Travessia do Caminho do Sal - SBC x Santo André x Mogi das Cruzes
near Pedagio, São Paulo (Brazil)
Viewed 3950 times, downloaded 111 times
Trail photos
Itinerary description
A rota é dividida em três partes:
1º- Caminho do Zanzalá (15km)
2º-Caminho dos Carvoeiros (10km)
3º-Caminho de Bento Ponteiro (25km)
Estes trechos resgatam a história dos primeiros caminhos do Planalto Paulista originados no período da colonização pela coroa portuguesa, ainda no século XVII. Por ali, tropeiros transportavam sal para abastecimento da região. A rota também foi utilizada para o transporte clandestino de pedras preciosas, o que motivou seu bloqueio, na época, pelo rei.
No caminho, você estará em meio à Mata Atlântica, poderá tomar banho de rio em águas límpidas, encontrará mirantes, avistará diversos monumentos históricos, a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí e o primeiro oleoduto do Brasil. São muitas atrações e percorrer o caminho possibilita, aos visitantes, o entendimento da dinâmica dos deslocamentos durante a exploração colonial do país.
É possível acessar a rota por qualquer um dos 3 municípios. Ela é autoguiada, aberta todos os dias da semana, e não é necessária inscrição.
Para chegar ao início desse tracklog, saindo da Estação Rio Grande da Serra, siga até o ponto de ônibus que vai para Paranapiacaba, um pouco mais à frente, terá um outro ponto coberto, pegue a linha 165EX que vai para São Bernardo do Campo, diga ao motorista que você irá descer próximo á rotatória do Caminho do Mar. Descendo nesse ponto, é só seguir a rota gravada.
Waypoints
Ponto de ônibus
Local onde terá que descer do ônibus e começar a caminhada. O caminho segue pelo outro lado da rodovia, então tome cuidado ao atravessar, não existe faixa de pedestre ou passarela.
Início do trecho Caminho do Mar
Para chegar ao início do Caminho do Sal, deve-se percorrer um pequeno de trecho de aproximadamente 4 Km do Caminho do Mar, o que será uma espécie de "aquecimento" para a caminhada que está por vir. Apesar do tráfego para descida da serra estar proibido, ainda passam muitos carros de ciclistas e turistas pelo local, caminhe pelo acostamento e fique atento.
Ponte Rio Pequeno
Uma pequena ponte em arcos para atravessar a Represa Billings. Do meio dela pode-se avistar a Rodovia Anchieta, e muitos pescadores pescam embaixo dela. Tome cuidado porque o acostamento é bem estreito.
Pesqueiro do Pardal
Último comércio antes de começar o Caminho do Sal, se precisar comprar alguma comida ou bebida, faça aqui. Aceita dinheiro e cartões.
Caminho do Zanzalá
Localizado no KM 38+100 do Caminho do Mar, o Caminho do Sal se inicia no trecho do Caminho do Zanzalá. Em aproximadamente 13km, o trecho Zanzalá resgata uma parte do traçado original do Caminho do Zanzalá, caminho de tropeiros aberto em 1640 para transporte de sal do porto de Santos até Mogi das Cruzes. O período é marcado pelo crescimento da Vila de São Paulo e, consequentemente, da demanda pelo abastecimento de sal, produto estratégico para a sobrevivência dos povoamentos. Á época, o sal era monopolizado pelo governo português, que desembarcava o produto nos portos de Santos e São Vicente. Seu transporte até o planalto era realizado através do Caminho do Padre José Anchieta, que atravessa a Serra do Mar e se estende em direção ao interior do estado, e dali seguia pelo Caminho de Zanzalá. Por três séculos, o Zanzalá foi a principal rota de ligação entre os atuais municípios de São Bernardo do Campo e Mogi das Cruzes. Mais tarde esse caminho também foi utilizado para contrabando de pedras preciosas oriundas das minas de Cuiabá, Mato Grosso, uma vez que tropeiros desviavam por ali para escapar dos altos impostos cobrados pela coroa portuguesa. Em 13 de maio de 1722, o rei de Portugal ordenou a vedação do Caminho de Zanzalá, ficando a rota esquecida e obscura. Margeando o Parque Estadual da Serra do Mar você avistará o Oleoduto da Serra, primeiro do gênero no Brasil, além de belas paisagens; percorrerá trechos com vista para o Reservatório Billings, atravessará a Barragem Sangradouro do Pequeno Perequê, córregos, rios e lagoas de águas castanhas cercados por campos nativos, e ainda poderá observar a fauna e flora locais. Este trecho tem poucas propriedades rurais e nele não é possível encontrar praticamente nenhuma infraestrutura de comércio e serviços, por isso, programe-se bem antes de iniciá-lo.
