Travessia Alpha Ômega, realizada em 3 dias, Parque Estadual Pico do Marumbi
near Madeireira Dal’Pai, Paraná (Brazil)
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Itinerary description
Travessia Alpha Ômega, realizada em 3 dias, Parque Estadual Pico do Marumbi.
Passando por:
01- Estacionamento Morro do Canal (992 m) - Início da caminhada
02- Canal (1340 m)
03- Vigia (1357 m)
04- Torre Amarela (1263 m)
05- Ferradura (1398 m)
06- Destroços do avião
07- Carvalho (1463 m)
08- Sem Nome (1433 m)
09- Mesa (1387 m)
10- Alvorada
11- Base Chapeuzinho (1404 m)
12- Base Chapéu (1472 m)
13- Base Espinhento (1438 m)
14- Pelado (1513 m) / Asa do avião
15- Base Bandeirantes
16- Ângelo
17- Leão (1530 m)
18- Boa Vista (1486 m)
19- Pedra da Lagartixa (1338 m)
20- Olimpo (1539 m)
21- Gigante (1487 m)
22- Ponta do Tigre (1400 m)
23- Estação Marumbi
24- IAP Pico Marumbi
25- Estacionamento do Macuco (97 m) - Final da caminhada
Altimetrias: Wikiloc Mapa OpenTopoMap
RELATO
Esse trekking entrou nos meus planos o ano passado, depois que eu fiz a travessia da Serra da Farinha Seca e a travessia da Serra da Jaguatirica (Capivaris), e também por já ter feito uma travessia e diversos circuitos na Serra do Ibitiraquire. Desde então leio tudo que encontro sobre essa região e os relatos daqueles que já fizeram essa perigosa e desafiadora travessia.
No final do ano passado quase fiz ela, mas devido as condições climáticas desfavoráveis, principalmente devido ao calor excessivo, eu e Alan B. decidimos não fazer e aguardar até que a temperatura amenizasse.
No início de abril, então, surgiu uma previsão de temperaturas mais favoráveis, e decidimos que era o momento, mesmo com previsão de chuva e pouca visibilidade para os 3 dias.
Formamos a equipe de elite (eu, Alan B. e Flávio S.), os 3 de Joinville, e planejamos a travessia para 3 dias, iniciando pelo Morro do Canal e finalizando pelo majestoso conjunto Marumbi.
Para facilitar a logística de início e término da travessia, decidimos deixar um carro no Estacionamento do Macuco, ponto final da caminhada, e de lá arrumar um amigo para nos levar até a base do Morro do Canal, local de início da caminhada. Missão aceita pelo irmão Will da Montanha.
Logo, iniciamos a travessia na base do Morro do Canal às 06:45 da manhã de sábado, com nossas mochilas carregadas, em torno de 14 kg cada.
Antes, porém, abasteci minha garrafa de água (650 ml), o que achei adequado para chegar até o ponto Água1, no vale entre o Ferradura e o Carvalho, marcado na minha tracklog de referência, que lancei no Wikiloc, tendo em vista que o clima estava nublado e chovendo. Também levei outras tracklogs salvas, daqueles que já fizeram a travessia, mas em geral usei apenas a minha.
A trilha até o pico do Morro do Canal é bastante frequentada, então estava bem aberta e com pouca dificuldade técnica. Antes de chegarmos no pico passamos pelo mirante, onde encontramos várias pessoas tomando café e aguardando na esperança do tempo abrir, pois naquele momento a visibilidade era zero. Descansamos um pouco e logo sentimos o corpo esfriar. Verifiquei a temperatura e o sensor marcava 15,7 °C, um pouco abaixo da previsão que era de 17 °C. Mas devido ao vento moderado e umidade relativa próxima de 100%, parecia bem menos. Chegamos no pico às 08:00 com visibilidade zero e sem ninguém ali. Registramos a foto de cume e logo partimos em direção ao Morro do Vigia.
Em seguida encontramos o primeiro paredão assustador de grampos de descida da travessia. Daqueles que você olha de cima e não enxerga o fim. Mas sabíamos que aquele era apenas o primeiro de muitos desafios que viriam pela frente. Então, logo encaramos e passamos sem nenhum problema.
Chegamos no pico do Morro do Vigia às 08:50 com visibilidade zero. Curtimos o momento, descansamos um pouco e tiramos algumas fotos. Logo partimos em direção ao Torre Amarela, que não fica na trilha principal da travessia, mas como ainda não conhecia essa montanha, já havia incluído ela no planejamento e assim fizemos.
Chegando na interseção que, pela esquerda, dá acesso ao Torre Amarela, escondemos as cargueiras e partimos apenas com o kit de segurança, água e um lanchinho de precaução.
No caminho pegamos uma trilha errada à esquerda e logo percebemos que estávamos voltando para a interseção, então conferimos o mapa no Wikiloc e corrigimos a rota.
Chegamos no pico do Torre Amarela às 09:35 e, para nossa alegria, com certa visibilidade. A vista dali é muito bonita, pois é possível avistar o local onde iniciamos a caminhada, uma represa e também os picos ao redor, mas infelizmente as nuvens não davam trégua e logo tomaram conta, deixando tudo cinza e prejudicando a nossa visão dos próximos picos. Após alguns minutos partimos, retornando para a interseção onde deixamos as cargueiras.
