campos de Altitude. A partir daí são frequentes os trechos sobre lajes de rocha onde não há trilha demarcada, porém o desgaste proveniente do pisoteio é bem característico, e você pode contar também com o auxílio de totens e setas posicionadas ao longo do percurso (mesmo assim, é imprescindível a utilização de GPS, especialmente em caso de neblina e/ou mau tempo).
O trajeto do primeiro dia pode se resumir a uma extensa subida por trilhas bem demarcadas. Não é necessário escalaminhar. O Mirante Graças a Deus marca o término da parte mais penosa. De lá até o abrigo são cerca de 40 minutos de caminhada. Ao todo gastamos 5h30 para subir com tranquilidade (tirando fotos, fazendo filmagens e marcando waypoints).
Após a chegada ao abrigo, é possível acessar em poucos minutos de caminhada o Mirante do Cruzeiro, lugar do qual admiramos um lindo pôr do sol. O Abrigo possui banheiro com vaso sanitário e chuveiro frio, sendo que a área de camping fica alguns metros acima. Não é permitido deixar lixo, apenas papel o higiênico que for utilizado no banheiro. Nesse dia caminhamos 8,1 km (+1.323m -219m).
Dia 2: Açu x Sino + Portais de Hércules
No segundo dia o caminho já difere em muito do primeiro. Além de ser muito mais bonito, passamos por diversos trechos que exigem boa leitura do terreno e mais experiência de navegação. Além disso é no segundo dia que estão os famosos trechos técnicos da travessia: os chamados Elevador, Mergulho e Cavalinho. Além destes, destaco a presença de algumas descidas íngremes sobre lajeados, onde a única segurança que temos é a aderência das botas, sendo assim, evite a travessia se houver risco de chuvas, e vá com um calçado de sola aderente.
Durante a madrugada sofremos com uma rajada de vento que atingiu a região, e permaneceu por todo o dia (depois ficamos sabendo que na cidade de Teresópolis houve queda de árvores, placas, telhados etc.). Acordamos cedo, porém demoramos um pouco a sair, na esperança de que a ventania desse um desconto. Nada disso... logo que o sol apareceu vimos que não adiantaria esperar mais, e tratamos de desmontar o acampamento. Saímos por volta das 7h.
Logo alcançamos o Morro do Marco, e em pouco tempo abandonamos o caminho principal para um ataque aos Portais de Hércules. Fique atento aos totens, setas e marcações “PH” na rocha, pois não há bifurcação bem definida, e sim uma mudança de direção sobre o lajeado guiada por estas referências (sentido leste).
A descida para os portais começa leve e vai ganhando inclinação. Deixamos as cargueiras para trás antes da primeira descida mais íngreme, e prosseguimos levando uma pochete. O caminho alterna entre rochas e trilhas estreitas com mato alto ao redor. Às 8h42 pisamos no mirante absolutamente encantados pelo visual clássico do Dedo de Deus, de Nossa Sra., Escalavrado, Agulha do Diabo, Cabeça de Peixe, e os demais ao redor (são tantos rs). Quantas vezes já havia visto aquela foto nos relatos e internet afora... mal podia acreditar que estávamos ali em primeira pessoa! Mais um sonho realizado =D
Ficamos ali contemplando por aproximadamente 1h, e iniciamos o retorno até o eixo principal da travessia. Pegamos as cargueiras e seguimos em frente até conquistarmos o Morro da Luva. Fizemos uma pausa para o almoço enquanto contemplávamos a primeira vista do Garrafão. A descida que segue até o Elevador é um dos trechos mais lindos da travessia! Pedra do Sino, Garrafão e Dedo de Deus vão se aproximando no horizonte a cada passo que damos em frente. Descemos com calma para apreciar o momento.
Paramos alguns metros antes do Elevador para coletar água próximo a uma espécie de “guarda-corpo de cabo de aço” posicionado para auxiliar a passagem por um lajeado. Marquei este ponto onde abastecemos, mas não posso garantir que ele seja perene. O ponto mais consolidado de acordo com os relatos que usei como referência, teria sido no Vale da Luva, mas quando passamos por lá estávamos com pressa, e imaginamos que seria possível chegar até o Vale das Antas com o que tínhamos.