Sangradouro Pequeno Perequê
Algumas das nascentes do Rio Perequê foram submersas com o alagamento da Represa Billings. O Perequê é afluente do Rio Cubatão e corre em direção ao litoral, pelas encostas da Serra do Mar. O Sangradouro é uma pequena barragem de controle da represa. A construção tem mais de meio século. A Billings começou a ser construída em 1925 e foi inundada em 1927 para gerar energia elétrica para as indústrias de Cubatão, por meio da Usina Henry Borden. Desde 1958, é utilizada para abastecimento de água; e desde os anos 1970, é protegida pela lei de mananciais. Nos anos 1980, as águas do reservatório foram separadas e a captação da água passou a ocorrer no braço do Rio Grande, que pode ser avistado no Caminho do Sal. Seu nome é uma homenagem ao engenheiro estadunidense responsável pelo projeto: Asa White Kenney Billings. Billings era funcionário da empresa Light, antiga Eletropaulo. O projeto é tão complexo, que foi necessário escavar um túnel na Serra do Mar, para movimentar as turbinas da usina.
Trilha da Cachoeira da Torre
A Trilha da Cachoeira da Torre se localiza do lado direito da estrada seguindo o trajeto. Apesar de ser muito frequentada, o acesso é proibido pelo Parque Estadual da Serra do Mar, tem sido muito fiscalizada e colocaram até um portão na frente para coibir o acesso. Apesar disso, ainda continua sendo frequentada clandestinamente.
Poço do Rio das Garças
O primeiro poço para se refrescar no trecho. É formado na travessia da estrada com Rio das Garças, um dos afluentes que abastecem a Represa Billings, existe até um gramado ao lado para um possível camping, porém é bem exposto.
Poço do Rio Pequeno
Outro poço que fica na rota, formado pelo Rio Pequeno, que também abastece a Represa Billings. Além de também possuir um gramado ao lado, também tem uma árvore com uma boa sombra.
Poço dos 7 tubos
O terceiro poço que fica na rota e mais famoso. Apesar do rio não ter nome oficial (pelo menos não aparece no mapa) ele também abastece a Represa Billings, e igual aos outros, possui uma boa área de camping.
Poço da Macumba
A diferença desse poço para os outros, é que apesar do rio não ter nome oficial, ele corre em direção ao mar, com certeza sendo algum afluente do Rio do Ouro. Existia algumas oferendas no local, então essa é a referência desse nome para o poço.
Trilha do Lago de Cristal
A Trilha do Lago de Cristal fica do lado direito seguindo este percurso. Ela também dá acesso para as Cachoeiras dos Grampos, Ventos, Escondida e o Morro do Careca. Assim como a Cachoeira da Torre, o acesso é proibido pelo Parque Estadual da Serra do Mar, e também foi colocado um portão para coibir o acesso, além de estar sendo fiscalizada frequentemente.
Caminho do Zanzalá x Caminho dos Carvoeiros
Neste ponto, finaliza o Caminho do Zanzalá, e se inicia o Caminho dos Carvoeiros. A inauguração da estação ferroviária do Campo Grande, em 1889, pela São Paulo Railway Company, criou as condições necessárias para o extrativismo de madeira que alimentava os fornos das olarias dos núcleos coloniais de Ribeirão Pires e de São Caetano do Sul; e também contribuía com a produção de carvão que atendia às demandas do acelerado crescimento da capital paulista e de Santos. A estação de trem do Campo Grande, em Santo André, nas proximidades da Vila de Paranapiacaba, que no projeto da estrada de ferro tinha por objetivo apenas ser uma parada intermediária para o abastecimento de água para as locomotivas, vai, gradativamente, assumindo a função de escoar a produção de lenha e carvão. Toda essa área devastada, no passado, está hoje em franco processo de regeneração e sua história pode ser resgatada por meio do Trecho dos Carvoeiros, em aproximadamente 10km de extensão. Você percorrerá estradas entre matas, avistará monumentos, e encontrará a encantadora Vila Ferroviária de Paranapiacaba no alto da Serra do Mar.