Chegamos na interseção, pegamos as cargueiras e partimos em direção ao Ferradura.
A partir dessa interseção a trilha fecha bastante e já no início encontramos uma placa de advertência do parque, alertando que aquela trilha não é a trilha do Morro do Canal, nem a do Vigia, nem a do Torre Amarela. Isso provavelmente porque a imensa maioria dos visitantes só visitam essas 3 montanhas, que formam a Serra da Melança. Vale destacar que a Serra da Melança constitui a parte final do Parque Estadual Pico do Marumbi e o conjunto Marumbi o começo, ou o contrário.
Chegamos no pico do Ferradura às 10:43, sem visibilidade e sem área descampada. Demos aquele tempinho padrão de descanso, fotos e alimentação e logo partimos em direção ao Carvalho.
Descemos o vale e logo chegamos no primeiro ponto de água, o Água1 da minha tracklog de referência. Nos hidratamos bem, enchemos as garrafas, tomamos fôlego e logo iniciamos a difícil e longa subida do Carvalho. Foi a subida mais intensa até então. No caminho o Flávio foi surpreendido com uma pedra solta que rolou sobre o seu pé. Mas apesar da dor e susto, não causou nada grave.
Poucos metros antes de chegar no pico do Carvalho, chegamos na interseção que, pela direita, dá acesso ao Destroços do avião. Deixamos as cargueiras ali e partimos conferir esses destroços.
Ao longo desse percurso fomos encontrando os destroços (um trem de pouso, algumas fuselagens, parte de uma turbina, etc.). Chegamos ao último destroço às 12:18. O Flávio sugeriu uma oração aos que ali faleceram no acidente, então fizemos e logo partimos de volta às cargueiras.
Chegamos no pico do Carvalho às 12:32, sem visibilidade e sem área descampada, então logo partimos em direção ao Sem Nome.
A descida do vale foi razoavelmente tranquila, pois esse trecho não possui muita declividade, mas é um trecho longo. Então me concentrei em procurar o ponto de água Agua2 marcado na minha tracklog de referência. Encontramos apenas uma pequena vala com pouquíssima água corrente, um fio de água. Apesar de ser possível utilizar aquela água, cuja aparência era boa, achamos que a demora para encher as garrafas não valia a pena, já que tínhamos água suficiente para chegar até o próximo ponto de água. Então partimos sem abastecer as garrafas.
Logo depois encontramos outra placa de advertência do parque, a qual dizia Atenção Área de Conservação. Aqui vale destacar que, cientes de estarmos em uma área de conservação ambiental, nosso cuidado durante toda a travessia foi redobrado. Há anos sou praticante do montanhismo consciente, cujas regras são bastante rígidas em relação a conservação e preservação dos ambientes naturais. Mais abaixo estão listadas todas as regras e princípios básicos que norteiam essa prática.
A subida para o Sem Nome também foi razoavelmente tranquila, sem grandes dificuldades. Chegamos no pico às 14:00, que possui uma pequena abertura que serve de mirante, do qual não tivemos nenhuma visão devido ao tempo fechado, então logo partimos em direção ao Mesa.
Logo na descida do vale, encontramos dois pontos de água corrente com pouco volume, mas de boa aparência. Como choveu na noite anterior não sei dizer se essa água é perene (que ocorre o ano todo) ou intermitente (que seca em períodos sem chuva). Na base do vale não encontramos água, então partimos para a subida.
Chegamos no pico do Mesa às 15:43. Demoramos um pouco para identificar e chegar no verdadeiro pico pois havia outros pontos que pareciam ser, mas mais a frente avistamos uma pedra em destaque e ao chegar nela constatamos que ali era o ponto mais alto e também o mais aberto. Pena que o tempo estava fechado e não tivemos nenhuma visão da região.
Partimos, então, em direção ao Alvorada, local planejado para o primeiro acampamento da travessia. Já estávamos bem cansados e pra piorar a situação, a garoa que esteve presente em vários momentos do dia, começou a intensificar e o vento também. Lembramos da situação extrema que passamos na travessia que fizemos juntos na Serra da Jaguatirica (Capivaris), onde tivemos que montar as barracas embaixo de muita chuva, frio intenso, em torno de 5°C, e vento forte. Na hora brincamos que a culpa era do Flávio, pois nas últimas trilhas que fizemos juntos, todas foram em condições climáticas ruins.
A descida do vale não é tão forte, mas é longa. Próximo a base do vale, nos concentramos em procurar o último ponto de água do dia, o Água3 da minha tracklog de referência, para abastecer nossos recipientes e garantir a água do restante do dia, jantar, noite, café da manhã, limpeza da louça, higiene pessoal e a do início do dia seguinte, até o próximo ponto de água. Localizamos e era um ótimo ponto de água. Cada um abasteceu cerca de 3,5 litros. Aproveitamos também para tomar bastante água e descansar, para então encarar a última subida do dia, e assim partimos.
Como nenhum de nós conhecia essa trilha, a expectativa era encontrar um bom lugar para acampar. Pelos relatos lidos, sabíamos que na região do pico do Alvorada tinha área de acampamento, mas nossa preocupação era a exposição aos fortes ventos que estavam ocorrendo e a chuva.