Sobre o Elevador, trata-se de uma via ferrata composta por degraus de vergalhão chumbados à rocha, cuja função é auxiliar a subida. Alguns degraus encontram-se muito espaçados ou deformados e portanto, não se pode comparar o lance exatamente a uma “escada de marinheiro”: é necessário fazer força com os braços, e utilizar a rocha em alguns pontos para ajudar a tracionar os pés, sendo que a cargueira também atrapalha o posicionamento do corpo. Apesar dos desafios, é um trecho tranquilo e de fácil transposição – na minha opinião pessoal. Mesmo assim, é recomendável que o montanhista tenha experiência prévia com transporte de cargueira, escalaminhada, e exposição à altura, afinal a parede deve ter entre 50 e 80 m de altura, ou seja, se feito de forma inadvertida, pode ter consequências graves.
Uma dica interessante que vi em um dos relatos durante o planejamento é prender tudo muito bem à mochila, e evitar levar coisas soltas nos bolsos de fora, pois se algum objeto cair durante a subida, pode atingir alguém que estiver vindo de baixo.
Após vencer o Elevador, olhamos para o relógio, que marcava 13h50 da tarde. A essa altura percebemos que seria necessário acelerar o passo, pois não queríamos passar pelo Cavalinho no escuro. Seguimos em frente. Paramos mais uma vez para repor água no Vale das Antas (último ponto antes do abrigo), e chegamos no Mergulho às 16h da tarde.
Nesse trecho é preciso passar em um lajeado íngreme descendo por aderência, e posteriormente descer um bloco de rocha com aproximadamente 2m de altura. Passamos sem corda, mas há pontos de ancoragem disponíveis. Novamente, considero um trecho simples caso esteja acostumado a esse tipo de obstáculo. As recomendações que posso fazer são: evitar passar pelo trecho em caso de chuva, utilizar calçado aderente, e retirar a cargueira quando for descer o bloco. Facilita também se não estiver sozinho, com 2 pessoas já fica bem tranquilo, pois um pode ajudar o outro com a passagem das mochilas.
Vencida essa parte, a ansiedade começou a bater, pois sabíamos que a qualquer momento chegaria a hora de enfrentar o famoso Cavalinho. Estando próximo ao entardecer e com a ventania atacando, não posso mentir: o sentimento era conflitante. De um lado o êxtase e a adrenalina, de outro a insegurança por não saber exatamente o que nos esperava. Em cerca de 20 minutos chegamos lá.
Felizes por termos alcançado nossa meta de horário, faço uma breve análise da rota, e inicio a passagem pela canaleta. Ao chegar próximo à rocha atravessada, abandono a cargueira e parto para a escalada livre. Após sentir a aderência das pegas e identificar as bases para “montar” a rocha, me sinto mais confiante, e rapidamente faço a ascensão. Mais uma vez, mal pude acreditar que pisara ali com meus próprios pés. Confesso que foi mais fácil do que eu imaginava, e até acredito que há um certo “misticismo” ao redor desse trecho, pois é uma travessia muito procurada, e ali passam pessoas das mais às menos experientes (sendo essas com assistência profissional).
O maior desafio ali é psicológico, pois de fato a forma mais segura de passar pela rocha é “montando” sobre ela, e para isso é preciso olhar para o lado exposto à altura, sendo, portanto, um movimento que pode causar aflição a quem não está acostumado. Mesmo assim cabe ressaltar que existem riscos reais na passagem pelo trecho, sendo especialmente perigoso em caso de chuva. Não recomendo para quem não está acostumado. Nesse caso é melhor fazer com o auxílio de um condutor, ou com algum amigo que conheça a travessia, e possa orientá-lo sobre a técnica correta para realizar a passagem em segurança.