Trilha alternativa
Poucos sabem, mas essa trilha é um caminho alternativo para o Lago de Cristal.
Trilha da Cachoeira da Fumaça
A trilha da Cachoeira da Fumaça encontra-se do lado direito seguindo o percurso. É o atrativo mais famoso e popular da região de Paranapiacaba, porém, assim como as outras, seu acesso é proibido pelo Parque Estadual da Serra do Mar, onde são feitas fiscalizações frequentes e também foi colocado um portão na frente da trilha para coibir o acesso.
Bifurcação - Parte Alta x Parte Baixa
Seguindo reto a rodovia, você chegará na Parte Alta da Vila de Paranapiacaba, porém o percurso do Caminho do Sal segue pela Parte Baixa. Neste local também existe um acesso á um pequeno morrote onde se encontra um monumento e um belo mirante.
Monumento ao Divino Redentor
Do topo do morro é possível ter uma bela vista, em dias claros, da Estação de Campo Grande e do entorno. A Capela do Bom Jesus da Boa Viagem foi construída pelo padre Luiz Capra e inaugurada em 1912. Lá foram celebrados missas e casamentos. Conta-se que por ocasião de um longo período de chuva, um tiro foi deflagrado contra a estatueta do Divino Salvador. Entre 1930 e 1935, Angelin Arnoni deu um tiro na imagem, arrancando-lhe dois dedos. Segundo antigos moradores, após 25 dias seguidos de chuva, que prejudicaram o transporte de madeira e lenha até a estação ferroviária para comercialização com outras cidades do Grande ABC, Capital e Baixada Santista através da linha férrea da São Paulo Railway, o sol surgiu pela manhã; enquanto os motoristas se preparavam para sair, voltou a chover. Daí o tiro de Angelin Arnoni. Por coincidência, a chuva cessou logo depois e o sol voltou a brilhar, para alegria dos trabalhadores.
Estação Campo Grande
Inaugurada em 1889, pela São Paulo Railway Company, desde sua criação, a Estação de Campo Grande nunca teve muito movimento de passageiros. Contudo, era um ponto fundamental de parada e estacionamento de trens para escoamento da produção de carvão e madeira, que servia à região. A antiga passarela e o prédio da estação são referências da época que ainda teimam em resistir, já que desde a década de 1990 nenhum passageiro desembarca por ali. Os trens metropolitanos da CPTM, a partir de novembro de 2001, somente paravam ali nos fins de semana. Em 2002 os trens deixaram definitivamente de ir até Paranapiacaba, parando na estação anterior de Rio Grande da Serra e retornando para a Luz. Parte da estação já havia desabado e a passarela estava interditada janeiro de 2007. Em 2010 um incêndio piorou a situação. Em 2019 estava parcialmente arruinada. No final de 2020, foi entregue totalmente restaurada pela empresa MRS que possui a concessão da linha.
Bifurcação - Caminho do Sal x Rota da Madeira
Virando á esquerda em direção ao Bar do Flávio, existe uma nova rota ecoturística chamada Rota da Madeira. Seguindo reto a estrada segue o percurso do Caminho do Sal.
Trilha para o Poço do Triângulo
Do lado direito seguindo o percurso, existe uma trilha que dá acesso à ferrovia, e seguindo ela sentido Paranapiacaba, existe um poço artificial cuja a saída da galeria é em formato de triângulo.
Trilha das Erosões
A Trilha das Erosões é uma trilha circular com dois acessos, sendo esse um deles. Existem várias erosões enormes pelo caminho, causadas pelas motos, uma cahcoeira e também um mirante embaixo de uma torre de energia que pode ser usado como camping.
Trilha da Pontinha
A Trilha da Pontinha é uma das trilhas administradas pela Associação de Monitores Ambientais da Vila de Paranapiacaba. A sede da AMA fica na Rua Direita, próxima ao Bar da Zilda.
Ponto de água
Ponto de água potável para se hidratar. Existe um banco no lugar também para descansar e repor as energias.
Locobreque abandonada
Um dos principais acervos patrimoniais da Vila de Paranapiacaba, infelizmente está abandonada e á deriva no tempo apodrecendo aos poucos, mesmo assim, serve de atrativo para fotos para os turistas.