A subida parecia interminável, não só pelo cansaço de já estar caminhando há cerca de 10h, mas porque realmente era uma das subidas mais fortes do dia.
Pouco antes de chegar no pico, avistamos à direita da trilha uma clareira no mato, plana e bem protegida do vento pela mata. No entanto era um espaço pequeno que ficamos na dúvida se caberia nossas 3 barracas. Tendo em vista a hora adiantada, 17:35, já quase escurecendo, resolvemos deixar as cargueiras ali e ir sem elas até o pico, para avaliar o que iriamos encontrar. Levamos cerca de 7 min para alcançar o pico, onde encontramos uma área de acampamento bem maior, no entanto bem exposta aos fortes ventos que estavam ocorrendo. Tanto é que ao sentirmos aquele forte vento juntamente com a chuva leve e o frio na ordem de 15°C que estava fazendo, imediatamente decidimos voltar e acampar na área protegida, onde deixamos as cargueiras. E assim o fizemos muito rápido.
Chegando de volta junto às cargueiras, estudamos a melhor forma de encaixar as barracas naquele espaço. O Flávio, que levou uma Naturehike Cloud Up 1, colocou ela no início da clareira, aproveitando o terreno da trilha. O Alan, que levou uma Naturehike Cloud Up 2, colocou ela no canto oposto e eu encaixei a minha Naturehike Summer 2 no meio das outras duas. Enquanto eles montavam as suas barracas eu tive que aguardar pois não tinha espaço suficiente para os 3 montarem ao mesmo tempo. O problema é que eu estava completamente molhado e com aquela temperatura de 15°C comecei a ficar com muito frio. Também não dava para ajudar eles. Mas logo o Flávio terminou e pude montar a minha barraca e guardar todas as coisas molhas nos avanços. Foi um grande alívio quando entrei na minha barraca e pude me secar, tomar banho de lenço e colocar a roupa de dormir seca e quente.
Tendo em vista que não sobrou praticamente nenhum espaço na clareira, decidimos fazer nossas jantas cada um na sua barraca, coisa que geralmente fazemos juntos, montando um espaço separado das barracas, estruturado com bastões de caminhada e coberto por toldo. Mas dessa vez não deu pra montar nossa cozinha e área de confraternização.
Certamente fizemos a escolha certa, pelo acampamento, pois ficamos protegidos do vento forte, que persistiu até próximo do amanhecer e tivemos uma ótima noite de descanso.
Em edição...
CONDUTA CONSCIENTE EM AMBIENTES NATURAIS
Abaixo estão algumas regras básicas de comportamento que devem ser adotadas pelos visitantes em ambientes naturais. São 8 princípios adotados no mundo inteiro que visam segurança, cuidados e respeito dos frequentadores com a natureza:
1 - Planejamento é fundamental
Entre em contato prévio com a administração da área que você vai visitar para tomar conhecimento dos regulamentos e restrições existentes.
Informe-se sobre as condições climáticas do local e consulte a previsão do tempo antes de qualquer atividade em ambientes naturais.
Viaje em grupos pequenos de até 10 pessoas. Grupos menores se harmonizam melhor com a natureza e causam menos impacto.
Evite viajar para as áreas mais populares durante feriados prolongados e férias.
Certifique-se que você possui uma forma de acondicionar seu lixo (sacos plásticos), para trazê-lo de volta. Aprenda a diminuir a quantidade de lixo, deixando em casa as embalagens desnecessárias.
Escolha as atividades que você vai realizar na sua visita conforme o seu condicionamento físico e seu nível de experiência.
2 - Você é responsável por sua segurança
O salvamento em ambientes naturais é caro e complexo, podendo levar dias e causar grandes danos ao ambiente. Portanto, em primeiro lugar, não se arrisque sem necessidade.
Calcule o tempo total que passará viajando e deixe um roteiro da viagem com alguém de confiança, com instruções para acionar o resgate, caso necessário.
Avise à administração da área a qual você está visitando sobre: sua experiência, o tamanho do grupo, o equipamento que vocês estão levando, o roteiro e a data esperada de retorno. Estas informações facilitarão o seu resgate em caso de acidente.
Aprenda as técnicas básicas de segurança, como navegação (saiba como usar um mapa e uma bússola) e primeiros socorros. Para tanto, procure os clubes excursionistas, escolas de escalada e cursos de idoneidade comprovada.
Tenha certeza de que você dispõe do equipamento apropriado para cada situação. Acidentes e agressões à natureza em grande parte são causados por improvisações, negligência e uso inadequado de equipamentos.
Leve sempre: lanterna, agasalho, capa de chuva, um estojo de primeiros socorros, alimento e água; mesmo em atividades com apenas um dia ou poucas horas de duração.
Caso você não tenha experiência de atividades recreativas em ambientes naturais, entre em contato com centros excursionistas, empresas de ecoturismo ou condutores de visitantes. Visitantes inexperientes podem causar grandes impactos sem perceber e correr riscos desnecessários.
3 - Cuide dos locais por onde passar, das trilhas e dos locais de acampamento
Mantenha-se nas trilhas pré-determinadas - não use atalhos. Os atalhos favorecem a erosão e a destruição das raízes e plantas inteiras.
