Travessia Borborema x Bananeiras via Cachoeira do Roncador

ATENÇÃO Leia as observações no final

Travessia saindo de Borborema com destino à Bananeiras com distância total de aproximadamente 25 km. Trilha totalmente autônoma feita em 2 dias com acampamento selvagem. O percurso passa por parte da antiga ferrovia do ramal Bananeiras e outros pontos turísticos de grandes valores históricos nas duas cidades.

O que foi feito aqui foi ligar as atrações turísticas existentes usando as trilhas e estradas de acesso à elas (não há nada de novo). Esse percurso foi planejado previamente e criado por mim. Não usei nenhum tracklog existente, mas estou disponibilizando aqui para que você possa utilizá-lo como base para seu planejamento.

Essa é uma nova versão da mesma travessia já cadastrada no meu wikiloc, mas dessa vez o percurso inclui a Cachoeira do Roncador.

INFORMAÇÕES

Tipo: Trekking autônomo com planejamento do percurso e navegação realizados por conta própria;
Guia: Opcional;
Distância: 25 Km;
Dias: 2 dias;

COMO CHEGAR

Por se tratar de uma travessia é preciso definir a logística de como será o deslocamento até o começo da trilha e de como será o resgate no final dela. Na primeira vez que fiz essa travessia fiquei hospedado numa pousada um dia antes e no dia seguinte peguei um moto-táxi para ir até o início da trilha.

Dessa vez, como estávamos em cinco pessoas, resolvemos alugar uma casa em Bananeiras, e o valor ficou mais em conta. Deixei o contato da casa no final do relato. No dia seguinte, fomos de carro até a casa do nosso anfitrião que fica em Borborema próximo ao início da trilha e deixamos os carros lá. Em seguida, ele nos deixou no inicio da trilha. Acertamos um valor para ele ir nos buscar no final da trilha em Bananeiras e também deixar no início da trilha.

Outra opção é deixar o carro em Bananeiras e ir até o início da trilha usando um transporte local. Você pode usar moto-táxi ou carros alternativos, ambos encontrados na rodoviária de Bananeiras.

A trilha do wikiloc tem início numa estrada rural às margens da PB-087 (um pouco antes de chegar a Borborema). Caso prefira você também pode começar o percurso dentro da cidade de Borborema a partir da antiga estação ferroviária da cidade.

TRAVESSIA

A travessia possui alguns trechos de trilha, porém a maior parte é por estrada rural. Esse aspecto facilita tanto a navegação como a caminhada. O percurso compreendeu algumas trilhas existentes e lugares já conhecidos turisticamente na região. Para saber mais sobre essas atrações coloquei algumas informações no meu Aventure Box: https://aventurebox.com/temtrilha/travessia-borborema-x-bananeiras/report.

No primeiro dia são 17.5 km e 533 m de elevação até o acampamento no topo de uma serra em Borborema. No segundo dia são 8 km e 214 m de elevação até o ponto final na Antiga Estação de Bananeiras.

DIA 1 - BORBOREMA x ACAMPAMENTO NO TOPO DA SERRA

A trilha inicia numa estrada rural às margens da PB-087 (à esquerda de quem vem por Bananeiras) a 800m da entrada da cidade de Borborema. O caminho segue por essa estrada rural contornando o açude da cidade. Mais a frente começa a parte de calçamento onde já chega na cidade. Após uma leve subida aparece a Capela de São Sebastião, que foi a primeira capela (?) na época em que a cidade ainda chamava-se Vila de Camucá.

Seguindo na direção leste após 2km do início, chega-se na antiga usina hidrelétrica. Tomando como base a Serra da Samambaia à esquerda, seguiu-se pela estrada até chegar ao Túnel da Serra da Samambaia. Nesse momento a estrada vicinal afunila-se e toma um aspecto de um espaço estreito por onde passava o antigo trem.

O caminho permeia ao redor da serra a uma altitude por volta dos 300m até mais a frente descer mais um pouco até ficar no pé da serra e em seguida tornar a subir a serra novamente em direção à Cachoeira do Roncador.

O ponto de subida até a cachoeira é pela propriedade particular de Janduí, que permitiu a subida da serra passando por suas terras. A casa dele fica ao sul da Cachoeira do Roncador que pode ser acessada no ponto “Colchete da Casa de Janduí”. Quando chegar peça passagem e diga que está indo até a cachoeira.

