SERRA DO MARÃO DESDE MAFÔMEDES
near Marao, Porto (Portugal)
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Itinerary description
FOTOS DESTA E DE OUTRAS TRILHAS EM ”CAMINHANTES"
Trilho circular com início na aldeia de Mafômedes segue, quase sempre por estradão florestal, em plena Serra do Marão, passando nas Minas do Teixo / Penedo Ruivo, Senhora da Serra, Fraga da Ermida e Seixinhos. O caminho é essencialmente a subir bordeado por vários exemplares de vegetação autóctone, tais como tojo (Ulex europaeus), as urzes (Ericas sp) e a carqueja (Baccharis articulata) até atingirmos o seu cume, a 1416 metros, onde se ergue a Ermida da Senhora da Serra do Marão, cuja romaria se conhece em Portugal por ser a “Romaria mais alta de Portugal”, que ocorre todos os anos no segundo Domingo após o S. Pedro e junta as populações dos concelhos de Vila Real, Amarante, Baião, Mesão Frio, Santa Marta e Régua que sobem as encostas da Serra do Marão. No cimo da Serra a paisagem transforma-se e o ermo vira folia, sendo o ponto alto da festa o momento do nascer do sol. Para além da Capela da Senhora da Serra, neste local encontra-se também o Vértice Geodésico bem como uma estação retransmissora. No miradouro da Senhora da Serra, que se situa quase em cima da linha divisória que separa Fontes da freguesia de Teixeira, do Concelho de Baião, avistam-se terras de além-douro, e também de Vila Real e de Vila Pouca de Aguiar, e (imagine-se) em dias muito claros (sem neblinas no horizonte), o próprio Oceano Atlântico.
Depois das fotos da “praxe” seguimos pela cumeada, avistando aqui e ali diversas ravinas e escarpas da montanha do Marão. Passado pelo Vértice Geodésico da Fraga da Ermida (1399m) e Seixinhos (1280m). Um vértice geodésico (também popularmente chamado "talefe" ou "telefo" em Portugal) é um sinal que indica uma posição cartográfica exata e que forma parte de uma rede de triangulação com outros vértices geodésicos. São habitualmente escolhidos sítios altos e isolados com linha de visão desimpedida para outros vértices.
Desde o vértice geodésico dos Seixinhos foi sempre a descer. A parte final em zig-zag com 460m de desnível até Mafômedes deve ser realizada com cuidado para evitar acidentes, uma vez que é realizada sobre muita pedra solta. Já na entrada da aldeia atravessamos a ponte sobre o Rio Teixeira, pequeno rio que nasce na serra do Marão, afluente da margem direita do rio Douro. Atravessamos a pequena aldeia em direção à Tasca do Valado, local de conversa em volta de um bom copo de vinho…
ALDEIA DE MAFÔMEDES
A aldeia de Mafômedes situa-se no concelho de Baião, na freguesia da Teixeira em plena serra do Marão, a cerca de seis quilómetros de distância do centro da freguesia.
É, ainda hoje, um dos lugares mais isolados do concelho de Baião, encaixado entre duas íngremes encostas da serra, muito próximo do pico, é um lugar lindo, venturoso, mágico e com um lindíssimo rio (Rio Teixeira). Nesta pequena aldeia, habitam cerca de 30 habitantes, a maioria das pessoas são idosos, que desde muito novos se dedicam à pastorícia (em que predomina o gado ovino e caprino) e a uma agricultura de subsistência, com base em técnicas ancestrais. Em regime de pastorícia livre e aberto, os animais “não são deixados à sua sorte”. Acompanhados por pastores durante o dia inteiro, alimentam-se livremente na encosta íngreme e regressam ao fim do dia à aldeia. Excelentes exemplares de cabra Galega (não se deixem enganar pelo nome, são de facto portuguesas) criam-se em liberdade com uma alimentação totalmente natural à base de ervas, de carqueja e sem nenhum tipo de suplemento. Estes animais têm uma alta capacidade de adaptação ao meio e uma elevada resistência às doenças, são portanto duros e robustos como o espaço envolvente.