Mantenha-se na trilha, mesmo se ela estiver molhada, lamacenta ou escorregadia. A dificuldade das trilhas faz parte do desafio de vivenciar a natureza. Se você contorna a parte danificada de uma trilha, o estrago se tornará maior no futuro.
Ao montar seu acampamento, evite áreas frágeis que levarão um longo tempo para se recuperar após o impacto. Acampe somente em locais pré-estabelecidos, quando existirem. Acampe a pelo menos 60 metros de qualquer fonte de água.
Não cave valetas ao redor das barracas, escolha melhor o local e use um plástico sob a barraca.
Bons locais de acampamento são encontrados, não construídos. Não corte nem arranque a vegetação, nem remova pedras ao acampar.
Remova todas as evidências de sua passagem. Ao percorrer uma trilha ou ao sair de uma área de acampamento certifique-se de que esses locais permaneceram como se ninguém houvesse passado por ali.
Proteja o patrimônio natural e cultural dos locais visitados. Respeite as normas existentes e denuncie as agressões observadas.
4 - Traga seu lixo de volta
Embalagens vazias pesam pouco e ocupam espaço mínimo na mochila. Se você pode levar uma embalagem cheia, pode trazê-la vazia na volta.
Não queime nem enterre o lixo. As embalagens podem não queimar completamente, e animais podem cavar até o lixo e espalhá-lo. Traga todo o seu lixo de volta com você.
Utilize as instalações sanitárias que existirem. Caso não haja instalações sanitárias (banheiros ou latrinas) na área, utiliza o KD (Kit de Desetos). Mais informações em: https://sites.google.com/view/ctmepni/parque-limpo
Não use sabão nem lave utensílios em fontes de água.
5 - Deixe cada coisa em seu lugar
Não construa qualquer tipo de estrutura, como bancos, mesas, pontes etc. Não quebre ou corte galhos de árvores, mesmo que estejam mortas ou tombadas, pois podem estar servindo de abrigo para aves ou outros animais.
Resista à tentação de levar lembranças para sua casa. Deixe pedras, artefatos, flores, conchas etc onde você os encontrou, para que outros também possam apreciá-los.
Não risque, piche ou grave de qualquer forma, pedras, troncos ou estruturas do local.
Tire apenas fotografias, deixe apenas suas pegadas, mate apenas o tempo e leve apenas suas memórias.
6 - Não faça fogueiras
Fogueiras enfraquecem o solo, enfeiam os locais de acampamento e representam uma das grandes causas de incêndios florestais.
Para cozinhar, utilize um fogareiro próprio para acampamento. Os fogareiros modernos são leves e fáceis de usar. Cozinhar com um fogareiro é muito mais rápido e prático que acender uma fogueira.
Para iluminar o acampamento, utilize um lampião ou uma lanterna, em vez de uma fogueira.
Para se aquecer, tenha a roupa adequada ao clima do local que está visitando. Se você precisar de uma fogueira para se aquecer, provavelmente planejou mal sua viagem.
Se você realmente precisar acender uma fogueira, consulte previamente a administração da área que estiver visitando sobre os regulamentos existentes, e utilize locais estabelecidos. Tenha absoluta certeza de que sua fogueira está completamente apagada antes de abandonar a área.
7 - Respeite os animais e as plantas
Observe os animais à distância. A proximidade pode ser interpretada como uma ameaça e provocar um ataque, mesmo de pequenos animais. Além disso, animais silvestres podem transmitir doenças graves.
Não alimente os animais. Os animais podem acabar se acostumando com comida humana e passar a invadir os acampamentos em busca de alimento, danificando barracas, mochilas e outros equipamentos.
Não retire flores e plantas silvestres. Aprecie sua beleza no local, sem agredir a natureza e dando a mesma oportunidade a outros visitantes.
8 - Seja cortês com outros visitantes e com a população local
Ande e acampe em silêncio, preservando a tranqüilidade e a sensação de harmonia que a natureza oferece. Deixe rádios e instrumentos sonoros em casa.
Trate os moradores da área com cortesia e respeito. Mantenha as porteiras do modo que encontrou e não entre em casas e galpões sem pedir permissão. Seja educado e comporte-se como se estivesse visitando casa alheia. Aproveite para aprender algo sobre os hábitos e a cultura do meio rural.
Prefira contratar os serviços locais de hospedagem, transporte, alimentação e outros. Desse modo, você estará colaborando para que os recursos financeiros permaneçam na comunidade.
Colabore com a educação de outros visitantes, transmitindo os princípios de mínimo impacto sempre que houver oportunidade.
9 - O que fazer em caso de acidentes e crimes
Em caso de acidente grave, ligue para o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.
Em caso de presenciar crime, ligue para a Polícia Militar pelo telefone 190, ou de forma anônima para o Disque Denúncia pelo telefone 181.
A denúncia também pode ser realizada por mensagens com fotos, vídeos e documentos pelo WhatsApp ou Telegram, através do telefone (48) 98844-0011 com a garantia de sigilo absoluto.
