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Serra do Alvão: De Quintelas, Agarez, Galegos da Serra e Arnal ao Planalto do Vaqueiro

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Trail stats

Distance
12.47 mi
Elevation gain
2,411 ft
Technical difficulty
Moderate
Elevation loss
2,411 ft
Max elevation
3,999 ft
TrailRank 
54
Min elevation
3,999 ft
Trail type
Loop
Moving time
4 hours 59 minutes
Time
7 hours 39 minutes
Coordinates
3486
Uploaded
March 12, 2023
Recorded
March 2023
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near Agarez, Vila Real (Portugal)

Viewed 133 times, downloaded 6 times

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Itinerary description

A nossa ideia na empreitada de hoje era explorar mais do Parque Natural do Alvão, as povoações mais rurais na parte Sudeste do Parque: começar em Quintelas, Agarez, Galegos da Serra, Arnal, Sirarelhos e voltar novamente a Quintela para fazer um trilho circular.
Tivemos que segurar o nosso desapontamento pelo caminho de carro até ao Alvão porque apanhamos um nevoeiro cerrado o caminho todo, tão cerrado que dificilmente iria levantar. Não chovia, o que já não estava mal mas o nevoeiro estragava os planos para ir ao Alto do Vaqueiro que está a 1320 metros de altitude.
Em Quintelas, deixamos o carro e o tempo não estava nada mal. Tudo muito verdinho em consequência de ter chovido nos últimos dias. Começamos a subir por um caminho empedrado, uma calçada, até ao 3,6km altura que chegamos a uma ponte com um moínho da Ribeira de Arnal. Subimos uma ladeira á direita da Ribeira até a um miradouro sob Vila Real, que já se deixava ver. Ficamos todos contentes pelo nevoeiro estar a dissipar-se. Continuamos a subir até á Cascata de Galegos da Serra, lindíssima. Depois de milhentas fotos, continuamos até um lugar de Galegos da Serra onde depois de atravessar a Ribeira por cima de umas pedras, atravessamos os campos verdejantes e entramos numa parte mais montanhosa, com a visão de paredes rochosas (que mais parecia o Gerês!) á nossa frente. Esta parte mais rochosa do caminho levou-nos a Arnal. Um caminho antigo que liga a aldeia de Galegos da Serra e Agarez a Arnal, um caminho de pé posto alagado pelas chuvas dos últimos dias e pelos vários riachos que existem. Tinha lido que Arnal é a aldeia mais escondida, recatada e preservada, uma pêrola do Alvão e confirmamos!
Continuámos a subir com o objectivo de ir ao Planalto do Vaqueiro por uns carreiros estreitos da montanha, já com florezinhas de curcuma aos pés a anunciar a Primavera cada vez mais próxima. Dava gosto olhar para trás e ver a pequena aldeia de Arnal encaixada no fundo com o casario em granito e telhados em lousa e os lameiros verdes á volta e uma parede granítica ao lado.
Ao km8.9 começou-nos a correr mal. Nós estavámos a seguir um trilho de 2016 para ir ao Vaqueiro. Entretanto a vegetação cresceu e impossibilitou a progressão. Ainda teimámos em avançar até um pinheiral alto e isolado mas só nos embrenhámos mais nos tojos. A solução foi procurar o mais reto possível o estradão, abortando a recta até cima. Ainda ponderamos ir ao Alto do Vaqueiro e ás eólicas pelo estradão mas ainda havia nevoeiro no topo, acima de nós. Não valia a pena ir. De modo que apesar de incentivar qualquer pessoa que me estiver a ler a fazer este trilho, aconselho a cortar o trecho que vai do km8.9 até ao km10. E ir sempre pelo estradão ao km8.9. Ou então, onde existe a tabuleta para a Barragem ir por aí e fazer uma volta mais por cima do pinheiral e ir ter á 1ª eólica.
Depois desta peripécia com os tojos começamos a descer em direção a um carvalhal que desde cima nos enchia o olho. Tem que se passar por duas cancelas, abrir e deixá-las fechadas para entrar no bosque encantado de carvalhos e muros cheios de musgo e a ribeira ao nosso lado direito a correr. Foi um dos pontos altos do nosso percurso.
Voltamos a Galegos da Serra e a Sirarelhos, novamente a um ambiente rural e agricola. Encantamos-nos pelos campos em socalcos "á lá Sistelo". Numa tentativa de ver melhor os socalcos de cima a baixo, ao km18.4, fizemos um desvio para dentro e subimos a um pedregulho e tivemos a surpresa de uma série de quedas de água da Ribeira do Arnal. Surprendente.
Novamente chegamos a Quintelas, onde tinham ficado os carros, sempre com a vista de Vila Real e da sua ponte a acompanhar-nos.
O trilho não é difícil. Para seguir o nosso traçado é preciso GPS porque não é um trilho marcado. Havemos de voltar para ir ao Alto do Vaqueiro de outra forma. Todo o trilho é de enorme beleza.