Optamos por não levar a corda julgando que esta seria um peso desnecessário devido ao nível de esforço exigido na travessia, mas esta é uma decisão individual, e que deve ser realizada com responsabilidade (baseada no seu grau de experiência e confiança). Na minha opinião pessoal, para quem está habituado, é um trecho até divertido!
Sobre as mochilas, passei primeiro pela pedra, e depois suspendi elas com o auxílio de um paracord, utilizando um ponto de ancoragem que havia na rocha. Por último veio a Camila, ela teve dificuldade em montar a rocha devido à abertura das pernas, então tive que dar uma certa assistência para ela completar a passagem (Obs: ela mede 1,65m).
Vale observar que após o Cavalinho, ainda há alguns trechos técnicos que requerem cuidado, mas são todos menos expostos à altura. Consegui passar por eles com tranquilidade, mas a Camila acabou tirando a cargueira outras duas vezes.
Um pouco mais à frente, antes de interceptarmos a “trilha normal” novamente, nos deparamos literalmente com uma escada chumbada às rochas para auxiliar uma última subida (deve ter algo entre 3 e 4 m de altura). Achamos curioso por assim dizer... mais um trecho onde nos impressionou o nível de atenção do parque em manter a passagem segura.
Com todo o tira-e-põe de cargueiras, ancoragem para suspendê-las, e ainda fotos/gravações, levamos quase 40 minutos entre avistarmos o Cavalinho, e passarmos pela escada. Após isso, outros 10 minutos de caminhada nos levaram à base do ataque para o cume da Pedra do Sino. Ignoramos o acesso, e chegamos ao Abrigo Quatro às 17h25. Nesse dia caminhamos 8,7 km (+1.051m -1.053m).
Dia 3: Sino x Teresópolis + Mirante do Inferno
Tínhamos intenção de ver o sol nascer na Pedra do Sino, no entanto, por causa da ventania do dia anterior, ficamos meio “cansados” do frio, e acabamos desistindo da ideia. Preferimos deixar tudo arrumado e tomar o café da manhã com calma, e deixamos para fazer o ataque ao cume já pelas 6h30 da manhã.
Rapidamente chegamos de volta à interseção e, para nossa surpresa, em pouquíssimo tempo já estávamos no cume. O ataque à Pedra do Sino é curto e simples, não oferecendo maiores desafios. Ao chegar lá em cima a sensação é de euforia. Tínhamos conquistado o ponto mais alto do parque, e o sol das 7h estava super agradável. Com o horizonte limpo, conseguimos avistar várias montanhas legais. Dentre elas, impossível não citar os Castelos do Açu (de onde viemos), que ficaram looonge no horizonte, Dedo de Deus e seus companheiros que estão bem próximos, Verruga do Frade (nossa nova referência para o ataque ao Mirante do Inferno) e a Baía de Guanabara refletindo o sol tímido daquela manhã de outono.
Ficamos lá em cima pouco mais de 1h e voltamos para o abrigo para pegar nossas coisas. Às 9h20 estávamos prontos para retornar à travessia. O caminho segue bem consolidado descendo pela mata, e próximo às 10h passamos pelo acesso para o Mirante do Inferno.
Entocamos as mochilas mais uma vez, e prosseguimos com a pochete de apoio. O caminho é também consolidado, porém a mata é mais fechada e a trilha mais estreita. Ainda assim há algumas descidas por aderência, e volta-e-meia é necessário se agarrar à raízes para auxiliar a passagem por descidas e subidas mais íngremes. É um desvio cansativo para quem vem da travessia, mas também é um “tempero” a mais para o último dia, que normalmente seria apenas uma descida pela floresta, sem maiores desafios e, sem visual algum que não a própria vegetação.
Andando em ritmo forte chegamos ao primeiro mirante por volta das 11h, quando vimos surgir das nuvens a imponente Agulha do Diabo. Impossível se deparar com uma cena como aquela e não se impressionar. Estarrecidos e gratificados por estarmos ali, ficamos admirando aquela obra de arte da natureza por alguns minutos e seguimos para o mirante principal, que se encontra logo à frente. Para chegar a ele é necessário vencer um trecho de escalaminhada final que é bastante exposto à altura.