Passando por:
01- Estacionamento Morro do Canal (992 m) - Início da caminhada
02- Canal (1340 m)
03- Vigia (1357 m)
04- Torre Amarela (1263 m)
05- Ferradura (1398 m)
06- Destroços do avião
07- Carvalho (1463 m)
08- Sem Nome (1433 m)
09- Mesa (1387 m)
10- Alvorada
11- Base Chapeuzinho (1404 m)
12- Base Chapéu (1472 m)
13- Base Espinhento (1438 m)
14- Pelado (1513 m) / Asa do avião
15- Base Bandeirantes
16- Ângelo
17- Leão (1530 m)
18- Boa Vista (1486 m)
19- Pedra da Lagartixa (1338 m)
20- Olimpo (1539 m)
21- Gigante (1487 m)
22- Ponta do Tigre (1400 m)
23- Estação Marumbi
24- IAP Pico Marumbi
25- Estacionamento do Macuco (97 m) - Final da caminhada
Altimetrias: Wikiloc Mapa OpenTopoMap
RELATO
Esse trekking entrou nos meus planos o ano passado, depois que eu fiz a travessia da Serra da Farinha Seca e a travessia da Serra da Jaguatirica (Capivaris), e também por já ter feito uma travessia e diversos circuitos na Serra do Ibitiraquire. Desde então leio tudo que encontro sobre essa região e os relatos daqueles que já fizeram essa perigosa e desafiadora travessia.
No final do ano passado quase fiz ela, mas devido as condições climáticas desfavoráveis, principalmente devido ao calor excessivo, eu e Alan B. decidimos não fazer e aguardar até que a temperatura amenizasse.
No início de abril, então, surgiu uma previsão de temperaturas mais favoráveis, e decidimos que era o momento, mesmo com previsão de chuva e pouca visibilidade para os 3 dias.
Formamos a equipe de elite (eu, Alan B. e Flávio S.), os 3 de Joinville, e planejamos a travessia para 3 dias, iniciando pelo Morro do Canal e finalizando pelo majestoso conjunto Marumbi.
Para facilitar a logística de início e término da travessia, decidimos deixar um carro no Estacionamento do Macuco, ponto final da caminhada, e de lá arrumar um amigo para nos levar até a base do Morro do Canal, local de início da caminhada. Missão aceita pelo irmão Will da Montanha.
Logo, iniciamos a travessia na base do Morro do Canal às 06:45 da manhã de sábado, com nossas mochilas carregadas, em torno de 14 kg cada.
Antes, porém, abasteci minha garrafa de água (650 ml), o que achei adequado para chegar até o ponto Água1, no vale entre o Ferradura e o Carvalho, marcado na minha tracklog de referência, que lancei no Wikiloc, tendo em vista que o clima estava nublado e chovendo. Também levei outras tracklogs salvas, daqueles que já fizeram a travessia, mas em geral usei apenas a minha.
A trilha até o pico do Morro do Canal é bastante frequentada, então estava bem aberta e com pouca dificuldade técnica. Antes de chegarmos no pico passamos pelo mirante, onde encontramos várias pessoas tomando café e aguardando na esperança do tempo abrir, pois naquele momento a visibilidade era zero. Descansamos um pouco e logo sentimos o corpo esfriar. Verifiquei a temperatura e o sensor marcava 15,7 °C, um pouco abaixo da previsão que era de 17 °C. Mas devido ao vento moderado e umidade relativa próxima de 100%, parecia bem menos. Chegamos no pico às 08:00 com visibilidade zero e sem ninguém ali. Registramos a foto de cume e logo partimos em direção ao Morro do Vigia.
Em seguida encontramos o primeiro paredão assustador de grampos de descida da travessia. Daqueles que você olha de cima e não enxerga o fim. Mas sabíamos que aquele era apenas o primeiro de muitos desafios que viriam pela frente. Então, logo encaramos e passamos sem nenhum problema.
Chegamos no pico do Morro do Vigia às 08:50 com visibilidade zero. Curtimos o momento, descansamos um pouco e tiramos algumas fotos. Logo partimos em direção ao Torre Amarela, que não fica na trilha principal da travessia, mas como ainda não conhecia essa montanha, já havia incluído ela no planejamento e assim fizemos.
Chegando na interseção que, pela esquerda, dá acesso ao Torre Amarela, escondemos as cargueiras e partimos apenas com o kit de segurança, água e um lanchinho de precaução.
No caminho pegamos uma trilha errada à esquerda e logo percebemos que estávamos voltando para a interseção, então conferimos o mapa no Wikiloc e corrigimos a rota.
Chegamos no pico do Torre Amarela às 09:35 e, para nossa alegria, com certa visibilidade. A vista dali é muito bonita, pois é possível avistar o local onde iniciamos a caminhada, uma represa e também os picos ao redor, mas infelizmente as nuvens não davam trégua e logo tomaram conta, deixando tudo cinza e prejudicando a nossa visão dos próximos picos. Após alguns minutos partimos, retornando para a interseção onde deixamos as cargueiras.
Chegamos na interseção, pegamos as cargueiras e partimos em direção ao Ferradura.
A partir dessa interseção a trilha fecha bastante e já no início encontramos uma placa de advertência do parque, alertando que aquela trilha não é a trilha do Morro do Canal, nem a do Vigia, nem a do Torre Amarela. Isso provavelmente porque a imensa maioria dos visitantes só visitam essas 3 montanhas, que formam a Serra da Melança. Vale destacar que a Serra da Melança constitui a parte final do Parque Estadual Pico do Marumbi e o conjunto Marumbi o começo, ou o contrário.
