Trancão, da formacão a Bucelas
near Roussada, Lisboa (Portugal)
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Trail photos
Itinerary description
Percurso linear organizado pela C.M. de Loures em 20 de Novembro de 2021, designado “Trancão, da formação à foz” - 1ª etapa.
Início em Roussadas, para lá da Póvoa da Galega, concelho de Mafra. A ideia é perceber não apenas a primeira metade do rio Trancão, afluente do Tejo - onde desagua em Sacavém / Parque das Nações -, mas também a sua bacia hidrográfica.
O Trancão é um rio de formação e não de nascente e a sua origem dá-se pela junção da Ribeira de Roussada e da Ribeira de Vale de São Gião, correndo depois por cerca de 29 km já como Rio Tranção. A sua bacia hidrográfica tem, no entanto, cerca de 290 km2 e abrange 9 concelhos.
Há registos documentais do século XVI que nos falam do Trancão como o “mar de Loures” - era então um rio navegável. Hoje tem pouca água e em muitas partes está mesmo seco. Foi objecto de projectos megalómanos, como aqueles que o pretendiam ligar à ribeira de Alcântara, fazendo de Lisboa uma ilha e assim facilitando a sua defesa, ou ao Baleal. No século XX foi sendo assoreado e ganhou uma fama terrível, com muitos problemas de salubridade e vítima de constantes descargas quer de empresas quer domésticas. Nessa época, tornou-se famoso o seu mau cheiro, de que eram vítimas os habitantes nas suas proximidades. A sua evidente poluição, tanto no cheiro como na cor, fez com que tivesse sido considerado um dos rios mais poluídos da Europa. Desde a Expo 98, efectuada no Parque das Nações, perto da sua foz, a situação melhorou muitíssimo, com a construção das ETARs. No entanto, continuam a verificar-se ainda algumas descargas.
A partida deste percurso teve início no lugar de Roussada, dirigindo-se logo para a Póvoa da Galega, concelho de Mafra. Aqui, junto à camionagem da Isidoro Duarte, é o lugar exacto onde se juntam as ribeiras referidas acima - Roussada e Vale de São Gião - e se forma o Trancão. Seguiu para Calvos e Ribeira, duas aldeias à beira do Trancão tipicamente rurais e com muitas hortas. Passou brevemente pelo concelho de Arruda dos Vinhos, com belas vistas dos montes para a aldeia de Tesoureira, com mais hortas. Entrou no concelho de Loures por vales e montes junto à povoação do Freixial, onde existem algumas quintas. Ao chegar à Bemposta, um belo enquadramento com as vinhas coloridas de amarelo, a lembrar que nos aproximávamos já de Bucelas, a capital do Arinto, onde este itinerário teve o seu final, junto ao Museu da Vinha e do Vinho.
Em resumo, um percurso fácil em termos de piso, sem qualquer desafio técnico ou subidas dignas desse nome, embora extenso. As paisagens são típicas da região saloia, com ondulações no horizonte dadas pelos muitos montes, quase sempre verdes. Muitas hortas, pomares, oliveiras, alguns pinheiros e, por vezes, vegetação típica das margens fluviais. O cheiro do Trancão não se fez sentir; ou então foi abafado pelos muitos animais junto ao rio.
Início em Roussadas, para lá da Póvoa da Galega, concelho de Mafra. A ideia é perceber não apenas a primeira metade do rio Trancão, afluente do Tejo - onde desagua em Sacavém / Parque das Nações -, mas também a sua bacia hidrográfica.
O Trancão é um rio de formação e não de nascente e a sua origem dá-se pela junção da Ribeira de Roussada e da Ribeira de Vale de São Gião, correndo depois por cerca de 29 km já como Rio Tranção. A sua bacia hidrográfica tem, no entanto, cerca de 290 km2 e abrange 9 concelhos.
Há registos documentais do século XVI que nos falam do Trancão como o “mar de Loures” - era então um rio navegável. Hoje tem pouca água e em muitas partes está mesmo seco. Foi objecto de projectos megalómanos, como aqueles que o pretendiam ligar à ribeira de Alcântara, fazendo de Lisboa uma ilha e assim facilitando a sua defesa, ou ao Baleal. No século XX foi sendo assoreado e ganhou uma fama terrível, com muitos problemas de salubridade e vítima de constantes descargas quer de empresas quer domésticas. Nessa época, tornou-se famoso o seu mau cheiro, de que eram vítimas os habitantes nas suas proximidades. A sua evidente poluição, tanto no cheiro como na cor, fez com que tivesse sido considerado um dos rios mais poluídos da Europa. Desde a Expo 98, efectuada no Parque das Nações, perto da sua foz, a situação melhorou muitíssimo, com a construção das ETARs. No entanto, continuam a verificar-se ainda algumas descargas.
A partida deste percurso teve início no lugar de Roussada, dirigindo-se logo para a Póvoa da Galega, concelho de Mafra. Aqui, junto à camionagem da Isidoro Duarte, é o lugar exacto onde se juntam as ribeiras referidas acima - Roussada e Vale de São Gião - e se forma o Trancão. Seguiu para Calvos e Ribeira, duas aldeias à beira do Trancão tipicamente rurais e com muitas hortas. Passou brevemente pelo concelho de Arruda dos Vinhos, com belas vistas dos montes para a aldeia de Tesoureira, com mais hortas. Entrou no concelho de Loures por vales e montes junto à povoação do Freixial, onde existem algumas quintas. Ao chegar à Bemposta, um belo enquadramento com as vinhas coloridas de amarelo, a lembrar que nos aproximávamos já de Bucelas, a capital do Arinto, onde este itinerário teve o seu final, junto ao Museu da Vinha e do Vinho.
Em resumo, um percurso fácil em termos de piso, sem qualquer desafio técnico ou subidas dignas desse nome, embora extenso. As paisagens são típicas da região saloia, com ondulações no horizonte dadas pelos muitos montes, quase sempre verdes. Muitas hortas, pomares, oliveiras, alguns pinheiros e, por vezes, vegetação típica das margens fluviais. O cheiro do Trancão não se fez sentir; ou então foi abafado pelos muitos animais junto ao rio.
Waypoints
Intersection
548 ft
Início do Trancao - junção da Ribeira de Roussada e da Ribeira do Vale de São Gião
Comments (3)
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Este percurso passa por terrenos privados?
Este percurso foi organizado pela Câmara Municipal de Loures e a dado passo houve que fazer um desvio ao plano original para não entrar por terrenos privados. Por isso, acho que tal como resultou este percurso talvez um ou outro possa ser privado, mas o acesso não está vedado. Passámos sempre com cuidado para não pisar as couves :)
Obrigado!