Do colchete até a bifurcação da trilha para a cachoeira são cerca de 500m depois são mais 500 m até chegar na cachoeira. A trilha nessa parte é bem aberta e demarcada sem grandes dificuldades. Antes da cachoeira, existe um restaurante e bar que serve refeições e bebidas.

A cachoeira estava com bastante água e depois de aproveitar um pouco fomos até o topo da cachoeira. A subida fica numa trilha à esquerda da queda d’água. No topo da cachoeira, dependendo do volume de água, é possível tomar banho e aproveitar o visual de cima.

A trilha segue voltando um pouco e contornando à esquerda de uma rocha. Dessa rocha pega-se uma subida até encontrar com uma encanação branca. Siga pela encanação até chegar numa estrada mais em cima. É possível que encontre a trilha fechada em alguns trechos.

Após a subida, a trilha toma direção oeste e pega novamente uma estrada de fazenda até chegar no distrito de Vila Maia que pertence à Bananeiras. O distrito possui dois mercados. Depois dessa comunidade, o percurso segue por um pedaço margeando a pista (estadual PB-087). Devido à grande quantidade de propriedades particulares, não foi possível evitar a pista nesse trecho. A ideia era pegar algum caminho mais ao norte à direita da estrada.

Após a pista o caminho pega novamente uma estrada rural e chega na Antiga Estação Manitú. Essa estação fica no atual distrito de Manitú, pertence à Borborema, e foi construída como ponto de parada intermediário enquanto o trem não chegava até a estação de Bananeiras. Da estação para o ponto de acampamento são os trechos com maiores subidas. O acampamento fica no topo de uma serra que beira o açude Canafístula II com 562 m de altitude.

No local de acampamento é possível pegar tanto o nascer como o por do sol.
Chegamos a tempo de montar acampamento e apreciar o pôr do sol. Por estar próximo à cidade foi possível avistar Borborema durante a chegada ao acampamento e observar as luzes da cidade durante a noite.

No primeiro dia ainda cheguei com água para cozinhar o jantar e o café da manhã no dia seguinte. Durante o percurso é possível comprar água em mercearias ao longo do caminho ou em casa de moradores.

DIA 2 - ACAMPAMENTO NO TOPO DA SERRA x ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE BANANEIRAS

Esse segundo dia é o mais tranquilo por ter mais descidas e algumas poucas subidas em relação ao primeiro dia. Eu ainda tinha água do dia anterior, mas no caminho há casas que podem ceder um pouco de água.

A trilha segue sentido noroeste em direção à Bica dos Cocos (Bananeiras). Segue-se numa estrada rural por 3 km até encontrar uma porteira à direita que dá acesso a uma propriedade privada. A porteira encontrava-se aberta. Após uma descida a casa da fazenda aparece mais a frente antes do local de entrada. Para pegar a antiga estrada da linha férrea.

Ao chegar na estrada, mais a frente existe uma bifurcação à direita por onde foi feito o caminho para a Bica dos Cocos. O restaurante tem uma taxa de entrada de R$20, que pode ser convertido em consumação.

Por fim, a trilha segue voltando pela estrada até o Túnel da Serra da Viração e mais a frente à antiga Estação Ferroviária.

CONTATOS

Casa em Bananeiras: 83 9 9391-6839

OBSERVAÇÕES

- LEVE SEU LIXO DE VOLTA, FECHE AS PORTEIRAS/TRONQUEIRAS, EVITE DANIFICAR AS CERCAS;

- Propriedades particulares no caminho, seja gentil e peça permissão para passagem;

- No acampamento, por se tratar de uma propriedade privada, seja discreto não faça fogueira ou barulhos excessivos;

- Lembre-se que você é inteiramente responsável ao decidir e realizar a trilha. Use por sua conta em risco. As informações presentes aqui visam apenas serem informativas e auxiliares;

- A progressão do terreno depende da sua condição física, se conheça primeiramente para por segurança chegar antes do final do dia no acampamento e no final da trilha;

- Trilha de dificuldade moderada pela distância, possui algumas subidas e descidas íngremes. Para iniciantes ou pessoas sem condicionamento físico pode ser uma trilha de alta dificuldade principalmente devido ao peso da mochila;

- A travessia pode ser realizada em qualquer época do ano. Durante o inverno prepare-se bem para o frio no acampamento no alto da serra por ser uma área aberta e que venta bastante;

- Travessia bem exposta ao tempo, protetor solar e chapéu são itens obrigatórios. Há boa oferta de água em vendas no caminho;