Chegamos no pico do Ferradura às 10:43, sem visibilidade e sem área descampada. Demos aquele tempinho padrão de descanso, fotos e alimentação e logo partimos em direção ao Carvalho.
Descemos o vale e logo chegamos no primeiro ponto de água, o Água1 da minha tracklog de referência. Nos hidratamos bem, enchemos as garrafas, tomamos fôlego e logo iniciamos a difícil e longa subida do Carvalho. Foi a subida mais intensa até então. No caminho o Flávio foi surpreendido com uma pedra solta que rolou sobre o seu pé. Mas apesar da dor e susto, não causou nada grave.
Poucos metros antes de chegar no pico do Carvalho, chegamos na interseção que, pela direita, dá acesso ao Destroços do avião. Deixamos as cargueiras ali e partimos conferir esses destroços.
Ao longo desse percurso fomos encontrando os destroços (um trem de pouso, algumas fuselagens, parte de uma turbina, etc.). Chegamos ao último destroço às 12:18. O Flávio sugeriu uma oração aos que ali faleceram no acidente, então fizemos e logo partimos de volta às cargueiras.
Chegamos no pico do Carvalho às 12:32, sem visibilidade e sem área descampada, então logo partimos em direção ao Sem Nome.
A descida do vale foi razoavelmente tranquila, pois esse trecho não possui muita declividade, mas é um trecho longo. Então me concentrei em procurar o ponto de água Agua2 marcado na minha tracklog de referência. Encontramos apenas uma pequena vala com pouquíssima água corrente, um fio de água. Apesar de ser possível utilizar aquela água, cuja aparência era boa, achamos que a demora para encher as garrafas não valia a pena, já que tínhamos água suficiente para chegar até o próximo ponto de água. Então partimos sem abastecer as garrafas.
Logo depois encontramos outra placa de advertência do parque, a qual dizia Atenção Área de Conservação. Aqui vale destacar que, cientes de estarmos em uma área de conservação ambiental, nosso cuidado durante toda a travessia foi redobrado. Há anos sou praticante do montanhismo consciente, cujas regras são bastante rígidas em relação a conservação e preservação dos ambientes naturais. Mais abaixo estão listadas todas as regras e princípios básicos que norteiam essa prática.
A subida para o Sem Nome também foi razoavelmente tranquila, sem grandes dificuldades. Chegamos no pico às 14:00, que possui uma pequena abertura que serve de mirante, do qual não tivemos nenhuma visão devido ao tempo fechado, então logo partimos em direção ao Mesa.
Logo na descida do vale, encontramos dois pontos de água corrente com pouco volume, mas de boa aparência. Como choveu na noite anterior não sei dizer se essa água é perene (que ocorre o ano todo) ou intermitente (que seca em períodos sem chuva). Na base do vale não encontramos água, então partimos para a subida.
Chegamos no pico do Mesa às 15:43. Demoramos um pouco para identificar e chegar no verdadeiro pico pois havia outros pontos que pareciam ser, mas mais a frente avistamos uma pedra em destaque e ao chegar nela constatamos que ali era o ponto mais alto e também o mais aberto. Pena que o tempo estava fechado e não tivemos nenhuma visão da região.
Partimos, então, em direção ao Alvorada, local planejado para o primeiro acampamento da travessia. Já estávamos bem cansados e pra piorar a situação, a garoa que esteve presente em vários momentos do dia, começou a intensificar e o vento também. Lembramos da situação extrema que passamos na travessia que fizemos juntos na Serra da Jaguatirica (Capivaris), onde tivemos que montar as barracas embaixo de muita chuva, frio intenso, em torno de 5°C, e vento forte. Na hora brincamos que a culpa era do Flávio, pois nas últimas trilhas que fizemos juntos, todas foram em condições climáticas ruins.
A descida do vale não é tão forte, mas é longa. Próximo a base do vale, nos concentramos em procurar o último ponto de água do dia, o Água3 da minha tracklog de referência, para abastecer nossos recipientes e garantir a água do restante do dia, jantar, noite, café da manhã, limpeza da louça, higiene pessoal e a do início do dia seguinte, até o próximo ponto de água. Localizamos e era um ótimo ponto de água. Cada um abasteceu cerca de 3,5 litros. Aproveitamos também para tomar bastante água e descansar, para então encarar a última subida do dia, e assim partimos.
Como nenhum de nós conhecia essa trilha, a expectativa era encontrar um bom lugar para acampar. Pelos relatos lidos, sabíamos que na região do pico do Alvorada tinha área de acampamento, mas nossa preocupação era a exposição aos fortes ventos que estavam ocorrendo e a chuva.
A subida parecia interminável, não só pelo cansaço de já estar caminhando há cerca de 10h, mas porque realmente era uma das subidas mais fortes do dia.
Pouco antes de chegar no pico, avistamos à direita da trilha uma clareira no mato, plana e bem protegida do vento pela mata. No entanto era um espaço pequeno que ficamos na dúvida se caberia nossas 3 barracas. Tendo em vista a hora adiantada, 17:35, já quase escurecendo, resolvemos deixar as cargueiras ali e ir sem elas até o pico, para avaliar o que iriamos encontrar. Levamos cerca de 7 min para alcançar o pico, onde encontramos uma área de acampamento bem maior, no entanto bem exposta aos fortes ventos que estavam ocorrendo. Tanto é que ao sentirmos aquele forte vento juntamente com a chuva leve e o frio na ordem de 15°C que estava fazendo, imediatamente decidimos voltar e acampar na área protegida, onde deixamos as cargueiras. E assim o fizemos muito rápido.