Para quem viu a Agulha do Diabo pelos Portais de Hércules, a sensação de vê-la pelo Mirante do Inferno é surreal – não dá nem para entender como foi possível chegar ali de um dia para o outro. Apesar de incrível a vista, não ficamos ali por muito tempo, em menos de 20 minutos já estávamos retornando à trilha. Não queríamos finalizar a travessia muito tarde, pois ainda iríamos voltar dirigindo para BH.
Ao todo, o desvio nos custou cerca de 2h40. Pegamos a cargueira de volta, e prosseguimos descendo pelo caminho principal. A descida é um pouco cansativa porque foi construída em “zigue-zague” para suavizar a perda de elevação, e por não ter visual aberto, rola um sentimento de que a caminhada rende pouco.
Mesmo assim, apesar de não haver muito para se ver dali para frente, há muito o que se conversar... e muitas experiências para refletir! Ainda na volta passamos pela Cachoeira Véu da Noiva (dessa vez em Teresópolis – nas palavras do Hélio: “quanta criatividade...” kkk). A cachoeira é bonita, mas serve mais como ponto de descanso, pois o poço é raso e não é interessante para nadar. Mesmo assim se estiver muito cansado vale dar uma molhada. Nós acabamos passando reto mesmo rs. Vale mencionar que há vários pontos de água ao longo do caminho neste último dia. Marquei vários neste tracklog, mas não todos.
Chegamos na barragem às 15h40 onde o transfer já nos esperava para o caminho de volta até a pousada onde nosso carro ficou estacionado. Li que a estrada de calçamento interna do parque que leva até a portaria possui cerca de 3km. É possível continuar a descida a pé, mas na minha opinião é um trecho desnecessário se puder ser evitado.
Nesse dia caminhamos 10,8 km (+516m -1.492m).
OBSERVAÇÕES
- De acordo com a leitura do GPS o percurso fechou em 27,6 km (+2.890m -2.764m). Acho importante mencionar estes valores pois ao fazer a importação para a plataforma do Wikiloc houve uma alteração considerável.
- Tecnicamente considero a travessia moderada, mas classifiquei como difícil por causa do trecho do Cavalinho, especificamente. Ao meu ver ela pode ser realizada por pessoas de todos os níveis, porém é fundamental um bom preparo físico, e para os iniciante é necessário acompanhamento de pessoas mais experientes.
- De modo geral a navegação é tranquila. As trilhas são bem consolidadas, embora alguns trechos sejam mais fechados. Sobre as passagens sobre lajeados, a maioria dos trechos está bem-sinalizada com setas ou totens, basta ter atenção para avistá-los. Mesmo assim considero imprescindível a utilização de GPS, especialmente sob condições de baixa visibilidade.
- TRAGA TODO O SEU LIXO DE VOLTA!
Waypoints
Pedra do Sino
Cume possui um pequeno pilar de concreto. É possível avistar várias montanhas, a Bahia de Guanabara, e os Castelos de Açu (próximo de onde estávamos acampados no dia anterior)
Direita para Mirante do inferno
Deixamos as cargueiras aqui
Direita (ida)
Água
Clareira
Acesso para mirante 2
Vista verruga do frade. Pequena escalada e posterior subida por aderência para chegada ao Mirante do Inferno. Observar local seguro para ascensão (com menor exposição em caso de queda).
Camping Açu
Área permitida para camping. OBS: A varanda do abrigo pode ser utilizada pelos campistas como área de convivência.
Água
Descida até a Barragem possui vários pontos de água.
Água
Cachoeira Véu da Noiva - Teresópolis
Cachoeira rasa, não é boa para nadar, mas é bonita de se ver rs.