Caminho dos Carvoeiros x Vila de Paranapiacaba
Neste ponto finaliza o trecho do Caminho dos Carvoeiros, e virando á direita, tem o acesso à Parte Baixa da Vila de Paranapiacaba. Porém o caminho segue reto o percurso até o começo do Caminho de Bento Ponteiro. Paranapiacaba significa, em tupi, “lugar de onde se avista o mar”. Antiga vila ferroviária de arquitetura inglesa, criada no final do século XIX, foi erguida no topo da Serra do Mar; onde atrativos históricos, culturais e naturais estão por todos os lados. Em princípio, tratava-se apenas de um canteiro de obras, necessário à implantação da ferrovia, onde viviam operários. O sistema funicular, originalmente implantado na ferrovia, exigia constante manutenção e na década de 1970 foi trocado pelo cremalheira aderência, diminuindo a necessidade de mão de obra. Nesse período, operários foram gradativamente deixando a vila. Além da colonização inglesa, fortemente marcada pela arquitetura, também recebeu colonização portuguesa. As construções de padrão mais comum ao olhar brasileiro, ficam do outro lado da ferrovia e são uma atração à parte. O caminho cruza a Vila Inglesa e de lá, por meio de uma passarela, é possível acessar o lado de colonização portuguesa e vice-versa. Paranapiacaba conta com uma série de atrações como museus, monumentos históricos, restaurantes, hotéis e paisagens incríveis, além de vários festivais ao longo do ano.
Bar do Campo
Último comércio antes de deixar a Vila de Paranapiacaba, o Bar do Campo fica bem do lado do Campo de Futebol, o primeiro do Brasil com as dimensões oficiais. Aceita cartão e dinheiro.
Caminho de Bento Ponteiro
Conhecido como “Ponteiro” por ser construtor de pontes na mocidade, Bento José da Silva foi um dos primeiros habitantes do Alto da Serra, atual Paranapiacaba. Bento José Rodrigues da Silva era um comerciante português possuidor de terras em Mogi das Cruzes, que atraído pela notícia da construção da estrada de ferro pelos ingleses, abriu um carreiro de alguns quilômetros, desde Quatinga até a vereda do acampamento das obras da ferrovia. Chegou ao fim de seu empreendimento em 1862; e passou a morar num rancho de pau-a-pique no alto do morro, recebendo do governo uma porção de aproximadamente 40 alqueires. A gleba foi dividida e se instalaram nela moradias e comércios de gêneros necessários ao acampamento. Religioso, doou as terras onde hoje estão o cemitério e a Igreja do Bom Jesus de Paranapiacaba. No trecho mais longo do Caminho do Sal, com cerca de 25km, você atravessará belas paisagens rurais, conhecerá a Vila Taquarussu, a pequenina Quatinga e encontrará Taiaçupeba, um charmoso bairro de Mogi das Cruzes cercado de muitos atrativos naturais. Além de tudo isso, uma revisão desse trecho da rota agora permite acesso à trilha da Pedra de Grande de Quatinga, onde um desvio de cerca de 2km (ida e volta), facilita o acesso do turista ao topo da pedra, de onde, em dias claros, é possível avistar a Serra de Itapety e a represa de Taiaçupeba.
Trilha do Tanque do Gustavo
Outra trilha administrada pela AMA de Paranapiacaba, só é acessível com a contratação de monitoria. Neste local é possível conhecer a estrutura de engenharia hidráulica inglesa, criada em 1900 para abastecimento de água das máquinas do sistema funicular. O nome ” Tanque do Gustavo” foi atribuído em homenagem ao alemão Gustavo Hartmann, empreiteiro da São Paulo Railway (SPR), que construiu o reservatório.
Trilha da Comunidade
Essa trilha também é monitorada pela AMA de Paranapiacaba. No alto do morro encontram-se ruínas que dizem se tratar de um antiga comunidade alternativa da década de 70, que denominou a trilha. Pelo local passa a divisa de três municípios: Santo André, Santos e Mogi das Cruzes. Nessa trilha também existe a nascente mais alta do Rio Grande, um dos braços formados da represa Billings.
Marco de divisa - Santo André x Mogi das Cruzes
Do lado esquerdo da estrada seguindo o percurso, existe um marco de concreto que marca a divisa de município entre Santo André e Mogi das Cruzes.
1ª entrada da Trilha das Erosões
Entrando nesse acesso, você fará o menor circuito da Trilha das Erosões com aproximadamente 12 Km, mais ou menos. Seguindo esse circuito, só terá como atrativo o mirante da torre de energia ,a cachoeira fica em outra entrada.