Chegando de volta junto às cargueiras, estudamos a melhor forma de encaixar as barracas naquele espaço. O Flávio, que levou uma Naturehike Cloud Up 1, colocou ela no início da clareira, aproveitando o terreno da trilha. O Alan, que levou uma Naturehike Cloud Up 2, colocou ela no canto oposto e eu encaixei a minha Naturehike Summer 2 no meio das outras duas. Enquanto eles montavam as suas barracas eu tive que aguardar pois não tinha espaço suficiente para os 3 montarem ao mesmo tempo. O problema é que eu estava completamente molhado e com aquela temperatura de 15°C comecei a ficar com muito frio. Também não dava para ajudar eles. Mas logo o Flávio terminou e pude montar a minha barraca e guardar todas as coisas molhas nos avanços. Foi um grande alívio quando entrei na minha barraca e pude me secar, tomar banho de lenço e colocar a roupa de dormir seca e quente.
Tendo em vista que não sobrou praticamente nenhum espaço na clareira, decidimos fazer nossas jantas cada um na sua barraca, coisa que geralmente fazemos juntos, montando um espaço separado das barracas, estruturado com bastões de caminhada e coberto por toldo. Mas dessa vez não deu pra montar nossa cozinha e área de confraternização.
Certamente fizemos a escolha certa, pelo acampamento, pois ficamos protegidos do vento forte, que persistiu até próximo do amanhecer e tivemos uma ótima noite de descanso.
Em edição...
CONDUTA CONSCIENTE EM AMBIENTES NATURAIS
Abaixo estão algumas regras básicas de comportamento que devem ser adotadas pelos visitantes em ambientes naturais. São 8 princípios adotados no mundo inteiro que visam segurança, cuidados e respeito dos frequentadores com a natureza:
1 - Planejamento é fundamental
Entre em contato prévio com a administração da área que você vai visitar para tomar conhecimento dos regulamentos e restrições existentes.
Informe-se sobre as condições climáticas do local e consulte a previsão do tempo antes de qualquer atividade em ambientes naturais.
Viaje em grupos pequenos de até 10 pessoas. Grupos menores se harmonizam melhor com a natureza e causam menos impacto.
Evite viajar para as áreas mais populares durante feriados prolongados e férias.
Certifique-se que você possui uma forma de acondicionar seu lixo (sacos plásticos), para trazê-lo de volta. Aprenda a diminuir a quantidade de lixo, deixando em casa as embalagens desnecessárias.
Escolha as atividades que você vai realizar na sua visita conforme o seu condicionamento físico e seu nível de experiência.
2 - Você é responsável por sua segurança
O salvamento em ambientes naturais é caro e complexo, podendo levar dias e causar grandes danos ao ambiente. Portanto, em primeiro lugar, não se arrisque sem necessidade.
Calcule o tempo total que passará viajando e deixe um roteiro da viagem com alguém de confiança, com instruções para acionar o resgate, caso necessário.
Avise à administração da área a qual você está visitando sobre: sua experiência, o tamanho do grupo, o equipamento que vocês estão levando, o roteiro e a data esperada de retorno. Estas informações facilitarão o seu resgate em caso de acidente.
Aprenda as técnicas básicas de segurança, como navegação (saiba como usar um mapa e uma bússola) e primeiros socorros. Para tanto, procure os clubes excursionistas, escolas de escalada e cursos de idoneidade comprovada.
Tenha certeza de que você dispõe do equipamento apropriado para cada situação. Acidentes e agressões à natureza em grande parte são causados por improvisações, negligência e uso inadequado de equipamentos.
Leve sempre: lanterna, agasalho, capa de chuva, um estojo de primeiros socorros, alimento e água; mesmo em atividades com apenas um dia ou poucas horas de duração.
Caso você não tenha experiência de atividades recreativas em ambientes naturais, entre em contato com centros excursionistas, empresas de ecoturismo ou condutores de visitantes. Visitantes inexperientes podem causar grandes impactos sem perceber e correr riscos desnecessários.
3 - Cuide dos locais por onde passar, das trilhas e dos locais de acampamento
Mantenha-se nas trilhas pré-determinadas - não use atalhos. Os atalhos favorecem a erosão e a destruição das raízes e plantas inteiras.
Mantenha-se na trilha, mesmo se ela estiver molhada, lamacenta ou escorregadia. A dificuldade das trilhas faz parte do desafio de vivenciar a natureza. Se você contorna a parte danificada de uma trilha, o estrago se tornará maior no futuro.
Ao montar seu acampamento, evite áreas frágeis que levarão um longo tempo para se recuperar após o impacto. Acampe somente em locais pré-estabelecidos, quando existirem. Acampe a pelo menos 60 metros de qualquer fonte de água.
Não cave valetas ao redor das barracas, escolha melhor o local e use um plástico sob a barraca.
