S. Romão do Sado
near São Romão do Sado, Setúbal (Portugal)
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Itinerary description
Visita ao Monumento aos fuzilados de Algalé. (Este Obelisco encontra-se em propriedade privada, tivemos de saltar uma cancela fechada a cadeado).
Waypoints
Cruzeiro ou Obelisco da Algalé
Obelisco que assinala o local onde 27 Oficiais Liberais foram fuzilados por tropas Absolutistas em 1833. Encontra-se em propriedade privada e para lá chegar, é necessário saltar uma vedação de arame farpado... Este Cruzeiro ou Obelisco de Algalé pretende manter a presente lembrança de uma das mais negras páginas da História de Portugal escrita com o sangue da intolerância política: as vítimas do massacre de Algalé. Este episódio foi talvez o mais cruel das Guerras civis Portuguesas do Século XIX. “Aqui, da tua Pátria os defensores tragaram do martírio inteira taça, a viandante leva as lágrimas e as flores. Lê só, curva o joelho, adora e passa.” Escreveu António Feliciano Castilho para o monumento à Memória de cerca de uma trintena de presos ali executados, em 4 de Novembro de 1833, na sequência da derrota dos liberais na batalha da Barrosinha em Alcácer do Sal, dois dias antes. O monumento encontra-se na Várzea da Ribeira de Algalé na estrada Torrão - Alcácer ao quilómetro 9, como museu em honra das vítimas da chacina. Além do epitáfio, estão gravados nas quatro faces da pedra a descrição das circunstâncias em que ocorreu o massacre e os nomes apurados dos mortos. Rezam os primeiros desses dizeres vinte e nove oficiais do Exército da Rainha D. Maria II, sendo prisioneiros pelas tropas do “Usurpador” da Batalha que em Alcácer ocorreu no dia 2 de Novembro de 1933. Esses oficiais foram conduzidos para Campo Maior com 443 seus camaradas também prisioneiros sendo aleivosamente chamados à frente como protesto de mudança de direcção para o caminho de Beja, a fim de se pouparem aos incómodos duma mais extensa jornada. Assim foram neste lugar barbaramente fuzilados por seis soldados, no dia 4 do referido mês e ano. Foi mandada e presidida tão nefanda execução por Diogo José Vieira Noronha, Carregador de Beja pelo Governo da Usurpação e Ignácio dos Montinhos alferes dos realistas pelo mesmo Governo. Diogo de Noronha obedecia à ordem do General José António de Azevedo Lemos, como alegou mais tarde. Os presos eram conduzidos aos quatro para a vala e fuzilados e, enquanto recarregavam as armas, os outros avançavam para a vala. Verifica-se a identidade de 17 ou 18 das vítimas, mas o sumiço do embutido da gravação não permite distinguir os nomes dos outros. Não se trata naturalmente do único registo do episódio que, não obstante o muito sangue feito correr pelo conflito entre absolutistas e liberais, deu brado ao tempo pela sua cruel dimensão.
Cancela fechada
Cancela fechada a cadeado, num caminho rural assinalado em Carta Militar. Impede a visita ao Monumento aos Militares Fuzilados em 1833 naquele local...
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