Barragem - Fim da Travessia
Encontramos nesse ponto com o transfer que havíamos contratado. Não sei dizer se é permitido estacionar o carro aqui (entre em contato com o Parque para verificar, caso seja interessante para sua logística). Da barragem até portaria são cerca de 3 km por uma estrada de calçamento interna do parque. OBS: Lembre-se de dar baixa na portaria ao final da travessia, para eles saberem que você está deixando o parque em segurança.
Direita para Portais de Hércules
Observar marcações "PH" na rocha e totens que ajudam a direcionar o caminho
Deixamos as cargueiras aqui
Água
Portais Hércules
Vista para as várias montanhas icônicas do Rio. Algumas delas são: Agulha do Diabo, Santo Antônio, Cabeça de Peixe, Dedo de Deus, Dedo de Nossa Senhora, Escalavrado, Três Picos, Caledônia, Nariz da Freira e Coroa do Frade.
Mato fechado e trechos de charco
Apesar do mato alto, a trilha encontra-se bem consolidada
Água
Base do Morro da Luva. Atravessar curso d'água, trilha segue à esquerda
Cabo de aço para auxiliar passagem + água corrente
Abastecemos aqui (não sei se permanece durante o ano). Água na base do Morro da Luva seria um ponto mais garantido
Elevador
Via ferrata para auxiliar na subida. Alguns degraus encontram-se muito espaçados ou deformados, é necessário utilizar a rocha em alguns pontos para ajudar a tracionar os pés. Trecho é tranquilo, mas é recomendável que o montanhista tenha experiência prévia com transporte de cargueira, escalaminhada, e exposição à altura.
Topo do elevador
Vista para Garrafão e Dedo de Deus - 4km para Chegar ao Abrigo do Sino
Morro do Dinossauro
Água (atravessar ponte no Vale das Antas)
último ponto de água antes do Abrigo 4
Dorso da Baleia
Atravessar rocha no meio da mata
Pedra da Baleia
Mergulho
Trecho onde é necessário passar por algumas rochas descendo por aderência, e vencendo um bloco de aproximadamente 2m de altura. Passamos sem corda, mas há pontos de ancoragem disponíveis. Recomendável retirar a cargueira para transposição deste ponto.
Cavalinho
Trecho onde é necessário subir por uma canaleta (a escalada é segura e possui boas pegas). É possível levar a cargueira até certo ponto, a partir do qual o trecho torna-se demasiado exposto, e é necessário um pouco mais de técnica para posicionar o corpo, e transpor a rocha atravessada. A melhor forma de fazê-lo é "montando" sobre a rocha, no entanto é necessário olhar para o lado exposto, e o movimento pode causar alguma aflição a quem não está acostumado. Pode ser necessário uso de cordas e/ou orientação especializada. No nosso caso, fiz a primeira passagem sem corda, suspendi as cargueiras com auxílio de um paracord 550, e dei um pequeno suporte para a Camila (ela teve dificuldade em montar a rocha devido ao comprimento de suas pernas). OBS: Ela mede 1,65m. Vale observar que após a passagem do Cavalinho ainda há alguns trechos técnicos que requerem cuidado, mas são todos menos expostos. Consegui passar por eles com a mochila, mas a Camila precisou retirá-la outras duas vezes.
Bifurcação Pedra do Sino x Abrigo 4
Abrigo 4
Abrigo possui banheiro com vaso sanitário e chuveiro frio. Não é permitido deixar lixo, apenas papel o higiênico que for utilizado no banheiro. A área de camping é um espaço gramado de frente para a varanda, que também pode ser utilizada como área de convivência para os campistas.
Entrada do Parque - Sede Petrópolis
Início da trilha. Atenção: é necessário autorização prévia obtida por agendamento no site do PN Serra dos Órgãos. É preciso ainda assinar um termo de responsabilidade, e dar baixa ao finalizar a travessia na sede Teresópolis. O parque é muito organizado em relação a isso. Existem equipes de plantão nos Abrigos Açu e Quatro que se comunicam entre si, monitorando os grupos que saem e chegam de um abrigo para outro. Não há estacionamento na sede Petrópolis, e o acesso passa por um pequeno trecho de estrada de terra que é estreito e acidentado, mas trafegável para carros de passeio. Portaria dispõe de água, banheiros, e serviço de informação ao turista.
