Travessia EF-479 - Suzano x Rio Grande da Serra
near Vila Nossa Senhora do Amparo, São Paulo (Brazil)
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Trail photos
Itinerary description
HISTÓRICO DA LINHA: O ramal foi construído entre 1966 e 1971 pela empresa J.Cardoso de Almeida Sobrinho Engenharia e Construções S/A (atual Ferreira Guedes/Grupo Agis) para atender ao projeto do Anel Ferroviário de São Paulo (correspondendo ao Trecho Leste deste), proposto pela FEPASA e Rede Ferroviária Federal (RFFSA), com o objetivo de evitar o compartilhamento da malha ferroviária entre os trens urbanos de passageiros e os trens de cargas que vêm do Ramal de São Paulo e seguem para o porto de Santos. Com 31 km de extensão, a EF-479 foi inaugurada em 4 de agosto de 1971. Sua construção custou NCr$ 23.500.000,00 à época.
Como sempre foi destinada apenas ao tráfego de trens de carga, o trecho nunca teve nenhuma estação ou parada, existem apenas dois lugares que servem para depósito, um para descarga de minério de ferro e outro para containeres. Apesar de ter alguns pontos naturais muito bons, sendo o principal, a Represa Taiaçupeba, nas duas pontas, existem alguns nóias e vagabundos que podem deixar um certo clima de desconforto, mas é só não mexer com eles, que eles também não mexerão com você.
O início do percurso se inicia bem na saída da Estação Suzano para a Rua Dr. Prudente de Morais. Continue andando na rua na mesma direção do trem para Mogi das Cruzes, logo depois que passar por baixo do viaduto, seguindo o muro da CPTM, ele irá terminar em um córrego. Nesse ponto você terá que dar a volta no muro, tome cuidado para não escorregar, senão irá cair no córrego poluído. Logo depois de dar a volta, seguindo uma pequena picada, já chegará nos trilhos da EF-479 que fica bem ao lado da linha da CPTM. Siga andando por esses trilhos, logo você verá uma ponte que foi construída recentemente para dar acesso do ramal para o outro lado da linha. Esse ponto é meio caótico, pois existem vários usuários de droga morando embaixo da ponte, mas é só passar de boa, e não mexer com ninguém, se alguém cumprimentar, responda o cumprimento e continue andando. Não demorará muito para sair desse clima pesado, e ter a ferrovia só para você.
Pouco tempo depois desse trecho, chegará no primeiro ponto de descarga do trecho, onde é depositado o minério de ferro. O trecho é bem tranquilo, existem várias passagens de nível que podem servir de escape ou para comprar alguma coisa em algum comércio local, todas forma marcadas. Logo mais a frente do depósito de minério, terá a Represa Taiaçupeba. Tem muito pescador por ali, mas como eu não sei a profundidade da água, se não souber nadar, vá com cautela. Existe um outro ponto bem interessante também, em um rio que corre do lado direito da ferrovia, uma corredeira que forma um poço bem modesto, esse é bem raso e bem convidativo num dia de calor. Existem duas passagens de nível que tem que ficar atento, são cruzamentos com a Rodovia Índio Tibiriçá, os carros só param se for na hora do trem passar, então tome cuidado na hora de atravessar. Chegando no final da travessia em Rio Grande da Serra, existe uma passagem de nível qua rua dá de frente com a estação, mas eu acabei seguindo reto até o entroncamento com a Linha 10-Turquesa da CPTM, ali existe uma ponte de ferro centenária sobre o Rio Grande. Mas infelizmente, a vagabundagem tomou conta do lugar, e fui convidado a me retirar rapidamente, senão sabe-se lá o que iria acontecer, mas pelo menos consegui tirar uma foto da ponte. Fui voltando pela linha da CPTM mesmo até chegar na passagem de nível em frente a estação. Depois de toda essa pernada e certos incômodos, o jeito foi finalizar com uma deliciosa gelol na Padaria Barcelona e voltar embora.
Leve pelo menos 1 litro de água, pois o primeiro ponto de água realmente confiável está depois de 10 Km do começo do percurso.
DICAS PARA EVITAR O ENCONTRO COM A MALOQUEIRAGEM:
DICA 1 EM SUZANO: Se você quer evitar a mini-cracolândia no trecho de Suzano, procure pela Rua Monteiro Lobato, no final dela existe um caminho que liga á ferrovia, irá começar mais ou menos 1 Km após o a entrada do córrego.
DICA 2 EM RIO GRANDE DA SERRA: Na última passagem de nível, você já estará na rua da estação, então você já pode sair ou entrar por ali (se for fazer o caminho ao contrário). Caso queira estender um pouco mais a pernada, assim que chegar no entroncamento com a CPTM, volte dali, evite ir na ponte, porque ali virou uma biqueira, e você será expulso, na melhor situação possível.
Waypoints
Estação Suzano
Use a saída pela Rua Prudente de Morais, ali já começará o percurso.
Entrada da trilha
Para entrar na ferrovia, você terá que dar a volta nesse muro, tome cuidado para não escorregar senão cairá no córrego bosteiro.
