Travessia do Alvão - ETAPA 1/2

Ermelo

Ermelo é uma antiga freguesia portuguesa do concelho de Mondim de Basto. Foi extinta (agregada) pela reorganização administrativa de 2012/2013, sendo o seu território integrado na União de Freguesias de Ermelo e Pardelhas. A povoação de Ermelo teve forais dados por D. Sancho I (Guimarães, em Abril de 1196), que a elevou a vila e sede de concelho, e por D. Manuel I (Lisboa, 3 de Junho de 1514). O concelho era constituído pelas freguesias de Bilhó, Campanhó, Ermelo, Pardelhas e Lamas de Olo. Tinha, em 1801, 2 091 habitantes. Após as primeiras reformas administrativas do Liberalismo, passou a integrar também as freguesias de Campeã, Quintã e Vila Cova. Tinha, em 1849, 4 314 habitantes. Em 31 de Dezembro de 1853, o concelho foi extinto, sendo as suas freguesias divididas entre os concelhos de Mondim de Basto e Vila Real. A perda de importância, associada aos crescentes afastamentos dos pólos de desenvolvimento, ao isolamento e interioridade, viriam a reflectir-se gradualmente, no século e meio seguinte, no desenvolvimento económico e na evolução demográfica. Ermelo deriva provavelmente do germânico lo, que significa floresta e de irmin do qual existem diversas explicações entre as quais a palavra "divino" ou a referência ao antigo deus germânico de nome Irmin. Uma outra explicação para a palavra é eremus, proveniência latina cujo significado é solitário ou desértico.

Pelourinho de Ermelo / fonte

O antigo couto de Ermelo teve primeiro foral dado por D. Sancho I, em 1106, e foral novo de D. Manuel, em 1514. Foi extinto em 1853, e integrado no concelho de Mondim de Basto, do qual é actual freguesia. Conserva ainda um pelourinho, levantado num pequeno largo da povoação, quase encostado a um dos muros do edifício da Junta de Freguesia local. O pelourinho assenta em plataforma de três degraus quadrangulares de aresta, estando o térreo praticamente embebido no pavimento. O último superior tem as arestas superiores boleadas. A base da coluna é um singelo bocel, ou moldura de secção semi-circular, e nela encaixa o fuste, cilíndrico e liso. O capitel é semelhante à base, sendo encimado pela peça de remate. A base do remate é quadrangular e saliente, fazendo as vezes de ábaco. Após marcado estrangulamento, volta a alargar-se para formar uma pirâmide de secção quadrada, de topo embolado, com esfera terminal lisa. A simplicidade e o carácter rústico do monumento dificultam a sua datação; ainda assim, o pelourinho será presumivelmente tal como outros exemplares de tipologia semelhante de finais do século XVI, ou de inícios do XVII.

Ponte da Abelheira (rio Olo)

Piocas de Baixo

As Piocas de Baixo são pequenas lagoas naturais, no rio Olo, umas mais profundas, outras mais largas, situadas próximo da aldeia de Ermelo, na parte inferior das quedas das fisgas do Ermelo. Cuidado com as pedras que são muito escorregadias!

Fragas do Olo

Miradouro das Fisgas do Ermelo

panorâmica do Monte Farinha

Um dos símbolos mais conhecidos do concelho de Mondim de Basto é o Monte Farinha, no topo do qual se ergue o Santuário da Nossa Senhora da Graça a quase 1000 metros de altitude. O Monte Farinha e os altos dos Palhaços e dos Palhacinhos são o principal elemento topológico do concelho. Este Monte, também conhecido como Nossa Senhora da Graça, com a sua forma cónica, relaciona-se com quase todo o concelho, sinalizando-o, dado poder ser avistado, praticamente, de toda a região de Basto.

Cancela do Miradouro

travessia rio Olo

NOTA: esta travessia só é possível se o caudal do rio estiver baixo, o que nos meses de inverno nem sempre será possível.

Piocas de Cima

As Piocas de Cima são pequenas lagoas naturais, no rio Olo, umas mais profundas, outras mais largas, situadas próximo da aldeia de Varzigueto, na parte superior das quedas das fisgas do Ermelo. Cuidado com as pedras que são muito escorregadias!

Canhão das Fisgas (lagoa)

AVISO: o acesso à lagoa base do canhão das Fisgas apresenta um declive muito pronunciado e APENAS deve ser percorrido com o piso seco. É fisicamente muito exigente e perigoso, pelo que todo o cuidado e experiência são necessários.

miradouro do Alto da Cabeça Grande

Varzigueto

Aldeia singular desenhada nas alturas da montanha e abraçada ao rio Ôlo que se despenha, nas proximidades, na maior queda de água da Península Ibérica – as Fisgas de Ermelo. Aldeia de pastores e de rebanhos, que surpreende todos os que chegam, pelo encanto da paisagem revelada. Uma jóia do Parque Natural do Alvão. Está a uma cota de 745m e dista 28km da sede do concelho.

Igreja de Varzigueto

Taberna Martins

Excelente local para uma paragem e reforço alimentar. A mesa grande, à sombra, e a simpatia dos proprietários justificam o desvio.

panorâmica rio Olo

Pioledo / fonte

Assureira

linha de água

panorâmica Serra do Alvão

panorâmica de Dornelas

Dornelas / fonte

"A aldeia de Dornelas fica logo a seguir a Lamas de Olo e é uma aldeia muito pequenina e onde o tempo parece ter parado. As casas encontram-se praticamente abandonadas, destruídas, e nas ruas vêem-se poucas pessoas. Restam por ali alguns pares de vacas a pastar mas é uma aldeia cujo silêncio permite adivinhar a falta de crianças e de população jovem. Ainda assim, Dornelas é uma aldeia cheia de memórias e de histórias que se encontram bem presentes nas fachadas das casas, janelas, portas... é curioso que numa dessas casas abandonadas é possível ver ainda um quarto intacto mas corroído pelo tempo, os carros de bois devorados pela vegetação, a Nossa Senhora numa janela rodeada de teias de aranha..." in https://www.perdidasnomapa.pt/2020/05/parque-natural-do-alvao-e-uma-aldeia.html

cruzeiro

ponte s/ ribeira do Vale Longo

Lamas de Olo / fonte

Lamas de Olo faz parte do concelho de Vila Real. A antiga freguesia era um curato anual de apresentação do abade de S. Vicente de Ermelo. Esta freguesia está integrada no Parque Natural do Alvão apresentando muito vincadamente as características da forma de vida das gentes que habitam nas encostas da serra. Na aldeia de Lamas de Olo não há pressas e os dias passam devagar. O recolher do gado ao fim do dia é uma das tarefas rurais, a par de muitas outras, como as malhas do centeio, do milho e do feijão, as desfolhadas e as vessadas (em que se prepara a terra para as próximas sementeiras). A matança do porco, a confecção do fumeiro e o fabrico do pão completam o dia-a-dia dos seus habitantes. Em Lamas de Olo, Ermelo e Barreiro ainda é possível encontrar casas tradicionais construídas em xisto, colmo e granito, muitas das quais recuperadas com a colaboração dos serviços do Parque Natural.