Trilha do Vale do Quilombo
Essa trilha dá acesso á vários atrativos para o Vale do Quilombo, como a clássica Volta da Serra pela Trilha dos Carvoeiros, a Cachoeira do Anhangabaú e a Cachoeira do Vale.
Trilha das 3 pedras
Uma trilha a ser explorada, existem 3 pedras que marcam a entrada, ponto marcado para futura exploração.
Vila de Taquarussu
A Vila Taquarussu está localizada no município de Mogi das Cruzes e foi construída por trabalhadores italianos, durante a II Guerra Mundial, na Fazenda Taquarussu, uma propriedade particular. A fazenda fornecia lenha e carvão para as locomotivas da São Paulo Railway. Ao passar por ali, o caminho faz um pequeno desvio por fora da área construída, porém é possível avistar as edificações da época, uma capela construída em homenagem à Santa Luzia e um pequeno lago. Na vila também há fonte de abastecimento de água potável. É possível fazer locação do espaço com antecedência em caso de pernoite.
Trifurcação
Seguindo para a esquerda a rota vai para Suzano, para a direita, leva até o Camping Simplão de Tudo, a Cachoeira do Mestre e a Fazenda Matarazzo. Seguindo reto segue o percurso.
Poço do Rio das Pedrinhas
Um poço formado na travessia da estrada com o Rio das Pedrinhas. No local existe uma área com plantação de Pinheiros que é usada como camping.
Trecho de trilha do Caminho do Sal
Apesar da maior parte do Caminho do Sal ser feito por estrada, esse é um pequeno trecho de 400 metros onde caminho é feito por uma trilha estreita na mata. Tome cuidado pois o caminho é bem acidentado com lama.
Trilha da Pedra Grande de Quatinga
A Trilha da Pedra Grande de Quatinga se localiza do lado direito da estrada seguindo o percurso. A Pedra Grande de Quatinga faz parte da Unidade Geológica denominada Granito Taiaçupeba. Para chegar à pedra, é necessário seguir por uma estreita trilha de aproximadamente 1km, de alta dificuldade, em meio à mata. No topo, uma enorme rocha granítica serve de mirante e área de descanso após o desgaste da subida. Ali, cresce umavegetação rasteira, o que ocorre em função da estreita ou nula camada de solo sobre a rocha. Do alto da Pedra Grande, é possível avistar o reservatório de Taiaçupeba, a Serra de Itapety, em Mogi das Cruzes e as áreas de produção rural no entorno. A trilha não é adequada à pratica de mountain biking, embora adeptos da modalidade downhill possam se interessar por ela. Seu percurso é bemdemarcado e de fácil identificação. Nos períodos chuvosos, o trecho pode ficar bastante escorregadio. Por isso, é indicado o uso de bastões de caminhada e até mesmo de luvas, para facilitar o uso das mãos como apoio nas árvores, galhos e até mesmo, no chão, durante a descida. Existe uma outra trilha também que liga o pico da pedra até a fazenda onde está localizada a Cachoeira do Mestre, já citada em outro ponto.
Riacho
Neste ponto um pequeno riacho atravessa a estrada, pode-se atravessá-lo pelo leito, ou por algumas pedras. A água também é potável, recomendando-se que abasteça o cantil aqui ou no Distrito de Quatinga, pois o próximo ponto está bem distante.
Distrito de Quatinga
Quatinga é um distrito de Mogi das Cruzes cercado pela Serra do Mar. Na pequena vila, a Igreja de Nossa Senhora da Piedade foi erguida na década de 1950 e está quase sempre fechada. Dali, saem algumas procissões em festa, que percorrem a região, sempre com datas específicas. Na vila, você pode encontrar alguns poucos comércios, serviços e linhas de ônibus municipais que levam até a região central de Mogi. Do lado esquerdo desse percurso, existe um mercado bem ao lado do Campo de Futebol,caso precise comprar alguma bebida ou comida. O percurso segue pelo lado direito.
Ponto de água
O ponto está localizado perto da crista de um barranco, do lado direito da estrada seguindo o percurso.
Trilha do Rio
Do lado esquerdo da estrada seguindo o percurso, existe uma trilha que leva até o rio que cruza a estrada, sem nome oficial.
Rio
Este ponto encontra-se uma pequena corredeira com um poço enorme, bem embaixo da ponte que cruza a estrada.