Trilhos da EF-479
Os trilhos da Ferrovia EF-479 estão paralelos aos da CPTM, é só seguir. Evite entrar nos trilhos da CPTM, primeiro para não ser atropelado, e segundo, para que nenhum segurança venha atrás de você.
Passagem de nível - Rua Esphinges x Estreito do Areião
A primeira passagem de nível do trecho, é apenas para pedestres. Na Rua Esphinges existe uma adega caso queira comprar alguma coisa.
Pátio Tora Transportes
Esse pátio é utilizado para descarga e armazenamento de minério de ferro.
Represa Taiaçupeba
A Represa Taiaçupeba é formada pela barragem de mesmo nome localizada no rio Taiaçupeba, no município de Mogi das Cruzes, estado de São Paulo. Inicialmente projetada com a finalidade de controle da vazão do rio Tietê, foi inaugurada no ano de 1976. Pertence ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e faz parte do Sistema Alto Tietê da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) para o abastecimento de água da Região Metropolitana de São Paulo. A barragem possui uma altura de 20 metros e seu reservatório possui uma área inundada de 748,83 hectares, com capacidade de 85,2 milhões de metros cúbicos de água. Em época de estiagem as margens da represa formam alguns bancos de areia que servem como praia, como no verão chove muito, está o auge de sua capacidade, então tome cuidado se for mergulhar.
Passagem de nível - Vicinal da Rodovia SP-031
Não é tão movimentada igual a própria Rodovia SP-031 - Índio Tibiriçá, mas aqui pelo menos existem lombadas para os carros diminuírem a velocidade, mas mesmo assim tome cuidado ao atravessar.
Passagem de nível - Rua Alberto José Pereira.
Não existe nada por perto, mas serve como ponto de escape caso queira desistir, saindo pelo lado direito, irá em direção á Rod. Índio Tibiriçá onde poderá pegar um ônibus da EMTU para Suzano ou Ribeirão Pires.
Passagem de nível - Rua Crispim Adelino Cardoso
Também não possui comércio por perto, só serve como escape.
Passagem de nível - SP031 - Rodovia Índio Tibiriçá
Tome muito cuidado ao tentar atravessar esse trecho, os carros só param se estiver vindo algum trem. Tente ver algum bom intervalo entre as duas mãos e atravesse.
CRAGEA - Centro Logístico
Mais um ponto de armazenamento de carga, nesse ponto é para containeres.
Passagem de nível - Rua Sebastião Moreira
Saindo pelo lado esquerdo do percurso, existe um comércio de salgado.
Passagem de nível - Rua Avelino Mariano Pena
Saindo pelo lado direito do percurso, tem o Bar do Tião du Buriti.
Passagem de nível - Estrada do Mizukami
Saindo do lado direito do percurso, tem a Lanchonete Nil & Cris.
Trilha do Poço
Aqui nesse ponto está bem evidente uma trilha que dessa para a corredeira.
Poço 479
A corredeira forma um belo poço bem convidativo em dias calorentos, é bem raso.
Passagem de nível - SP-031- Rod. Índio Tibiriçá - 2
Outra passagem de nível que cruza com a rodovia. Do mesmo jeito da outra travessia, aqui os carros só param para o trem, tome cuidado.
Ponto de água
A partir de ponto, as encostas da ferrovia estão construídas com contenções para evitar desmoronamentos, existem vários drenos para evitar um colapso, vários servem como bica.
Lago
Um lago que beira a ferrovia, a água é muito barrenta, tome cuidado se for se refrescar.
Bifurcação
Aqui a ferrovia toma dois rumos, seguindo reto ela segue pra Paranapicaba, e á direita, vai para os trilhos da CPTM em Rio Grande da Serra.
Passagem de nível - Estrada Guilherme Pinto Monteiro
A última passagem de nível do trecho, saindo pela esquerda, é justamente a rua da Estação Rio Grande da Serra. Aqui é o ponto de escape para evitar os usuários de crack um pouco mais pra frente, mas ainda dá pra seguir mais adiante sem incômodo.
Entroncamento EF-479 x CPTM
Nesse ponto os trilhos da EF-479 finalmente se encontram com a Linha 10-Turquesa da CPTM. Nesse ponto o melhor a fazer é voltar sentido a estação, para evitar transtornos na ponte centenária que agora virou uma biqueira. Se quiser seguir adiante, o risco é todo seu.
Ponte Centenária - Rio Grande.
Uma ponte de ferro que foi construída pela São Paulo Railway, então a empresa que construiu a ferrovia de Santos á Jundiaí, sobre o Rio Grande. Hoje está em completo estado de abandono, e agora virou ponto de drogas. Apesar de ter só "convidado a me retirar" pelos vagabundos, fui bem hostilizado, não recomendo seguir até ali, pelo menos consegui tirar uma foto.
Estação Rio Grande da Serra
Voltando pelos trilhos da CPTM, chega na passagem de nível em frente á Estação Rio Grande da Serra. Aqui é só pegar o trem de volta, mas antes, dá pra ir na Padaria Barcelona tomar uma deliciosa cerveja gelada depois de toda essa caminhada.
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