Travessia Baependi - Aiuruoca Dia 1

Há muito tempo tinha a intenção de fazer a Travessia Baependi-Aiuruoca e quando veio o convite do Marcos e Carol para fazermos essa travessia na Semana Santa, topamos na hora, são grandes companheiros de trilhas e possuem ritmos de caminhada e resistência física semelhantes aos nossos.

Iniciamos os preparativos e a logística de transporte, encontramos algumas opções, Van ficava muito caro, buscamos um transfer com carro e encontrei um, mas nas tratativas não me senti confiante com as indecisões do motorista e desistimos. Optamos por ir em dois carros deixando um no início e outro no fim da travessia, o que aumentaria de 5 para 7,5 horas nossa viagem de regresso pra casa.
Nosso plano desde o início era dormir no Camping e Pousada O Panorâmico, foi outro desencontro o número de telefone que encontrava na internet estava desatualizado. Finalmente dois dias antes da viagem encontrei o número correto, reservamos dois quartos para não perder tempo desmontando barraca no dia seguinte.
Conversando com o dono do camping, Sr. Odilon, ele nos disse que fazia transfer para o início da trilha e também poderia ir conosco no nosso carro e trazer o carro de volta para o Camping, acertamos com ele e foi a melhor opção. O WhatsApp do Panorâmico é (35)91001-6776 - Rose.
Na quinta feira saímos do Camping pouco antes das 7 h chegando no Bairro da Vagem para iniciar a trilha às 9 horas. Ali no ponto de início tem um bom espaço que dá para deixar alguns carros estacionados, não sei se é seguro e tem que buscar o carro no final da travessia.

A TRILHA

Dia 1

A trilha da Serra da Careta se inicia numa porteira que dá acesso à um pasto e logo aparece uma matinha com árvores de pequeno porte para dar um pouco de sombra, a trilha vai subindo numa inclinação suave e constante por 4,5 km e fica um pouco mais íngreme já próximo de atingir um platô antes do ataque ao Pico do Careta, vem então o trecho mais íngreme para vencer os 80 metros de desnível restantes.
No platô conhecemos o Felipe, guia de trecking de Baependi, que encontraríamos nos outros dias da travessia e nos daria dicas valiosas.
Deixamos as cargueiras no início de uma matinha e fizemos o ataque ao cume do Careta sem peso.
Do Pico do Careta (também conhecido como Pico do Chapéu) tem-se uma vista de 360 graus. Dos picos que passamos este é o único que possui livro de cume. Fotos tiradas, livro assinado, descemos para continuar a travessia. Passamos pelo Pico do Cruzeiro, aqui a trilha é bem batida e vai descendo com uma inclinação suave por 5 km, sem muita erosão, passando por campos e matas até chegar ao Camping conhecido como Abrigo Salvador, o melhor ponto de camping da travessia. Localizado ao lado de um riacho de águas límpidas e gelada, possui algumas mesas, bancos e um rancho. Chegamos lá antes das 15 horas, armamos nossas barracas e decidimos fazer o ataque ao cume do Pico do Chorão, a maioria do pessoal acampado ali deixou para subir ao pôr do sol. A trilha de ataque ao Chorão é íngreme e possui um pequeno trecho que é por aderência em rocha, na descida procurei uma trilha alternativa e logo descobri que ela não seguia para o camping, retornei e desci pela trilha correta.
Retornando ao camping preparamos o nosso jantar e logo que escureceu entramos na barraca pra fugir do frio.

Neste dia andamos 12 km em 6 horas

Tracklog gravado com IPhone