"A aldeia de Arnal protagoniza uma das mais lindas lendas do distrito de Vila Real, a do Calhau Encantado, ou Penedo Negro, como alusão ao maciço granitico que junto à aldeia, devota de Nossa Senhora do Rosário, se ergue de forma muito imponente.
Reza esta lenda, citando Joaquim Alves Ferreira no seu livro "Lendas e Contos Infantis" (1999), que: "Lá bem no alto da serra, junto da povoação de Arnal, ergue-se um descomunal fragão, chamado Penedo Negro e também A Capela, por ter um recorte em forma de portão de igreja, forrado de musgo verde e macio.
Os pastores e os viandantes olhavam-no com curiosidade e receio e passavam lá com o credo na boca, pois havia quem dissesse que, à meia noite, lá dentro, se ouvia um cantar muito triste e arrastado de mulher que, no entanto, ninguém conseguia ver.
Mas, certa madrugada, ainda com estrelas no céu, passou por lá um aldeão, recoveiro de oficio, que ia à Bila fazer compras, como de costume.
Mal entrou nas portas da Bila, tratou de mercar a bola de quatro cantos, não fosse o pão acabar cedo, pois era dia de feira. Só depois iniciou as outras voltas. Apreçou, aqui e ali, a mercadoria e fez as compras para si e para os vizinhos.
Enfiou o alforje no grosso varapau de marmeleiro apoiado sobre o ombro e pôs-se a caminho de casa, já com o sol a baixar para trás da serra.
E, como não tinha comido nada, pois comer na estalagem é um roubo, e a jornada era longa e penosa, sentiu uma vontade irresistível de comer. Mas comer o quê, se só levava a bola de quatro cantos e a Senhora lhe recomendara tanto que a levasse bem inteirinha? E depois ia perder toda aquela riqueza que a Senhora prometera dar-lhe? Pôs de parte aquela ideia maluca e continuou a caminhar.
Mas um pouco a cima de Agarez, avistou uma fonte gorgolejante que o convidava a matar a sede e a descansar.E, como à fome e à sede ninguém resiste, resolveu parar, pensando lá com os seus botões:
- É certo que prometi à Senhora levar a bola inteira e eu não sou homem de faltar à palavra. Mas, como diz o outro, a fome não tem lei. Vou comer só um canto e levo-lhe os outros três. A Senhora pareceu-me tão boazinha... há-de compreender e perdoar.
E, se bem o pensou, melhor o fez. Sentou-se à beira da fonte, pôs o alforje no chão, comeu o canto da bola e bebeu uma tarraçada de água fresca. Depois, já reconfortado, retomou a subida da encosta.
E justamente quando ladeava o esfíngico penedo, ouviu um ruído surdo semelhante ao ranger de gonzos de pesado portão.
Com os cabelos eriçados, olhou para o sítio donde viera o ruído estranho e deu com os olhos numa Senhora muito linda, de sorriso triste mas encantador, como nunca tinha visto, que lhe disse com voz meiga:
- Não tenhas medo e presta bem atenção ao que vou dizer-te. Eu sou uma moura encantada e tenho tanto oiro que não há balanças que o possam pesar.
Pois todo este oiro será teu e eu própria irei para tua casa e casarei contigo, se conseguires desencantar-me. Para que isso aconteça, traz-me da Bila uma bola de quatro cantos. Mas toma bem sentido: não a "encertes" por nada deste mundo; se não, dobras-me o encanto.
Dito isto, desapareceu no interior do Penedo Negro e a porta voltou a fechar-se como se abriu.
O bom recoveiro, muito surpreendido com aquela inesperada aparição, retomou a jornada, serra abaixo, sempre a repetir as palavras da linda Senhora que não lhe saía do pensamento.
Ao chegar junto do Penedo Negro, bateu com a ponta do varapau. A porta abriu-se rapidamente e a Senhora reapareceu, mas agora com o semblante carregado, e disse-lhe com ar severo:
Em cavalo de três pernas,
Contigo não posso ir.
Fecha-te, porta de pedra,
Para nunca mais te abrir.
E desapareceu, enquanto o Diabo esfrega um olho, atrás da porta de pedra, para sempre.
O pobre do homem, com os três cantos da bola na mão e o alforje das compras ao ombro, partiu, desalentado, para a sua aldeia, onde passou o resto da existência, a lamentar a tentação de comer da bola de quatro cantos, e a calcorrear os caminhos da serra para ganhar a vida.
E a Senhora linda lá continua encantada, com os seus tesouros fabulosos, no Penedo Negro, a que os povos da serra, por essa razão, também chamam Calhau do Encanto.
Esta aldeia é o termino de um dos mais belos percursos pedestres referenciados, que os amantes da natureza e da paisagem percorrem regularmente. Foi um importante centro de povoação em tempos anteriores, albergando uma das poucas escolas da freguesia." Parque Natural do Alvão