Direita
Água
Trajeto possui boa disponibilidade de água até a bifurcação para a Cachoeira Véu da Noiva.
Bifurcação Cachoeira véu da noiva
Direita para travessia. Próximo ponto de água: Ajax.
Esquerda
Seguir em frente
Abrigo Açu
Abrigo possui banheiro com vaso sanitário e chuveiro frio. Não é permitido deixar lixo, apenas papel o higiênico que for utilizado no banheiro.
Comments (54)
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Parabéns pela Travessia e pelo Relato.!!
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Easy to follow
Scenery
Difficult
Obrigado pelo relato e por compartilhar as informações! Fiz a travessia e curti demais!!
Valeu irmão... Fiz a travessia com base no seu trekking... Certinho... Parabéns... Usei toda a demarcação q foi feita...
Valeu pessoal! Que bom q o tracklog e o relato contribuíram! Essa travessia é linda e desafiadora heheh parabéns por terem conquistado ela!
São quantos km dali do morro do Marco até os portais? Obrigada
Consultei o tracklog no earth e deu 1,4km
L,lfhlz,
J9/;8,
Ldhpz
, conheça a área de transferência do gboard: qualquer texto copiado por você será salvo aqui.xp
Obrigada
Parabéns pelo relato e trilha! Vou agora em Setembro, sabe se atualmente nos abrigos, já que estão fechados, tem banho disponível? E a outra dúvida, com GPS e Wikilok é possível fazer a travessia sem guia (principalmente o 2 dia que considero mais fácil de se perder)?
Relato e trilha completa!
Boa noite Sotalia! Quando fomos os abrigos estavam fechados, no entanto havia em ambos um banheiro com chuveiro frio para quem estava acampado. Sobre orientação, sempre dependerá da experiência de quem navega. Eu considero tranquilo para quem está acostumado... Haverão muitos trechos sem trilha definida, então é necessário uma boa leitura do terreno! Eu achei bem satisfatório as marcações que o parque deixou pelo caminho.. Se tiver experiência de outras travessias com navegação desse tipo, não será de tudo fácil, mas acho q não encontrará maiores problemas! Para nós foi desafiador na medida certa rs
É realmente uma trilha difícil??
Pessoal , alguém mais foi sem guia ?
Parabéns, gostei muito da sua narrativa da conquista, só recomendo sempre levar uma corda, pois as mudanças climáticas são muito repentinas na região.
A sua narrativa do evento é simplesmente a mais completa que vê por aqui. Parabéns.
obrigado pelo relato, trilha baixada e dia 28/04 estaremos la pra realizar essa travessia tao esperadaaa
Essa travessia sem dúvidas alguma, inspira, e nutri a mente e a alma de todos. Sejam montanhistas experientes ou não. Sou guia a algum tempo, faço cerca de 10 travessias lá por ano e o seu relatório da expedição é uma obra prima. Define tudo para todos.
Boas trilhas, meus respeitos!!!
Relata preciso e completo... muito obrigado.
Já fiz uma vez há muito... Quero ir novamente em maio 2023.
Oi tudo bem? Quanto tempo estimado para chegar nos portais de Hércules, quando vc sai da trilha, digo fazendo a travessia Petrópolis Teresópolis e voltando para terminar a travessia
Eu já fiz várias vezes a travessia maís não fui nos portais
Oi Ernandes! Olhei aki no registro do gps, e nós gastamos por volta de 2h30 nesse desvio: 40m para chegar nos portais, 1h lá, e 50m para voltar... Mas varia de cada pessoa
Este percurso da Para fazer apenas com uma pernoite?