Ao longo do percurso podemos encontrar uma diversidade de vegetação autóctone, designadamente, o carvalho, os fetos, o castanheiro, as mimosas que nestas paragens chegam a atingir a dezena de metros. Não sendo uma espécie autóctone e por ser resistente em todos os tipos de solos e climas, o seu crescimento impede o desenvolvimento de espécies de árvores locais. A carqueja também predomina.
MINAS DO TEIXO
A mina do Teixo situa-se na serra do Marão, na colina que forma o maciço central da Serra, encimada pelos vértices geodésicos do Marão - Penedo Ruivo e Chorido. Conhecidas por minas do Teixo ou minas de Penedo Ruivo, encontram-se numa área limite entre dois concelhos: Amarante e Baião. Explorada essencialmente para a obtenção de estanho, teve atividades laborais desde a época romana, que se poderá compreender devido à grande romanização da área em questão, podendo o ouro ter sido a sua busca original, sendo que a laboração principal foi entre 1940-1968, quando para além da extração de cassiterite, se extraiu também columbite/tantalite. Porem, em Janeiro de 1968 a laboração na mina Penedo Ruivo parou, e houve um pedido de rescisão de contrato para as concessões de Penedo Ruivo e Fraga de Chão de Moiro a 6 de Janeiro de 1968, que passa novamente para a Sociedade Mineira de Penedo Ruivo, Lda. A 31 de Agosto de 1988 a mina de Penedo Ruivo é declarada abandonada.
Trilho circular com início na aldeia de Mafômedes segue, quase sempre por estradão florestal, em plena Serra do Marão, passando nas Minas do Teixo / Penedo Ruivo, Senhora da Serra, Fraga da Ermida e Seixinhos. O caminho é essencialmente a subir bordeado por vários exemplares de vegetação autóctone, tais como tojo (Ulex europaeus), as urzes (Ericas sp) e a carqueja (Baccharis articulata) até atingirmos o seu cume, a 1416 metros, onde se ergue a Ermida da Senhora da Serra do Marão, cuja romaria se conhece em Portugal por ser a “Romaria mais alta de Portugal”, que ocorre todos os anos no segundo Domingo após o S. Pedro e junta as populações dos concelhos de Vila Real, Amarante, Baião, Mesão Frio, Santa Marta e Régua que sobem as encostas da Serra do Marão. No cimo da Serra a paisagem transforma-se e o ermo vira folia, sendo o ponto alto da festa o momento do nascer do sol. Para além da Capela da Senhora da Serra, neste local encontra-se também o Vértice Geodésico bem como uma estação retransmissora. No miradouro da Senhora da Serra, que se situa quase em cima da linha divisória que separa Fontes da freguesia de Teixeira, do Concelho de Baião, avistam-se terras de além-douro, e também de Vila Real e de Vila Pouca de Aguiar, e (imagine-se) em dias muito claros (sem neblinas no horizonte), o próprio Oceano Atlântico.
Depois das fotos da “praxe” seguimos pela cumeada, avistando aqui e ali diversas ravinas e escarpas da montanha do Marão. Passado pelo Vértice Geodésico da Fraga da Ermida (1399m) e Seixinhos (1280m). Um vértice geodésico (também popularmente chamado "talefe" ou "telefo" em Portugal) é um sinal que indica uma posição cartográfica exata e que forma parte de uma rede de triangulação com outros vértices geodésicos. São habitualmente escolhidos sítios altos e isolados com linha de visão desimpedida para outros vértices.
Desde o vértice geodésico dos Seixinhos foi sempre a descer. A parte final em zig-zag com 460m de desnível até Mafômedes deve ser realizada com cuidado para evitar acidentes, uma vez que é realizada sobre muita pedra solta. Já na entrada da aldeia atravessamos a ponte sobre o Rio Teixeira, pequeno rio que nasce na serra do Marão, afluente da margem direita do rio Douro. Atravessamos a pequena aldeia em direção à Tasca do Valado, local de conversa em volta de um bom copo de vinho…
ALDEIA DE MAFÔMEDES
A aldeia de Mafômedes situa-se no concelho de Baião, na freguesia da Teixeira em plena serra do Marão, a cerca de seis quilómetros de distância do centro da freguesia.
