Serpins, Lousã - Trilho do Rio Ceira pelo Cabril do Ceira (Circular)

A convite de um grande amigo seguimos para Serpins, concelho da Lousã, para conhecer esta zona banhada pelo Rio Ceira, com passagem pelo conhecido Cabril do Ceira.
Uma vez que o almoço estava agendado para a povoação de Ribeira do Conde, foi nesta aldeia praticamente desabitada que iniciamos o nosso percurso.
Inicialmente percorremos as ruas da aldeia até à última habitação e seguimos em sentido contrário aos ponteiros do relógio em direcção ao Rio Ceira por um caminho outrora agrícola mas que actualmente e derivado aos incêndios de 2017, se encontra com bastante vegetação que dificulta a progressão, ao chegar à margem do Rio Ceira, foi tentar encontrar o melhor trilho para iniciar a subida para o Santuário da N.ª Sr.ª da Candosa, nesta parte do percurso é necessário algum corta mato para encontrar o melhor trilho, mas assim que iniciamos a subida e após subir cerca de 50 metros é possível vislumbrar um caminho florestal que nos leva à encosta do Santuário, onde já existe um trilho em escadaria até ao cimo do monte onde se encontra o Santuário a N.ª Sr.ª da Candosa, esta subida é bastante interessante, por diversas vezes paramos para contemplar a garganta do Rio e o conhecido Cabril do Ceira. O Santuário foi o local escolhido para o reforço matinal, pois o espaço é bastante frequentado com parque de merendas e uma paisagem fabulosa sobre o Rio Ceira.
Após o reforço e as fotos da praxe iniciamos a descida pela encosta contrária através de um trilho que já foi o PR10 de Góis "Rota do Mel e do Azeite", mas actualmente as marcações já não são visíveis pelo que tivemos de escolher o melhor trilho para descer.
Ao fundo do Santuário entramos na aldeia da Murtinheira, localidade que percorremos através da estrada em asfalto, passamos junto à ETAR local e entramos na terra batida em direcção ao Rio Ceira, Rio que atravessamos através de uma ponte em madeira e já na outra margem seguimos por um carreiro agrícola até à povoação do Juncal.
Nesta povoação, iniciamos o regresso pela outra margem do Rio, primeiro por um caminho florestal de fácil progressão, onde predomina o eucalipto totalmente queimado, subimos a encosta até chegar ao alto do Cabril, aqui devem ter algum cuidado na descida para o Cabril do Ceira, pois embora a descida não sendo perigosa requer algum cuidado, principalmente com o piso escorregadio, até porque o trilho não está bem definido. Esta descida leva-nos ao Cabril do Ceira, local onde o Rio Ceira passa num apertado desfiladeiro e onde se encontra um túnel.
Deste local emblemático é seguir pelo caminho em terra batida junto à margem direita do Rio Ceira até chegar à Ponte Maria Mendes já na estrada em alcatrão, passamos a ponte para a outra margem e seguimos agora através da estrada em asfalto até à povoação de Ribeiro do Conde onde iniciamos o percurso e onde esperava por nós em belo almoço.