Usei esse tracklog em Maio/2023 e foi uma grande fonte de consulta, me ajudou muito!! A ida para o Portal de Hércules é praticamente obrigatória, um dos pontos altos da trilha. Na chegada na Barragem andei mais 3km até a portaria, e lá sim consegui chamar UBER até o centro. Atentem para o retorno, pois há poucos ônibus saindo da rodoviária de Teresópolis para Petrópolis, se não me engano de dia de semana tem às 12h00 e 18h00 somente.
Será que consigo Uber do Parque em Teresópolis para me levar até o parque de Petrópolis?
Eu consegui da portaria de Teresópolis até a portaria de Petrópolis por UBER, mas negociando por fora do aplicativo, como é longe muitos não querem fazer. Pelo app estava dando 80 reais, paguei 150 e ele me levou, mas foi 1h30 de deslocamento por causa do trânsito. De Taxi estavam querendo me contar 250
E oque irie tentar fazer
Você chegou pegar o número dela não né?
Uma dúvida nos abrigos será que eu consigo carregar o celular?
21975659289
21975659289
Pô muito obrigado pelo contato irei entrar em contato
Já até marquei com ele só tenho a agradecer pelo suporte aí
Que ótimo irmão. Boa trilha!!!
Sobre carregar o celular tem como nos abrigos irie levar carregador portátil mas sabe dizer?
Não tem energia. Não tem sinal.
Bom sabe, grato!
Boa tarde
Eu tenho interesse em realizar essa travessia. Gostaria de ir com alguém que tenha interesse e o valor
Fiz tracklog e foi de boa esse fds
Boa tarde! O percurso é bem sinalizado? Da pra ir de boa ?
Arrasou no detalhes, hein! Segui e foi sucesso. Parabéns e obrigado
Bom dia quais os pontos de água para cada dia?
Só vi uma marcação de água no 1° dia no Ajax...
MarciOliveira, você que fez recentemente, nos abrigos possuem pontos de água potável?
Desconsiderar as perguntas, eu ja li na informações haha obrigado
Sabem informar se é possível tomar banho no abrigo?
Segui o tracklog e foi tudo OK. Abrigos estão desativados. Só está tendo água pra cozinhar e beber mesmo
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Scenery
Very difficult
O trajeto gravado me ajudou a fazer a trilha nas partes que precisava de ajuda com a navegação. Utilizei no trajeto castelo do Açu x P. Hércules x Sino foi muito útil. Fui para fazer sozinho a trilha, graças a Deus encontrei outra pessoa na trilha e fizemos juntos. Obs. Da para fazer só mais é muito arriscado da subida do cavalinho até a escada. Com cargueira precisa de auxílio de outra pessoa. Só utilizei corda nessa parte. Mergulho e elevador moleza. Então faça com alguém experiente ou contrate um guia. Não se arrisque em ir só.
Opa! Tudo certo? Que horas vc saiu do abrigo acu para ir até o portal de Hércules? Vou fazer a travessia amanhã cedo
Quanto tempo da trilha até o mirante do inferno?
Oi Oscar! Sai do Açu às 7h, mas achei que poderia ter sido antes, pois terminamos o dia bem em cima da hora para anoitecer (mas isso depende do seu ritmo e a vibe que vc quer ter durante o caminho). A informação que eu guardei sobre o Mirante do Inferno é que o desvio completo (ida e volta tempo que ficamos lá) deu 2h40... Andamos rápido e ficamos pouco tempo lá (no máximo uns 30 minutos)! Boa travessia!
Ah legal! E vc sabe quanto tempo seria do acu até o portal de Hércules?
Daniel essa travessia é bem marcada / sinalizada ? Usando o wikloc consigo fazer o percurso ?
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Difficult
Parabéns pela riqueza de detalhes do relato! Fizemos em 2 pessoas sem guia a travessia dia 13/02/2024 usando este tracklog como referência e a orientação foi tranquila. Nas lajes de pedra existem alguns totens que auxiliam a encontrar a trilha.
Para os que estão pensando em fazer, o segundo dia é bem complicado para quem não está acostumado, se estiver na dúvida vale contratar um guia para auxilio.