É, ainda hoje, um dos lugares mais isolados do concelho de Baião, encaixado entre duas íngremes encostas da serra, muito próximo do pico, é um lugar lindo, venturoso, mágico e com um lindíssimo rio (Rio Teixeira). Nesta pequena aldeia, habitam cerca de 30 habitantes, a maioria das pessoas são idosos, que desde muito novos se dedicam à pastorícia (em que predomina o gado ovino e caprino) e a uma agricultura de subsistência, com base em técnicas ancestrais. Em regime de pastorícia livre e aberto, os animais “não são deixados à sua sorte”. Acompanhados por pastores durante o dia inteiro, alimentam-se livremente na encosta íngreme e regressam ao fim do dia à aldeia. Excelentes exemplares de cabra Galega (não se deixem enganar pelo nome, são de facto portuguesas) criam-se em liberdade com uma alimentação totalmente natural à base de ervas, de carqueja e sem nenhum tipo de suplemento. Estes animais têm uma alta capacidade de adaptação ao meio e uma elevada resistência às doenças, são portanto duros e robustos como o espaço envolvente.
Ao longo do percurso podemos encontrar uma diversidade de vegetação autóctone, designadamente, o carvalho, os fetos, o castanheiro, as mimosas que nestas paragens chegam a atingir a dezena de metros. Não sendo uma espécie autóctone e por ser resistente em todos os tipos de solos e climas, o seu crescimento impede o desenvolvimento de espécies de árvores locais. A carqueja também predomina.
MINAS DO TEIXO
A mina do Teixo situa-se na serra do Marão, na colina que forma o maciço central da Serra, encimada pelos vértices geodésicos do Marão - Penedo Ruivo e Chorido. Conhecidas por minas do Teixo ou minas de Penedo Ruivo, encontram-se numa área limite entre dois concelhos: Amarante e Baião. Explorada essencialmente para a obtenção de estanho, teve atividades laborais desde a época romana, que se poderá compreender devido à grande romanização da área em questão, podendo o ouro ter sido a sua busca original, sendo que a laboração principal foi entre 1940-1968, quando para além da extração de cassiterite, se extraiu também columbite/tantalite. Porem, em Janeiro de 1968 a laboração na mina Penedo Ruivo parou, e houve um pedido de rescisão de contrato para as concessões de Penedo Ruivo e Fraga de Chão de Moiro a 6 de Janeiro de 1968, que passa novamente para a Sociedade Mineira de Penedo Ruivo, Lda. A 31 de Agosto de 1988 a mina de Penedo Ruivo é declarada abandonada.
Waypoints
Waypoint
4,416 ft
NASCENTE RIO TEIXEIRA
Comments (9)
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Information
Easy to follow
Scenery
Moderate
Paisagens magnificas da Serra do Marão e arredores...
Fiz este trilho hoje, muito bom.
Obrigado pela partilha.
ManuelAOMartins!
Obrigado pelo comentário. O prazer também está na partilha.
Boas caminhadas.
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Information
Easy to follow
Scenery
Difficult
Um trilho que é exigente fisicamente mas que compensa com as incríveis vistas e todo o ambiente circundante.
Bons caminhos, obrigado pela partilha.
Olá Trilhos e Caminhos!
Obrigado pelo comentário e avaliação da trilha. Boas caminhadas!
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Information
Easy to follow
Scenery
Difficult
Trilho feito hoje, durinho mas as paisagens compensam.
Foi uma tristeza passar nas zonas ardidas este verão.
Boas caminhadas!
Olá Hélio Videira!
Obrigado pelo comentário e avaliação da trilha. Boas caminhadas!
Fantásticas paisagens, valeu o esforço. Os caminhos com muita inclinação e pedras soltas dificultam mas vale a pena.
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Easy to follow
Scenery
Difficult
Fantásticas paisagens, valeu o esforço. Os caminhos com muita inclinação e pedras soltas dificultam mas vale a pena.