Mirante da Adutora
As grandes tubulações que podem ser avistadas na superfície em vários locais, nesse trecho do caminho, são parte do Sistema Adutor Rio Claro, que atualmente abastece cerca de 1,5 milhão de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo. A primeira etapa da adutora foi lançada em 1939 e após duplicação na década de 1970, devido ao aumento da demanda por água na região, passou a contar com 86km de extensão. A complexidade da obra é tão grande que vários tipos de tubulação foram utilizados, e algumas peças foram importadas da Inglaterra. Com um dia ensolarado, dá pra se ter um belo pôr-do-Sol.
Cemitério de Taiaçupeba
Segundo informações levantadas com o único funcionário do local, o Cemitério de Taiaçupeba pertence à Mitra Diocesana, ou seja, à Igreja Católica. É um cemitério privado e foi erguido em 1888. Ali, alguns túmulos mais antigos que ainda não foram remodelados, guardam restos de fundadores de Taiaçupeba, como Antonio Pinheiro Nobre e Benedito Souza Lima. É aberto ao público das 8:00 ás 17:00.
Caminho de Bento Ponteiro x Distrito de Taiaçupeba
Nesse ponto finalmente se finaliza o último trecho do Caminho do Sal, e marca a chegada no centro do Distrito de Taiaçupeba. Taiaçupeba é um Distrito de Mogi das Cruzes cuja colonização data de 1864, quando passou a ser utilizado por bandeirantes para repouso e acampamento. A maior parte do seu território está em área de Mata Atlântica. Seu nome se deve à presença de porcos selvagens, os queixadas, espécie nativa da região, chamados TAI (dente), ASSU (grande) PEBA (branco) pelos indígenas. A igreja Matriz de Taiaçupeba ou Paróquia Santa Cruz é o ponto final/inicial do caminho, foi reformada e redecorada com pinturas de José Benedito da Cruz (conhecido como JBC), por volta do século XIX.
Ponto de ônibus
Nesse ponto pode-se pegar o ônibus para o Terminal Estudantes em Mogi das Cruzes, e lá o trem na Estação Estudantes da Linha 11 - Coral. Em volta da praça existe vários comércios, então você terá livre escolha pra onde comemorar essa longa caminhada com uma deliciosa gelada canela de pedreiro.
Comments (12)
You can add a comment or review this trail
Um excelente historiador!! Salvei essa percurso w vou explorar tudo.
Obrigado Marcelo Cavadas, esse caminho tem muita história...
Ola Thiago li tudo q escreveu, impressionante , parabéns ! Essas informações obteve em livros ? Muito bom mesmo , parabéns ! Conseguiu fazer em um dia essa trilha , como fez ?
Boa noite Danilo.
Pesquisei muito sobre a história desse caminho em sites e livros, e sim, fiz essa trilha em 1 dia, foi caminhada o dia inteiro kkkkkkkkkkkkkk, parei apenas em Paranapiacaba para um lanche e retomei a pernada.
Parabéns! Pretendo fazer essa trilha em breve.
I have followed this trail View more
Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
Muito obrigado por compartilhar, fiz a trilha no dia 15 de abril.
Muito legal vou fazer está trilha. Obrigado pelas informações
Olá Zé Thiago, teria um contato para podermos conversar?
Meu nome é Felipe , deixo aqui meu contato , whatsapp ou telefobe Forte abraco
Felipe 11 984030010
I have followed this trail verified View more
Information
Easy to follow
Scenery
Difficult
Caminho para quem tem um bom condisonamento físico,mas compensatória no final
Excelentes informações, mas preciso de mais algumas. Os ônibus de Taiaçupeba aceitam transportar bicicletas?
Se eu descer do trem na estação Rio Grande da Serra, devo seguir para Paranapiacaba ou para a Rodovia Caminho do Mar ?
Obrigado.
Olá Celso. Sinceramente eu nunca vi ônibus de Mogi das Cruzes lotados de bicicleta, mas pelo menos aos domingos e feriados eu acredito não ser problema para transportar a bicicleta nos ônibus, teria que perguntar nos terminais.
Se você descer em Rio Grande da Serra, e pegar a rodovia, você chegar no ponto onde termina o trecho do Zanzalá, que vem do Caminho do Mar, e se seguir para Paranapiacaba, será o trecho dos Carvoeiros, e logo depois da vila, o trecho de Bento Ponteiro até Taiaçupeba.