Wikiloc | .::. TMB Tour du Mont Blanc .::. etapa 10 Auberge du Mont Blanc (Trient) - Auberge de la Böerne (Trés Le Champ) Trail

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Photo of.::. TMB Tour du Mont Blanc .::. etapa 10 Auberge du Mont Blanc (Trient) - Auberge de la Böerne (Trés Le Champ)

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papaleguas

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Trail stats

Distance: 8.96 mi
Elevation gain: 3,799 ft
Technical difficulty: Moderate
Elevation loss: 3,376 ft
Max elevation: 7,263 ft
TrailRank: 59
Min elevation: 4,185 ft
Trail type: One Way

Time: 7 hours 52 minutes
Coordinates: 2526
Uploaded: September 28, 2021
Recorded: July 2018

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near Trient, Canton du Valais (Switzerland)

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Itinerary description

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Mapa com indicação dos pontos de partida e chegada (imagem base retirada de chamonix.net)

Resumo da etapa

É uma etapa com um desnível acumulado apreciável, mas não é particularmente difícil. A primeira subida do dia leva o caminheiro até ao Col de La Balme (2191 m), local de fantástica vistas, e que marca o regresso à França, país onde começamos. Depois deste colo iremos descer e subir a um outro, o Col des Posettes (2201 m), onde as vistas também são do melhor do TMB.
Há variantes, por Le Tour, em caso de mau tempo, e por Les Grands, para quem quiser magníficas paisagens e uns quilómetros a mais.

A etapa termina em Tré-le-Champ (1417 m), depois de uma descida rebenta pernas...

A nossa etapa

O pequeno almoço foi servido às 6:30; mas com a noite que tivemos, foram precisos mais 2 expressos e só saimos às 7:30.

Um grupo de Orientais não nos tinha deixado dormir. Uma confusão tremenda, chegaram muito tarde, traziam malas do tamanho de um automóvel Smart, rígidas, com rodas, enormes. Dentro de cada uma havia tanta coisa que o barulho e a desorganização não se fizeram esperar. Cena dos banhos, preparar as suas camas para a noite, nunca mais a coisa sossegava. Metemos conversa com um deles, ficamos a saber que andavam numa longa viagem turística que incluía fazer duas ou três etapas mais acessíveis no TMB, ia ser a primeira, não tinham experiência, e estavam receosos e excitadíssimos.
Decidiram (nunca tal tinha visto em tanto ano de albergues e refúgios) enfiar as damas todas numa camarata, e os cavalheiros vieram todos para a nossa. Por acaso eram todos ressonadores. :(

Estava uma manhã excelente, 12 ºC de temperatura. Seguimos pela fresca em asfalto rumo a Le Peuty, e aí tomamos um trilho à direita que sobe em zig-zag, tornando uma forte subida num passeio cómodo. O verde e a floresta ficam para trás, esta etapa leva-nos de novo de volta às alturas que amamos, a pedra, o céu, os picos nevados, vistas espectaculares e trilhos empinados.

Depois de muito subir chegamos ao Col de Balme, onde há um refúgio simples mas onde as vistas são esplendorosas. Largas. Luminosas. Voltou o Monte Branco. As agulhas des Posettes, o Vale de Le Tour e o de Chamonix... aproveitamos para um segundo pequeno almoço saído das mochilas e descemos então o cómodo caminho que depois desce ao Col des Posettes (1997 m).

Daqui sobe-se então ao segundo miradouro e ponto mais alto do dia, a Aiguilette des Posettes (2201 m) Esta segunda subida não é particularmente empinada, mas por o trilho estar cortado em xisto de clivagem vertical acaba por ser lento.
Paramos perto do topo para almoçar. As vistas são de novo arrebatadoras, estamos sensivelmente à mesma altitude que antes, em La Balme. Durante esta viagem pelas alturas temos sempre a companhia, do nosso lado esquerdo, de uma colecção de pontos notáveis do maciço: a Pointe Ronde, Le Génépi, Aiguille du Tour e Aiguillette des Posettes, Glacier du Tour, Glacier de Trient, Glacier des Berons, Glacier du Passon, Glacier du Chardonnet, Glacier du Milieu, Glacier des Améthistes, só para nomear alguns. Pena que as fotos que fiz este dia não traduzem, nem de perto, as belezas que nos ficaram na alma.

A descida foi depois em terreno de avanço fácil, mas uma transição brutal: das facas cortantes de xisto passamos para blocos lisos e arredondados de granito, o trilho lisinho em algumas secções.
Segue-se mais um troço em zig-zag, atravessado por troncos de madeira formando degraus, até que entramos na floresta. É nesta descida que temos a visão intimidatória do longo zig-zag que sobe montanha acima, o início da etapa que escolheremos no dia seguinte.

Chegados cá abaixo, desembocamos no asfalto para logo a seguir tomar um caminho à esquerda direitinho ao albergue La Böerne, onde chegamos de alma cheia.

O albergue é uma edificação fantástica do século XVIII que foi adaptada com um mínimo de alterações. a parte antiga é toda em madeira, com escadas por todo o lado que permitem o acesso a "tocas" onde se poderia dormir.
Ficamos num espaço mais convencional, mas adoramos o lugar.