Bons locais de acampamento são encontrados, não construídos. Não corte nem arranque a vegetação, nem remova pedras ao acampar.
Remova todas as evidências de sua passagem. Ao percorrer uma trilha ou ao sair de uma área de acampamento certifique-se de que esses locais permaneceram como se ninguém houvesse passado por ali.
Proteja o patrimônio natural e cultural dos locais visitados. Respeite as normas existentes e denuncie as agressões observadas.
4 - Traga seu lixo de volta
Embalagens vazias pesam pouco e ocupam espaço mínimo na mochila. Se você pode levar uma embalagem cheia, pode trazê-la vazia na volta.
Não queime nem enterre o lixo. As embalagens podem não queimar completamente, e animais podem cavar até o lixo e espalhá-lo. Traga todo o seu lixo de volta com você.
Utilize as instalações sanitárias que existirem. Caso não haja instalações sanitárias (banheiros ou latrinas) na área, utiliza o KD (Kit de Desetos). Mais informações em: https://sites.google.com/view/ctmepni/parque-limpo
Não use sabão nem lave utensílios em fontes de água.
5 - Deixe cada coisa em seu lugar
Não construa qualquer tipo de estrutura, como bancos, mesas, pontes etc. Não quebre ou corte galhos de árvores, mesmo que estejam mortas ou tombadas, pois podem estar servindo de abrigo para aves ou outros animais.
Resista à tentação de levar lembranças para sua casa. Deixe pedras, artefatos, flores, conchas etc onde você os encontrou, para que outros também possam apreciá-los.
Não risque, piche ou grave de qualquer forma, pedras, troncos ou estruturas do local.
Tire apenas fotografias, deixe apenas suas pegadas, mate apenas o tempo e leve apenas suas memórias.
6 - Não faça fogueiras
Fogueiras enfraquecem o solo, enfeiam os locais de acampamento e representam uma das grandes causas de incêndios florestais.
Para cozinhar, utilize um fogareiro próprio para acampamento. Os fogareiros modernos são leves e fáceis de usar. Cozinhar com um fogareiro é muito mais rápido e prático que acender uma fogueira.
Para iluminar o acampamento, utilize um lampião ou uma lanterna, em vez de uma fogueira.
Para se aquecer, tenha a roupa adequada ao clima do local que está visitando. Se você precisar de uma fogueira para se aquecer, provavelmente planejou mal sua viagem.
Se você realmente precisar acender uma fogueira, consulte previamente a administração da área que estiver visitando sobre os regulamentos existentes, e utilize locais estabelecidos. Tenha absoluta certeza de que sua fogueira está completamente apagada antes de abandonar a área.
7 - Respeite os animais e as plantas
Observe os animais à distância. A proximidade pode ser interpretada como uma ameaça e provocar um ataque, mesmo de pequenos animais. Além disso, animais silvestres podem transmitir doenças graves.
Não alimente os animais. Os animais podem acabar se acostumando com comida humana e passar a invadir os acampamentos em busca de alimento, danificando barracas, mochilas e outros equipamentos.
Não retire flores e plantas silvestres. Aprecie sua beleza no local, sem agredir a natureza e dando a mesma oportunidade a outros visitantes.
8 - Seja cortês com outros visitantes e com a população local
Ande e acampe em silêncio, preservando a tranqüilidade e a sensação de harmonia que a natureza oferece. Deixe rádios e instrumentos sonoros em casa.
Trate os moradores da área com cortesia e respeito. Mantenha as porteiras do modo que encontrou e não entre em casas e galpões sem pedir permissão. Seja educado e comporte-se como se estivesse visitando casa alheia. Aproveite para aprender algo sobre os hábitos e a cultura do meio rural.
Prefira contratar os serviços locais de hospedagem, transporte, alimentação e outros. Desse modo, você estará colaborando para que os recursos financeiros permaneçam na comunidade.
Colabore com a educação de outros visitantes, transmitindo os princípios de mínimo impacto sempre que houver oportunidade.
9 - O que fazer em caso de acidentes e crimes
Em caso de acidente grave, ligue para o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.
Em caso de presenciar crime, ligue para a Polícia Militar pelo telefone 190, ou de forma anônima para o Disque Denúncia pelo telefone 181.
A denúncia também pode ser realizada por mensagens com fotos, vídeos e documentos pelo WhatsApp ou Telegram, através do telefone (48) 98844-0011 com a garantia de sigilo absoluto.
Waypoints
River
4,267 ft
Água
Intersection
4,805 ft
Asa de avião / Acesso freeay à esq. / Acampamento 6 barracas
Intersection
4,848 ft
Esq. Trilha branca dir. Trilha vermelha
Comments (5)
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desafio superado irmão!
satisfação sempre e obrigado pela parceria de sempre!
seguimos para a próxima!
registro impecável! todos os detalhes e informações necessárias contemplados!
I have followed this trail View more
Information
Easy to follow
Scenery
Experts only
Agradeço por estar presente nessa trip, pelo planejamento, conduta, e de fato pela experiência da dupla que me convidou zini, Alan.b
Obrigado, e que venha os próximos desafios ihaaaaa 🤟🏼
Parabens pela travessia A-O! não desista de concluir o relato, rs
Obrigado Rogerio, quero muito terminar o relato, vou arrumar esse tempo logo. Valeu!