Rota em Redor da Azinhaga e do Pombalinho - Ecovia do Almonda - Golegã

A rota em redor da Azinhaga e do Pombalinho, Ecovia do Almonda, é um percurso pedestre com início e fim na aldeia da Azinhaga, pertencente ao concelho da Golegã.
Trata-se de um percurso circular, não sinalizado, com uma distância aproximada de 15 km.
É de fácil progressão, no entanto, em dois locais distintos, tivemos algumas dificuldades em seguir os trilhos que tínhamos previamente traçado pois estavam cobertos com vegetação. Num outro local, fomos obrigados a voltar para trás por uma matilha de cinco cães soltos, tendo de optar por um estradão alternativo.

A rota atravessa algumas propriedades agrícolas privadas que é necessário respeitar.
O percurso não tem desníveis e o piso não é exigente, sendo composto essencialmente por estradão, algum caminho de pé posto e também algum asfalto.
Iniciámos o nosso percurso nas traseiras da Igreja Matriz da Azinhaga onde começa a Ecovia do Almonda, resultado da requalificação das margens do rio Almonda, junto à aldeia de Azinhaga.
A intervenção incluiu as margens do rio, com a consolidação das zonas onde normalmente a subida das águas provoca erosão e com a colocação de estacaria e hidro sementeira de diversas espécies.
Percorrida a ecovia, que também homenageia José Saramago, um conterrâneo da aldeia, chegámos à ponte do Cação. Tirada a foto à Bateira aí exposta devem seguir o percurso pelo estradão que fica mesmo ao lado. No entanto se pretenderem um percurso mais “enérgico” podem, uns metros mais à frente, virar à esquerda e percorrer o dique da Golegã que termina num canavial bem fechado e de difícil progressão. Após vencer o desafio do canavial, resta percorrer tranquilamente os imensos campos de milho, ervilhas, trigo, etc. … que caracterizam a lezíria ribatejana.
Ao km 4,6 encontrámos uma abertura entre canas por onde pudemos passar e descer até a um pequeno cais do rio Tejo. Retomando o percurso continuámos lado a lado com um denso canavial tentando, sem sucesso, ver a foz do rio Almonda. Infelizmente não foi possível passar por entre o canavial, o que fez com que o trajeto entre o km 4,6 e o km 6,5 tivesse sido um pouco desnecessário pois não conseguimos cumprir o objetivo de ver a foz do rio.
Ao km 7,5 tivemos de ajustar a rota pois, como referido anteriormente, fomos impedidos de prosseguir, por um grupo de cães.
Posta em prática a rota alternativa, chegámos à aldeia do Pombalinho bem conhecida pelas suas cheias. Percorremos uma parte da aldeia de onde destacamos como pontos de interesse o marco que indica a altura que a água atingiu nos vários anos de cheia, a igreja, as casas agrícolas e o encantador jardim repleto de curiosos recantos cheios de detalhes. A rua principal do Pombalinho tem expostos pequenos apontamentos relacionados com a vida agrícola que lhe confere quase um ar de museu ao ar livre.
O regresso à Azinhaga fez-se por um estradão que atravessa um extenso olival.
Na Azinhaga tivemos oportunidade de apreciar o delicado jardim em frente à fundação José Saramago e de ver a sua estátua situada num pequeno largo no centro da aldeia.
Apesar de o percurso ter sido um pouco diferente e mais desafiante do que tínhamos planeado inicialmente, devido às situações imprevistas, revelou-se uma caminhada muito agradável por entre os campos agrícolas das planícies ribatejanas.

Não esquecer o bom calçado e a roupa adequada.
Ter atenção à grande exposição ao Sol em dias de calor.
Não esquecer também o farnel e a água.

Boas caminhadas