Waypoints

PictographWaypoint Altitude 1,942 ft
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Waypoint

PictographWaypoint Altitude 1,890 ft
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PictographRiver Altitude 1,736 ft
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Ponte Ribeira Arnal

PictographWaypoint Altitude 1,808 ft
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Rio

PictographWaypoint Altitude 1,926 ft
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PictographWaypoint Altitude 2,369 ft
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PictographWaypoint Altitude 2,421 ft
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PictographWaypoint Altitude 2,464 ft
Photo ofVista à direita sob a cidade de Vila Real Photo ofVista à direita sob a cidade de Vila Real Photo ofVista à direita sob a cidade de Vila Real

Vista à direita sob a cidade de Vila Real

PictographWaypoint Altitude 2,530 ft
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Waypoint

PictographRiver Altitude 2,500 ft
Photo ofRibeira de Arnal, Ponte e Moínho Photo ofRibeira de Arnal, Ponte e Moínho Photo ofRibeira de Arnal, Ponte e Moínho

Ribeira de Arnal, Ponte e Moínho

PictographWaypoint Altitude 2,585 ft
Photo ofVista para Vila Real

Vista para Vila Real

PictographWaypoint Altitude 2,618 ft
Photo ofCascata Galegos da Serra Photo ofCascata Galegos da Serra Photo ofCascata Galegos da Serra

Cascata Galegos da Serra

PictographWaypoint Altitude 2,598 ft
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Waypoint

PictographWaypoint Altitude 2,674 ft
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PictographWaypoint Altitude 2,641 ft
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Waypoint

PictographWaypoint Altitude 2,910 ft
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Waypoint

PictographWaypoint Altitude 2,982 ft
Photo ofCaminho que liga pela montanha Galegos da Serra e Arnal Photo ofCaminho que liga pela montanha Galegos da Serra e Arnal Photo ofCaminho que liga pela montanha Galegos da Serra e Arnal

Caminho que liga pela montanha Galegos da Serra e Arnal

PictographWaypoint Altitude 3,012 ft
Photo ofCaminho que liga as duas aldeias, Galegos da Serra e Arnal Photo ofCaminho que liga as duas aldeias, Galegos da Serra e Arnal

Caminho que liga as duas aldeias, Galegos da Serra e Arnal

PictographWaypoint Altitude 2,986 ft
Photo ofRefugio de Montanha Grupo de Montanhismo de Vila Real

Refugio de Montanha Grupo de Montanhismo de Vila Real

PictographWaypoint Altitude 2,989 ft
Photo ofArnal

Arnal

PictographIntersection Altitude 3,022 ft
Photo ofArnal Photo ofArnal Photo ofArnal

Arnal

PictographWaypoint Altitude 3,337 ft
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Waypoint

PictographWaypoint Altitude 3,625 ft
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Waypoint

PictographWaypoint Altitude 3,780 ft
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PictographWaypoint Altitude 3,901 ft
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Waypoint

PictographWaypoint Altitude 3,999 ft
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PictographWaypoint Altitude 4,006 ft
Photo ofPinheiral no meio de tojos... Photo ofPinheiral no meio de tojos...

Pinheiral no meio de tojos...

PictographWaypoint Altitude 3,812 ft
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Waypoint

PictographWaypoint Altitude 3,678 ft
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PictographWaypoint Altitude 3,445 ft
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PictographWaypoint Altitude 3,402 ft
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Bosque de Carvalhos

PictographWaypoint Altitude 3,297 ft
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PictographRiver Altitude 3,143 ft
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Rio

PictographWaypoint Altitude 3,104 ft
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PictographWaypoint Altitude 3,064 ft
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PictographTree Altitude 3,054 ft
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Carvalhal

PictographWaypoint Altitude 2,966 ft
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PictographWaypoint Altitude 2,972 ft
Photo ofPanorâmica para Galegos da Serra Photo ofPanorâmica para Galegos da Serra Photo ofPanorâmica para Galegos da Serra

Panorâmica para Galegos da Serra

PictographWaypoint Altitude 2,779 ft
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PictographWaypoint Altitude 2,762 ft
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PictographWaypoint Altitude 2,746 ft
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Waypoint

PictographWaypoint Altitude 2,812 ft
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Waypoint

PictographWaypoint Altitude 2,858 ft
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Aldeia de Sirarelhos

PictographWaterfall Altitude 2,618 ft
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Quedas de água da Ribeira do Arnal

Demos com esta visão por um acaso. Estávamos a tentar ver melhor os socalcos, desde o fundo. É imperdível.

PictographWaypoint Altitude 2,438 ft
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Waypoint

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